The cheating game escrita por Corujinha


Capítulo 5
Não, Henry, você não é o Thor


Notas iniciais do capítulo

Tudo bem com vocês? Desculpe pela demora, fofoletes. Estive em período de provas. Acho que vou dar um apelido pra vocês, que tal cheaters? Comentem se tiverem alguma ideia, ou se apoiarem a minha. Até as notas finais. Boa leitura!



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      É claro que eu fui levada para a delegacia pra responder algumas perguntas, por que eles começaram a desconfiar que já que eu estava presente nos dois acontecimentos eu posso saber de coisas que possam ajudar a polícia, só falei pra eles o básico, eu era amiga das duas. É claro que eu virei a maior suspeita da investigação, mas o que eu posso fazer? É a vida, como diz Daisy.

      Nesse exato momento eu estou no hospital esperando a cirurgia da Florence acabar. Liam, Jack e Henry estão sentados do meu lado, e também do lado dos pais completamente apavorados da Flore.

      Não que eu não esteja apavorada, eu estou. E muito. Eu não quero, nem posso perder a Flore.

      Estamos há um bom tempo aqui, esperando... E esperando. Há horas. Jack já não tem mais unhas de tanto roê-las. Liam (para variar) tirou um cochilo e tá babando no meu lado. Ele antes estava apoiado no meu ombro, mas eu empurrei o para o lado.

      O médico chega com sua feição séria, imparcial, até mesmo fria... Florence? Bato na nuca de Liam e ele acorda sobressaltado.

—Ai. –ele reclama.

—A paciente passa bem. –o médico fala e eu suspiro aliviada, Jack ainda parece estar nervosa. –Ela está dormindo. Familiares podem vê-la. –ele completa e os pais da Flore se levantam rapidamente e acompanham o médico. –Crianças, vocês podem vir amanhã no horário de visitas para vê-la. –anuncia o Dr. Smith.

—Tudo acabou bem. –concluiu Jack, dando um sorrisinho de lado.

—Vamos, então? Não tem nada mais o que fazer só agradecer a Deus. –diz Liam.

—Tá. –concorda Jack, ela parece abalada. Mas o médico acabou de dizer que está tudo bem. Acho que ela ainda não se recuperou totalmente.

      Caminhamos para fora do hospital e eu vejo a minha moto. Só está com alguns pequenos arranhões. Nada demais.

      Jack e Liam caminham para o carro dele. Jack me olha de soslaio antes de entrar no carro e bater a porta com força e Liam gritar com ela por ela ter feito isso.

      Subo na minha moto e vou para casa.

                                                                       *

—O que está acontecendo com você!? –perguntou a minha mãe gritando.

—Nada. –respondo.

—Você estava lá! Foram dois assassinatos, Valerie! –ela continua gritando

—Na verdade, um. –corrijo e ela me fuzila com os olhos. Minha mãe pode ser bem assustadora quando quer.

—Por favor, me diga que você não é uma assassina em série maluca e psicopata. –pede.

—Não sou. –digo.

—Isso é exatamente o que uma diria. –ela reflete.

—Amor, não seja tão dura com ela. Coitada, ela já sofreu demais esses últimos dias. –pede Will com delicadeza.

—Posso ir pro meu quarto? –peço entediada.

—Tá, vai.

      Subo as escadas e inevitavelmente acabo olhando para o quarto de Charlie, ela está parada encarando uma parede, pensativa.

—Charlotte?

—Oi. –ela responde olhando em minha direção.

—Tudo bem? –pergunto.

—Claro. –ela responde.

—Certeza?

—Tenho.

—Você parece preocupada. –digo. Mas por que eu me importo? Eu não ligo pra Charlotte, ou ligo?

—Não é nada importante. –ela diz ainda sem me encarar. Ela parece triste. Ah! Deus! Como eu sou insensível! Ela não deve ter se acostumado com o bairro e a cidade ainda! Será que ela fez amigos?

      O que eu estou falando? Ou melhor, pensando. É a Charlotte não devo me importar. Pelo menos não deveria. Ok. Eu vou resolver isso. Vou resolver isso depois.

      Primeiro tenho que pensar na sobrevivência da Corporação. Flore está machucada. Ash não está mais entre nós (eu acho). Henry precisa ser treinado ainda. Precisamos de novos recrutas para estabilizar essa sociedade. Precisamos de alguém diferente de nós, alguém que esteja disposto a fazer o que é necessário, alguém que queira descobrir o que aconteceu. Eu já conheço e não simpatizo muito com esse alguém. Peter Gillies. Ah, eu sei que vou me arrepender disso.

                                                                       *

—VOCÊ O QUÊ? –pergunta Liam gritando, ele sim está exaltado.

—Liguei pra casa dos Gillies. Falei com Peter. Ele está vindo pra cá.

—Mas ele é um bêbado! –exclama Jack, irritada.

—Eu não estou entendendo nada. –confessa Henry, perdido no espaço tempo.

—PRECISAMOS DE REFORÇOS! –grito em resposta as criticas. –Pensem! Ele quer o mesmo que a gente. Descobrir quem matou a Ash. E já sabemos que quem matou a Ash foi quem machucou a Flore.

—Na verdade, disso eu não acho que temos certeza não... –comenta Henry e eu o fuzilo com um olhar, se não é pra ajudar não atrapalha.

—Entendo, mas ele é... Ele. –reclama Jack.

—Você não lembra que ele quase te agrediu? –pergunta Liam.

—Na verdade, eu não ia bater nela. –Peter diz descendo pela a escada da entrada do teto.

—Não, ia fazer carinho. –comenta Henry, irônico.

—Eu sei que não nos gostamos muito. –anuncio. –mas é pelo bem de todos aqui presentes que eu, Valerie Morgan, a Manipuladora, elejo Peter Gillies como um membro oficial da Corporação dos Trapaceiros, saúdam o Vingador.

—Quero ser o Thor! –grita Henry, empolgado. E todos o encaram. –Achei que era brincadeira. Desculpe.

—Kalosórisma. –deseja Liam, revirando os olhos e Jack faz o mesmo.

—O que isso quer dizer? –pergunta Henry, de novo, não entendendo nada.

—Bem-vindo. –respondo.

—Que língua é essa? –pergunta Peter fazendo uma careta.

—Grego. –informo.

—Vocês aprenderam grego? –ele pergunta levantando uma sobrancelha, completamente surpreso.

—Não brincamos em serviço. –respondo.

—Mais uma pessoa para o treinamento. –comenta Jack.

—Odeio o treinamento. –informa Liam.

—Treinamento? –questiona Henry.

—Você realmente achou que era entrar e só isso? –pergunto rindo.


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Notas finais do capítulo

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