A Dona da Loja de Discos escrita por British


Capítulo 29
A dor da separação


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! A fanfic está próxima de chegar ao fim!



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Enquanto Shion e Sasuke comemoravam o sucesso do plano, Sakura e Sasori choravam. Sakura acreditava que, definitivamente, existia algo entre Karin e o seu amado. Algo que ele nunca tinha lhe confessado. Se sentia traída, enganada. Queria esquecer que Sasori havia cruzado seu caminho e a feito pensar até em largar Konoha e sua loja de discos para segui-lo até Suna, onde manteriam uma vida feliz e próspera. Sakura se sentia desiludida sobre a vida, sobre tudo. Já Sasori se perguntava o que tinha feito de mau para merecer um castigo desses. Afinal, Sakura havia entendido tudo errado. Ainda não conseguia entender como Karin fingira por tanto tempo que não estava apaixonada por ele. Jamais perdoaria a ruiva por ter sido o motivo do fim de seu noivado com a mulher que ele verdadeiramente amava. Karin tantas vezes havia encorajado Sasori a correr atrás de seu amor, que não conseguia entender desde quando ela havia mudado.

Karin não estava muito bem. Arrasada pelo olhar de desprezo que Sasori a lançou após Sakura abandoná-lo no meio da praça com o anel de compromisso, a ruiva estava aos pedaços e ainda chorava. Não fazia muito tempo que ela descobrira seus sentimentos pelo ruivo. Depois que Sasori retomou o romance com Sakura e acabou com as noites de sexo que eles tinham, Karin sentiu muita falta do ruivo. Tentou vê-lo como um amigo comum, mas não conseguia. Fingiu para si mesma que tava tudo bem, mas quando Suigetsu a procurou para retomarem o caso, ela contou ao ex-amante que estava perdidamente apaixonada por seu melhor amigo. Talvez aquela armação tivesse sido culpa de Suigetsu, mas Karin não entendia o motivo. Se ele queria se vingar dela porque usar Sasori e Sakura? Além disso, Suigetsu não teria uma informação sobre a namorada do ruivo. Aquilo tinha a cara de ser coisa da Shion. Era isso. Karin só precisava investigar para descobrir como a cobra loira tinha armado tufo aquilo para separar Sasori de Sakura e ainda culpá-la.

Vovó Chiyo ficou imensamente feliz quando Sasori contou que ele e Sakura não eram mais noivos. No entanto, ver o neto tão abatido a deixava muito preocupada. Nem as piadas de Deidara faziam Sasori sorrir. O ruivo só se arrastava de um lugar para o outro sem qualquer animação. Algumas semanas depois, Chiyo ficou doente e foi internada no hospital. Sasori ficou desesperado. Sua avó doente era a última coisa que ele esperava acontecer.

— Ela vai melhorar! – Deidara tentou animar o amigo no hospital.

— O médico não está muito certo disso. – Avisou triste.

— Sasori, você precisa ter fé.

— Eu tenho, mas eles me pediram para esperar o pior. Afinal, ela tem vários problemas de saúde e agora ainda tá com câncer.

— Fique do lado dela. Acho que sua avó só quer isso de você.

— Se ela partir, eu vou ficar sozinho no mundo.

— Você nunca estará sozinho, meu amigo. Você tem a mim e a Ino também.

— Obrigado, Deidara.

— Sem querer te chatear com isso, mas e a Sakura? Algum sinal dela?

— Nenhum. Falei com a Konan, mas ela disse que Sakura não quer nem tocar no meu nome.

— Você precisa provar pra ela que não teve culpa de nada.

— Sabe o que eu não entendo nessa história toda?

— O que?

— Como a Sakura foi parar lá? A karin armou tudo isso? Porque ela nega que tentou me separar da Sakura.

— Além da Karin, a única pessoa que poderia fazer uma coisa dessas é a Shion.

— Há muito tempo eu não vejo a Shion.  Ela já deve ter me esquecido.

— Será?

— Enfim, de nada adianta agora saber se foi culpa da Shion ou da Karin. Sakura não me quer mesmo.

— Ela vai se dar conta que foi dura demais com você. Afinal, você não tinha como adivinhar os sentimentos da Karin por você.

— Vou evitar pensar nisso pra não enlouquecer. Agora eu só quero cuidar da minha avó.

 

[...]

 

Deidara via a agonia de Sasori diariamente. Aquilo deixava o loiro mal, afinal ele queria ajudar ao amigo de alguma forma. Então, ele decidiu que ligaria para Sakura. Precisava interceder por seu amigo.

— Sakura?

— Oi, quem fala?

— É o Deidara, amigo do Sasori.

— Ah, Deidara. O que aconteceu? Foi Sasori que te pediu para me ligar?

— Na verdade, ele nem sonha que eu estou fazendo isso.

— Então, por que ligou?

— Tenho algo importante para te falar. A dona Chiyo está doente e parece que não vai se recuperar. Você deve imaginar como o Sasori está mal, né?

