Cada vez que Angel se aproximava, mais nítido ficava as conversa que acontecia na sala. O que só despertava ainda mais sua curiosidade. E não ficou nada feliz com o que escutou a seguir:

— Quero levar Bella para uma ilha tropical. Passar o final de semana.

 Jacob sorria para Bella, esperando ansiosamente pela aprovação dos sogros.

Charles e Renner, se olham surpresos com a proposta do rapaz. Eles não sabiam o que dizer. É claro que a decisão final seria da Bella. Por ter 19 anos, já tomava suas próprias decisões. Fato de serem noivos, torna ainda mais obvio qual seria a resposta.

Angel por outro lado, não se agradou do que escutou. Precisava de um plano urgente!

Ela troca um olhar com o cachorrinho, que estava ao lado dela. Eles precisavam agir o quanto antes, ou então, estariam perdidos.

— Temos que tirar esse cara da nossa casa!

Quando ele concorda, o latido atrai os olhares de todos. Principalmente de Jacob, que abre os olhos, abismado com o que via. A situação chegava a ser engraçada. Bella, por outro lado, abre a boca várias vezes, na tentativa de explicar, só que nada saia. Estava surpreendida. Não fazia ideia de como o cachorro havia saindo do quarto dela. Ela tentava pensar em algo para dizer, só que não sabia por onde começar.

Os pais dela não estavam entendo nada, já que ela não havia contado as circunstâncias que tinha conhecido o cachorro.

— O que esse cachorro pulguento, faz aqui!? – Aponta o dedo para o cachorro, que continua a latir. Nada feliz em ter aquele animal na casa da noiva.

Bella tentou se acalmar, e pensar numa forma de como contar a novidade para o noivo.

— Bella o que está acontecendo? – Pergunta Charles, ao vê Jacob alterado. Nunca tinha o visto tão alterado como tava agora. E queria resposta para o que estava acontecendo.

As coisas só pioram. Pensou, desesperada. Temia que se contasse a verdade, o pai dela, mudasse de ideia sobre ficar com o cachorro.

Pensa Bela!

Você não pode perder seu novo amigo.

Jacob vai pirar!

Como se tudo isso não bastasse, Jacob vai em direção ao cachorro que latia sem parar, e tentou chutá-lo para fora. Só que o animal era mais rápido, e saiu da frente do homem irritado.

Bella fica petrificada no lugar que estava. Não acreditando no que via.

— Seu Bruto! – Angel, grita ao vê o que acontecia. – Não machuca ele! – Ela se encontrava furiosa. Se pudesse, ela o chutaria onde mais dói. Era nesses momentos que ela se irritava, por não ser capaz de fazer tal coisa. Podia fazer várias coisas, menos chuta-lo!

— Chega! – Bella grita, acolhendo o cachorrinho em seus protetores braços, quando ele corre na direção dela.

Ela olha furiosa para Jacob, que fica ainda mais chocado com atitude da noiva.

— Não, não, não pode ser! Não me diga que você acolheu esse pulguento, depois do que aconteceu! – Dizia se negando em acreditar no que os olhos deles viam.

— Pare de agir com uma criança birrenta, Jacob! – O repreende, por estar fazendo aquela cena na frente dos pais dela. Principalmente, da mãe que iria reclamar, dizendo que ele não é adequando para ela. E um monte de baboseiras.

— Sim! Eu o adotei! – Diz de nariz em pé, orgulhosa acolhido o cachorro na casa dela.

Ele balança a cabeça, não acreditando.

— O que está acontecendo, Bella? – Charles, novamente a questiona. Ele olha para Bella com o cachorro, que parecia ser o motivo da discursão; E para Jacob, que estava descrente do que Bella acabava de dizer. Queria entender o que se passava!

Renner nada dizia, apenas observava toda aquela confusão, com olhos críticos. Nunca gostou daquele rapaz, e agora, confirmava porquê.

Angel era a única que tinha um sorriso vitorioso nos lábios, no meio de tanta tensão.

— Fala sério! O lugar desse bicho, é no canil! – E se aproxima determinado a levar para longe aquele bicho. – E será para lá que vou leva-lo! Não vou permitir que fique com esse animal...

Era obvio que Bella estava chocada com o que ele acabou de dizer. Não queria acreditar que ele tenha dito aquilo para ela. Quem ele pensa que é!?  Ele estava muito enganado, se achava que ela faria tudo que ele queria. Ela tinha vontade própria, e não seria dirigida por nenhum homem! E nem pelo homem com quem casaria!

No minuto seguinte, o cachorrinho pula dos braços da Bella, que estava mais branca que a neve, e corre na direção da perna do Jacob. Que pula para trás, quando sente a mordida no tornozelo.

