Angel não para de olhar pela janela, estava ansiosa pela chegada da mãe; Não conseguia entende porque se sentia agoniada, a única coisa que sabia, era que precisava saber se tudo estava bem, só assim ficaria tranquila.

Angel passa carinhosamente a mãe na cabeça de seu fiel amigo Furioso, que estava com as duas patas na janela observando a rua junto dela.

— Ela está demorando, não é amigão?

Estava começando a ficar preocupada. Temia que algo de ruim estivesse acontecido. Não demorou muito e um carro conhecido estaciona na frente da casa, confirmando os temores que Angel sentia.

Furioso começa a latir ao enxerga a dona descer do carro; Embora Angel estivesse feito uma pedra ao lado dele, que olhava sem acreditar no que via.

Não! Pensou começando a ficar irritada.

— Por favor! Por favor! Que não seja ele! – Sussurra de olhos fechados uma prece.

Mas quando abre os olhos, se depara com a crua verdade de ter Jacob Black ali na sua frente, junto com a mãe, que parecia muito alegre com a companhia daquele traste. Será que ela não via que ele era um nojento e ridículo?!

Já percebendo a presença do intruso indesejado, Furioso rosna quando o casal se abraça; Angel se pudesse teria feito a mesma coisa, já não suportava aquela cena ridícula; Sua pequena mente travessa começa a planejar em um plano, onde Jacob se desse muito mau. Ela se afasta da janela, de tão enjoada daquilo tudo, já arquitetando um plano perfeito.

Angel dá um sorriso travesso.

— Vem aqui, amigão. – Furioso para de rosnar e vai até a menina. Escuta atentamente o novo projeto Anti-Jacob.

Angel finaliza com um sorriso imenso no rosto, já furioso abanava o rabo de felicidade pela parte que teria que realizar. Juntos eles descem até onde o casal meloso se encontravam. Chegando lá, os dois se separam; Angel fica observando qualquer movimento que os entregasse, enquanto furioso entrava as escondidas no carro.

Angel faz cara de tedio ao escutar as seguintes palavras:

— Quase morri de saudades, amor. – Jacob diz a cada beijo trocado.

— Quem deras tivesse morrido! – Esbraveja furiosa, não acreditando nas falsas palavras.

Uma pena que o mesmo não acontecia com Bella, que acreditava demais nas promessas vazias de um traste com um passado podre. Observou com tristeza quando Bella sorriu e repetiu a mesma frase.

— Também senti sua falta.

Angel faz aquela carinha de quem pergunta: “Que pulgas são essas?” Ela precisava urgentemente de um óculos para enxerga o que estava na cara dela. Pensa aborrecida.

— Agora entendo porque tia Leah a chama de Bella boba! – Afirma com as duas mãos na cintura, lembrando que Leah sempre dizia isso quando Bella não queria enxergar o obvio.

Os olhos da menina olharam na direção do carro; Esperava que Furioso fosse rápido com a parte dele no plano, já não aguentava ficar existindo os dois juntos. Só queria vê onde iria parar todo esse mela-mela dos dois quando Jacob visse a surpresa que tinha preparado. Já se sentia vingada, ao imaginar o chilique que ele armaria. Rapidamente sua atenção vai uma segunda vez para o carro, e vê furioso sair de fininho, agora faltava pouco. Como planejado, Furioso aparece latindo, vindo da porta da frente da casa, para não levantar suspeitas.

Bella se afasta do noivo, se abaixando para pega-lo nos braços, enquanto Jacob se controla para não fazer nada de errado que pudesse estragar sua frágil reconciliação com a noiva. Era claro que ele odiava o animal que Bella tinha adotado, mas por enquanto não podia fazer nada.

— Sentiu saudades? – Brinca o abraçado, e sorrir logo em seguida quando recebe uma lambida no rosto. – Quero que conheça meu noivo, Furioso.

Quando ela vira de frente para o Jacob, Furioso começa a rosnar e mostra os dentes afiados para o inimigo, a deixando completamente surpresa com a raiva dele. Bella sabia que não seria fácil, o pobrezinho estava traumatizado pelo que Jacob fez, era normal ele não aceitar assim de cara, em ter contato com alguém que o machucou. Ficou triste, mas entedia.

— Calma, Furioso. – Sussurra o agradando. Aos poucos, ele foi se acalmando. – Ele não vai te machucar, prometo.

Ela olha para o noivo em busca de compreensão.

— Ele só ta um pouco nervoso. – Explica a favor de Furioso, dando um olhar crítico para o noivo. – Não reclame! Você teve culpa nisso.

—Eu!? – Pergunta abismado com acusação. – Não fiz nada!

