For you escrita por Viane


Capítulo 7
Regina


Notas iniciais do capítulo

Olá meu queridos era para ter voltado antes, mas minha semana foi corrida espero que gostem do capitulo.



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Na manha de ação de graças eu acordei realmente feliz não que fosse meu feriado favorito sempre preferi o natal, mas era uma data agradável e sempre gostei de reuniões de família e no fundo era isso que importava embora o real motivo para minha felicidade fosse esse ser o primeiro feriado sem todas as mentiras da minha loira. Pela primeira vez em nossos quatro anos de relacionamento Emma estaria ao meu lado durante todo o feriado sem mentir para família dela sem toda a correria e sem que eu ficasse com o fim do dia. Pela primeira vez iriamos oferecer o almoço em nosso apartamento e embora eu soubesse que ela não estava totalmente feliz em não ter a família conosco eu iria tentar ao máximo fazer desse dia agradável.

         Então havia acordado cedo para organizar tudo deixando a preguiçosa dormindo, minha noiva tinha o sono pesado então levantar sem que ela notasse era relativamente fácil, tomei um banho e me arrumei antes de começar a checar tudo eu tinha contratado um buffet para a ocasião, mas iria fazer o peru e a sobremesa. Eu adorava cozinhar havia começado a aprender no colégio no ensino médio e durante meus longos anos na universidade acabei me aperfeiçoando em alguns pratos. Assim que coloquei o peru no forno comecei a pensar na louça que usaria e depois de decidir fui em direção ao quarto.

         Emma estava deitada de barriga para baixo toda largada do seu lado da cama, os cabelos soltos espalhados no travesseiro o mundo poderia desabar e ela continuaria dormindo. Me aproximei afastando um pouco o cabelo dela beijando levemente seu pescoço fazendo com que ela se mexesse.

         - Acorda amor – continuei beijando o pescoço descendo um pouco para o ombro enquanto deslizava a mão levemente pela cintura dela por debaixo da blusa do pijama que ela usava – Já esta na hora dorminhoca.

         - Não, ainda esta cedo – ela resmungou sem abrir os olhos e sorri e desci um pouco a mão acariciando abaixo da barriga dela sabendo que isso a despertaria.

         - Não esta não – ela virou repentinamente alcançando meus lábios – Emma não – falei quando ela me deitou ficando por cima de mim – Não temos tempo – era tentador ficar ali com ela, mas em pouco tempo a casa estaria cheia.

         - Da sim, vou ser rápida – acabei rindo alto.

         - Não vai não – ela nunca era, a afastei depois de um selinho demorado e ela suspirou.

         - Você é uma mulher cruel – ela se jogou em meio aos travesseiros

         - Mas você me ama assim mesmo – me levantei e arrumei meu vestido e o cabelo em frente ao espelho – Levanta amor é serio – pedi indo em direção ao banheiro do quarto para retocar o batom e ouvi um resmungo apenas em resposta – Mais tarde sou toda sua – prometi voltando para o quarto alguns minutos depois vendo que ela não tinha saído do lugar – E termos a noite toda sem pressa nenhuma.

         - Promete? – confirmei com a cabeça – Vou cobrar com juros.

         - Vou esperar, mas agora levanta – dei mais um selinho em seus lábios e segui para a cozinha para começar a preparar a sobremesa, meia hora depois Emma apareceu na cozinha já pronta se sentando na bancada para um rápido café enquanto conversávamos. Eu amava esses pequenos momentos com ela nossa pequena e adorável bolha onde nada no mundo poderia nos atingir. O interfone tocou alguns minutos depois e fomos receber minha família.

         - Tia Re – Roland foi o primeiro a sair do elevador e sorri assim que o vi, ele correu até mim e o peguei facilmente no colo, eu amava demais aquele pequeno – Saudades – sorri a ultima vez que tinha visto meu pequeno tinha sido a duas semanas no aniversario dele, talvez não fosse tanto tempo para alguns, mas para nos era sair de Nova York havia sido minha escolha, mas nessas horas eu queria estar mais perto dele poder vê-lo com mais frequência.

         - Eu também estava morrendo de saudades meu amor.

         - E ninguém sentiu minha falta não – Emma perguntou logo atrás de mim fazendo o pequeno em meus braços rir.

         - Claro que tava tia Emma – ele ergueu os braços em direção a ela que o pegou enchendo ele de beijos também, eles se davam muito bem e isso me deixava muito feliz.

