The Biggest Challenge escrita por DarkTigress


Capítulo 3
Especial de Natal


Notas iniciais do capítulo

Este é um capitulo totalmente a parte!
Apenas para deixar claro.
O que acontece nele, não influencia nos próximos, e nem possui influência nos anteriores!
É apenas um capitulo especial feito à parte! ♥

Espero que possam apreciar!



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Paris, a cidade dos amantes. O lugar possui um brilho único e especial. Porém, nesta época do ano, seu vigor e luminosidade parecem intensificar-se ainda mais. Impossível passar pela cidade e não se contagiar pela energia e alegria que a mesma transmite.

Toda a Paris brilha o dia inteiro, e durante à noite o espetáculo é ainda melhor. A cidade possui os mais variados tipos de enfeites e luzes natalinas. Atrações aos montes. As ruas vivem cheias, e os parques lotados.

Faz poucos dias que a beleza de Paris tornou-se completa, agora com o chão, árvores e casas, cobertos pelo branco da neve que cai quase todos os dias.

A empolgação deixou de ser algo exclusivo dos jovens. Toda a Paris aguarda ansiosa pelo Natal.

—--- Na escola ----

Era o último dia de aula, e logo entrariam de férias. Este dia foi usado para fazer uma confraternização entre alunos e professores, portanto, a sala estava enfeitada, e todos estavam na mesma. Havia bolo, salgados e doces, refrigerante, sucos e música baixa. Todos conversavam normalmente, deixando de lado as diferenças e problemas que tinham uns com os outros. Ao menos, quase todos, de modo que Chloe certamente não se aplica na lista dos mais educados.

—--- ♘ ----

— Minha família vai assistir ao espetáculo no dia 24, aquele no parque. — Alya falava animada, conversando com Marinette.

— A minha também. Eles estão bem ansiosos. — A garota falava de modo tranquilo.

— Será que todos vão? — Alya sorria com malicia. — Você podia falar com Adrien. — Ela encarava Marinette com um olhar provocante.

— O quê?! Ah, bem… — Marinette coçava o rosto, sem jeito. — Eu tenho certeza que ele vai passar ocupado com o pai dele. Não acho que seja uma boa ideia. — Ela sorriu, sem jeito.

— Adrien! — Alya o gritava, e chamava-o com a mão assim que ele olhava em sua direção.

— Oi. O que foi? — Perguntava de forma educada.

— Ah! Deixa que a Marinette fala com você, o Nino acabou de me chamar, vou ver o que ele quer. — Ela sorria para a amiga e saía. — Estou indo, Nino!

— Então? — Ele seguia Alya com os olhos por um momento breve, mas logo voltava a atenção para Marinette.

— Ahn… É que… — Ela estava nervosa, as palavras engasgavam e não saíam.

— É que...— Adrien olhava-a confuso, com um meio sorriso torto.

— Ah, bem… No dia 24 vai ter aquele espetáculo de Natal, lá no parque. Q-Queria saber se não gostaria de ir comigo? Minha família! — Corrigiu-se. — C-Claro que eu entendo se você não quiser ir, deve estar ocupado com seu pai. Tem planos não é? Eu entendo. — Ela, sem ouvir a resposta, já começava a dar as típicas desculpas para si, em alto tom.

— Eu adoraria. — Respondeu com um sorriso alegre.

— Entendo… Deve ser mesmo muito… — Ela falou cabisbaixa, só depois reparando na real resposta. — Você… adoraria? Não vai estar… ocupado? — Perguntou, ainda meio descrente.

— Sim, eu adoraria. — Ele riu com a reação da garota. — Meu pai vai estar ocupado demais, e eu ia passar sozinho mesmo. Vai ser legal passar com você. — Sorriu. Marinette ficou maravilhada com o sorriso que ele havia lhe mostrado, ela não sabia que ele conseguia ser mais irresistível do que já era. — Eu passo na sua casa. — Concluiu.

— Claro… — A garota estava nas nuvens, embora procurasse não demonstrar isso por fora e, mesmo que o fizesse, ele certamente não notaria.

— Nós vamos nos falando então. — Concluiu.

— Adrien, Adrien! — Nino chamava-o.

— Eu vou… lá com o Nino. — Ele apontou o amigo, com um gesto simples de cabeça, e foi saindo. — Ah! Marinette. — Parou de caminhar e virou-se, olhando-a mais uma vez. — Obrigado por me convidar. — Falou e, por fim, saiu.

— Não  tem de que… — Sussurrou, já que Adrien já fora. A jovem estampava um sorriso abobalhado na face. Era impossível não perceber a felicidade da garota.