— Me mordeu! Esse saco de pulgas, me mordeu! – Jacob grita segurando a perna mordida. Enquanto o cachorro, grunhia para ele.

— Minha nossa! Renner, vá busca a caixinha de primeiros socorros, agora! – Charles da ordens, enquanto corre na direção do genro. E grita para filha que estava paralisada no meio da sala. -  Bella, faça alguma coisa com esse cachorro!

— Venha Furioso. – Bella corre até o cachorrinho, e o pega no colo. Ninguém iria separa-la do seu novo amigo. E começa a subir as escadas, iria para longe de Jacob e das idiotices dele. Estava de saco cheio de tudo aquilo. E não ligou, nem um pouco por ele ter sido mordido. Ele mereceu por ser um babaca.

Charles fica chocado. Ele não esperava essa atitude da filha. Achou que ela fosse socorrer o noivo, e se livrar do animal encrenqueiro. Mais, tudo tava sedo o contrário.

— Bella, onde você está indo? – Jacob a questiona, quando ela começa a subir. Não acreditando, que ela tenha prefiro ao cachorro pulguento. O maldito cachorro, havia o mordido, e ela se atrevia a da as costa pra ele!

— Para o meu quarto! – Diz friamente, e continua a subir.

Jacob olha para Charles, em busca de ajuda. Charles olha de um para o outro.

— Bella! – Charles a chama. Só que é ignorado. – Bella, estou falando com você!

Ela se virá para eles, fechando a cara para os dois. Iria pôr um fim naquela discussão. E não iria permitir que Jacob usasse o pai dela.

— Acabou! – diz ríspida. – Não terá fim de semana. Não quero vê-lo tão cedo, por aqui! Agora, com sua licença, irei me retirar!

Renner e Angel tinha um meio sorriso de orgulho nos lábios. Estavam as duas contentes com atitude da Bella.

.

.

.

— Furioso, você foi um menino muito mal. – Bella o repreendia pelo nome que deu para ele. – Não se pode morde as pessoas. – Logo depois ela dá um sorriso, quando ele late e passa a língua pelo rosto dela. – Está certo, ele mereceu. Ele foi muito mal com você.

E continua a brincar com ele em cima da cama. Rindo a cada travessura que ele fazia. Se esquecendo dos problemas e de tudo lá fora.

Angel observava tudo, com um lindo sorriso. Por enquanto, tinha Jacob longe, e teria que aproveitar isso, para afastar de vez ele dá vida da mãe. Já tinha pensado em algo, agora, teria que convencer Carlisle, a conhecer sua mãe. Tinha que ter alguma forma de aproxima-los. E não desistiria até conseguir o que queria.

De uma forma ou outra, eles se tornaria amigos. Carlisle precisava de pessoas forte ao lado dele. E Bella, seria uma forte estrutura para mantê-lo em pé, na batalha que estava enfrentado. Não deixaria ele se afundar. Se fosse preciso, daria tudo que estivesse em seu alcance para mantê-lo vivo.

Sentia que ele merecia tudo que ela pudesse da á ele. Mesmo embaixo daquela amargura, sentia que ele tem muitas qualidades.

Sorrir ao se lembrar, que ele mostrou que daria tudo para ajudá-la na busca pelo pai. Ele tinha um nobre coração, que foi quebrado por algo que ocorreu em seu passado. E tentaria concerta, e juntar os pedaços que estavam espalhados.

Com duas batidas, a porta do quarto é aberta. E por ela, entra uma Renner toda desconfiada. Bella levanta o rosto para a mãe, e volta a olhar para o cachorrinho.  Já imaginando o que estava por vim.

— O que foi que aconteceu lá embaixo, querida? – A questiona, tentando reprimir o sorriso.

Bella dá um suspiro baixo, e volta a olhar para mãe. Não estava preparada para ter uma conversa com a mãe, agora. Queria apenas fica sozinha, e pensar em tudo que estava acontecendo.

— Não quero conversar agora, mãe. – Pede em voz baixa. Precisava pensar no que diria, e no que tinha feito. Quando a mãe tenta novamente a pressiona-la. Bella balança a cabeça. - Preciso de um tempo sozinha. Por favor!

Mesmo contra vontade, Renner aceita a decisão da filha. Era melhor não tentar força-la a dizer nada por enquanto. Quando ela estivesse pronta, ela diria o que estava acontecendo.

— Tudo bem... Mais saiba que só quero ajuda-la, filha. – E com isso, se retira a deixando sozinha, com o cachorrinho.

.

.

.

.

— Posso saber, porque está com esse lindo sorriso? – Carlisle, a surpreende quando aparece do nada, na sala.

