The Biggest Challenge escrita por DarkTigress


Capítulo 4
Enemies: Part 3 - Roboart




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—--- Na escola ----

A aula seguia normalmente, embora a figura preocupada de Adrien virava-se constantemente para o lugar vazio de Marinette. Quando o professor finalmente saiu de sala, o rapaz virou-se para trás, chamando por Alya.

— Alya! O que houve com Marinette? — Perguntou com um certo ar de preocupação, o que fez a morena sorrir.

— Ah. Ela não estava se sentindo bem, então ficou em casa. — Respondeu entre sorrisos.

— Ela não disse o que tem? — Questionou, ainda preocupado. O rapaz havia se acostumado a vê-la se atrasar, mas não com a sua falta. A verdade é que preocupava-se desde que ela caiu e sangrou na cabeça, assim como por tê-la visto no local da confusão no dia anterior. Temia que tivesse se machucado.

— Adrien? — Alya chamava-o insistente, tirando-o de seus pensamentos. — O que acha?

— O que acho do quê? — Perguntou, confuso.

— Você não estava me ouvindo? — Ela suspirou. — Podemos ir visitar Marinette depois das aulas. O que me diz? — Perguntou com um largo sorriso.

— Ah! Bem… — O garoto ficou pensativo por alguns segundos. — Creio que tudo bem. Não vejo problemas em fazer uma parada antes de chegar em casa. Você vem também, Nino? — Perguntou inocente, já que eram todos amigos ali.

— Eu? — O rapaz encarou Adrien e Alya por um segundo. — Claro, por que não? — Respondeu, por fim. A situação fez Alya suspirar baixo, o plano não havia sido tão bom no final, mas ao menos Adrien ainda iria visitar Marinette, e isso era um ponto positivo.

As aulas seguiram normalmente, e como amiga mais próxima de Marinette, Alya foi quem ficara responsável por entregar o dever de casa para a amiga.

—--- ♘ ----

— Vamos? — Adrien chamava os amigos, apontando para a limousine que acabara de estacionar em frente à escola.

— Vamos de carro? — Alya falou animada. Afinal, seria a primeira vez que entraria em um carro tão luxuoso.

— Sim. — Adrien falou meio sem jeito. — É chato ter que dispensar ele e depois dar explicações ao meu pai. Então é mais fácil que ele me leve aonde quero ir. — Coçou a nuca, sem jeito.

O chauffeur abria a porta da limousine, permitindo que Adrien e seus amigos adentrassem o veículo.

— Para onde vamos? — Questionou assim que entrou no carro e ligou o motor.

— Nós vamos para… — Adrien parou e olhou para Alya, que sem demoras deu o endereço de Marinette.

—--- Em algum lugar de Paris ----

Uma casa simples para o padrão do lugar, dois andares, garagem, jardim, pintura clara e nenhum muro; possuía uma placa chamativa com o letreiro “A arte mais inovadora de toda Paris”. Infelizmente, provavelmente apenas o dono da própria arte pensava assim.

A garagem da casa estava aberta, e dentro e fora da mesma, tomando todo o espaço, havia uma pequena exposição de artes abstratas, feita totalmente de lixos e peças descartáveis.

Um rapaz jovem, de pele clara, olhos avermelhados e cabelos negros, tingidos de rosa e dourado em madeixas específicas, que vestia um conjunto de roupas quase tão abstratas quanto sua arte, encontrava-se na garagem vazia de humanos. Ele possuía um semblante triste e desanimado, possivelmente por não ter lucrado nada com sua tão amada exposição.

Algumas pessoas passavam e olhavam curiosas na direção de suas obras, mas simplesmente passavam direto, enchendo o coração do rapaz de alegria e esperança, e despedaçando-o logo em seguida.

—--- Casa de Marinette ----

A garota, ainda vestindo um pijama que, para ela, era infantil, gritava surpresa ao ver que não era apenas Alya que havia ido visitá-la, mas também Nino e Adrien. Este, particularmente, era o que lhe deixava mais desesperada, por ser vista com um pijama branco com estampas de gatinhos pretos.

— M-M-Mas o que… — Ela gesticulava inquieta, encarando os amigos e, finalmente jogando-se em sua cama e cobrindo-se.

— Vim trazer seu dever. — Alya falava, deixando as anotações em cima da mesa dela.

— E-E… Vocês? — Falava desanimada, encolhida em seu cobertor.

