Os dias passaram voando contra minha vontade. O tempo zombava do meu medo irracional, em relação a uma pessoa que nunca tinha visto na vida, e que já lhe dava arrepios. Queria entender o que estava acontecendo. Não creditava que estivesse se tornado tão sensível, pra se sentir tão afetado.

Voltou a olhar para os papeis na mesa. Tinha que deixar tudo em ordem antes de viajar. Não se daria ao luxo de deixar tudo bagunçado. Tinha responsabilidades. E odiava não cumpri-las.

Logo Angel chegaria, quero está livre de tudo, para dá atenção a ela. Ela era a melhor coisa que tinha lhe acontecido. E não desperdiçaria um minuto sequer pra estar perto dela.

Se jogou na cadeira, precisava relaxar. Aproveitaria esse fim de semana para esfriar e aproveitar o melhor que pudesse.

As horas foram passando rapidamente. Quando se deu conta, já havia resolvido todos assuntos que precisavam de sua atenção. Respirou aliviado depois de tanto trabalho.

— Olha quem chegou? – Diz uma voz bastante familiar. Carlisle dá um meio sorriso quando se virá na direção da menina

— Meu pequeno anjo travesso? – Questiono com um sorriso.

Ela o olha, fazendo beicinho.

— Sou um anjo muito bom! – O repreende se fazendo de brava.

— Oh! Que coisa... Me desculpe meu anjo muito bom. – Brinca.

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O casarão estava lotado de convidados. O evento de caridade, estava sendo um sucesso. Pessoas de vários lugares estavam presentes no evento da Senhora Ferrez.

Qualquer esperança que Bella tinha de passar despercebida na festa foi por água abaixo, quando a mãe dela teve o maior prazer de apresenta-la para todos que via pela frente.

— Dei sorriso amiga. – Leah, sugere quando Bella não demostra nem um pouco de simpatia.

— Não me sinto à vontade para sorrir. – Diabos, ela não tava com a mínima vontade de força um sorriso. – Vou retocar minha maquiagem.

Ela estava desesperada para fugir de tantos olhares, não gostava de ser alvo dos olhares que a metade dos convidados lhe davam. Bem que Jacob poderia ter vindo. Pensou desanimada, uma pena ainda estarem brigados.

Para a sorte dela, o toalete estava vazio. Ela estava retocando o batom, quando a porta foi aberta, e por ela entrou uma senhora.

— Droga! Esse menino ainda vai me mata de estresse.

Bella se virá para a mulher que resmungava.

— Tudo bem Senhora?

— Claro, querida. – A mulher sorrir para Bella. – Só frustrada com meu filho, que não compareceu no evento como tinha me prometido.

Bella fica admirada com o glamour da mulher mais velha. A mulher é muito refinada e educada, diferentes das outras mulheres chiques, que empinava o nariz para todos que consideravam inferiores.

— Sou Isabella Marie Swan. – Bella, educadamente se apresenta. – Mais pode me chamar de Bella.

O olhar da mulher adota um brilho maroto.

— Um prazer conhecer uma jovem tão educada. – E aperta a mão da Bella, e continua. – Elizabeth Masen.

Bella fica espantada. Aquela mulher era Elizabeth Masen, a estilista mais glamorosa de todos os tempos. Logo ela, que não tinha tantos gosto por moda, foi vim a conhece-la, Leah iria pirar quando soubesse que conheceu em carne e osso, a famosa Elizabeth.

— Não acredito. – Diz toda tímida, e dá um sorriso. – Minha prima tem todas suas coleções de moda. Ela é apaixonada por moda.

— Ela tem um bom gosto... – Revelou baixinho com um sorriso vitorioso.

O celular dela começa a tocar sem parar, interrompendo o a conversa das duas.

— Desculpe, é o meu filho. – Informa quando olha na tela do celular.

— Tudo bem. Já vou indo, foi um prazer conhece-la. – Se despede, e recebe um olhar de agradecimento de Elizabeth.

Ela levou algum tempo para voltar a se recuperar da surpresa de ter conhecido Elizabeth Masen. Quando chegou na mesa, recebeu uma olhar questionador da Leah. E ela deveria ter percebido o quanto fiquei afetada por alguma coisa.

Logo começou o leilão, e era lance para todos os lados. E no final dele, minha mãe havia comprado um quadro da coleção que ela tanto amava.

Assim que pode, Leah me questionou. Ela estava morrendo de curiosidade, se eu bem a conhecia.

— O que foi que aconteceu?

— Você vai surtar quando eu dizer. – Digo fazendo mistério. Adorava atormenta-la.

— Diz logo, quer que eu morra de curiosidade?

Como sempre, ela partia para chantagem emocional.

Será que conto? Ou deixo ela ficar cada vez mais curiosa?

Sabia que ela não desistiria. Iria me perturbar até que contasse o que havia ocorrido.

