Wake Up escrita por SofyLiddell


Capítulo 9
Ynuby E Yxof


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Povinho Lindo do Meu Kokoro ♥
— É o seguinte, pessoas babaram arco-íris no capítulo passado (Eu sei, foi fofinho)
E eu espero mesmo que vocês achem esse o dobro de fofura, okay?
Espero vocês nas notas finais!
O.B.S: EU ESQUECI DE AGRADECER A INCRÍVEL RECOMENDAÇÃO DO RAINBOW ANGEL! SÉRIO, COMO ASSIM? Aquela recomendação foi incríível, eu senti olhos nas minhas lágrimas lendo... Naum, pera!
— Eu quero muito agradecer também todo mundo que está lendo, okay? Amo vocês ♥



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— Já acabou o banho, Judy? - Perguntei batendo na porta, ela já havia entrado naquele banheiro já fazia uns 15 minutos, e pelo que eu lembre, Judy demorava uns três para terminar - Morreu aí, foi? - Cobri minha boca quando percebi o que eu tinha dito, aquilo era uma das coisas que eu menos queria no momento.

— Você é irritante, né? - Ela falou mostrando apenas seu rosto na porta - Eu me perdi em pensamentos no banho. Nada demais, e viu? Eu estou viva - Ela terminou de falar dando um sorriso.

— É, parece que sim - Falei me encostando na parede - Por que cobre seu corpo?

— Eu estou sem roupa - Ela falou, corando um pouco - Você batia irritantemente, tive que abrir a porta e provar que eu estou viva, vou me vestir agora - Desculpa mundo, desculpa a todos, confesso que por instinto tentei dar uma olhadinha pela brecha da porta, mas depois eu mesmo me dei um tapa e saí de perto.

Judy saiu com sua típica calça jeans e uma camisa sem manga branca dessa vez, nada de xadrez. Sentou-se do meu lado e perguntou se eu iria tomar banho. Concordei com a cabeça e fui até o banheiro, me enxaguei até ter a certeza de que eu tinha mais me acalmado do quê me limpado e, infelizmente, eu teria que vestir a mesma roupa, com "sangue" e tudo:

— Judy, temos que furtar algumas coisa do meu apartamento. Usar o uniforme todos os dias não é muito bom - Falei só com minha cabeça pra fora do quarto.

— Uê, por que escondes o seu corpo? - Ela perguntou com seu sorriso brincalhão no rosto. Ri também, Judy podia ser séria e trabalhar duro como policial, mas isso não impedia seu senso de humor - Eu posso te emprestar umas roupas.

— Acredite Judy, não vai caber - O que ela estava pensando? Ela é tipo, dois esquilos mais baixa que eu, se bem que ela havia crescido um pouco, talvez um esquilo e meio mais baixa no máximo.

— Eu tenho roupas masculinas, eu estava esperando eles tentarem te matar e depois eu te trazer pra cá - Ela falou jogando uma sacola pra mim - Acho que você vai gostar.

— Não acredito, como conseguiu elas? - Perguntei retirando da sacola a roupa que eu usava antes de me tornar policial: a camisa verde, a gravata e a bermuda. Sério, como ela tinha conseguido aquilo?

— Eu tenho meus truques, oficial Wilde - Falou se achando, balancei a cabeça em forma de negação e ela começou a rir, depois disse que me esperaria na sala.

Vesti aquilo e lembrei de como era confortável, saudades da vida antiga, mas posso confirmar que essa está bem melhor, vendedor de patolês não é uma ideia muito boa, e podemos afirmar que se eu voltasse a fazer isso, alguém me puxava pela orelha, e sabemos muito bem quem:

— Eu não aguento mais - Ela falou dando uns pulinhos, mesmo estando sentada, no sofá - Eu estou louca pra pôr aquele plano em prática, eu estou louca pra ligar pro DPZ novamente como Ynuby, estou louca pra ver a reação deles quando sairmos do carro, estou louca pra ver aqueles assassinos atrás das grades! - Ela falou a última frase com um ar de fúria. Baguncei os pelos na sua cabeça, o que a irritou e tentou ajeitar, sem sucesso.

— Bom, cenourinha, podemos visitar o DPZ hoje - Eu falei a fazendo arregalar os olhos - Como Ynuby e Yxof (Icsofi).