— Eu estava preocupado, então quis te visitar. — Adrien falava em tom calmo, segurando o riso. Não podia admitir na frente dela, que estava acanhada, mas havia achado uma graça, vê-la daquele jeito. Principalmente com aquele pijama. — Isso é um problema?

Marinette não ouviu a pergunta lançada pelo rapaz, estava enebriada de emoção, simplesmente por ter ouvido Adrien dizer que estava preocupado com ela. Para ela, aquilo só podia ser um sonho.

— Marinette? — Alya chamava-a, estalando os dedos perto de seu ouvido. — Terra para Marinette.

— E-Eu estou ouvindo. — Virou-se e se sentou na cama, ainda enrolada em sua coberta. — Obrigada por virem. É que...vocês me pegaram desprevenida.

—--- Em uma garagem qualquer de Paris ----

— Com licença?! — Um homem bem vestido, de terno e gravata borboleta, chamava pelo jovem e solitário artista.

— Sim? — O rapaz atendeu prontamente, caminhando até ele. — Em que posso ajudar?

— Isso é seu? — O homem perguntou, cordial.

— Sim…

— Sério?  Bem… — Ele pegou um cartão, entregando ao rapaz. — Como se chama, meu jovem?

— Ah! Sou Antonie! — Falou, pegando e checando o cartão.

— Bem, Antonie. Eu me chamo Morrice. Sou um novo jornalista, e estou procurando uma boa matéria. Bem! Eu estou vendo uma bem aqui! — O homem falava, vendendo a ideia.

— Verdade? — Antonie olhava-o com um brilho no olhar. Estava animado, era um sonho que estava tornando-se realidade. Mas suas esperanças logo foram arremessadas para longe.

— Sim! Imagine a noticia! Artista de rua fracassado vende lixo! — Ele sorria, imaginando a matéria. — Talvez consigamos até alguma doação para você. O que me diz? — Morrice olhava animado para o jovem.

— Obrigado… Mas não! — Seu tom de voz era seco, e ele apontava a “saída” para o reporter.

— Ora! Mas porque não? — Indagou curioso.

— Não sou um artista fracassado! E isso não é lixo. É arte! Retire-se de minha propriedade! — Falou altivo.

O jornalista olhou-o curioso e deixou um “Me ligue” no ar, antes de se retirar.

Antonie voltou para frente da garagem, sentando em um banco que havia ali. O jovem ficou olhando o pouco movimento, e agora, desanimado, reparava nas poucas pessoas que passavam por ali. Sempre olhavam a garagem e suas artes, sempre riam ou faziam caretas. Um jovem que passava casualmente, até mesmo chegou a mexer com Antonie.

—--- Em algum lugar de Paris ----

— Lixo… Sim… Lixo é o que todas essas pessoas são. Elas não entendem a sua arte. — Hawkmoth estendia a mão, esperando que a borboleta pousasse na mesma, e transformando-a por completo. — Eu posso sentir a sua decepção. Vamos mostrar a essas pessoas o que é uma boa obra de arte! — Libertava a pequena borboleta negra. — Voe meu pequeno akuma. Voe e cumpra seu propósito.

—--- Casa de Marinette ----

— Marinette? Você está bem? — Adrien pergunta preocupado, reparando no olhar distante da garota.

— Marinette!? — Alya juntou-se ao rapaz no “time dos preocupados”.

— Gente… ela está bem mesmo? — Nino finalmente se pronunciara, encarando a amiga. — Parece até que morreu.

— Não fale uma bobeira dessas. — Adrien repreendeu. De algum modo, ele sentia-se culpado, como se tivesse sido incapaz de protegê-la naquele dia. Talvez estivesse machucada. Talvez fosse culpa dele. — Marinette? Olhava-a desconfiado, tocando-lhe a face.

— Hn? — Ela virou os olhos em sua direção, encarando o rapaz. Seu rosto enrubesceu ainda mais. Ela entreabriu os lábios, tentando, em vão, falar alguma coisa. Por fim, suspirou desistente, revirando os olhos e simplesmente desfalecendo por completo, nos braços do rapaz.

— M-Marinette! — Gritaram em uníssono.

Adrien permaneceu segurando-a com cuidado, e colocando-a na cama.

