Wake Up escrita por SofyLiddell


Capítulo 11
Eu Te Amo


Notas iniciais do capítulo

Oi povinho lindo do meu kokoro ♥
— Boom, aqui está mais um capítulo dessa história! E eu quero agradecer muitíssimo por todos os comentários e visualizações, sério, VOCÊS SÃO UNS DIVOSOS ♥
— E quero agradecer ao Jackson Antony cullen, por uma recomendação linda ♥
Bom, é isso, fiquem com o capítulo!
P.S.: O QUE ESSE TÍTULO QUIS DIZER? >U



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— É verdade que você morreu por quê não aguentava mais a vida policial, oficial Hopps?

— O quê? Não, de jeito nenhum! Eu "morri" porque era parte do meu plano, com os assassinos pensando que eu estava morta, eles iriam parar de ir atrás de mim, assim eu podia trabalhar melhor.

— Então está dizendo que é melhor trabalhar sozinha do quê em dupla?

— Não, eu não disse isso... - Judy já estava ficando com certa dificuldade, e com uma certa raiva, de todos os repórteres em cima dela, acho que já era minha hora de agir.

— Quando nós "morremos", os assassinos iriam acreditar nisso, sendo assim, parando de ir atrás da gente, dando mais tempo pra pensar, e no que deu esse ótimo plano da Judy? A justiça. Agora aqueles criminosos estão atrás das grades - Finalmente eles pararam de fazer algumas perguntas durante algum tempo, mas voltaram depois de escreverem qualquer coisa nos seus cadernos. Judy apontou para uma zebra que estava por ali.

— Oficial Hopps, você pode nos explicar melhor o seu plano?

— Claro - Judy sorriu, sentia um orgulho por ter criado aquele seu plano mirabolante, e com certeza adoraria contá-lo - Quando eu percebi que os criminosos matavam apenas os policias, eu consegui descobrir logo que eu seria a próxima, só precisei trocar as balas da arma que iriam usar contra mim por saquinhos de sangue falso, tive que atuar muito, mas acho que deu certo, todos pensaram que eu morri - Judy tirou o sorriso de seu rosto e se virou pra todos os policiais do DPZ - Eu sinto muito se preocupei vocês.

— Oficial Wilde, é verdade que a oficial Hopps ficou lhe ajudando mesmo quando estava "morta"? - Opa, minha vez.

— Sim, achei estranho um tal de Ynuby começar a me ajudar, devo admitir que achei que trabalhava para os assassinos. Esse tal de Ynuby sempre sabia onde eu estava e tudo mais, obvio que eu vou desconfiar, não é? Mas, fico feliz que no final, tenha dado certo.

Muitas outras perguntas saíram da multidão dos repórteres, mas o chefe Bogo apareceu e resolveu deixar que ele mesmo respondesse o resto das perguntas, enquanto eu e Judy saímos do DPZ. Pisamos do lado de fora, outra multidão de perguntas e flash's de câmeras nos atingiram, fazendo a gente correr para qualquer lugar, depois percebemos que era uma farmácia:

— Aqui vai dar pra despistar eles durante míseros mili-segundos, Nick - Judy falou com seu nariz ainda tremendo.

— Calma - Foi a única coisa que consegui dizer, então, resolvi tentar animá-la um pouco, quando digo animar, quero dizer irritar - Você é baixinha, consegue se esconder facilmente.

— Ei! Eu sou alta pra o tamanho de um coelho, tá bom? - Falou com sua voz típica de raiva, ri daquela cena, ela estava de ponta de pé. Percebeu e voltou com os pés colados no chão - ...

— Não precisa se preocupar cenourinha, todos somos pequenos um dia - E mais uma vez, resolvi irritar ela - Só que com você é pra sempre.

— Você, o cara que ficou com saudades e chorando quando eu morri, me fazendo ficar irritada? Você me ama, não é? - Ela falou com um sorriso sarcástico, e eu virei o rosto pra esconder que eu fiquei um pouco envergonhado pelo o que ela disse - Ah, virou o rosto, um ponto pra mim - Por que ela tinha que me conhecer tanto?

Uma repórter nos viu ali e correu pra farmácia, fazendo com que eu e Judy fujamos de novo, correremos para qualquer lugar, até que Judy apontou pra floresta e eu entendi exatamente o que ela queria: Ir para a cabana. Conseguimos chegar lá em alguns minutos, por sorte, ninguém nos seguiu, então aquilo continuava em segredo. Andamos até a cozinha e bebemos um copo d'água e fomos para a sala assistir TV, típica rotina de quando estávamos mortos:

— Vamos ficar aqui só por um tempo, certo? - Judy falou - Vou ligar para o Garramansa e dizer que amanhã já voltamos para o DPZ.

