Ela ainda não sabe... escrita por Susu Picanço


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Vim rapidinho para postar com todo carinho esse novo capítulo ♥
Desculpa a demora. É que ando tento muitos conflitos familiares e acabo atrasando um pouco.

Quero agradecer o apoio da: Sara Ionara, Beta,
novacullen, ZEZINHA, jessi20, davylla, Vivi Sena, guerreira12,
eliane sousa, Tatay,
Keltrin Mary, teresinha.

Vocês são importante em cada linha que escrevi :) Tudo que escrevo é por vocês, que sempre acompanham e me incentivam a sempre continuar e nunca desistir ♥

Beijos e boa leitura a todos :) Obs.: Espero que você não chorem, como eu, enquanto escrevia. Foi o capítulo mais emocionante que já escrevi, e que me trouxe lagrimas ao escrever.



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Precisava pensar, e rápido.

Então fez a única coisa que podia fazer naquele momento. Se levantou de onde estava, enquanto as meninas olhavam confusas para ele.

— Com licença. – Diz com um olhar de desculpas. Depois joga um olhar para Angel, que ainda continuava sentada. Com a clara intensão de que deveria acompanha-lo. – Preciso fazer uma ligação urgente.

Sem mais palavras, ele se virá e vai diretamente para seu escritório. Rezando para que Angel tenha vindo atrás dele. Não podia olhar para trás sem trair o que estava fazendo.

.

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Bella estava aponto de cair em lagrimas. Se sentia a garota mais ridícula de todas.

Estava quase saindo, quando a mão de Leah cobriu a dela.

— Vai fica tudo bem.

Só que ela não estava tão certa disso. Estava claro o quanto sua presença deixou Edward constrangido, tanto que ele deixou a mesa, assim que ela se sentou nela.

— Ele deve estar pensando as piores coisas de mim. – Sussurra em voz baixa, enquanto limpava uma lagrima do rosto. – Só deve pensar que sou uma devassa.

— Não! – Contradiz, Leah. – Ele deve, sim, ter uma ligação importante. Pois, você não viu o quanto ele ficou furioso com Jacob, por ter tentando se aproveitar da sua fragilidade.

Bella se sentiu mais calma com essas palavras. Não sabia por que, mais não queria que ele pensasse coisas ruins dela.

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.

Assim que se virou, depois de ter trancado a porta, encontrou Angel sentada na sua cadeira.

— O que está acontecendo? – É direta.

Edward solta um suspiro pesado. Como iria explicar para uma criança, coisas que ela nem sequer deveria saber?!

— Você confia em mim, não é?

Angel concorda ainda séria. Ela queria resposta.

— Então, sabe que a protegeria de tudo que ameaçasse, de tudo que lhe fizesse mal. – Disse cheio de carinho e proteção. Entendo pelo primeira vez o quanto ela era importante para ele. – Você é como uma filha. Uma filha que talvez eu não venha a ter, mais que se tivesse, gostaria que fosse como você. Que tivesse essa força e coragem que vejo todos os dias em seus olhos.

Os olhos de Angel brilharam, pois ela se sentia da mesma forma.

— Tio, para mim, o senhor é o meu papai do coração. – Diz colocando a mão em cima do coração. – E sempre será, nada e ninguém vai mudar isso.

Ele estava emocionado. E jurou, que um dia iria ter uma filha, nem que tivesse que adotar. Mas, teria e ensinaria a ela tudo que está aprendendo com esse anjinho que apareceu em sua vida. Que mudou e transformou o homem amargurado que era, para um homem cheio de fé e esperança.

— Por isso, quero que entenda que tem coisas que você ainda não deve saber. – Agora agiria como um pai tentado proteger sua amada filha. – Os adultos são complicados. E é por uma dessas razões que sua mãe está aqui na minha casa. Tive que protege-la, depois que alguém tentou fazer uma maldade muito feia para ela.

— Mamãe está machucada? – Pergunta preocupada.

— Não, querida. – Edward dá um sorriso a tranquilizando. – Ela apenas levou um susto.

— Quem tentou machucar minha mãe?

Edward não sabia se dizia ou não.