Angel queria chuta-lo pela cara de pau de mentir. Claro! Jacob, nunca fazia nada. Pensou sarcasticamente. Queria que Carlisle estivesse aqui, e desse uma surra nesse babaca.

Bella preferiu não entrar em uma nova discursão. Era sensata demais para continuar a falar daquilo.

— Acho melhor você já ir. – Começou a dizer.

— Mas... – Jacob se desespera.

— Amanha a gente se fala. – O interrompe, deixando claro que não estava brava com ele.

Um pouco mais aliviado, Jacob aceita. Quando tenta se aproximar e dá um beijo de despedida, é forçado a recuar alguns passos, quando furioso tenta morde-lo. Bella fica sem graça, acabando em ter que jogar um beijo invisível para o noivo. Ele por outro lado, estava se esforçando para não explodir de raiva, e acabar jogando para longe aquele pulguento. Com passos duros se afastam, entra no carro, só que algo muito estranho acontece quando se senta no banco, era como se tivesse se sentado em cima de algo pegajoso, e pelo cheiro, parecia não ser coisa boa. Com muito nojo, constata que é tinha sentado em cima de uma merda de cachorro.

— Maldição! – Grita enfurecido. Sabendo que só um cachorro podia fazer aquilo. – Vou matar aquele cachorro.

Com fúria saiu pisando firme, indo em direção a uma Bella confusa, que o olhava sem entender a causa de tanta raiva nos olhos dele. Ele mal chega perto, e já começa a gritar:

— Esse maldito! – Aponta para o cachorro nos braços dela. – Cagou no meu carro!

Angel se espocava de rir. Agora não como ele fingir ser outra pessoa. Pensou. Ela deu a volta para vê o estrago causado, que teve que botar as mãos na barriga de tanto rir. O traseiro dele estava todo sujo.

Bella estava incrédula, não achando nada engraçado nas insinuações do noivo.

— Impossível! – Afirma resoluta em acreditar na loucura do noivo.

— Está me chamando de mentiroso? – Recruta puto de raiva por ela não ficar do lado dele.

— É claro que está, idiota! - A menina dá uma risada rouca, se divertindo a cada segundo.

Bella respira fundo, não acreditando que estava acontecendo tudo de novo.

— Não quero brigar. – O tom de voz era cansado, já não sabia o que fazer. – Então, para com essa histeria.

— Isso... – Ele se vira contra gosto, mostrando que não estava exagerando em nada. – Isso, é por acaso histeria!

— Mas... O que... - Bela olha de boca aberta, querendo entender o que estava acontecendo. Estava bem nítido que ele não estava mentindo, e não parecia ser uma brincadeira.

— Isso, foi o que esse pulguento fez! – Acusa cuspindo fogo de tanta raiva.

— Você não pode afirmar, isso! – Não acreditado que ele estivesse dizendo aquilo. – Não tem provas de que ele entrou no seu carro. Ele estava em casa!

— Quer que eu acredite que a merda apareceu no passe de mágica!?

— Ele não é o único cachorro desse bairro!

— É o único que me odeia!

— Está sendo irracional! Não tem como ter sido ele, você viu que ele vinha de casa, e não do seu carro!

Por um logo tempo os dois ficam se encarando. Aquela briga não levaria nem dos dois a lugar algum, talvez ao rompimento.

— Vá para casa. Tome um banho, lave o carro, esfrie sua cabeça. Quando tiver feito tudo isso, a gente conversa.

Sem esperar por uma resposta, ela dá as costa para Jacob.

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O dia já havia amanhecido, e Bella mal tinha conseguido dormir direito. Estava preocupada com a prima, com Jacob; Sua noite havia sido cheia de turbulências, a única coisa boa era que as coisas não ficaram piores.

Uma batida na porta chama atenção dela.

— Entra! – Esperava que não fosse a mãe.

Abrindo os olhos, ela volta sua atenção para uma Leah que entra toda envergonhada, que silenciosamente se aproxima, timidamente se senta do lado da prima.

Várias perguntas estavam presas em sua garganta, mais se viu completamente sem fala ao vê como a prima estava retraída. Queria saber o que estava perturbando a prima, que a fazia se apagar por muitas vezes. Se perguntava porque não havia percebido isso antes, só agora entendia que estava sendo egoísta, estava tão entusiasmada com a própria felicidade, que se esqueceu que a prima já não era a mesma desde que havia voltado de viajem.

Tantas perguntas sem respostas.

— O que foi aquilo? – Quebra o silêncio entre elas, se referindo da noite anterior.

Leah abaixa os olhos.

— Estou naqueles dias que tudo me deixa emocionada. – Diz toda embaraçada. – Fiquei muito mexida com a história da Senhora Masen. Foi uma combinação que me trouxe muitas lagrimas.