— Marinette… o que você… — Alya pensou, de inicio, que talvez fosse emoção demais para sua amiga apaixonada. Mas ao tocá-la no rosto na tentativa de acordar a garota, notou a realidade do momento. — Ela está ardendo em febre. Falou preocupada. — A-Alguém chame a mãe dela! — Gritou.

— Vamos Nino. — Adrien puxou Nino, saindo do quarto.

Ambos dirigiram-se até a cozinha, aonde Sabine, a mãe de Marinette, se encontrava. Adrien explicou a situação e despediu-se, alegando que já deveria ir. Nino, no entanto, acabou ficando no lugar de Sabine, atendendo os clientes que chegassem.

—--- No parque do centro ----

Algumas pessoas se aglomeravam para ver a sessão de fotos que acontecia ali. Adrien não pôde ficar com Marinette, pois tinha compromissos. E também, por que ficaria com ela? Uma febre é normal de pegar, ele não era culpado, com certeza. O jovem modelo não entendia o motivo de tanta preocupação, mas preferiu deixar pra lá. Só haviam duas coisas que ele precisaria se focar no momento. Seu trabalho, e Ladybug. Pensar nela o fez sorrir como um bobo, sorriso esse que foi muito bem captado pelo fotógrafo.

— Este estava muito bom Adrien! — Ele fez um sinal de “Ok” para o rapaz.

A sessão de fotos continuou tranquila, até que a fonte em que Adrien estava sentado para as fotos, simplesmente se desfez, derrubando o garoto no chão e chamando a atenção de todos.

— Essa fonte não era muito bonita… — Uma espécie de robô que lembra um besouro, se aproximava. Ele era alto, medindo cerca de 2 metros de altura e, apesar de possuir um corpo com tronco, membros e cabeça, não se enxergava claramente olhos ou boca. A fonte que, antes havia se desfeito, foi remontada, virando uma estátua do próprio robô. — Bem melhor agora.

Não precisou de muito mais do que isso para fazer com que a multidão aglomerada começasse a correr, incluindo o fotógrafo e sua equipe. Aproveitando-se da situação, Adrien correu para um grupo de arbustos próximo de onde se encontrava. Uma criatura minúscula e cabeçuda, totalmente negra e com um rosto que lembrava a de um felino, saiu de dentro da camisa do rapaz.

— Haha! Impossível não correr daquilo. — A pequena criatura comentava em tom implicante.

— Não é hora pra isso. — Adrien falava com um sorriso de canto. — Plagg, transforme! — Dizia ao estender o braço direito, com o punho fechado na direção da pequena criatura. Plagg é praticamente sugado para um anel prata que existe no anelar de Adrien, fundido-se com o anel e tornando-o preto. A pegada de um gato surge no centro do anel. Adrien passa dois dedos, da mão direita, por sobre os olhos, enquanto uma luz esverdeada surgia, criando uma máscara negra e modificando seus olhos de humano para os de um felino. Em sequência, passa ambas as mãos sobre a cabeça, aonde a luz esverdeada deixava agora as orelhas negras de um gatos. Por fim, o brilho esmeralda circunda seu corpo, trajando-o com as vestes negras do felino. Chat Noir.

Dos arbustos, Chat saltou, aterrissando na cabeça da estátua do akuma.

— Não acho que seus gostos sejam aprovados pelo povo. — Falava em tom cínico, observando a criatura que mudava, ao bel prazer, toda a estrutura do parque. O akuma parou e o observou.

— Chat Noir… — Sua voz possuía um tom misto de solidão e arrependimento, embora lembrasse claramente a de um robô.

Aquela tristeza na voz do inimigo fez Chat pensar um pouco, estava surpreso, já que não esperava algo assim. Tanto quanto não esperava pelo que veio a seguir. Quando percebeu, uma pilha de objetos havia virado uma grande ponta de lança, que fora arremessada contra ele. Chat Noir conseguiu saltar, escapando por pouco, de modo que sua cauda chegou a arrastar no grande objeto que foi lançado contra si.

— Essa foi perto. — Dizia em voz alta, já no chão, próximo ao inimigo. — Sinto muito que você não goste de como o parque é, mas não posso deixar você continuar. — Ele falava com um meio sorriso nos lábios, já segurando seu bastão, que mantinha apoiado nos ombros.

— Você não pode me parar. Ninguém pode! — O akuma esbravejou. Árvores, brinquedos, bancos, tudo que havia próximo dele, naquele parque, simplesmente começou a se desmontar e aglomerar.