— Você que manda, oficial Hopps - Respondi ligando a TV - Olha só, somos famosos.

— Com a volta inesperada de nossos dois melhores policiais, oficial Hopps e oficial Wilde, a segurança com certeza voltará a reinar em Zootopia. Quem disse que policial "morre" em serviço? - Disse brincando, e eu ri, Judy deu apenas um risinho depois começou a rir de verdade - Nossa repórter estava lá pronta para identificar o verdadeiro plano da oficial Hopps, veremos as imagens.

— Quando eu percebi que os criminosos matavam apenas os policias, eu consegui descobrir logo que eu seria a próxima, só precisei trocar as balas da arma que iriam usar contra mim por saquinhos de sangue falso, tive que atuar muito, mas acho que deu certo, todos pensaram que eu morri! Eu sinto muito se preocupei vocês - Judy assistia tudo com atenção, então resolveu mudar de canal, de novo, de novo, até parar em qualquer canal que ainda assim falava da gente.

— É verdade que você morreu por quê não aguentava mais a vida policial, oficial Hopps?

— Claro - Espera um minuto... Judy não havia dito isso quando perguntaram isso. Ela respondeu Não, a coelha do meu lado também percebeu isso.

— Então está dizendo que é melhor trabalhar sozinha do quê em dupla?

Assim eu podia trabalhar melhor!

EU NÃO RESPONDI NADA DISSO - Judy gritou e eu dei um pulo de susto, observei a coelha com as orelhas abaixadas com as mãos no rosto - Eu... Não disse isso...

— Judy, tudo o que eles querem é que os animais achem as notícias impressionantes, transformar tudo no showzinho deles, basta você ir lá explicar que não foi nada disso, mas eu não duvido que vão editar também...

— Droga de edição, agora todos acham que eu só me importo comigo mesma e... Meus pais... - Judy se lembrou de repente, logo pegou o celular e ligou para o DPZ - Garramansa? Aqui é a Judy, pode dizer para o chefe Bogo que eu vou faltar uma semana? - QUÊ? A Judy já passou duas semanas fora, quer passar logo o mês inteiro? - Eu preciso rever alguns animais, que provavelmente devem estar chocados com tudo o que aconteceu comigo. Você avisa? Obrigada, tchau - Ela guardou novamente o celular no bolso, se virou pra mim e falou - Vocêm oficial Wilde, foi convocado para passar uma semana nas Tocas.

— Quê? Como assim, Judy? - Perguntei ainda espantando vendo ela ir entrando no quarto que ela ficava quando estávamos morando naquela Cabana - Pra quê isso?

— Até a poeira abaixar, chefe Bogo tinha razão, a volta a vida é bem complicada - Falou e depois entrou no quarto, algum tempo depois voltou com uma mochila - Eu vou te encontrar na estação, vou passar no meu apartamento só pra pegar mais algumas roupas, seja rápido, eu vou te ligar dizendo os horários das saídas pras Tocas.

Me despedi da Judy e resolvi me vestir novamente com um capuz pra conseguir despistar todos os repórteres, e não é que deu certo? Consegui chegar no apartamento vivo, pelo menos. Peguei uma mochila preta e enfiei ali as primeiras roupas que eu via, assim que eu estava fechando a mochila, Judy me ligou:

Alô? Nick? Tem um trem que vai sair daqui a meia hora, melhor nos apressarmos, você já está pronto?

— Estou, você já avisou sua família?

Não, eu acho melhor fazer uma surpresa— Assim que ela falou isso, fiquei ouvindo apenas sua respiração - Eu te encontro na estação, tchau— E desligou rápido.

Corri rápido para o local onde Judy disse para ir, estação, e logo avistei a coelha vestida apenas com um short, uma regata branca e um casaco jeans, escutando música com seus fones de ouvido, estava... Bonita. Eu estava com a primeira roupa que eu vi no guarda roupa, que se resumia em uma bermuda verde escura e uma blusa branca. Cheguei perto dela e assustei-a, fazendo ela pular com um gritinho, se virar pra mim e me dar um mini-soco no ombro, me fazendo rir mesmo assim. Ela me deu uma passagem, gentileza dela comprar logo a minha. Entramos no trem e fiquei olhando para a passagem, foi uma tremenda sorte deixarem a gente no mesmo vagão. Eu fiquei do lado da janela por causa do Garra, Papel ou Tesoura.

