For you escrita por Viane


Capítulo 2
Regina


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos fiquei muito feliz com cada comentário que a fic recebeu espero que continuem gostando. A família da Emma vai ser um tantinho complicada, mas vai sair de foco nesse capitulo então vamos conhecer um pouco da Regina.



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De todas as coisas que eu poderia esperar ouvir da Emma após uma visita aos pais conservadores definitivamente eu quero me casar com você era a ultima delas. Então posso afirmar que surpresa definia bem minha reação após aquela frase.

— Emma eu ... – era ridículo, mas eu havia perdido a capacidade de formular uma frase então me mantive por alguns segundo olhando para minha namorada e tentando processar essa nova informação.

— Regina eu amo você e sei que vivemos juntas há alguns anos e que vivemos como se fossemos casadas e que não é um papel que vai mudar isso, mas eu quero mais quero te dar mais eu quero uma família com você eu quero tudo com você, filhos, cachorro, gato, papagaio - eu a amava demais e se fosse simples não teria hesitado em dizer sim, diria mil vezes sim para ela porque eu havia sonhado com isso a minha vida toda, formar uma família me casar ter filhos e quando conheci Emma era com ela que eu queria tudo isso, mas as coisas não eram simples não com a Emma já que ela nunca disse a família sobre nós, nunca assumiu parte de quem ela era, ela escolheu viver essa vida “dupla” cheia de informações vagas e mentiras e eu por ama-la tanto acabei aceitando até porque não era eu que tinha que decidir quando e se ela deveria contar a eles – Você não quer se casar comigo? – vi um certo temor em seus olhos e me odiei por faze-la cogitar que eu não queria me casar com ela.

— Mas é claro que eu quero Emma eu te amo – ela sorriu aliviada – Mas isso é repentino, amor você nem contou para os seus pais sobre sua opção sexual ou sobre nós.

— Eu sei, mas eu vou contar eu quero contar – ela tirou os papeis que estavam entre nós no sofá e se aproximou – Eu estou cansada de mentiras eu quero você ao meu lado nas festas de família, quero poder mostrar para todos a mulher incrível que eu tenho ao meu lado, quero ter que parar de escolher se vou passar as ocasiões especiais com você ou com a minha família eu quero filhos e os quero com você porque não consigo imaginar formar uma família que não seja com você.   

— Só não quero que você se precipite, hoje de manhã você saiu de casa e nem ao menos pensava em falar com seus pais. Durante todos esses anos você sempre disse que o melhor era eles não saberem – os pais dela não costumavam vir a Boston e durante os últimos anos eles acreditavam que éramos amigas dividindo o aluguel.

— Eu sei, e foi um erro. Eu devia ter contado a muito tempo eu nunca devia ter negado a você a chance de realizar seu sonho de ser mãe de se casar eu fui egoísta com você e comigo também então não importa mais nada apenas vamos nos casar e ter um ou dois quem sabe três filhos.

— Acho melhor ir com calma amor um passo de cada vez – se fosse sincera eu queria planejar tudo isso queria falar de filhos do cachorro e do gato, mas eu tinha um certo medo. Medo de na manhã seguinte ela mudar de ideia e então seriamos só ela e eu fingindo para a família dela que éramos amigas com um futuro limitado a nós duas porque nenhuma criança merecia tantas mentiras.

— Então você não respondeu – via a expectativa em seus olhos e sorri.

— Respondeu o que? – brinquei já que de fato ela não tinha perguntado nada então ela sorriu, um sorriso meio menina que eu amava tanto nela e se ajoelhou no sofá mesmo na minha frente.

— Regina Mills você aceita se casar comigo? – fingi pensar por um momento.

— É claro que eu aceito – me joguei em seus braços deitando em cima dela no sofá – Você é tudo pra mim sabe disso – beijei seus lábios com ardor enquanto deslizava minhas mãos pelo corpo dela porque Emma Swan era a única coisa que eu precisava naquele instante.

(...)

Dizer que não estava feliz seria mentira de fato quando entrei no escritório após uma noite intensa e uma agradável manhã com minha noiva eu estava radiante e nada poderia mudar isso nem mesmo os vários idiotas que ocupavam aquele prédio e havia passado todo o percurso pensando nas diversas possibilidades que se abriram para minha vida em tão pouco tempo.

— Atrasada Mills - Isaac Heller conseguia ser detestável com poucas palavras.

— Isso não lhe diz respeito Heller – de fato não dizia ele não era meu chefe e não iria controlar meus horários.

— Como sócia do escritório deveria dar exemplo e não se atrasar – ele nunca iria me dar paz por ter segundo ele tirado a vaga dele.

Heller já trabalhava no escritório quando entrei e acreditava que eu só havia chegado onde estava por conta do meu sobrenome e eu sabia que muitos achavam o mesmo afinal no ramo jurídico o nome de Henry Mills era muito conhecido já que meu pai tinha um dos mais conhecidos escritórios de advocacia de Nova York e era conhecido por ser implacável nos tribunais. A lista de pessoas que se dispunham a pagar os honorários altíssimos que ele cobrava era enorme.

— Heller eu poderia faltar uma semana inteira ou mais e anda ter um melhor desempenho mensal que você então cuida mais dos seus casos e menos dos meus horários - sorri para ele e antes que ele pudesse responder segui para minha sala sendo seguida pela minha secretaria.