Chat Noir recuou alguns passos, vendo que o inimigo crescia com a aglomeração. Em poucos segundos, o akuma havia tornado-se uma espécie de robô musculoso com quase 3 metros de altura. Ele encarou o alvo, sorrindo fraco.

— Não posso deixar isso avançar. — Comentou para si mesmo, usando o bastão para saltar em direção ao inimigo, e empunhando o objeto pronto para golpear o alvo. O golpe foi poderoso, mas em Chat. Com seu braço reforçado e gigante, o akuma acertou um soco em cheio, que pegou o corpo inteiro do herói, lançando-o com força total contra o muro de um prédio do outro lado da rua. Chat ainda estava se levantando, quando o inimigo saltou até próximo dele, e desferiu mais um soco, e outro, de novo, e seguiu com uma sequência de inúmeros golpes, destruindo o muro por completo e lançando Chat Noir até a parede do prédio que, agora, não tinha mais um muro para lhe proteger. As pessoas em volta corriam horrorizadas, e o prédio encontrara-se vazio em pouco tempo.

—--- ♘ ----

— Roboart! Pegue a Miracle Stone de Chat Noir! — Hawkmoth, que observava de longe, dava a ordem ao akuma. Ele estava inquieto, impaciente.

—--- ♘ ----

Sem uma resposta falada, o akuma estendeu a mão na direção de Chat Noir, que estava praticamente enterrado nos escombros que foram lançados consigo. Antes, porém, que Roboart concluísse seu movimento, um bastão acertou-o em cheio na altura do peito, desequilibrando-o e fazendo com que recuasse alguns poucos passos.

— Que resistente. — O akuma falava enquanto “coçava” a área aonde o bastão atingira, como se nada fosse.

— Heh. Não sabe que todo gato tem nove vidas? — Chat Noir falava animado, cínico, erguendo-se entre os destroços. Ignorando os próprios ferimentos, ele colocava-se de pé e tomava a posição de batalha novamente.

— Nesse caso, só preciso acabar com mais 8 delas então! — Roboart comentava, lançando mais um soco contra Chat. Este, no entanto, desviou com um salto, afastando-se do akuma.

— Ufa! Eu já entendi seu esquema. Você não vai me acertar de novo! — Ele riu, comentando todo cheio de si.

Chat usou o bastão para saltar, avançando contra Roboart e acertando-o com sua arma. Porem, não causara muito efeito. Com a aproximação do herói, o akuma acertou fácil mais um soco, jogando Chat de volta nos escombros do muro quebrado. Desta vez, porém, o vilão não deu espaço para que o felino se recuperasse. Montou, com todos aqueles destroços, uma prisão para Chat. Um quadrado totalmente fechado, de modo que apenas a cabeça e os braços de Chat ficassem de fora.

— Uma a uma… vou tirar todas as suas vidas de gato. — Roboart riu maléfico e parou, encarando o herói.

Chat olhou-o visivelmente assustado, uma vez que simplesmente não conseguia sair dali. Ele sentia seu corpo ser pressionado, era incomodo. Mas apenas quando começou a notar as dores, percebeu o que estava acontecendo de fato. Estava sendo esmagado, constringido pelo bloco de concreto.

Por algum tempo, o único som que se ouvia naquele ambiente era o das rochas que se juntavam ainda mais, esmagando Chat, e os gritos de dor que o herói soltava. Debateu-se inúmeras vezes, em vão. Ele sentia o ar começando a lhe faltar, e suas forças no limite. Sequer conseguia  gritar mais.

— Luck Charm! — Os olhos semicerrados de Chat fitaram a figura familiar não muito distante dali.

— Lady… — Ele sorriu, alegre ao vê-la.

Roboart virou-se na direção da heroína que acabara de chegar. Não iria deixar que ela atrapalhasse, muito pelo contrário. Pegara as Miracle Stones agora mesmo. Era o que ele pretendia. No entanto, Ladybug já havia agido. Pendurou-se com seu yo-yo e caiu sobre o bloco de concreto que esmagava Chat. Duas intensas marretadas foram o suficiente para libertar o amigo em apuros.

— Chat? — Ela segurou-o, impedindo que ele fosse ao chão.

— My lady… — Ele sorriu, tossindo um pouco e puxando, finalmente, o ar que lhe faltara. — Está atrasada…

— Me desculpe Chat… — Ela o ajeitou na parte intacta do muro, e virou-se para Roboart. — Eu serei sua oponente agora! — Falou confiante, segurando a grande marreta que seu “Luck Charm” havia lhe dado.