         Robin e Zelena nunca tentaram esconder dele meu relacionamento com Emma, assim como Lily que tinha duas mães Roland sabia que alguns casais eram formados por pessoas do mesmo sexo e que isso não mudava nada. Ele sempre soube que Emma e eu éramos um casal e ele não via nada demais em ter duas tias. Para ele era normal na sua inocência infantil e sem julgamentos maldosos nos duas nos amávamos assim com seus pais e avôs então isso era o suficiente e isso só mostrava como era a sociedade que impunha determinados estereótipos do certo e do errado afinal para uma criança não fazia a menor diferença, nos nós amávamos e amávamos ele e isso bastava.

         Cumprimentei os demais e não demorou muito para Kristin, Ella e Lilith chegarem também, August chegou um pouco atrasado e eu sabia que provavelmente tinha mulher envolvida no atraso dele, mas relevei e fingi aceitar sua desculpa mau dada. Eu adorava a casa cheia adorava ver as conversas paralelas e juntas, adorava a TV ligada no futebol mesmo ninguém estando prestando atenção de fato, adorava ver Roland e Lily correndo pelo apartamento em meio aos pedidos para que tomassem cuidado e adorava ainda mais o fato da minha linda noiva estar ali também. Eu sabia que ela estava feliz em estar ali, mas podia ver em seus olhos que ela estava sentindo falta da própria família.   

         Eu não conhecia nenhum dos Swan pessoalmente embora as vezes sentisse como se já os conhecesse a anos só de ouvir Emma falar sobre eles, ela os amava demais e falava deles com uma adoração admirável e eu mais do que ninguém via o quanto a atitudes dos pais dela  estava magoando a loira por mais que ela tentasse se fazer de forte, eles haviam ferido com palavras e com a insistência em fingir que a conversa que eles tiveram nunca tivesse acontecido.

         Emma tinha sido a filha perfeita por anos ela havia montado todo um teatro só para não magoar os pais, só para não decepcionar as pessoas que amava e no fundo eu sabia que por mais que ela imagine-se que não seria fácil ela esperava outra reação deles, ela esperava que eles gritassem ou negassem por um tempo, mas achava que eles iriam aceitar, porem meus sogros simplesmente fingiam que nada tinha mudado que eu não existia mesmo com nosso casamento marcado.

         O almoço foi perfeito e agradeci muito pela família que tinha e pela mulher que amava corresponder meus sentimentos, Emma e Lily se encheram de torta de maça na sobremesa antes dos adultos se reunirem na sala enquanto as crianças foram brincar em um dos quartos de hospede que no fundo era o quarto deles já que era onde eles dormiam quando passavam a noite conosco e onde guardava algumas coisas deles que ficavam aqui como, pijama, roupas e alguns brinquedos.

         Estava abraçada a ela no sofá ouvindo sobre os planos de viagem da minha irmã para o próximo verão quando o celular dela tocou e vi de relance que era o irmão mais velho dela James, ela rejeitou a chamada e ele ligou mais duas vezes antes dela pedir licença e ir atender em nosso quarto. August olhou pra mim e acabamos tendo uma conversa silenciosa sabendo que nada de bom sairia daquela ligação.

         August entendia a situação dela, ele havia crescido na mesma cidade que ela e saído de lá exatamente pelo modo como as coisas eram lá, ironicamente ele foi a primeira pessoa a me falar de Storybrooke antes mesmo de conhecer minha loira e foi ele que deu uma forcinha para ficarmos juntas. Eu ainda me lembro nitidamente a primeira vez que vi Emma, estávamos no tribunal eu estava a pouco mais de um ano morando em Boston e tinha um caso complicado em mãos. Um casal em processo de adoção de uma criança, um caso que tinha tudo para ser fácil não fosse um pequeno problema no meio do processo eles se separam e com medo de perderem o menino omitiram a informação, obviamente foi um erro já que tudo foi descoberto e eles perderam a guarda provisória do menor que voltou para um lar temporário. Quando eu peguei o caso estava determinada a ganhar já que estava claro que eles não tinham mentido por mal, estavam assustados com a possibilidade de perder a criança que já consideravam como filho, mas a assistente social estava determinada a dificultar minha vida.