— Pela sua cara, acho que foi tudo bem, não é? — Alya se aproximava, tirando uma foto, de surpresa, da amiga.

— A-Alya! — Repreendeu-a.

— Que foi? Eu não podia deixar de gravar essa sua carinha de felicidade! — Alya falou, com um sorriso sincero. — Me conta!

—--- Em algum lugar de Paris ----

O quarto ainda estava escuro, com as cortinas bem fechadas. A organização do mesmo estava impecável, assim como sua aparência era. Um lugar espaçoso, com uma mesa de maquiagem completa próximo à janela. Ao lado da cama, em ambos os cantos, havia uma mesinha de criado mudo, aonde repousavam abajures de aparência fina (em questão de preço). Ao lado destes, haviam celulares de última geração.

O som abafado de um riso feminino vinha da direção da cama. Aonde um casal, debaixo dos cobertores, conversava.

— Amor… Fica mais um pouco. — Uma mulher de aparência jovem, cabelos ondulados e claros, falava com a voz manhosa, abraçando o homem ao seu lado e lhe depositando alguns beijos distribuídos pelo rosto e pescoço do mesmo.

— Heh. — Um homem de aparência igualmente jovem e cabelos claros sorria e segurava o braço da mulher, dando um beijo no mesmo. — Você sabe que preciso ir, Elizabeth. Além do mais, se ficar assim, vai se atrasar. — Ele mostrava um sorriso doce, e afastava-a com delicadeza.

— Christian! Você sabe que estou de férias! — Ela fazia uma leve careta, puxando-o de volta. — Não pode tirar um dia de folga? — Falou ao pé do ouvido dele, com uma voz provocante.

Christian sorria, deitando o corpo sobre o dela. Ambos ainda estavam enrolados no lençol, e o homem não fez questão de tentar se desvencilhar. Ele levou seus lábios aos dela, depositando um beijo ardente, enquanto apertava a lateral do corpo da mulher, acariciando-a. Ela o abraçava, retribuindo o beijo cheio de vontade e tentando entrelaçar o corpo ao dele. Porém, ele logo terminava o beijo, e depositava mais um, rapidamente, sobre a testa da mulher.

— Eu preciso ir agora. — Ele sorri de forma divertida.

— Odeio quando você faz isso. — Bufou, resmungando com um sorriso desgostoso.

— Amor, por que não sai e compra um vestido novo. Fique linda hoje. — Ele falava enquanto vestia suas roupas. — Vamos sair para jantar. Vou lhe compensar.

— Não pode me compensar sempre, sabia? — Ela levantava-se, caminhando até ele e ajudando-o com a gravata.

— Prometo que isso é por pouco tempo. Só até que eu consiga aquela promoção. E logo as coisas mudarão. — Ele depositava um rápido beijo nos lábios da mulher. — Vou indo agora. Não posso me atrasar. — Ao despedir-se, saiu.

—--- Casa de Marinette ----

— Você precisa decidir algumas coisas, não? — Alya falava

— Como assim? Marinette a encarava com um olhar confuso.

— Você vai sair com o Adrien em alguns dias! Não pode simplesmente ir de qualquer jeito! — Ela respondia com um certo ar de incredulidade na voz.

— O-O quê? — A amiga mostrou o nervosismo, por fim. — Não fale como se fossemos só nós. Não é um encontro nem nada! Ele vai só se juntar à mim e minha família! E-Eu não preciso estar toda bonita...— Embora negasse, a verdade era óbvia. Marinette queria impressioná-lo, só não possuía coragem para tal feito. Ainda.

— Está brincando! — Alya falou, chateada. — Você não pode ir com essa blusa e calça. Não de novo! É um momento único! E é Natal. E você vai estar com o Adrien. — Sorriu, implicando. — Acho bom que pense em alguma roupa melhor. Eu não vou poder vir no dia, então temos que resolver isso o quanto antes!

—--- ♘ ----

— No que está pensando, Marinette? — Tikki, sua pequena companheira, surgia no terraço da casa, vendo a garota observar as estrelas, pensativa.

— No que Alya me disse… — Respondeu, ainda distante. — Acha mesmo que eu devia usar algo especial? — Perguntou.

— Claro, Marinette! Essa pode ser a sua chance de conquistar o Adrien, não? — A pequena kwami sorria.

— N-Não diga isso assim, Tikki! — Corava, ficando sem jeito.

— Você podia desenhar a própria roupa! Tenho certeza que vai ficar lindo! — Tikki sorria, dando ideias à Marinette.

— Acho que você tem razão. — Ela falava um pouco mais empolgada. — Talvez eu possa fazer algo pra ele também! Ele ficou muito feliz com o cachecol, não foi? Talvez eu dê luvas.