— Que susto! – Diz com as mãos no coração. Reparando que ele estava bem arrumado.

— Não sabia que anjinhos se assustavam. – Argumenta com um meio sorriso, se sentado ao lado dela. – Então, vai me dizer o motivo desse brilhos nos teus olhos?

— Mamãe, está brigada com o fedorento.

Ele levanta a sobrancelha.

Ela rir, pois ele ainda não tinha entendido de quem ela falava.

— O Jacob. – Responde com as duas mão para cima. – O fedorento Jacob.

— Ahh... Sim, o noivo da sua mãe!

— Não por muito tempo. – diz com um sorriso de que estava tramando algo.

Sabia que quando ela dava aqueles sorrisos, era porque, alguma coisa ela estava aprontado. E temia saber o que podia ser. Aquela menina, é uma caixinha cheia de surpresas, e nunca sabia o que ela podia fazer. Estava tão acostumado em ter aquela rotina, que tê-la ao seu lado, ainda era difícil acreditar.

Se lembrava que ela havia dito que o noivo da mãe, era um idiota. Que só pensava nele mesmo. Era incrível, em como ela cismava com o noivo da mãe. Agora ela vinha com aquele apelido. Não queria rir, mais não teve alternativas, sem não rir. Tinha pena desse homem. Conhecendo ela, como conhecia, sabia que ela não iria parar até tê-lo fora da vida da mãe.

—É mesmo? O que essa mente brilhante, anda aprontado? – pergunta afastando os cabelos do rosto dela.

— Não queira saber. – E rir quando ele faz cara de surpreso.

— Por que?

— Você jura não fica chateado? – Quando ele promete, ela confessa. – Quero que você conheça minha mãe.

Ele não deixa transparecer, mais não gostou muito do rumo da conversa. Sempre que ela tocava nisso, ele não conseguia explicar o frio que se apossava dele.

Ele força um sorriso, para tranquiliza-la.

— Porquê disso agora? – a questiona. Não entendo a insistência dela no assunto.

Ela o encara fazendo beicinho.

— Não posso querer, que conheça minha mãe?

— Não é isso minha linda. – Não sabia em como sair daquela enrascada.

— O que é, então?

— Nada. Besteira minha. – Se recusando a explicar que se sentia estranho com a expectativa de conhecer a famosa Bella.

— Então você vai conhecer minha mãe? – Repetiu na expectativa, querendo muito que ele aceitasse.

Se sentia condenado, por não conseguir negar nada para ela. O que ele podia dizer? Nada! Senão aceitar.

— Sim. – Confirma vencido pelo cansaço.

E observa Angel pular de alegria pela sala. Talvez não fosse uma má ideia conhecer a mãe dela. Se ela fosse a metade do que a filha é, com certeza valeria apena.

E um sorriso surge em seus lábios.

.

.

.

.

— Edward! – Dizia uma voz do outro lado da linha telefônica. – Você é um filho muito ingrato! Como se atreve a não me dá notícias suas!

As coisas estavam indo tão bem. Pensou ele.

— Não tinha muito o que dizer, mamãe. – Recruta. Não estava com paciência para os chiliques da mãe.

— Como não?! – Reclama, sabendo que o filho jamais admitia nada a ninguém. - Sou tua mãe. Tenho todo direito de saber como você estar.

— Claro, claro... Estou muito bem. Feliz agora? – Diz ironicamente. Sabendo o quanto ela se estressava com isso.

— Edward! Não se atreva a agir assim comigo!

— Fale logo o que deseja, mamãe. – Vai direto ao ponto. Sabendo muito bem, que ela queria algo.

— Estou com saudades! Quero que meu filho me visite!

Ele fica por um momento em silencio, se lembrando que iria viajar naquela semana. E se tudo desse certo, poderia ir visitar a mãe.

— Irei visita-la no final da semana. – teve a certeza de que ela ficou surpresa com a resposta dele. – Agora tenho assuntos urgentes para tratar, mãe.

— Estou muito feliz, que esteja vindo filho. – Começa a dizer. Estava emocionada. – Precisamos ter uma conversa, que já foi adiada por muito tempo... E não podemos mais perder esse tempo.

Ele fecha os olhos sabendo muito bem do que ela falava. E por mais que quisesse, não poderia fugir por muito tempo do que estava por vim.

— Claro. – ele murmura. – E já tomei minha decisão, sobre isso.

Não fugiria do que estava por vim. Agora tinha bons motivos para enfrentar todas as dificuldades que fossem aparecer. E se agarraria com unhas e dentes nessa pequena esperança que havia surgido em sua vida. Esperava que não fosse tarde demais para ele.