— Jacob. – Preferiu contar. Já que ela poderia descobrir de outra maneira. O que não ajudaria em nada.

— Aquele cachorro nojento! – Resmungou com os olhos inflamados de raiva. – Tenho que dá uma lição naquele fedorento!

Edward deixa escapar uma risada. Era incrível como Angel era uma criança inocente e ao mesmo tempo temperamental.

— Pode deixar, que essa parte já resolvi. – Ele pisca para ela. – Agora me diga sobre seu amigo.

A nevoa que cobria os olhos dela, desapareceu como se nunca tivesse existido.

— Somos amigos a muito tempo. – Diz sorridente em poder compartilhar com alguém. Então, algo surge e seu rostinho assume uma expressão tensa. – Preciso da sua ajuda. 

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O que parecia ter sidos horas de conversa com Angel, não passou de alguns minutos.

Retornou de volta para a mesa, e encontrou as garotas se deliciando com a sobremesa.

— Espero que tenham gostando da sobremesa da dona Zaza. – Diz surpreendendo as meninas. – Desculpa a demora. Só que era algo muito importante e não poderia ser deixado para outra hora.

— Tudo bem. - Leah, responde, ates de abocanhar um pedaço da torta. – Estou amando essa sobremesa.

— Como está se sentido, Bella? – Pergunta a vendo muito calada. Estava muito preocupado com ela.

— Estou muito bem. – Bella abaixa a cabeça. Se sentia muito constrangida para encara-lo. – Agradeço por tudo que tem feito por mim e minha prima.

— Somos amigos. – Edward abre um sorriso. – Amigos são para proteger e cuidar.

Bella senti um calor subir pelo seu corpo quando olha para o caloroso olhar de Edward.

— Devo ser a pior amiga que você já teve.

— Por quê? – Edward estava confuso.

— Por lhe dá trabalho. Tenho certeza que nenhuma de suas amizades ficaram tão porre, que tiveram que recorrer a você.

Com isso, Edward solta uma gargalhada. Deixando Bella ainda mais corada.

— Não é verdade. – Ele nega. Se lembrando de quase 3 anos atrás. – Tenho um amigo. Ele teve um porre muito pior que o seu. A noiva dele me ligou era quase cinco da manhã, para busca-lo. Nas palavras dela: O galinha do meu amigo. Ele teve um porre tão grande que ele ficou de ressaca por dois dias.

As meninas riram pela primeira vez naquele dia. Deixando Edward com satisfação por ter quebrado o gelo que tinha envolta deles.

— Por que, galinha? – Leah, pergunta.

— Ele foi flagrado pela noiva, na cama com outra mulher.

— Uau.... Que safado. – Diz, Bella.

— Não foi à toa, que foi chamado de galinha. – Leah, fala pensativa. – Então, você tirou ele da cama de outra mulher?

— Não. – Edward balança a cabeça. – Quando cheguei, ela já não se encontrava no quarto.

Leah se virá para Bella, com um sorriso sem graça.

— É Bella, você não ficou nesse tipo de enrascada.

A campainha toca.

— Está esperando visitas? - Bella, pergunta. Não queria encarar ninguém naquela hora além de Edward e Leah.

— Não... – Diz pensativo. – Mas.... A única que aparece esse horário é a minha mãe.

Parecia que aquele dia, não o de sorte para Bella. O que ela iria dizer para mãe do Edward? Queria que abrisse um buraco no chão para se enterrar, para não ter que olhar para Dona Elizabeth. Com certeza, pensaria que ela era uma garota insensata.

Não demorou muito e sons de salto se aproximaram cada vez mais da sala.

— Querido! Não me disse que teria visita dessas adoráveis meninas. – Diz ultrajada por ter sido esquecida.

— Não imaginava que a senhora viesse tão cedo hoje, mamãe. – Recruta com um meio sorriso. – Pelo visto, a vida é cheia de surpresas, mamãe.

Elizabeth se sentou perto de Bella, não prestando atenção no que o filho dizia. Ela estava muito empolgada com a presença daquela menina adorável na casa do filho.