         Emma sempre levou o trabalho a serio e a qualquer sinal de problema ela virava de assistente boazinha para o pior carrasco que possíveis pais e advogados poderiam encarar. E quando vi a loira obviamente a achei atraente, mas quando entramos na audiência senti muita raiva da loira que estava dificultando as coisas pra mim. E embora tenha ganhado o caso no fim continuamos troando faísca sempre que nos esbarávamos coisa que alias passou a ser mais frequente do que o normal, era como se estivéssemos seguindo uma a outra. Kristin costumava dizer na época que exita uma tensão sexual entre nos e no fundo ela estava certa já que por mais que eu odiasse admitir eu muitas vezes queria calar a loira com meus próprios lábios. Continuamos agindo da mesma forma até o dia que August me convidou para um jantar em seu novo apartamento. Conheci August em uma palestra na universidade Columbia onde estudava e mesmo ele não sendo de lá havia ido assistir, ambos iriamos começar o curso de direito no próximo semestre ele em Boston e eu lá mesmo e nos demos muito bem embora tivéssemos opiniões diferentes e tenhamos debatido muito durante o evento acabamos trocando telefones e nos encontrando sempre que ele ia a Nova York. Quando me mudei para Boston começamos a nos ver com mais frequência, ele havia seguido na área de direito ambiental e não tinha a menor ideia que eu já conhecia a loira então nesse jantar ele nos apresentou.

         Em respeito ao anfitrião fomos até simpáticas uma com a outra e no fim da noite acabei dando uma carona para ela a pedido do August já que a mesma tinha ido até lá com um amigo medico que precisou sair ano meio do jantar para atender uma emergência. E assim que paramos em frente ao prédio dela acabei fazendo o que tive vontade de fazer no momento em que a vi no corredor do fórum pela primeira vez, eu a beijei e para minha surpresa fui correspondida. Dali em diante nosso relacionamento seguiu da melhor forma possível entre nossos encontros e pequenas discussões me vi loucamente apaixonada por ela e morar juntas foi um passo natural depois disso.

         Esperei um pouco antes de pedir licença e seguir até nosso quarto e assim que entrei vi ela olhando a rua pela janela perdida em pensamentos.

         - Amor – chamei me aproximando – Esta tudo bem? – ela confirmou com a cabeça embora não tenha olhado para mim, abracei sua cintura e encostei minha cabeça na costas dela ficando assim por um momento deixando espaço para ela falar quando estivesse pronta.

         - James queria satisfação do porque não fui almoçar com nossos pais hoje – ela disse baixo – Segundo ele minha mãe esta magoada, segundo ele eu escolhi meus amigos ao invés da minha família e estou sendo mesquinha demais fingindo que eles não existem e egoísta demais a ponto de estragar um feriado de família e fazendo nossa mãe chorar escondida no quarto.     

         - Emma, não fica assim amor – pedi assim que ela se virou e vi lagrimas em seus olhos.

         - Queria dizer a ele, queria poder falar tudo, eu quase disse, mas então eu a magoaria ainda mais. Ela me magoou demais pedindo para continuar fingindo e esta me magoando ainda mais com a atitude dela, mas ela é minha mãe ela sempre foi tão boa comigo.

— Eu sei – suspirei antes de continuar – Você sabe que se quiser pode ir lá não é, sei que todos vão entender se você for ver seus pais, você perdeu o almoço com eles, mas pode passar um tempo com sua família – eu não queria que ela fosse, mas sabia que talvez isso fizesse bem a ela, eu amava demais para fazer com que ela escolhe-se ficar.

— Você é minha família também então não é egoísmo da minha parte passar esse dia com você. Eu amo você e preciso aprender a lidar com essa distancia que eles estão colocando entre a gente porque no futuro eu não vou deixar minha mulher e filhos para passar o feriado com meus pais só porque eles preferem uma mentira – ela passou a mão nos olhos para que as lagrimas não caíssem – Obrigado por estar ao meu lado, por aceitar ser minha família, por me amar.

         - Amar você é fácil Emma.

         - Eu estou muito grata hoje pro ter você ao meu lado.

         - Eu também – beijei seus lábios com carinho – As coisa vão se ajeitar você vai ver – ela concordou com a cabeça e me abraçou novamente e só pude desejar que de fato as coisas entre ela e a família se ajeitasse.   


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Notas finais do capítulo

Emma foi forte e passou o primeiro feriado longe dos pais, a questão é até quando ela vai aguentar esse fingimento.
O próximo capitulo vai ser fofo pelo menos eu acho, não esqueçam de deixar a opinião de vocês.
Beijos



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