— Yxof?

— Criei agorinha mesmo, gostou? - Falei dando um sorriso de lado.

— Criativo, senhor Yxof - Ela falou e depois se ajeitou no sofá, passou um tempo pensando quando olhou pra mim e finalmente perguntou - É fox ao contrário, não é?

— Sim, nossa como você é inteligente - Falei ironizando e nós dois começamos a rir novamente - Então, você tem uma capa pra me emprestar?

— Eu não tenho, mas podemos improvisar uma, como eu fiz com a do Ynuby - A coelha falou se levantando do sofá em um só pulo, entrou em um quarto qualquer e voltou com dois panos pretos. Jogou o maior pra mim e pediu pra eu improvisar um capuz e depois ela cuidava do resto.

Observei ela colocar sobre meus ombros e depois cobrir sua cabeça, em seguida apertou sobre o pescoço e pronto, estava parecendo uma comensal da morte, do filme Harry Bode. Ri da ideia e fiz o mesmo que ela, depois, ali naquela cabana estavam Ynuby e Yxof.

— Vamos, Ynuby?

— Acho melhor disfarçar a voz - Ela falou com aquela voz grossa que me fazia acreditar que o Ynuby era um homem e que ia me matar a noite.

— Caham. Assim está melhor - Falei fazendo uma voz finíssima, o que gerou uma crise de risos da parte da cenourinha, ela ficou rindo tanto que caiu no chão - O quê? Eu achei essa voz tão máscula - Disse com a mesma voz fina. Ela começou a rir ainda mais. Aproveitei a posição dela no chão e fiquei em cima dela, começando um ataque de cócegas.

— N-nick, p-para - Disse rindo.

— Só quando você parar de rir.

— I-isso n-não v-vale - Ela falou rindo muito - S-sério... P-para - Eu parei e finalmente ela olhou pra mim e uma lágrima caiu de seus olhos, e ela continuava sorrindo - Eu chorei de tanto rir, Nick Wilde!

— Esse é um dos meus dons - Falei, segurando seus pulsos para ela não se vingar do ataque de cócegas.

Novamente aquela cena, eu olhando pra ela e ela olhando pra mim e nossos olhos se encontraram. Eu devo dizer que não foi só eu que fui abaixando o rosto, eu percebi que Judy levantava o seu, e como sempre indeciso, me perguntei por que eu estava fazendo aquilo. Mais uma vez, naquele dia, eu parei no caminho. Percebi que ela havia fechado os olhos e depois os abriu lentamente, percebendo o que não aconteceu. Nos levantamos do chão e recolocamos as capas e fomos em direção ao DPZ.

— Você está pronto, Ynuby? - Perguntei no caminho, dessa vez mudando minha voz para uma mais grossa. Até agora na rua, ninguém nos reconheceu. Isso era uma mistura de medo com tristeza, ninguém sabia que era você, como se estivessem te esquecido, mas ao mesmo tempo, medo de que descobrissem quem é você por trás do capuz, como Judy sobreviveu a isso?

— Acho que estou melhor que você, Yxof - Falou percebendo meu nervosismo. Paramos em frente a porta do DPZ - Essa é a pior parte.

— Qual?

— Ninguém vai lhe dar bom dia, ninguém vai lhe perguntar sobre o relatório do caso, ninguém vai saber quem é você - Falou e depois deu um suspiro - Vamos entrar.

Entramos e percebemos o ar triste daquele local, alguns policiais levando predadores com focinheiras para suas celas, alguns conversando, e eu sentia escutar "Oficial Wilde" em quase todos os cochichos. Chegamos para o Garramansa, e Judy começou a falar primeiro:

— Bom dia - O comedor de rosquinhas nos olhou e reconheceu o Ynuby como o cara encapuzado que parecia a morte - Eu vim ver o oficial Wilde, ele está?

— O-o o-oficial Wi-wilde... - Começou a gaguejar - E-ele e-está morto...

— Como assim morto? - Perguntei para fingir o teatro, acho que era hora de voltar a mentir, será que eu ainda sei fazer isso? Bom, era um dos meus dons - O que aconteceu?