Eu havia herdado a paixão pelo direito do meu pai, ambos amávamos o que fazíamos e não foi nenhuma surpresa quando decidi entrar na Universidade Columbia como ele e me tornar advogada, surpresa foi quando não segui carreira na área penal e rumei direto para o direito civil e resolvi deixar Manhattan para não ficar a sombra da carreira brilhante dele. Papai obviamente ficou um pouco chateado já que quando comecei na universidade ele logo pensou que eu iria assumir o escritório dele um dia, mas no fundo eu sabia que ele entendia meu lado e estava orgulhoso pelas conquistas que vinha conseguindo por mérito próprio e que no fim o meu futuro no escritório não estava totalmente descartado.

 Passei toda a manhã revisando alguns casos importantes que tinha para aquela semana. A tarde se ocupou com uma reunião com um novo cliente e quando olhei o horário fiquei surpresa o transito estaria uma loucura aquela hora e de fato estava.

Parada no transito acabei deixando as incertezas tomarem conta da minha mente e senti uma incrível vontade de mudar o meu trajeto para o aeroporto e ir para Nova York, mas aquilo estava fora de cogitação afinal Emma iria pirar se eu simplesmente tivesse um pequeno surto a essa altura. Ela precisava de apoio e força para encarar os pais e então nos casarmos ela iria contar ela parecia decidida, mas eu realmente precisava conversar então acabei ligando para a única pessoa que não iria julgar meus medos.  

Alô— a voz da minha mãe preencheu o carro e senti um grande alivio apenas por ouvi-la.

— Ei mãe tudo bem?

Regina que surpresa eu estou ótima fazendo compras como você esta querida e a Emma?

— Estamos bem na verdade mais do que bem, Emma me pediu em casamento mãe – ouve um silencio na linha e olhei o painel para ter certeza que a ligação não tinha caído – Mãe.

Uau isso é ótimo querida parabéns, acredito que você disse sim.

— É eu disse sim.

Estou feliz que a senhorita Swan enfim tenha parado de enrolar minha filha, seu pai vai vibrar com o casamento sabe que ele sempre sonhou com esse dia não é entrar com você e tudo mais.

         - É eu sei – eu realmente sabia o quanto ele queria fazer isso principalmente depois que Zelena se casou e quem entrou com ela foi Jonatha seu pai biológico. Eu sabia que por mais que ele compreendesse ele se sentia chateado por não acompanhar a enteada até o altar já que ele sempre esteve presente na vida dela as vezes mais do que o próprio Jonatha.

         — Precisamos marcar um jantar de noivado para comemorar tenho certeza que seu pai vai querer, vocês já pensaram em uma data? Vai ser em Boston? Ou vai ser aqui? Dependendo da data se vocês quiserem posso ligar para as pessoas certas e conseguir o Plaza— e lá estava a organizadora de eventos dentro da minha mãe aflorando novamente.

         - Mãe não vamos nos casar no Plaza – confesso que a ideia de casar no Plaza era tentadora, mas não seria nada conveniente já que a família da Emma morava no Maine.

         — Por favor não e diga que vai ser na cidade natal da Emma como é o nome mesmo? Sei que fica no Maine.

         - Storybrooke mãe.

         — Ela esta no mapa? Nada contra, mas não acho que vá ter um bom salão lá.

         - Ainda não falamos sobre isso mãe ela pediu ontem e ... – não completei a frase.

         — E o que Regina?

         - Ela ainda não contou aos pais dela sobre nos – minha mãe fez silencio mais uma vez.

         — Como assim não contou?

         - Você sabe que eles são bem tradicionais e Storybrooke é uma cidade um tanto ultrapassada – usei as mesmas justificativas de sempre. Meus pais nunca tiveram problemas com Emma, pelo contrario eles gostavam dela a única coisa que não aprovavam ou melhor não entendiam era ela nos manter em segredo da família.

         Meus pais sabiam minha sobre minha sexualidade desde que tinha 17 anos e me apaixonei por minha colega do colegial, dizer que eles vibraram com a noticia seria mentira eu sabia que na época minha mãe desejava que fosse uma fase, mas ambos sempre me apoiaram mesmo quando decidi morar com Emma e aceitar manter o que tínhamos longe da divisa de Storybrooke e da família dela deixando de lado o sonho de me casar e formar uma família.

         — Mas ela vai contar?

         - Vai, ela disse que vai ela esta querendo ir lá no domingo falar com eles e então vamos poder falar sobre datas e locais.

         — Só não quero que você se magoe.

         - Eu não vou – pelo menos iria tentar – Mãe eu cheguei em casa tenho que desligar – eu realmente estava entrando no meu prédio naquele momento.

         — Você vai querer contar para o seu pai?— esse era o modo sutil dela de perguntar se deveria manter em segredo nossa conversa afinal uma coisa era contar para minha mãe e Emma mudar de ideia outra bem diferente era contar para o meu pai e as coisas tomarem outro rumo.

         - Vou eu ligo para ele assim que der e conto a boa nova – nos despedimos e desci do carro em direção ao apartamento desejando que de fato aquilo fosse real.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam do ponto de vista da Regina? Eu estou adorando escrever essa fic e tenho algumas ideias para ela falta só tempo para escrever. Fiquem a vontade para dizer o que acharam. Beijos