— Como vai minha filha? – Pergunta cheia de carinho.

Bella olhou para Edward em busca de ajuda.

— Estou bem! – diz criando forças para olhar para a senhora amorosa que estava a seu lado. – E a senhora?

Elizabeth bate de leve na mão de Bella:

— Nada de senhora. Me chame de Elizabeth.

Para maior felicidade de Edward. Ele viu que a mãe estava completamente conquistada por Bella. O que era raro. Já que para Elizabeth as mulheres que prestavam era raras.

— Mamãe, está deixando, Bella sem jeito. – Ele diz com um sorriso de satisfação.

Bella ficava ainda mais bela com as bochechas rosadas. Pensou maravilhado.

Com isso, ela se virou para Leah que se mantinha muito calada.

— E você minha jovem, como tem estado?

Por alguns minutos Leah a olha meia perdida.

— Muito bem! – E sorrir para confirma a afirmação.

— O que vocês...

Prevendo o que a mãe iria pergunta, Edward se adiantou, para evitar ainda mais embaraços:

— As meninas dormiram aqui. Pois, tiveram um pequeno problema ontem à noite em uma festa.

— Algo grave? – Pergunta de olhos arregalados para o filho.

— Não! – Não poderia contar o que aconteceu. Não queria deixar as meninas ainda mais envergonhadas na presença da mãe dele. – Foi somente um susto que sempre acontece em festas de jovens. E as meninas confiaram o bastante em mim, para ajuda-las.

Em vez de criticar ou qualquer outra coisa, Elizabeth foi até o filho e lhe deu um beijo no rosto.

— Meu pequeno tesouro! – Ela estava muito contente, que Bella e Leah a olharam de olhos bem abertos de surpresas. Depois riram do apelido carinho que ela deu para Edward. – Sempre me deixando orgulhosa.

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Jacob estava com um imenso sorriso. Iria se vingar daquela impertinente.

Era muito improvável que Bella recordasse alguma coisa da noite passada. Por isso, ele se aproveitaria para culpar Leah e aquele sujeito que atrapalharam seus planos. E para seu plano da certo, teria Charles, que ficaria do seu lado assim que visse o estado que se encontrava.

Nada que uma boa lábia não resolvesse. Pensou satisfeito.

E por fim, teria Bella só para ele

Tocou duas vezes a campainha, enquanto colocava uma expressão de dor e dizia mentalmente o que deveria dizer para o idiota do Charles.

— Jacob? – Charles, perguntou confuso. – O que está fazendo aqui?

— Posso entrar, Charles? – Pergunta se encostado na parede para não cair.

— O que aconteceu com você rapaz? – Pergunta preocupada com aparecia do rapaz. Que parecia ter sido atropelado por um carro.

— Tenho algo muito sério para lhe dizer.

Com aquilo, Charles ajuda o rapaz se mover até uma poltrona na sala.

— Se meteu em alguma briga? – Charles soa desaprovador. Já que ele era contra violência.

— Sim. – Responde se fazendo de coitado. – Mas, não pelo que está pensando.

— Pode ser mais direto no que quer dizer, por favor. – Charles odiava quando tentava enrola-lo.

Jacob leva a mão até o rosto dolorido.

— Estou assim, por causa da Bella.

Charles dá um pulo quando escuta o nome da filha:

— Bella?! O que Bela tem a ver com isso?

— Achei que o senhor soubesse. – Diz teatralmente, se fingindo estar surpreso. – Bella não veio para cá, ontem?

— Bella foi dormir na casa da Leah. – Charles, resmunga o que era o obvio. – Elas foram para lá depois da festa da amiga.

— Leah não é uma boa companhia para, Bella. – Jacob recruta. Sorrindo por dentro quando Charles fica tenso. – Sabia que Bella estava muito bêbada na festa?

Charles balança a cabeça freneticamente.

— Bella nunca bebe demais....

— Mas, ontem ela estava fora de si... Acredita que Leah a deixou sozinha naquela casa?

— Leah é muito cuidadosa com Bella. Jamais faria isso. – Charles não queria acreditar no que o rapaz dizia.

