A sensação de raiva, ainda estava consumindo Edward.

Estava quase duas horas em frente do saco de areia, cada soco que dava era para tentando enterrar a raiva que sentia. O que estava sendo inútil. Tudo que ele desejava, era torcer o pescoço daquele moleque. A surra que tinha dado nele, não havia aplacado a sede de sangue, ele sentiu ao encontrar Bella tão vulneral e vítima de algo vil.

Sem se conter, deu vários socos seguido no saco. Apenas quando o toque do celular o tirou do transe que se encontrava dentro da fúria que sentia.

— A quanto tempo, Emmet. – Diz já sabendo quem era.

— Pelo visto, você não está com o seu melhor humor. – Resmunga do outro lado da linha. – Tem a ver com sua doença?

Edward solta uma risada gostosa. Pois, naquele momento era a última coisa que ele pensava era na doença dele. Deixando ainda mais confuso o amigo.

— Não. – Responde. – Aconteceram muitas coisas nesses últimas semanas.

— Ou você enlouqueceu de vez, ou algo muito bom está acontecendo. – Emmet dispara. Conhecia muito bem o amigo. E percebia em sua voz algo diferente daquele Edward amargurado.

Não querendo entrar ainda naquele detalhe, Edward desvia o assunto:

— Como está seu noivado?

— Como sempre: Entre tapas e beijos. – Diz frustrado. – Estou querendo dá um tempo para esfriar a cabeça. – Sua voz abaixa quando diz as próximas palavras. – Rose sempre joga na minha cara o que aconteceu a quase 2 anos atrás.

— Sabe que ela não esqueceu. E que estava com a cabeça quente quando disse isso.

— Só que ela não entende que faz muito tempo, e jamais voltarei a fazer isso! O que aconteceu foi uma loucura, não estava em meu estado perfeito de lucidez.

— Se quiser passar uns dias aqui comigo, será muito bem-vindo.

Sabia que o amigo estava precisando se afastar. E seria bom ter uma companhia para conversa.

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Depois das lagrimas, as garotas se abraçaram unidas por um laço tão forte, que era impossível de se quebrar.

Leah se afasta, e lentamente limpa os rastros de lagrimas do rosto da prima.

— Ele não merece suas lagrimas. – Sussurra, como se disse a ela mesma. – A única coisa que ele merece é um chute naquela coisa escrota que ele se orgulha tanto.

Bella solta um riso.

— Ainda não consigo acreditar. – Diz não a querendo questionar a prima. Apenas, confusa em não saber como reagir com a verdade. – Nunca pensei que ele pudesse fazer algo assim.

— Acredite.... Ele pode fazer coisas muito piores. – Diz se afastando. Era sufocante demais dizer o que estava a muito tempo preso em seu coração.

Já com a mente mais clara, Bella olhou em volta do quarto. Foi quando percebeu que aquele quarto não era dela.

Então se lembrou do que a prima disse.

— Ainda estamos na casa da Davylla? – Pergunta de cenho franzido. Observando detalhadamente ao redor.

— Não... – Começa a dizer um pouco tensa. – Estamos na casa de Edward.

— Leah! – Bella repreende a prima. E ficou morta de vergonha pelo que ele poderia ter visto.

Leah recebe um olha chocado da prima. Só que ela dá de ombros.

— Não sabia o que fazer. Estava apavorada. E disquei para o primeiro número que sabia que não falharia em nos ajudar. – Explica vendo o rosto da prima ficar cada vez mais vermelho. – Tivemos muita sorte por Edward ter chegado a tempo de derrubar Jacob, quando ele tentou me bater. Sabe lá, o que aquele nojento teria feito.

— Quero mim enterrar! – Choraminga. E abafa seu lamento com um travesseiro.

— Acho melhor você se apressar. – Recruta dando o golpe final com um sorriso maldoso. Sabendo que a prima estava merecendo crescer. – Iremos tomar o café da manhã com o Senhor Cullen!

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O café da manhã estava sendo servido na mesa, enquanto Edward lia um jornal. Em poucos minutos Angel aparece ao seu lado na mesa.

— Bom dia, tio! – Diz com um amplo sorriso.

— Bom dia, querida. – Responde carinhosamente. Se esquecendo da raiva que estava o consumindo. Abaixando o jornal, ele lhe dedica toda sua atenção. – Posso saber o motivo de toda essa alegria?

Ela abriu um lindo sorriso.

— Fui visitar um amigo!

— Vou acabar ficando com ciúmes... – Ele brinca.

— Não precisa! – Ela recruta manhosamente. E diz baixinho, como se fosse um imenso segredo. – Você é o meu favorito.

— Fico muito feliz em merecer tamanho carinho. – Estava contagiado de alegria por ser alguém que ela adorava demais.

— Por falar nele.... – Angel começa a dizer com cenho franzido. – Ele... Eu... Nós precisamos da sua ajuda... – E seu raciocínio fica confuso quando vê as duas moças se aproximando.

Angel olha delas para Edward em completa confusão.

Percebendo que pela primeira vez Angel ficava sem ação, olhou na direção que ela tanto olhava, e ficou tenso, sem saber o que responder para ela, caso perguntasse, o que estava a deixando curiosa.

Bella parecia vim para seu enterro. Estava envergonhada e com as bochechas rosadas. Enquanto, Leah sussurrava algo para tentar acalma-la.

Em poucos segundos as duas estavam de frente para Edward.

— Tio? – Angel olhou para ele em busca de respostas.

Ele olhou para ela, e voltou seu olhar para Bella, quando ela começou a dizer em uma voz baixa:

— Bom dia, Edward. – Bella tentou encontrar coragem. E desviou o olhar quando ele a olhou. – Eu... Quero agradecer por tudo que fez por mim e minha prima. Minha prima mim contou o que aconteceu ontem à noite... E....

Ao escutar aquilo um frio se se alastrou pelo corpo dele, e rapidamente olhou para Angel que olhava a situação, tentando entender o que estava acontecendo. Não queria que ela soubesse de algo assim. Aquele assunto não era para uma criança escutar.

— Bella não se lembra de nada que aconteceu. – Leah terminou, sabendo que estava sendo difícil para Bella. – Isso nunca havia acontecido antes com ela.

— O que aconteceu com a minha mãe?! – Angel começou a se desesperar.

— Não se preocupe. Nada aconteceu. – Respondeu em uma tentativa de acalma-la.

Tanto Leah, quanto Bella olharam para Edward com um ponto de interrogação;

— O que disse?

Estava perdido. Pensou.

Não sabia que saída teria. Teria que achar um ponto que pudesse esclarecer para Angel que tudo estava bem, sem que as garotas achassem que ela estava ficando louco.

— Sentem, por favor... – Indicou as cadeiras. Em busca de tempo para pensar no que diria.

A conversa seria um desafio. Um dos mais difícil que ele já teve na vida.