Bella a levou para se sentar. Não queria que a prima desmaiasse no meio de tantas pessoas. Pegou na mão dela.

— Conheci...

Quando Bella tava para dizer, uma voz calma e já conhecida as interrompe.

— Bella?

As duas se viram na direção da voz feminina. Leah fica de boca aberta, enquanto Bella se surpreende com a chaga inesperada de Elizabeth Masen.

— Elizabeth Masen? – Leah quebra o silêncio.

— Sim... e você deve ser a prima da Bella? – Perguntou, esperando a resposta de uma das duas.

Bella foi a primeira a reagir. E deu um sorriso sem graça para Elizabeth.

— Leah, minha prima. – Diz fazendo as apresentações. – Elizabeth. A conheci no toalete.

Elizabeth aperta as mão de Leah que a olhava com admiração.

— É um prazer conhecer você minha jovem. Fiquei sabendo que é apaixonada por moda.

— Na verdade... Sou louca. – diz toda risonha. E joga uma olhada na Bella. – Era isso né?

Bella apenas confirma concordando.

— Gostaria de convida-la para um chá na minha casa. – Elizabeth, começa a dizer. – Claro, se não for um incomodo.

Leah dá um empurrão de leve na Bella. Para que ela aceitasse. Conhecia a prima, e sabia que era mais fácil ela negar, do que ir.

Bella fica igual um pimentão de tão vermelha pela prima a ta forçando a aceitar. Além do mais, não teria coragem de dizer não para Elizabeth, que estava sendo tão educada com ela.

— Não terá problema. – afirma com um sorriso.

Pelo canto do olho, vê que a prima praticamente pula de alegria, e ela não era a única que estava satisfeita com sua resposta.

— Fico muito feliz, que terei uma companhia agradável para me acompanhar no chá.

Elizabeth pareceu tão carente ao dizer aquilo, que Bella se sentiu tocada pela fragilidade que ela demostrou.

— Posso levar minha prima. – Pergunta, puxando a prima para o seu lado.

O sorriso de Elizabeth se abre ainda mais.

— Claro que sim. – E olha para Leah. – Será muito bem-vinda, para vê minha nova criação.

Apertei a mão da Leah, que parecia que cairia durinha qualquer momento no chão.

— Obrigado pelo convite, Elizabeth. – Agradeço a gentileza dela comigo e minha prima.

— Não precisa disso. – dispensa com um sorriso. – Desde que o ingrato do meu filho se mudou, me sinto solitária e será um prazer ter companhias comigo.

— Não sabia que tinha filhos. – Leah, questiona.

 Dou uma olhada para Leah, a repreendendo pela intromissão na vida da Elizabeth. Elas nos acharia umas enxeridas, e acabaria se arrependendo de nos convidar para tomar chá na casa dela.

— Tenho só um filho. – Elizabeth fala amorosamente. – Edward já tem 35 anos.

— A senhora não parece tão velha, para ter um filho com essa idade... – Bella, ruboriza quando percebe que disse em voz alta o que pensava.

Elizabeth solta uma risada divertida. Se encantado com a sinceridade da jovem.

— Era muito jovem quando tive ele. Na verdade tinha 15 anos quando fiquei gravida.

Bella fica aliada quando Elizabeth não se senti ofendida com seu comentário.

— Era tão menina. Seus pais devem ter ficados furiosos... – Leah, diz. E dá um olhar penalizado para Elizabeth.

— Não. Já era casada. – Diz tranquilamente como se fosse algo muito comum.

— O que? Mais... – Fico confusa. Como assim casada? Era uma menina ainda.

— Meus pais me casaram muito jovem... E me sinto agradecida, pois amei o meu esposo até o último suspiro dele, e ainda continuo a ama-lo. – Enquanto ela dizia, percebi que ela viajava para aquela época. Ela devia ama-lo muito.

— Pensei que isso só acontecesse no século XIX.

— Meus pais eram pessoas humildes. Eles queria algo melhor para mim. – Fala com o olhar distante. – Meu esposo era um homem muito rico, e tinha a idade do Edward quando se casou comigo. – Os olhos dela brilham quando começa a dizer. – Claro que fiquei furiosa, quando descobrir que casaria com um homem mais velho. Só que meu marido era um homem carinhoso e paciente, e soube me conquistar aos poucos. Quando me dei conta estava apaixonada e grávida.

— Muito linda sua história. – Leah suspira de encantamento.

— Acredite minha jovem, não foi tão lindo assim. Por ser uma menina imatura, enfrentei muito obstáculos.

— Mais você os superou, não foi? – A questiono. Gostando de ouvir a experiência dela.

Logo me casaria, e mesmo que não fosse uma menina de 15 anos, ainda sou jovem. E sempre ouvir dizerem que casamento não é fácil.

Ela me dá uma olhar firme.