— Bom, só que deixou. – Deu uma pause, e olhou nos olhos de Charles para que não houvesse dúvida. – Sabia, que Leah é apaixonada por mim? Já faz muito tempo que venho reparado nisso. Ela ficou muito contente quando Bella terminou comigo. Acredito, que ela vem armando para cima da Bella. Sei, que não vai acreditar, mas, Leah está a empurrando para cima de um homem. E até acho, que ela ea se aproveitar da bebedeira que Bella se encontrava para dá-la de mão beijada para esse tal homem. 

Quando Charles ficou ainda mais tenso. Jacob cantou vitória.

Charles se virou de costa, enquanto pensava em tudo que Jacob havia falado.

— É verdade, que Leah sempre demostrou não gostar do relacionamento de vocês. Que ficou muito feliz quando romperam. Mas, jamais pensei que fosse por ser apaixonada por você. E não faz muito tempo, que Bella saiu com um homem. – Charles para de andar de um lado pro outro, e olha para Jacob. – Você disse que se meteu em briga por causa da Bella.

— Sim! Eu estava passando por um dos quartos, quando vi Bella jogada em uma cama. Escutei quando Leah dizia a um homem que podia fazer o que quisesse com Bella. – Jacob estava aponto de gritar de tanta alegria, por estar dando tudo certo seu plano de envenenar Charles. – Quando escutei aquilo, fiquei furioso. Sem me importa o que estava fazendo, entrei no quarto. Disse que eles não iria fazer nada daquilo, pois eu iria tira-la de lá. Só que o homem que estava com Leah era mais forte e me bateu tanto, que perdi a consciência. Quando acordei, me desesperei, pois Bella não se encontrava em lugar algum.

— O que aconteceu com a minha filha?! – Charles rugi feito um leão feroz.

— Não sei! – Jacob, finge estar desesperado e preocupado. – Quando acordei, saiu feito louco atrás dela. E todos me disseram que um homem junto com a Leah a levaram desacordada.

Charles estava a ponto de ficar careca de tanto puxar os cabelos pelo desespero que estava começando a consumi-lo. Iria matar aquele traste caso tenha feito alguma maldade para sua menina.

.

.

Leah foi a primeira a entrar na casa, já que Bella ficou se despedindo de Edward. Ela fica paralisada quando encontra Jacob sentado feito um rei na poltrona. Mesmo estando com a cara toda roxa e cheia de cortes, ainda tinha no rosto um sorriso de deboche.

— O que você está fazendo aqui! – Pergunta, assustada. Sabendo que não era coisa boa.

— Se eu fosse você, sairia correndo. – diz em deboche se aproximando com dificuldades.

Depois de ter passado anos em uma gaiola de medo e dor, Leah decidiu que não fugiria.

De queixo erguido o enfrentou:

— Não tenho medo de você. – Grunhi em resposta – O certo seria você fugir, já que tentou abusa de Bella!

Jacob solta uma estrondosa gargalhada.

— Tem certeza? – Pergunta bem próximo, que ela podia sentir o cheiro do mal hálito. – Não me lembro disso.

— Onde está meu tio? – O desafia com os olhos brilhando de raiva por tudo que ele lhe causou.

— Ele foi pega o casaco. – Jacob disse calmamente. – Contei minha versão, e ele não gostou nadinha do que você fez.

Leah sentiu um frio se apossar de seu corpo. Pois, sabia o quanto Jacob podia ser demoníaco. Que tudo que saia daquela boca era mentiras e intrigas. Já havia sentido na pele o poder das palavras falsas dele. E que aquilo lhe custou a felicidade plena.

Foi quando a porta foi aberta novamente, e por ela entrou uma Bella muito sorridente. Que Leah saiu de seu pesadelo pessoal.

— O que está acontecendo? – O sorriso de Bella some quando enxerga Jacob. – O você está fazendo aqui, Jacob!?

Jacob se aproximou muito alegre e demostrando um alivio que nada sentia.

— Graças a Deus! Estava indo a sua procura, Bella.

— Me larga! – Bella, grita, ao sentir o abraço em torno dela.

— Bella? – Ele olha para ela assustado. – Estou preocupado e você me trata assim?!