— E-ele foi v-verificar uma de suas pistas e... e... N-não voltou mais - Falou deixando uma pequena lágrima cair do olhos. É obvio que eu tirei o capuz e todos olharam pra mim e Garramansa ficou impressionado e todos depois perguntaram se era eu mesmo e depois Judy fez o mesmo, tirar o capuz, e todos ficaram boquiabertos, os melhores policias voltaram a vida.

Não, não era assim tão fácil, tivemos que continuar com o capuz e esconder nossos rostos, mortos vivos ainda assombram por aí, não é sempre que você vai ver uma pessoa que você pensava estar morta andar por aí com outro nome.

— Sinto muito - Judy falou para o recepcionista na nossa frente - Bom, eu ajudava o oficial Wilde em algumas coisas, pequenas, já que não posso ser comparado a um grande policial como ele - Sorri por debaixo do capuz, era obvio que na mente dela estava a frase "Só que não" - Eu e meu amigo - Ela falou apontando para mim - Talvez liguemos para o DPZ, caso nós descobrimos algo mais sobre isso. Até qualquer hora... - Terminou a frase quase como uma pergunta de "Qual seu nome?".

— Garramansa - Ele falou dando um sorriso amigável.

— Até qualquer hora, Garramansa - Judy disse e depois fomos caminhando até a porta - Fique de olho no telefone.

E saímos do DPZ.

Continuamos calados até chegar novamente na floresta e entrar na cabana, tiramos as capas e jogamos no chão mesmo. Judy andou até a cozinha e pegou um copo d'água e suas orelhas estavam baixas:

— O que foi, Judy?

— Hm? Nada...

— Nada coisa nenhuma - Falei colocando uma mão sobre seu ombro - Suas orelhas estão baixas e seu nariz tremendo, me diga, o que aconteceu?

— E-eu... Eu não gosto de ir pro DPZ e ver que todo mundo está triste com nossa morte, mesmo nós estando vivos.

— Você não precisava ter ido, foi só uma ideia que eu dei - Falei girando-a para ela ficar me olhando nos olhos - Você poderia ter recusado.

— Mas é bom saber que todos estão tristes por você e se preocupam, entende? - Concordei com a cabeça - E também é bom saber que mesmo com a nossa "morte", eles seguem em frente.

— Então já temos a prévia do que aconteceria se morrêssemos de verdade - Falei tentando animá-la, surgiu um breve sorriso mais depois se apagou - Ei, deixe para parar de sorri quando não estiver mais respirando.

— Você gosta tanto assim de me ver sorrindo?

— Gosto de ver você bem, Judy - Abracei a cenourinha e continuei - Eu acho que se você morresse de verdade, eu não aguentaria viver... Acho que no fundo eu sabia que você estava viva...

— Nossa, não aguentaria mais viver e sabia no fundinho que eu estava viva - Ela falou se afastando e me encarando - Você me ama tanto assim, Nick Wilde?

— E se eu te disser que sim, Judy Hoops?

— E se eu também te disser que te amo, Nick Wilde?

— Eu responderia que já sabia - Falei dando um sorriso de lado e a pegando na cintura puxando-a para perto - E não precisava falar, eu sei que você me ama.

— Sim, você tem total razão - Ela falou dando um sorriso e depois começou a balançar a cabeça como se estivesse dançando - E eu sei que você me ama também.

— Será que eu te amo mesmo, Judy Hoops?

— Não adianta enganar ninguém, Nick - A coelha falou enquanto levantava suas mãos para se apoiarem nos meus ombros - Seu olhar define tudo.

—  Estou dando tão na cara assim? - Perguntei.

— Você acabou de afirmar que me ama - Ela disse sorrindo vitoriosa - Um ponto pra mim.

— Tá bom, acabamos de descobrir que eu te amo e você me ama, o que acontece agora?

— Bom, num filme de romance, eles se beijariam e depois, no dia seguinte, estariam casados - Ela falou imaginando a cena na cabeça.

— Acho que o casamento pode esperar - Saiu da minha boca quase sem querer, foi depois de uns dois segundos que nós dois percebemos o que eu acabei de falar. Judy arregalou os olhos e ficou me encarando e fiz o mesmo.

Desta vez eu não parei no caminho.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado u.u
— Nos encontramos nos comentários -



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