— Sim, sim! — A pequena kwami deu um giro no ar, animada com a ideia de sua amiga.

— Vou começar a fazer alguns desenhos agora! Vamos Tikki.

—--- Le Paris Restaurant ----

Era o restaurante mais caro de toda Paris. Por fora, demonstrava uma fineza única. Seus muros eram todo de ladrilho, e a porta era totalmente de vidro, assim como sua parede. Transformando numa vitrine. E era nela que ficava o adesivo com o nome do restaurante, cujo o símbolo era a Torre Eiffel. Havia um tapete que tomava toda a extensão do local, o mesmo era vermelho e continha a logo do restaurante.

Por dentro, suas mesas eram perfeitamente alinhadas e bem distribuídas. Uma toalha fina e bordada com fios dourados era o que cobria a mesa. E em seu centro, um candelabro para 3 velas. A cadeira era dourada e com as costas de vidro. As luzes do ambiente deixavam o local num tom claro de ouro. Ao fundo, havia um pequeno palco aonde uma pequena orquestra se apresentava.

— Quando disse que jantaríamos hoje, não imaginei que me traria aqui. — Elizabeth falava, dando um gole no vinho. Ela trajava um vestido longo e de cor negra. Apesar do breu de seu traje, ele possuía um brilho único. Era como o céu à noite. Seu cabelo estava solto. Usava uma maquiagem leve, meia calça, saltos e um conjunto de brincos e colar de pérolas.

— Eu não poderia levá-la em qualquer lugar, não é? — Christian sorriu. Ele vestia-se com um smoking preto, com detalhes brancos.

Os garçons estavam recolhendo os pratos já usados, e entregando-lhes a sobremesa. Para Elizabeth, tiramisu, e cheesecake para Christian. O casal degustou tranquilamente da sobremesa, enquanto conversavam sobre as aleatoriedades do dia, e sobre como a noite estava perfeita. Ao terminarem de comer, Christian acenou para o garçom, que sem falar nada, foi até a mesa e retirou os pratos da sobremesa.

Sem muita demora, outro garçom apareceu com um balde com gelo e champagne.

— Você pediu isso? — Elizabeth olhou confusa. — Não vai devolver?

— Não, não… Isso é nosso. — Christian sorriu e se colocou de pé, caminhando até a mulher e lhe estendendo a mão. Sem entender bem, ela lhe deu a mão e, com a ajuda do mesmo, ficou de pé. Ele sorriu feliz e respirou fundo, parecia nervoso. Assim que ela se colocou de pé, ele se ajoelhou. — Elizabeth...gostaria de se tornar minha esposa? — Dizia, mostrando-lhe uma caixinha aberta, que continha dois anéis dourados, sendo que um deles continua uma nada discreta pedra de diamante.

— Christian… — A mulher o encarara com os olhos marejados e sorria largo. Estava claro o quão feliz ela se encontrava naquele momento. — Sim… Claro. Eu adoraria…

—--- Duas Semanas Depois ----

Havia nevado fazia pouco tempo, por este motivo as ruas continuavam pintadas de branco. Marinette estava em seu quarto, nervosa. Havia acabado de se arrumar, e não parava de checar-se no espelho.

— Calma, Marinette! — Tikki tentava tranquilizá-la.

— Mas você não acha que está muito ousado? — No final das contas, Alya foi quem escolheu a roupa que Marinette usaria, alegando que ela precisava ficar atraente.

A jovem usava uma boina negra, um casaco rosa claro, aberto nos ombros, uma saia negra, meias ¾ negras e uma sapatilha azul bem escura.

— Você está linda, Marinette!

— M-Mas… está frio! E se eu ficar com muito frio? — A garota se desesperava.

— Marinette! Seu amigo chegou. Vamos! — Sua mãe chamava-a.

— Ai não! E-Eu preciso trocar de roupa. — Desesperava-se.

— Calma… — Tikki tentava tranquilizá-la.

— Marinette? Sua mãe pediu… — Adrien batia na porta, abrindo-a em seguida. — Ah… — O rapaz a encarava em silêncio.

— S-Sim…? — Ela tremia de leve. Tikki conseguira se esconder, por pouco, na bolsa da garota.

— Ah. Sua mãe pediu pra eu vir te apressar… Eu atrapalhei? — Ela ergueu uma sobrancelha, encarando-a.

— A-Ah é que eu… — Suspirou. — Eu estava só pegando a minha bolsa.