Estávamos mais ou menos no meio da viagem quando senti algo cair no meu ombro, olhei para o lado e vi a cenourinha dormindo. Não tive coragem de acordá-la, então simplesmente deitei minha cabeça sobre a dela, e passamos assim a viagem toda, eu acho, eu dormi também.

Acordei antes da Judy e o trem estava parado, olhei para os lados, acho que já tínhamos chegado, olhei para a cenourinha e fiquei balançando-a até finalmente acordar, bocejou e finalmente percebeu que estava já na sua terra de origem. Pulou da cadeira e logo me chamou para irmos  logo correndo, desceu do trem e ficou olhando para os lados, então de repente, pareceu lembrar de alguma coisa:

— Eu não avisei para eles que eu vinha, né? - Falou passando a mão pela cabeça e rindo - Eu sempre aviso, eu esqueci - Disse e colocou a língua para fora fazendo uma careta.

Segui a Judy por praticamente quase toda Tocas, chegamos enfim numa casa, bonita sim, a cenourinha foi para porta então bateu três vezes. Uma coelha, acho que era mãe dela, atendeu a porta e quando viu Judy, começou a chorar e abraçou a filha:

— Judy, eu estava com tantas saudades, quando eu soube que você... Bom... Morreu, eu fiquei arrasada, e eu pensei comigo mesma "Eu te avisei que esse emprego é perigoso", mas você se mostrou mais forte do que já é! E estava viva! - Falou e a abraçou mais uma vez - Vamos entre e... - Então, a coelha olhou para mim - F-filha, esse é o oficial Wilde?

— Sim, mamãe, é ele - Judy respondeu sorrindo - E pode chamá-lo de Nick.

— Nick - A mãe da coelhinha disse vindo na minha direção enquanto apertava minha mão e eu sorria - Obrigada por cuidar da minha coelhinha, Judy fala muito de você quando vem nos visitar.

— MAMÃE! Vamos simplesmente entrar? Papai deve estar esperando - Disse Judy entrando na casa, e eu rindo e a mãe dela junto, que assim que a filha entrou, continuou sussurrando.

— É verdade, é Nick pra cá e Nick pra lá, vocês dariam um belo casal - A coelha riu e se virou pra mim ainda com um sorriso no rosto, que lembrava o da Judy, o sorriso inocente - Meu nome é Bonnie, é um prazer finalmente conhecê-lo. Ham, acho que você vai se dar bem com meu marido, ele não confia muito em raposas, mas do tanto que Judy fala sobre você, acho que ele já se acostumou. Vamos entre!

Segui ela até entrar na sala da casa que estava recheada de coelhinhos pulando de um lado para o outro, que pararam para me ver:

— Ei, você é uma raposa? - Perguntou uma coelhinha que estava do lado de Judy, que olhou pra mim nessa hora.

— Sim, sou - Falei sendo sincero, desde pequeno eu lembro de ser uma raposa, a não ser que eu tenha sido um elefante e não sabia - Por que a pergunta?

— É que dificilmente vemos raposas nas tocas - Respondeu ainda abraçada com sua irmã - Prazer conhecer o namorado da minha irmã.

— O QUÊ? NÓS? NÃO... NAMORADO? DE ONDE VOCÊ TIROU ESSA IDEIA? - Judy respondeu totalmente desesperada enquanto eu ria disso, então, comecei o meu famoso ataque de risos, e Judy começou a rir também - Ai, não somos namorados, pequena, somos só bons amigos - "Que já se beijaram", pensei.

— Então, vocês podem se sentar, eu já chamei o Stu e disse que você havia voltado -

— JUDY! Minha filha amada - Um coelho, que pelo que eu entendi se chama Stu, surgiu do corredor e abraçou Judy com muita força, que eu senti alguns ossos quebrando, mas parece que ela já estava costumada com isso, sorri - Que saudades, nunca mais morra de novo, tá bom? Eu proibo - Eu abraçou mais uma vez a filha - Ham, quem é esse?

— Pai, esse é o Nick, o oficial Wilde.

— O namorado da Judy - Gritaram todos os irmãozinhos da Judy e eu tive outro ataque de risos por conta do desespero de dizer "Não" da cenourinha.