— Não falo só de ontem, mas de todos os dias desde que voltou.

Bella repara que ela se senti desconfortável com o assunto, que chega até se levantar e andar de um lado pro outro.

— Nada aconteceu... Não sei do que você está falando.

— Sabe muito bem do que falo. Já não é a mesma de antes. – Recruta, em busca de respostas.

O rosto de Leah se contrai.

— As pessoas mudam. – Diz numa voz fria. – Nada continuar a ser o mesmo de antes.

— Não drasticamente...

— Olhe para você! – Comenta olhando para prima. – Você mudou e nem percebeu. Viajei por alguns meses e quando volto, a encontro namorando com o cara que nunca pensei que você namoraria.

— Meu namoro...

— Não vem ao caso. – A interrompe bruscamente. – O que importa, é que tudo se modifica.    

Angel que observava tudo, olha tristemente para tia, sabendo o quanto ela se fazia de forte quando o que mais queria era se derramar em lagrimas. Era incrível como uma pessoa podia suporta tanta dor.

— Logo, tudo se resolvera. – A criança sussurra baixinho. – Prometo que essa dor terá seu alivio.

Bella engoliu em seco, sabendo que Leah estava certa, e por um momento de egoísmo, tinha deixando de lado o que a prima sentia. Não percebeu que ela própria já não era a mesma. Precisava concerta esse erro, ou nunca se perdoaria. Leah era como sua irmã, unidas desde que ainda eram bebês, e não admitiria que paredes invisíveis as afastasse.

— Quero conhecer essa nova Leah. – Com um gesto de mão, leva até o coração. – Assim, como quero que você conheça essa nova Bella.

Leah estica as mão para Bella com um sorriso sincero.

— É o que mais quero. – Olha bem nos olhos da prima. – Apenas tenho medo de que você já não goste dessa nova Leah.

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Movendo-se com rapidez para fugir de ser molhado pela chuva, Carlisle atravessa o pequeno jardim da frente. Ao entrar na casa que havia ganhado da mãe, olha para os empregados que não sabia que estaria lá. Aquilo só pode ser arte da mãe! Só ela sabia que ele estava saindo de “férias”.

Carlisle recebe cumprimentos dos cincos funcionários, cada um dizendo suas funções: Tinha governanta, cozinheira, jardineiro, e duas moças que cuidavam da limpeza.

— Senhor, precisava de uma toalha? – A governanta lhe dirige a palavra.

— Quero apenas um banho quente, por favor.

Estava subindo as escadas quando escutou uma voz familiar.

— Muito bonita sua nova casa.

Ele se virá na direção da garotinha de vestido branco e rosto de anjo. Não esperava encontra-la tão cedo por aqui, pensou ter a escutado dizer que iria visitar um amigo.

— Que surpresa boa, encontrá-la. – Diz depois de ter se certificado que não havia ninguém por perto. Todos já havia indo para seus afazeres.

— Não conseguir ficar esperando. – Começa a se justificar, deixando que um brilho lindo se apossasse de seus lindos olhos azuis. – Hoje, irá conhecer minha mãe. Estou tão ansiosa.

Ele deu sorriso torto.

— Ficará feliz quando dizer, que me sinto da mesma forma.

Ela corre até ele, e o abraça; Era muito bom saber que compartilhavam aquele nervosismo.

— O fedorento voltou. – Sussurra com o olhar triste.

— Por que você não gosta dele?

Era a primeira vez que perguntava aquilo. Claro que ela tinha os motivos certos para não querer ele do lado da mãe. Só que sentia que era muito mais que uma simples proteção para seu nascimento.

 E confirma isso quando ela olha para os próprios pés.

— Ele é mau.

— Só isso? – Insisti. Sabendo que tinha muito mais por trás.

— Ele foi mal com alguém que gosto. E por culpa dele, coisas ruins aconteceram. – Uma lagrima escorre pelo seu delicado rosto. – Antes só queria ele longe por mim. Agora quero ele longe de todos pelo que descobrir. Ele é capaz de destruir minha família.

Carlisle limpa as lagrimas do rosto vermelho pelo choro prendido.

— Não chore...

— Preciso que ele vá embora.

— Já disse que vou te ajudar minha linda.

— Promete? Promete que me ajudará afastar ele da minha mãe?

— Não sei como poderia ajuda-la nisso.

— Se você se torna amigo de mamãe, poderá abrir os olhos dela.

De olhos fechados, Carlisle pensa no que pode fazer. Só de conhece-la, se sentia amedrontando, imagina se torna amigo.

— Prometo. – Promete selando seu destino com o da desconhecida.

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Depois da chuva, o céu estava lindo.