— Eu sinto muito pela dona Chiyo. – Sakura disse.

— Sakura, eu sei que sente, mas você devia vir aqui dar apoio ao Sasori. Ele está com o coração dilacerado. Só você poderia fazer com que ele ficasse melhor, pelo menos um pouco mais reconfortado numa situação dessas. – Pediu Deidara.

— Deidara, eu não sei se sou a pessoa mais indicada. Talvez Karin fosse uma opção melhor. – Sugeriu Sakura.

— Sakura, presta bem atenção no que eu vou te dizer, o Sasori te ama. Dane-se que a Karin tá apaixonada por ele, ok? Nunca foi recíproco! Você nem deu chance do meu amigo se defender. Agora, ele tá precisando de você. Não dá Karin, aliás, ele rompeu a amizade que tinha com ela de vez. Ele não sabia dos sentimentos dela até aquele momento. Então, por favor, pare de fazer drama por tão pouco e vem pra Suna. Sasori precisa de você aqui. – Desabafou Deidara.

— Tudo bem, Deidara. Eu vou, mas e se o Sasori não quiser me ver? Afinal, eu disse que não acreditava nele.

— Sakura, ele entende o seu lado. Olha, ele tá mal demais pra ficar pensando nas coisas que você disse. Ele só precisa de um abraço, precisa do seu ombro pra chorar.

— Ok, Deidara. Eu estou indo para Suna.

 

[...]

 

Sakura avisou seus pais o que tinha acontecido e eles entenderam as razões da filha de largar tudo e ir ao encontro de Sasori. Apesar de tudo que havia acontecido, ela precisava oferecer consolo a dor dele. Embora o ruivo tivesse a magoado, isso tinha ficado muito pequeno perto de tudo que ela ouvira de Deidara. A dor que Sasori parecia sentir era grande demais e, nesse caso, ela deveria prestar solidariedade àquele a quem amava. Engoliu seu orgulho e até sua mágoa, mas poder ir a Suna.

Quando chegou a Suna, Sakura foi diretamente para o hospital. Procurou por Sasori lá, então a moça da recepção do hospital ligou para o quarto onde dona Chiyo estava internada. Não demorou muito e Sasori apareceu. Quando ele viu Sakura, sua primeira reação foi correr até o encontro da rosada e abraça-la com muita força, enquanto chorava em silêncio. Sakura percebeu as lágrimas do amado caírem sobre seus ombros e se sentiu estranha. Tudo que ela mais queria era impedir que Sasori sofresse, queria fazer com que ele voltasse a ser o cara que ela estava acostumava a ver, um homem que era feliz. Sasori estava tão abatido, as olheiras eram profundas e ele parecia mais magro também. Por um momento, Sakura se perguntou se tudo era efeito da doença da avó ou se ela também tinha uma parcela de responsabilidade nisso tudo. Se culpou por não acreditar no ruivo, mas agora tudo que ela podia fazer era ficar ali por ele.

— Chore tudo que puder. Eu estou aqui para te amparar. – Sussurrou Sakura.

— Obrigado. – Sasori finalmente estava conseguindo se recompor -  Sakura, fiquei surpreso com a sua vinda. Como soube que eu estava aqui?

— Deidara me ligou.

— Ah, aquele...

— Ele só estava pensando no seu bem. Olha, apesar de tudo que aconteceu nos últimos tempos conosco, eu quero que você saiba que pode contar comigo. Agora que não somos mais noivos, pode ser como amiga mesmo. Eu não vou sair daqui até tudo passar.

— Sakura, eu queria tanto conversar com você sobre nós. Mas acho que não é o momento.

— Sua avó está muito mal mesmo? Deidara me contou um pouco, mas eu queria saber de você se ela tem esperanças de sobreviver...

— O médico está me preparando para o pior, mas eu ainda acredito em milagres...

— Podemos rezar juntos. Onde fica a capela daqui?

— É no prédio ao lado. Você quer ir agora?

— Vamos. Lá podemos rezar um pouco e pedir pela sua avó.

— Tudo bem. Vamos. Não custa nada tentar.

Sasori e Sakura caminharam lado a lado em silêncio até a capela. Após pedirem pela saúde de Chiyo, os dois foram até a cantina e almoçaram.

— Você não quer vê-la? – Perguntou Sasori a Sakura.

— Tenho medo que ela me expulse do quarto. – Admitiu Sakura e pela primeira vez Sasori sorriu.

— Ela não faria isso. Ainda mais agora.

— Você sorriu. – Sakura disse mais animada.

— Acho que a culpa disso é sua. É fácil esquecer dos problemas com você por perto.

— Sasori, quando isso tudo passar, nós vamos conversar sobre nós ok? Eu estou disposta a ouvir a sua versão dos fatos. – Confessou Sakura segurando a mão do ruivo.

— Isso já me deixa muito melhor. Obrigado por isso e também por estar aqui.

— Agradeça ao Deidara! Foi ele que me convenceu.

— Realmente, Deidara é um ótimo amigo.


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