Bella tenta sair do agarre daquelas mãos grosseiras.

— Já disse para me solta!!

Jacob a solta e dá um passo para trás. Percebendo que tinha um furo no plano. Precisava pensar em algo o quanto antes. Era impossível era se lembrar do que ele tinha feito.

Ele olha furioso para Leah.

— Você! – Diz apontando um dedo acusador. – É a única culpada! Deve ter feito a cabeça dela. É a única explicação.

Tanto Leah, quanto Bella olham confusas para Jacob. Ele parecia um lunático.

— Que gritaria é essa? – Pergunta Charles, enquanto descia as escadas. Ele solta um grande suspiro quando encontra Bella perto da porta. – Bella!

Jacob não perdendo oportunidade, se aproximou dele:

— Leah virou a cabeça dela, Charles!

— Para onde está indo, pai? – Pergunta vendo as chaves na mão dele.

— Atrás de você menina! – Resmunga se aproximando e a olha dos pés à cabeça. – Como você está? Alguém lhe fez mal? Jacob já me contou tudo!

Bella troca um olhar com Leah. Depois volta a olhar para o pai.

— Ele lhe contou que tentou abusar de mim?

Charles olha para a filha como se houvesse criando uma cabeça a mais.

— Que besteira é essa menina? – Estava furioso. Ele olha para Leah que estava encolhida no canto. – O que você fez com a minha filha?!

Leah o encara com os olhos assustados:

— Tio?! Eu jamais faria mal algum para minha prima!

— Pode parar com esse teatrinho, Leah! – Recruta, Jacob. – Ele já sabe de tudo que você fez! – E para inflamar ainda mais o estado de todos, perguntou. – O que vocês fizeram com a Bella?

— Pai! – Bella estava aflita pelo rumo que estava indo a conversa.

Charles estava tão furioso, que quando se aproximou de Leah lhe deu um tapa forte, que a fez cair no chão.

Bella estava chocada. Estava em meio a uma loucura sem fim. Correu desesperada para junto da prima, que continha os soluços e mantinha as mãos no rosto atingido.

Bella olha para o pai em choque.

— O que o senhor fez?!

— Jacob já me contou tudo. – Ele grita para a filha. – Disse que tentaria joga a culpa em cima dele.

Bella joga uma furiosa olhada para o ex:

— Você é um mostro!

Ele dá de ombro, e se virá para Charles.

— Eu disse que ela iria fazer a cabeça da Bella. – E com muito cinismo, olha com pena para Bella. – Eles confundiram sua cabeça. Apenas tentei protege-la. Leah estava morta de ciúmes. Ela é apaixonada por mim. Por isso, fez tudo isso.

— Mentira! – Leah grita em pleno pulmões.

Estava cansada de ser acusada de coisas que ela nunca teve culpa.

— Calada! – Charles a reprende. – Já chamei seus pais. Espero nunca mais vê-la com a minha filha!

Leah estava tão cega pela fúria e dor, que não escutou nada do que dizia. A única coisa que queria, era contar quem era o verdadeiro Jacob. Aquele segredo sujo seria revelado, e não estava nem ai, para o que os pais dela diria.

Estava possuída pela dor e vergonha. Que a risada que soltou era uma mistura de deboche e dor.

Naquele momento, Bella achou que a prima havia se quebrado.

— Conte, Jacob! – ela grita na direção dele. – Conte em como eu fui uma menina boba. E que você usou para me dá de presente para um monte de garotos!

— Não sei do que você está falando! – Jacob, fica tenso. Não esperava que ela fosse contar o vergonhoso segredo que os pais dela havia trancado a sete chaves. – Deve ter enlouquecido com as próprias mentiras.

Bella viu que não era uma mentira. Viu que algo muito grave havia ocorrido com a prima.

Até Charles estava paralisado. Vendo que Jacob havia ficado muito tenso ao ser mencionado tal assunto.

Leah parecia perdida dentro dela mesma.

