Sentada em uma das cadeiras do escritório, Angel balançava as pernas. E com muita alegria, contava sua pequena travessura na noite anterior. Carlisle apenas balançava cabeça e ria, a cada frase dita pela menina.

A menina era um perigo ambulante, para os futuros pretendentes da mãe.

— E foi assim que minha noite se tornou perfeita. – Finaliza. Com os olhos parecendo poças de águas cristalinas de tanta felicidade.

Carlisle não conseguiu segurar a gargalhada. E desde que foi deixado pela noiva, riu com vontade.

— Você é uma menina muito má. – diz entre os risos.

Ela o encara com os olhos semicerrados. Não gostando do título.

— Ele que é mau! – Bufa com os braços cruzados. – Ele chutou o cachorrinho. Ele merecia tudo aquilo, e ainda mais!

Ele dá um meio sorriso. Era incrível, em como ela ficava ainda mais linda, estando irritada. Não conseguia entender, como podia se sentir tão encantado por ela.

— Sua mãe deve ser muito bela... – Fala sem perceber, ainda a olhando. Percebendo o havia dito, fica sem palavras, e evita o olhar que ela lhe deu.

No que ele estava pensando, quando disse aquilo!

Em primeiro momento, Angel fica sem palavras para dizer algo. Principalmente, pelo assunto ter surgido do nada.

Com aquilo, decidiu que estava na hora deles conversarem sobre a mãe dela, mais profundamente. Queria compartilhar tudo com o amigo. Queria que ele conhece a mãe dela.

Seria tão legal, se ele se tornasse também amigo da mãe dela. É isso, ele vai ser amigo da minha mãe! Vai ser bom para os dois.

Daria a Carlisle uma amiga, e poderia assim afastar Jacob do caminho deles.

E muito satisfeita com seu novo plano, começa a dizer:

— Ela é a mais linda de todas! – Confirma, e tenta chamar atenção dele. – Você poderia conhece-la.

Carlisle volta a olha-la, espantado com a proposta da menina. Não entendia, mais sentiu um frio no estômago.

— Não acho uma boa ideia. – Recusa, voltando a olha para janela.

Ela não conseguia entender a recusa. Achou que ele ficaria feliz em conhece-la. Ele parecia tão solitário. Não estava nem um pouco conformada com isso.

— Por quê?

Ele tentou pensar em algo, mais não conseguia pensar direito. A sensação que sentiu, ainda estava bastante forte. E acabou dizendo qualquer coisa.

— Tipo o que?!

Ele se volta para ela. Ela o encarava de braços cruzados e com o rostinho revoltado. Que chegava a ser engraçado, tal atitude em uma criança.

Ela o olhava com se o desafiasse a dizer a verdade. Que nem ele sabia qual era.

E se divertiu com o atrevimento dela. Ainda não conseguia acreditar que ela tinha trazido tanta alegria para sua vida novamente.

Como um estalo, se lembrou, que hoje tinha uma consulta com o Doutor.

— Hoje vou ter uma consulta.

Rapidamente todo atrevimento desaparece de seu pequeno rostinho. Naquele momento, Carlisle, ficou ainda mais encantado, quando ela o olhou com preocupação. E sentiu-se mal, por usar aquela desculpa.

— Vai fica tudo bem, não é? – Pergunta com a voz falha.

Se sentiu ainda pior, quando os olhos dela começou a brilhar com lagrimas contidas. Não queria fazer ela fica triste. Tudo que mais queria, era faze-la sorrir. Que traste ele era!

— Ei! Olhe para mim. – Sussurra, levantado delicadamente o queixo dela. – Tudo vai fica bem.

— Não quero te perder! – E solta um soluço, enquanto uma lagrima descia pelo seu rosto. – Não agora que te encontrei.

Ele queria se chutar por ter feito ela chorar, e sofre daquele jeito. Tudo porque sentiu um maldito frio na barriga, por algo que não significava nada. Ele era um estupido!

Com cuidado, limpa as lagrimas do rostinho delicado dela. E dar o seu melhor sorriso para ela.

— Não irá me perder. Acredita em mim?

Ainda soluçando, ela balança cabeça em positivo.

— Estarei aqui sempre que precisar. Nunca vou deixa-la. – Dizia tentando ele próprio acreditar naquelas palavras. Enquanto abraçava fortemente em seus braços. Faria qualquer coisa por ela, até mesmo lutar por sua vida. Apenas, para nunca mais vê-la sofrer.

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Já era bastante tarde quando, Angel retornou para junto da mãe dela.

Ela sentia que as coisas com Carlisle, não estavam indo bem, e com muito custo, resolveu voltar para casa.

Mais tarde ela descobriria o que estava acontecendo. E nada a impediria de conseguir convencê-lo a vim conhecer sua mãe. Eles se dariam muito bem. Pensa toda sonhadora.