Bella encontrava-se deitada na cama desde que a prima foi embora. Olhava sem parar o lindo azul que o seu tinha adotado depois de tantas nuvens escuras. Ainda se lembrando da conversa que tivera com a prima.

Do que ela tinha medo? Pensou. O que poderia ter nessa nova Leah que me desgostasse.

Erguendo a cabeça, encara Furioso. Precisava sair, tomar um ar fresco. Aproveitaria levaria furioso para passear no Park.

— Quer passear amigo?

Animado em sair, furioso abana o rabo concordando.

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 - Precisamos nos apressar! – Angel Começa a repetir.

Carlisle estava a quase uma hora no telefone. Desse jeito, acabaria perdendo o encontro com a mãe. Olhava de cara feia para Carlisle e para quem quer que seja no telefone com ele. Ele só sabia de dizer que já tava terminando. Estava começando a ficar impaciente.

Carlisle se inclina para ela quando encerra a ligação. Aperta de leve o nariz arrebitado dela.

— Estava falando com a minha mãe. – Ele começa a rir quando ela abre os olhos espantada. – Por que a pressa pequena?

— Ela já deve ter chegado no parque a essa hora.

Estava explicado agora. Nem um pouco surpreso.

— Tem certeza que ela vai ta lá?

— Claro que tenho! Eu escutei ela dizer...

— Então vamos, não quero você com rugas tão nova. – brinca apertando as bochechas dela.

Ela franze a testa.

— O que são rugas?

— Quando você for adulta, irei te explicar.

Em menos de meia hora, o carro estacionava. O parque estava cheio, tinha crianças correndo para todos os lados, jovens namorando e idosos jogado xadrez.

Fazia muito tempo que Carlisle não fica em meio a tanta gente, que se sentiu livre da prisão que ele mesmo havia criado. Talvez ele ainda tivesse chances. Pensou pela primeira vez positivamente. Ele era abençoado por ter aquela criança na vida dele.

Sentiu a um aperto na palma da mão. Olhou para Angel que a segurava.

— Ela está bem ali. – Aponta para uma moça de cabelos castanhos, que jogava disco para o cachorro pegar.

Surpresa. Foi o que sentiu quando a viu, não imaginava que ela fosse tão jovem. Devia ter uns 17 ou dezoito anos.

— Tem certeza que ela é sua mãe? – Pergunta para confirmar.

— Sim. Ela é linda, não é?

Ele olhou novamente para a jovem de longos cabelos castanhos. Sim, ela era linda.

— Sim. – Foi o que conseguiu dizer.

Algo nela era familiar, talvez fosse por ele ter uma miniatura daquela jovem ao lado dele, que a fazia ser tão conhecida para ele.

— Furioso irá nós ajuda. – Angel começou a dizer. - Você vai gostar muito dele.

Mais uma vez ela lançou o disco no ar. Mais quando o tal furioso pegou ele, não levou em direção a dona, mas sim na direção deles.

Carlisle fitou sem acreditar quando o cachorro parou bem na frente dele.

— Bom menino! – Angel abraçado o cachorro com ternura. – Agora, cumprimente meu amigo Carlisle.

Carlisle começou a rir quando o cachorro subiu nele e começou a lambe-lo sem parar. Que agradável recepção. Pensou cheio de vida. Como sempre Angel estava certa, ele gostou muito em conhecer o Furioso. Teve um belo vislumbre de uma sobra ao lado deles, já sabendo quem era.

— Ohhh... Meu Deus! – Bella tenta tirar furioso de cima do desconhecido.

Ela estava morta de vergonha, que não tinha coragem para olhar para o pobre homem jogado no chão. Ela tenta conter o animal nos braços, que parecia ter enlouquecido. E se surpreendeu quando escutou o homem rir sem parar. Talvez, furiosos não fosse o único a ter perdido juízo.

— Desculpa, ele não é de fazer essas coisas. – Sussurra numa tentativa de desculpa.

Carlisle não soube dizer o que foi aquele choque ao escutar aquela voz tão suave e rouca. E pela primeira vez, pode olhar nitidamente para aquele rosto delicado, tão familiar.

— Não se preocupe. – Diz se recompondo. – Fazia tempo que não tinha uma diversão tão boa.

— Mesmo assim, desculpa. Não sei o que houve para ele ir na disparada para cima de você.

— Não se preocupe, senhorita...?

— Bella... Pode me chamar de Bella.

— Carlisle. – Se apresenta, e estende a mão para ela, que aceita. – É um prazer conhece-la.

Os olhos castanhos se enchem de surpresas, assim que nossas mão se tocam. O vento faz com que eu possa sentir sua fragrância doce e apimentada. Naquele momento, entendi que todos aqueles frios eram ansiedade para conhece-la.