— Conte em como usou minha paixonite! – Leah dizia aos gritos. – Diga! Diga que você iria fazer a mesma coisa, que seus amigos fizeram comigo! – Leah deixou escapar um soluço estrangulado ao se lembrar. – Você colocou sonífero na minha bebida. Você me vendeu como uma mercadoria para seus amigos. EU ME LEMBRO! Pois tiveram que injetar uma maldita droga para perder todos os sentidos, e assim, eles poderia fazer o que quisesse comigo.

— VOCÊ ESTÁ LOUCA! – Jacob grita em desespero, vendo que o círculo estava se fechando.

— Não! – Ela o enfrenta. E se aproxima como uma cobra venenosa a ponto dá o bote. – Tenho uma prova do que estou dizendo! Meus pais sabe! Meu corpo sabe! Uma vida sabe!

Desesperado Jacob tenta se afastar. Só que Charles o prende não deixando que ele escapasse.

— Do que ela está falando? – Ele rosna para o rapaz.

Leah olha com tristeza para o tio que era como um pai para ela.

— Ele me vendeu para os amigos brincarem comigo. Usou a maldita paixão que sentia por ele! Me drogou! Me deixou tão bêbada que não sabia o que estava fazendo. Ainda consigo lembrar. Ele me levou para um quarto, onde tinha vários homens. Não sei, se era 3, 4 ou 6. Lembro que fiquei com medo, e implorei para não me deixar lá. Então, aqueles homens me aplicaram uma outra droga, para não fazer escândalos. Então, tenho leves flashes de um homem em cima de mim... de um corpo masculino e nu contra o meu... – As lagrimas banhavam o rosto que estava tão vermelho pela vergonha, dor, e raiva. – De vozes ao fundo rindo.... Dando notas para o desempenho.... Não sei ao certo quantos me usaram naquele jogo nojento.... Então…. Quando acordei, estava sozinha em uma cama... sozinha... nua... com cheiro de sexo…. Com cheiro de drogas.... Com o corpo dolorido.... Com marcas pelo meu corpo.... E com o vestígio de sangue e sémen entre minhas pernas.... A prova de aquilo não era um pesadelo…. Chorei e gritei…. Lavei milhares de vezes meu corpo para tirar aquele cheiro, aquelas marcas, aquelas lembranças…. – Ela pausa, como se lembrasse de tudo. Como se tivesse acontecido ontem. – Pensei, que poderia esquecer…. Fingir que nunca havia acontecido…. Até que….

— Tudo é mentira! – Ele grita para Charles em pedido de socorro.

Charles a ponta um dedo na cara dele:

— Se isso for verdade! – Ele estava muito emocionado com o que havia escutado. – Você vai pagar caro!

Bella estava em pedaços pela prima. Sentia como se fosse nela a dor que via nos olhos de Leah.

Sem dizer nada, Bella a abraça em um apertado e confortante abraço. Demostrando que não estava sozinha, que juntas iria superar a dor que ela sentia.

Bella tentava reprimir os soluços, pois precisava ser forte pela prima.

Foi quando a campainha tocou.

Charles, deu um passo sem tirar Jacob de vista. Ninguém sairia até que toda a verdade fosse revelada.

Ao abrir a porta, ele se alivia. Pois, ali estava as pessoas que iria dizer se o que Leah dizia era verdade ou não:

— Entrem, temos muito o que dizer!

Quando entra os pais de Leah, Jacob percebe que estava sem saída. E pela primeira vez, iria se dá muito mal. Pois, Charles não deixaria barato, já que ele não ligava para escândalos, como a família de Leah.

— O que está acontecendo aqui? – Pergunta o pai da Leah, ao ver que todos estavam alterados.

Quando Leah escuta a voz do pai, ela olha para ele e solta uma risada enlouquecida.

— Diga, papai. Diga, que o senhor abafou o abuso que sofri por medo do escândalo!

A mãe da Leah, fica feito giz. Ela olha desesperada para o marido.

— Não acho ter sido uma boa ideia ter vindo!

Bella olha furiosa para tia.

— Como puderam fazer isso!

— Não se meta, garota! Você não é o maior exemplo, já que namora um malandro!

— Não fale assim com a minha filha!

Ela olha de nariz empinado para Charles.