Jantaram cenoura e eu comi a torta de Blueberry, e eu lembrei do nosso primeiro caso juntos, quando odiávamos um ao outro e eu só a ajudei por conta de uma caneta, e agora, olha só o que aconteceu, eu estava na casa da Judy conhecendo os... 246? 247...? As centenas de irmãos que ela tem! Terminamos de jantar e Bonnie foi colocar toda a coelhada para dormir, quando voltou, perguntou onde eu poderia dormir. Judy logo ofereceu o quarto dela:

— Judy... Mas ele...

— Eu já dividi uma cabana com ele, não tem problema mãe - Ela falou encarando os pais dela, que aceitaram depois com uma certa incerteza nos seus olhos.

— Eu prometo não arranhar sua filha enquanto ela estiver dormindo, nem morder seu pé - Eu falei fazendo o jeito que os escoteiros fazem quando vão fazer um juramento, e os pais delas perceberam isso.

— Você já foi escoteiro, Nick? - Stu perguntou.

— Eu? Bom... Eu... - Disse passando a mão pelo pescoço e olhei para Judy que logo entendeu, já que era uma das únicas que sabia sobre o meu passado - Eu... Sim.

— Olha só, Judy nunca quis ser lobinha, acredita? - Bonnie disse - Bom, chega, está tarde, hora de dormir.

— Boa noite, mãe - Falou a cenourinha dando um abraço na coelha e depois um beijo na testa, e fez o mesmo com o coelho - Boa noite, pai - Depois foi andando pelo corredor e me chamou. Eu dei um boa noite e segui ela até entrar naquele pequeno quarto - Acho que meus pais arrumam mesmo quando eu não estou aqui - Disse se sentando na cama.

Conversamos um pouco até ela ir no banheiro dizer que ia colocar o pijama, voltou com uma calça azul e uma blusa branca com uma cenoura. Se deitou na cama, e disse boa noite e se virou para o lado. Deitei na cama que ela colocou no chão, que eu devia admitir que era bem confortável, e olhei para o quarto. Era fofo, bem cara da Judy mesmo, pôsters de Zootopia, do DPZ, da Gazella, um típico quarto de adolescente, Judy tinha alma de adolescente, era uma das coisas que eu mais gostava dela.

Olhei para as fotos e vi uma dela com os pais delas, sorrindo, juntos, quando Judy era pequena e estava vestida como policial, e tinha marcas de garras na bochecha. Mas ainda assim, continuavam uma família feliz, eu comecei a chorar, lembrando da minha família, que já faz anos que eu não vejo, para ser sincero, eu fugi de casa quando eu tinha 12 anos, então nem sei mais se ele vivem na mesma casa, eu podia ter simplesmente ter ficado com eles, eu não teria ido pelo caminho do roubo e tudo mais, eu comecei a chorar muito, e acho que acordei a Judy, que saiu de sua cama e sentou do meu lado:

— Nick? - Perguntou e depois ficou um tempo calada - Eu não vou perguntar se você está chorando porque é meio obvio...

— Né...

— O que aconteceu? Você sabe que pode me contar.

— E-eu... Você... Vocês, sua família, são tão felizes... E-eu, eu nem sequer lembro mais o que era jantar em família, com todos perguntando como foi o dia e tudo mais, como você lembra, eu larguei a minha com 12 anos - Fechei a mão e fiquei batendo na testa - Burro, burro, burro, burro - Judy me fez parar de fazer isso e segurou minha mão, depois pegou meu rosto virando ele para eu encará-la.

— Você não é burro, foi um momento de sobrevivência...

— Judy... E se minha família me amasse, ela não teria ido atrás de mim?

— Nick...

— Só diz logo a verdade, ninguém me ama verdadeiramente, todos que amo vão embora - Falei dizendo as primeiras coisas que vinham pela cabeça - Eu amo alguém? Eu nem sei...

— Nick - Cenourinha disse mais uma vez  me fazendo olhar para ela mais uma vez - Eu te amo, e eu ainda estou aqui.

— É por isso que eu fiquei triste quando você morreu - Respondi deixando mais algumas lágrimas caírem lembrando da cena dela morta na chuva, foi tão real.

— E Nick, eu sei que você me ama - Falou dando um sorriso de lado. Seguei seu rosto e a puxei para perto, sentindo sua respiração, e ela abaixou as orelhas e respirou um pouco mais rápido - N-não é? Por favor, eu quero te ouvir dizer...

— Eu te amo, Judy... - Disse, então finalmente fechei o espaço que tinha entre nossos lábios.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos nos comentários ♥



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