— Sim. Graças a meu marido, que sempre teve muita paciência comigo. Ele sabia que por eu ser jovem e inexperiente, ele teria que me ensinar a viver no mundo dele. Ainda mais com um bebê logo no começo do nosso casamento, ele não achou que pudesse ter filhos, e por isso, acabei concebendo antes do tempo. – Ela olhou para aliança que brilhava no dedo. – Sempre que eu dizia que não daria conta, ele me confortava, dizendo que nosso bebê podia ter vindo antes do tempo, mas ele me amava ainda mais por tê-lo presenteado com aquele maravilhoso milagre, e que juntos iriamos superar as dificuldades.

— Você o amou muito. – Afirmo.

— Sim. Meu primeiro e único amor. – Sussurra triste. – Por uma fatalidade, não pude mais ter filhos.

— Sinto muito. Tenho vontade de um dia ter meus próprios filhos. E não sei o que faria se não pudesse tê-los. – Digo a confortando. Não entedia em como conseguia me abrir tão livremente com ela.

— Às vezes eles podem ser arrancados de nossos braços. – Minha prima sussurra, e se abraça como se um frio se apossasse dela. – Não quero isso. Prefiro não ter filhos, para não sofrer as perdas deles.

Não sabia que ela temia a perda de um filho. Percebi, que nos últimos tempos não sabia muito da minha prima. E algo me dizia, que ainda iria descobrir muitas coisas.

Elizabeth vai até a Leah, que estava branca feito cera.

— Quando você sente aquele calorzinho em seus braços e olha para aquele rostinho encantador, acabamos nos esquecendo dos medos que tínhamos. E hoje, mesmo sabendo que posso perder meu filho, não me arrependo de tê-lo concebido. A felicidade de ser mãe, é saber que o vi nascer com vida e ter me dado momentos únicos, que somente ele poderia me dá.

As palavras dela era tocante. Eu própria sentia a força que ela tinham. E para minha surpresa, Leah começou a chorar.

Leah me olha com remorso. Quando dou um passo na direção dela, ela se afastar, e corre para bem longe.

O que foi aquilo?

Me pergunto preocupada. Ela realmente estava chorando, e não era um choro bobo. Era um choro a muito tempo guardado e sofrido.

Olho totalmente confusa para Elizabeth, que estava também surpresa com a reação da minha prima.

— Acho que a deixei muito emocionada. – Declara, como se essa fosse a única causa para o choro, da Leah.

— Eu... – Começo a dizer, precisava ir atrás dela, e perguntar o que estava acontecendo.

— Pode ir lá com ela. – Fala gentilmente, e estende algo para mim – Este é o meu cartão, depois combinamos o dia que vocês podem vim me visitar.

— Obrigado. – Digo, e pego o cartão com o numero dela.

Logo me despeço dela, e vou em direção que minha prima tinha ido. Para meu azar, não a encontrei. Quando volto para o salão, me deparo com minha tia, que não parecia nada feliz. Com certeza ela devia saber onde ela está.

— Tia, sabe me dizer onde Leah foi?

Ela me dá um olhar duro

— Ela foi para casa.

Até onde ela sabia, Leah disse que iria dormir lá em casa. O que aconteceu?

— Mais por que? – Pergunto ficando ainda mais confusa. – Ela disse que dormiria em casa!

— Ela estava se sentindo bem. – Diz friamente. – Agora poderia sair da minha frente?

Bella dá um passo para o lado, dando passagem para a tia passar. Como sempre, a tia era uma pedra de gentileza. Não sabia o que havia ocorrido, que tinha amargado tanto os tios. Eles já não eram os mesmo a muito tempo. Precisava saber o que estava acontecendo com a prima, não queria que acontecesse o mesmo que aconteceu a mais de dois anos atrás. Aquela foi uma época difícil para as duas. Sabia que a prima tinha sofrido pra caramba quando foi mandada para fora do país. Todas as vezes que elas se falavam por telefone, percebia que ela estava retraída e sentia como a voz dela soava triste e desanimada. Nunca soube o motivo da viagem, quando perguntou disseram que ela estava fazendo um curso de moda. Quando questionou Leah da viagem, foi como perguntar para a parede, nem uma palavra sobre o ocorrido.

Bella rapidamente digita no celular.

DE: Bella

PARA: Leah

O que aconteceu? Por que foi embora?

Estou preocupada!!

Esperei pela resposta, mais os minutos foram passando e nada dela me responder. Me conformei, teria que aguardar até amanhã para saber o que estava acontecendo.

A festa já estava terminando. Já não queria fica nem um minuto mais ali. Assim que deu pra ir embora, sair praticamente correndo na direção do carro. Para minha surpresa, encontrei alguém que não esperava no estacionamento.

— Jacob? – Pergunto não conseguindo conter minha felicidade.

Corro na direção dele, que me recebe de braços aberto. Pelo visto, minha noite estava apenas começando.