Logo é puxada pela realidade, quando escuta um latido a seu lado.

E olha com meiguice para seu outro amigo.

— Como você ta? – Pergunta, enquanto fazia um carinho na cabeça do cachorrinho.

Ele começa a latir sem parar, como se não conseguisse se conter de tanta felicidade. Angel estava muito satisfeita pelo cachorrinho.

Logo, Bella se aproxima dos dois. Para averiguar o que estava acontecendo.

— O que foi amigão? – Bella se ajoelha ao dele, e o agarra nos braços. – Não se preocupe, vou cuidar muito bem de você, ta?

Depois da saída do noivo, Bella não quis entrar em casa, estava frustrada, e queria o máximo evitar as perguntas da mãe. Quando estava para entrar para dentro, foi que viu o cachorro jogado no jardim da casa dela. Ficou com pena do coitadinho, quando viu que sua pata estava machucada, e tudo por causa da explosão do noivo.

Naquele momento, decidiu que cuidaria do cachorro. Que pelo visto, não tinha dono. Ela seria sua dona, e cuidaria para nunca mais ser machucado.

Angel só faltou pular de felicidade quando sua mãe levou o cachorrinho para dentro de casa. Agora ele seria bem cuidado, e ajudaria a manter o chato do Jacob, bem longe da mãe dela.

— Não se preocupe... Logo sua pata vai voltar a fica boa. – Bella dizia para o cachorrinho.

Houve uma batida na porta. Bella se virá para ver quem era, e por ela passa uma Renner de expressão séria.

Bella ficou nervosa. E aperta com força o cachorro em seus braços. Hoje decidiriam se ela poderia ficar com o cachorro.

— Seu pai concordou em deixar o cachorro viver aqui em casa. – Começou a dizer. – Mais, ele será sua responsabilidade.

Bella para Renner, e abraça. Ela nunca teve cachorro ou gato em toda sua vida. Estava muito feliz em ter aquele cachorro para cuidar. Já sentia um imenso carinho por ele.

— Obrigado, mãe! Prometo que vou cuidar muito bem dele.

Angel batia as palmas em felicidade. Comemorando junto com a mãe, a felicidade de terem aquele cachorrinho na vida delas duas.

— Jacob, está lá em baixo, te esperando. – Diz Renner, quando é liberada do abraço de urso que Bella havia lhe dado.

Bella franze a testa ao escutar o nome do noivo. Ela não achava uma boa ideia ter Jacob por perto do seu novo cachorro.

Angel não tava diferente da mãe. Que detestou ter o chato, tão cedo por perto.

E o novo mascote, pelo visto, entendia quem poderia ser, e deu uma ladrada de insatisfação.

Que situação difícil ela se encontrava!

Renner não entendeu por que a filha estava receosa em encontrar o noivo. Ela sempre pulava de alegria quando o noivo vinha visita-la.

— Diga que já estou indo, mamãe. – Bella diz com naturalidade, para não chamar atenção da mãe.

Primeiro, ela vai deixar o seu cachorro trancando no quarto, para ir ao encontro do noivo. Ainda não era o momento dele saber, que ela havia adotado o cachorro que havia mijado nele, na noite anterior.

— Fica aqui... – Fala o deixando na cesta que tinha comprando. -  Ta bom, fofinho? Logo estarei de volta.

Não demorou muito para descer as escadas, e chega na sala. Pela primeira vez, queria se livrar da presença do noivo, ter todo seu tempo, para cuidar e dá um nome para seu cachorro.

Jacob estava conversando com meu pai. Assim que me vê, ele se levanta.

— Amor! Porque não atendeu os meus telefonemas?

O que ela podia dizer? Que estava cuidando do cachorro que ele havia machucado?! Melhor não, não agora.

— Meu celular, está descarregado, amor. – Minto lhe dando um leve beijo nos lábios. – Desculpa.

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Lá em cima, Angel não estava nada satisfeita. E o cachorrinho parecia do mesmo jeito. Ando de um lado pro outro, se sentia agoniada. Aquele dia, era para ser dó deles, e agora já não era. Tudo por culpa daquele chato.

— Tá na hora de manda ele de volta para casa dele. Não acha lindo? – Pergunta para o cachorrinho, que estava de cabeça baixa, desde que a dona havia saído.

Ele late concordando. E virá a cabeça na direção da porta fechada, mostrando o obstáculo.

Angel dá um meio sorriso. Não seria uma porta fechada, que a deteria.

— Não será isso, que nos impedirá. – e num sopro, a porta é aberta. – Agora vamos botar aquele chato para fora daqui.

E juntos, ele saem do quarto. Determinados a pôr para fora aquele intrometido.

Jacob que se preparasse, pois agora tinha dois inimigos.