Chego em casa jogando-me no sofá a minha frente. Hoje o dia foi um desastre. Reyna me encarou o dia todo, Jason achou que tinha direito de saber se eu voltei ou não, a úncia coisa boa, foi rever Will.

Will foi o único que eu não consegui levar comigo à Hollywood, sua mãe não havia deixado, porque, bem… Eu não faço ideia, mas sempre nos falávamos por Skype e etc.

Revê-lo me fez me sentir tão bem, que foi a úncia coisa que não me deixou completamente louca hoje.

Respiro fundo. Não foi uma boa ideia voltar, não foi uma boa ideia ouvir Silena.

— Você está estranha desde que foi pegar o presente de Will - Escuto Annabeth falar - O que aconteceu nesse meio tempo?

Tudo. Nada. Por favor, ETs, eu to aqui. Era isso que eu queria dizer, mas eu não conseguia. Eu estava em um turbilhão de sentimentos.

— Deixa-me adivinhar - Começa outra voz sentando-se na beira do sofá - Jason?

Olho para o lado e encontro Silena e Annabeth encarando-me preocupadas. Todas estavam olhando-me com uma cara estranha, como se de repente, eu tivesse criada uma segunda cabeça.

— Sim e não - Respiro fundo - Reyna me encarou o dia inteiro,  já Jason achou que tinha o direito de saber quando eu voltei.

— É ele não tem?  - Pergunta-me Silena mexendo em meu cabelo. - Vocês foram namorados,  você querendo ou não.

— Nao diria que fomos namorados -  explico-a mexendo em minha pulseira. - Ele me enganou.

— Sim,  tem isso - Diz ela fazendo uma carreta - Mas ele ainda é muito importante para você.

Faço um careta, ainda mexendo no pequeno pingente em minha pulseira. Jason já foi muito importante para mim,  no passado,  agora,  tudo que eu sinto por ele é raiva.

Ele me enganou, muito bem,  por sinal. Ele não poderia ser importante para mim. Ele não é importante para mim.

— Não faça cara,  é a verdade - escuto-a falar - Por que se não fosse, você já teria jogado essa pulseira fora.

Olho para a pulseira em meu pulso. Sempre tentei jogá-la fora, mas nunca conseguia. Era como se uma parte de mim fosse aquela pulseira.

Foi o primeiro presente que Jason tinha me dado. Era uma pulseira da sorte,  na qual seus pingentes era uma faca, que eu chamava de métodos, um centauro, uma águia, um símbolo da Deusa Afrodite, um barco com asas, essas eram coisas que eu amava.

— Não posso jogá-la fora - respondo - Esses são pingentes de coisas que eu adoro.

— São os pingentes ou a pessoa que lhe deu?- pergunta-me ela maliciosa.

— Por que quer tanto que eu volte com ele? - mudo de assunto. Não queria falar com ela sobre a pulseira, porém estava muito curiosa sobre ela querer muito que eu volte para Jason.  -  Ele me enganou. Me iludiu. Ele quebrou o meu coração! Você é a minha irmã,  deveria me proteger,  não me jogar direto para o desastre.

— Jason mudou, de verdade - Diz ela brava - Ele é uma boa pessoa Piper.

— Ele me enganou! - revido.

— Ele não teve escolha - reclama ela levantando do sofá. Ela estava começando a ficar irritada,  e eu também.

— Todos nós temos escolha - reclamo. Estava farta disso. Jason não é santo.

— Mas ele não teve! - reclama ela levantando as mãos para cima - Droga Piper,  a vida de Jason não é fácil. Ele nunca pode viver o que quer, ele não escolhe o seu destino. Você sabe disso!

— Todos nós escolhemos nosso destino - Digo. Respiro fundo. - E se sabe tanto sobre a vida dele, e se preocupa mais com ele do que a sua irmã,  porque você não fica com ele?

— Porque ele te ama- exclama ela apontando um dedo para mim - E você o ama também! Por que você não aceita isso, e não vivem o amor de vocês? Tem medo de ser feliz com ele?

Respiro junto. Aquela conversa estava me deixando maluca. Silena é minha irmã,  ela deveria estar preocupada comigo,  não com o meu ex namorado babaca.

— Quer saber do que eu tenho medo? - Pergunto levantando - me do sofá - Do que ele omitiu para você nesta história toda. Sabe por que terminamos?

— Porque o pai dele o obrigou - diz ela firme,  como se tivesse certeza do que estava dizendo - Mas ele ainda a ama, e por você ele não iria obedecer as ordem de seu pai, porque você é mais importante para ele,  do que qualquer outra coisa.

Solto uma risada falsa. Então foi isso que ele contou para ela? Deus, nem honesto ele é.

— Foi isso que ele inventou?  - pergunto para a mesma que olhava-me como se eu fosse uma maluca de fugiu do hospício. - Cara, nem para ser honesto para você ele serve.

— Por que vocês terminaram? - Questiona ela.

— Eu fui apenas uma maldita aposta idiota - respiro fundo, tentando me acalmar - uma aposta que, se ele conseguisse tirar a minha dignidade, ele ganharia. Ele não chegou até lá porque... eu descobri isso antes.

Silena me olhava duvidosa. Poderia ver que ela não acreditava em mim, que ela não queria que aquilo fosse verdade. Ela acreditavam em Jason,  ela o adorava.

Fecho os olhos com força,  e volto a olhar para a minha irmã. Ela me encarava desesperada por resposta, como se quisesse saber mais.

— Si,  olha. Sinto muito. - Digo voltando a mexer na pulseira - Eu sei que ele virou o seu melhor amigo, mas antes, ele foi o meu, e logo depois meu namorado. Ele já me falou coisas muito sérias para mim, coisas verdadeiras, mas ele omitiu várias coisas de mim,  muitas até banais, porque ele contaria para você que para ele,  eu era apenas uma aposta para ele?

— Não...  Ele... - Ela jogasse no sofá,  e olha para sua mão, depois olhá-me com um olha triste - Piper,  ele a ama. Muito. Eu sei quando alguém está apaixonado por outra. Eu sei que ele a ama, como também sei que você o ama. Sei que o que ele fez foi errado, mas ele se arrepende, eu sei disso,  eu o conheço. Piper,  você nunca vai ser feliz se viver no passado.

Sento-me do lado de Silena. Eu poderia ver o quanto ela está abalada. Jason estava curando a ferida que Clarisse, a melhor amiga dela havia deixado.

Clarisse havia mudado para o interior junto com o seu namorado Cris. Ele havia ido para a faculdade de Eletromecânica na Inglaterra, e Clarisse foi junto com o namorado, deixando minha irmã com uma enorme coração partido no requisitos melhor amigo, que Jason estava curando.

Iria abrir a boca para falar alguma coisa para a minha irmã, mas a campainha tocou tirando toda a minha concentração.

Quando iria me levantar, sinto uma mão em meu ombro. Viro-me assustada dando de cara com uma Annabeth com um sorriso tranquilizador no rosto. Tinha esquecido - me que ela estava ali.

Volto a olhar para Silena que estava mexendo em seu cabelo nervosa. Sinto Annie ir em direção a porta.

— Si,  eu sinto muito.  - digo-a - Eu não queria deixá-la triste. É só que...  Aquilo me deixa mal.

Silena não responde nada,  apenas deitasse em meus ombros, como se quisesse descansar um pouco.

— Piper? - Escuto Annabeth falar - Tem alguém querendo falar com você.

Olho para sua direção e sinto meu coração acelerar em resposta ao medo. Puta merda, se ele está aqui,  eu tô muito ferrada.