— Falo o que eu quiser!

— Chaga, Ane! - O marido estava furioso com a filha. E aponta um dedo na direção dela – Não deveria dizer nada, menina!

Charles estava chocado com a verdade. Que cambaleou duas vezes antes de se chocar contra a parede.

— Então, é verdade?! Como puderam se calar?

— Ahh, Charles! Você sempre defendeu esse rapaz com unhas e dentes. É muito bom, sentir o gosto de ter você de cara no chão, por saber que ele não é quem você pensa. – Ana, debocha cheia de veneno.

— Não podíamos cair na desgraça por ter uma filha inconsequente! – O pai de Leah acusa friamente.

— Ela era jovem e inocente! – Contradiz Charles. Ele não conseguia acreditar na frieza daquele casal. – Não sabia o que estava fazendo!

Eles apenas ficaram em silencio. Aquele silencio perturbador, que atormenta até a mais calma alma. O coração de Bella sangrava. Agora, entendia as mudanças na prima.

Bella olhou para o atormentado rosto da prima. Leah parecia uma boneca despedaçada, os olhos estavam vermelhos e triste pelo que presenciava.

— Onde... onde.... Está meu bebê? – Seus olhos imploravam pela verdade.

Bebê!?

Bella acreditou que não ficaria mais chocada. Só que estava enganada.

Como assim, Bebê?!

Só que os pais dela não responderam nada. Pareciam duas estatuas de puro gelo e concreto.

Bella viu o desespero se alastra pelo corpo da prima. Ela parecia está cada vez mais enlouquecida.

— Cadê!!!!!! – Gritou para eles. Enquanto um choro a consumia. – Era meu bebê!

Charles não acreditava no que ouvia. Aquilo parecia um pesadelo. Parecia que todos os segredos estão sendo jogados na sua cara por ter sido cego e injusto. Estava se sentido enojado pelo comportamento do irmão e da cunhada.

Se recuperando do choque, ele se aproximou deles:

— De que bebê ela está falando?

Não se contendo, e cheia de raiva e a mente perdida pela loucura, Leah se jogou contra Jacob, enquanto distribua vários chutes e murros. Ela estava desequilibrada. Anos de sufocamento a tinha deixando inconstante.

— Você!!! – Gritava cheia de raiva e dor. – É o único culpado.... Por sua causa... Perdi tudo!!!.... Minhas escolhas.... Minha honra.... Minha felicidade.... Meu bebê...

A última palavra foi dita em um tom cheio de dor e perda. Todos a olhavam chocados. Aquela garota enlouquecida não se parecia em nada com a calma Leah.

Charles foi até ela, e a tirou de cima de Jacob. Ela se debatia, querendo se soltar. Aquilo partiu o coração de Charles. Aquela menina havia passado pelo inferno, e só agora ele sabia a dimensão daquele mal.

— Me solta! – Ela estava descontrolada. – Não me toque! Não quero que me toque!

Bella veio em socorro para a prima, que tentava a todo custo se livrar dos braços do tio.

— Olha o estado que a sua filha se encontra! – Charles rugiu para o irmão. – Olha o que você causou a essa menina!

Com os olhos cheios de lagrimas, Leah olhou desesperada para a prima, enquanto tentava se soltar.

— Me ajuda, por favor!

Sem pensar duas vezes, Bella a tomou em seus braços.

— Sempre vou estar aqui para você. – Bella sussurrou. Enquanto limpava as lagrimas do rosto dela.

— Tudo que fizemos foi para o bem dela! – Dizia a mãe de Leah. – Não venha nos culpar por isso!

Jacob vendo que todos estavam distraídos, aproveitou para fugir. Só que antes que pudesse alcançar a porta, é jogado contra uma parede por um punho que o acertou em cheio no rosto

— Você não vai escapar! – Charles grunhiu furioso, o pegando pela gola da camisa. – Vai pagar caro pelo que fez com a minha sobrinha e pelo que tentou fazer com a minha filha!

— Não fiz nada! – diz em sua defesa.

— Acabou seu joguinhos! Irá pagar caro, por todos os transtornos que causou naquela menina.