— Um pouco mais de diversão, finalmente. — Roboart exclamou. E sem demoras, estendeu o braço na direção de Ladybug, acertando-a em cheio com um soco, fazendo-a cair no meio da rua. Ela levantou-se rapidamente, demonstrando estar desnorteada. Mais uma vez, o akuma atacou com um soco. Ladybug girou velozmente seu yo-yo, para bloquear o golpe, mas foi inútil. A força do segundo soco a lançara até uma árvore que havia no parque.

— Vou acabar com a mocinha primeiro. — O akuma falou, satisfeito.

Ladybug tentava se levantar, mas parecia simplesmente não ter forças. Levou os braços à frente do rosto, na vã tentativa de se proteger do soco. Seu corpo caiu para o lado, mas não havia sido atingido pelo soco. Viu Chat caído ha alguns metros de distância.

— São um casal interessante, admito. Mas não quero mais brincar. — Falou sem paciência.

— L-Ladybug! Use o Luck Charm! — Chat Gritou, ficando de pé, com dificuldade.

Ela se levantou e olhou em volta. Não tinha muitas opções, não sabia o que fazer, já que a marreta havia sido para resgatar Chat. Sua única ideia foi marretar, assim como fez com o bloco, Roboart. Ela avançou, e desviou das investidas, com o auxilio de seu yo-yo. Perto, conseguiu acertar a primeira marretada. Esta, no entanto, não pareceu fazer muito efeito. Investiu mais vezes, acertando duas, três, quatro vezes. Como reação, foi atingida em cheio por outro soco. Como com Chat, cascalhos começaram a se aglomerar em volta de Ladybug, prendendo-a. No entanto, estes cascalhos estavam ligados ao braço de Roboart.

— Tenho certeza que você quebrará bem mais fácil… — Sua voz carregava um certo ar de satisfação. Aquilo certamente o divertia. — Quero ouvir seus gritos também…

— Catclysm! — Sem aviso, Chat simplesmente investiu, usando suas garras no braço de Roboart, que gritou e recuou, soltando Ladybug.

O braço do akuma apodrecia gradualmente, então o vilão simplesmente se livrou dele.

— Terminaremos isso, outra hora… — Dizia calmo, enquanto se desmontava aos poucos, fundindo-se com o chão e desaparecendo. A batalha havia se dado por encerrada, por enquanto. Chat caminhou até Ladybug, ajudando-a a se levantar.

— Está bem? — Perguntou preocupado, ignorando o fato de que, com certeza, era quem estava em pior estado dentre os dois.

— Não era eu quem devia perguntar? — Ela sorriu de leve. O bipe que saía de seu brinco anunciava que seu tempo estava se esgotando, já ha muito. — Eu preciso ir. — Falou, dando alguns passos em falso e caindo sem muita força restante, sendo amparada por Chat.

— Deixe, ao menos, eu te acompanhar até um local mais seguro. My lady… — Ela sorria torto, pegando-a nos braços sem esperar consentimento, e correndo dali. Afastou-se pouco, saltando para um prédio de poucos andares, ficando no terraço. Com os protestos de Ladybug, não foi fácil carregá-la, principalmente porque seu corpo doía, e muito. Mas o dela também. No terraço do pequeno prédio, ele colocou-a no chão, no momento em que o último aviso dela soou. E sua transformação começou a se desfazer.

— Não olhe! — Ela fitou-o assustada.

Em resposta, ele puxou o que parecia um lençol que, junto com outras roupas, estavam penduradas à secar, e jogou sobre o corpo dela, cobrindo-a como se a mesma estivesse fantasiada de fantasminha. Ela ouviu bem o som do bipe, mas não era o seu, e sim o dele. A luz que brilhou, transpassando o lençol, indicava que o tempo dele havia se esgotado também.

— C-Chat Noir? — Ela perguntou receosa, ainda debaixo do lençol. Sentiu apenas uma mão afagar-lhe a cabeça, mas nenhuma resposta em palavras. O silêncio reinou por algum tempo, quando ela ouviu o som de uma porta se fechando. Ele havia ido embora.

Apesar de saber que agiu corretamente, um lado seu ansiava para ver quem era a pessoa por debaixo daquele traje. Mas seu medo de ser descoberta ainda gritava em seu âmago.


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