— Não pode fazer isso, Charles! – Anna estava desesperada. – Isso seria um escândalo!

— Não vou compactuar com essa monstruosidade! Vou ter o prazer em colocá-lo na cadeia por tentativa de estrupo, e por cumplice em um estrupo coletivo!

— Seja sensato! – Resmungou o irmão. Tentando fazê-lo mudar de ideia. – Isso seria uma vergonha! Ninguém nos olharia como antes. Sempre nos olharia com inferioridade. Irão fazer fofocas e mais fofocas sobre isso. Nosso nome estaria na lama. Será o pior escândalo! Iram cavar e encontram ainda mais segredos que afundara nossas famílias. Descobriram que o abuso teve consequências!

— Então, teve um bebê? – Bella sussurrou baixinho. – O que aconteceu com ele?

Ana se descontrolou e fitou com ódio para Bella enquanto dizia friamente:

— Não era um bebê! Era um verme! Um verme nojento que estava poluindo minha filha!

Então, dessa vez foi a mãe de Leah que começou a chutar Jacob, que estava caindo no chão.

— Você estragou o futuro brilhante da minha filha! – Ela dizia furiosa. – Fizeram com que ela carregasse aquele verme. E ainda pior! Ela começou a se pegar aquela coisa monstruosa!

— Se acalme, mulher! – O marido a tirou de perto da rapaz.

— Como quer que me acalme?! – Dizia frustrada. – Você disse que ninguém descobriria a verdade! Que aquele vergonhoso passado ficaria enterrado! E agora, todo está perto de explodir feito uma bomba, que vai destruir tudo que construímos!

— Onde está o bebê? – Charles perguntou. Ele estava se segurando para não cometer nenhuma loucura.

Ana o olhou com fúria.

— Já disse que não era um bebê!

Charles contou até cinco, para não pular em cima daquela mulher. O que ela dizia era monstruoso. Não tinha um pingo de humanidade dentro dela.

Bella estava atenta. Ainda tentando processar tudo que tinha sido revelado. Enquanto ainda matinha Leah soluçante em seus braços. Era nítido que ela não estava bem. Parecia perdida em um mundo paralelo. Sua mente bem distante da discussão que ocorria. Bella sentia que não podia quebrar mais do que já estava quebrada.

— Aquele coisa não era um bebê! – Gritou, Ana. Tão alto que Leah saiu de sua dormência e a olhou de olhos vidrados.

— O que fez com meu bebê!? – Perguntou em uma voz de tanto chorar.

Ana apontou friamente para a filha.

— Você é a culpada! Deveria ter me escutado e abortado! Deixou que aquela monstruosidade crescesse dentro de você! Como pode ter sido tão idiota por ter se apegado aquele verme?! Não tem amor próprio?!

— Ele era inocente! Era somente um bebê! Que não teve culpa do que aconteceu....

— Não! Me recuso acreditar que você seja uma tola por pensar que aquela monstruosidade era algo bom!

— Era meu bebê! – Leah dizia defendendo um pedaço dela. – Eu o amava! Ele me trouxe a luz quando achei que era impossível!

— Você é doente! – Gritou rispidamente. – Aquela coisa, a deixou doente! Você deveria odiar aquele verme, não o contrário!

— Chega! – Charles se coloca entre elas. Aquilo estava piorando tudo. Olhou para a cunhada. – Onde está a criança?!

A gargalhada que ela soltou deixou todos em alerta.

— Aquela coisa morreu! – Dizia rindo. Como se tudo fosse uma piada. – E já foi tarde!

Leah botou a mão na cabeça em um ataque de nervos.

— Não, não.... – balbuciava, enquanto lagrimas escoriam pelo seu rosto. – Nãoooooooooooo!

Bella entrou em agonia, enquanto via a prima cair demasiada no chão.

— Meu Deus!


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Notas finais do capítulo

Exagerei?

O que acharam do capítulo? Está bom? Precisa de mais ou menos emoções???

Espero muitos reviews!! Quero muito saber a opinião de todos... Só assim, saberei o que fazer para o próximo emocionante capítulo :)



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