— Entendi. — Ele sorriu, e antes de descer, entregou um pequeno embrulho para a garota. — Eu trouxe isso pra você… — Ele coçou a nuca. — Um presente de Natal… e de agradecimento. Espero que goste.

— Ahn? Pra mim? — Seu coração parecia estar prestes a saltar para fora. — Obrigada. — Ela pegou, abrindo a caixinha e vendo que tratava-se de uma pulseira clara, com pingentes de rosas e uma pedra. — É muito bonita. Obrigada. — Falou corada, enquanto vestia a joia.

— Gostou? Eu achei que combinaria com você. — Ele sorriu. — Melhor irmos logo, antes que atrasemos seus pais. — Virou-se, descendo. — Ah sim… Esta roupa caiu muito bem em você. — Falou, antes de descer de vez.

Marinette ainda demorou um pouco para descer, visto que precisou se controlar ao ouvir o elogio. Seu interior estava explodindo de alegria. Um presente e um elogio, de Adrien. Ela já havia ganho tudo o que precisava neste Natal. Logo que se recompôs, desceu e encontrou seus pais e Adrien na sala. O rapaz vestia uma camisa cinza, uma calça jeans num tom de marrom, sapatos negros, um sobretudo negro e o cachecol que havia ganho de aniversário. Marinette precisou tomar folego ao vê-lo vestido daquele jeito. Além da felicidade que sentiu ao vê-lo usando o cachecol que ela lhe deu.

— Vamos? — Seu pai abriu a porta, já indicando para que saíssem.

—--- Em algum lugar de Paris ----

Uma mulher de vestido vermelho longo, prendia seus cabelos e dava um último retoque na maquiagem. Elizabeth olhava impaciente para o relógio pendurado na parede de seu quarto. Christian estava atrasado. Ela ouvia o movimento das pessoas fora de seu quarto, sabia que todos dirigiam-se para o parque. O famoso espetáculo de Natal. Ele havia lhe prometido que iriam, não poderia faltar.

Ela estava pronta já fazia quase uma hora, firme na esperança de que ele chegaria. Ainda havia tempo, já que ela se programou para saírem com bastante tempo de antecedência.
Seu celular tocou, ela o pegou rapidamente da bolsa. Era ele.

— Christian, onde voc… — Ela não terminou a frase. Ficou em silêncio, ouvindo o que lhe diziam do outro lado da linha. Por um momento, Elizabeth esqueceu-se de respirar. — S-Sim… eu estou indo. — Desligou o telefone e pegou sua bolsa, saindo às pressas de seu apartamento.

—--- ♘ ----

O táxi parava em frente ao hospital geral da cidade. Elizabeth jogava uma quantia qualquer no banco do carona, sem importar-se em quanto teria dado a mais,  ou a menos. O taxista também não se importou, vendo a aflição da mulher.

Elizabeth correra até a recepção.

— Christian Blake! — Falava nervosa, ofegando pelo cansaço da correria. — Por favor! Ele veio pra cá ainda a pouco… Sofreu um acidente de carro.

— Ah sim! — A recepcionista finalmente parecia saber de quem ela falava. — Está na ala de emergência, vai precisar esperar, senhora.

— Obrigada… — Falou e dirigiu-se diretamente para a área apontada. Só lhe restava esperar.

—--- ♘ ----

— Senhora Blake? — Um médico procurava-a, saindo da área de cirurgia.

— Sim? — Olhou-o esperançosa. Mas todas as suas esperanças desapareceram ao ver o médico baixar o olhar e balançar a cabeça de modo negativo.

— Eu sinto muito… Fiz tudo o que pude. — Ele anunciava, por fim.

— E-Eu posso… vê-lo? — Perguntou, trêmula.

— Por aqui… — Chamou-a, encaminhando-a para onde estava o corpo de seu noivo.

—--- ♘ ----

Desolada, Elizabeth não sentia, neste momento, que havia qualquer propósito para que continuasse a viver. Despediu-se como fora possível, mas apenas isso. Seu coração doía. Perdera o homem de sua vida em uma data como aquela, e sequer teve a oportunidade de falar com ele uma última vez.

Elizabeth nunca mais conseguiria gostar do Natal.

—--- Em algum lugar de Paris ----

— Eu posso sentir a sua dor. Perder alguém tão importante, o único amor de sua vida. As pessoas não tem repeito pelos outros, não é? Foi culpa do outro motorista, certo? — Hawkmoth observava de longe, sentia a forte energia negativa que fluía de Elizabeth, naquele momento. — Como as pessoas podem se divertir e deixá-la sofrendo? — Estendia a mão, deixando que a pequena borboleta pousasse e, então, mudava-a para a negra. — Voe meu pequeno akuma. Ajude Elizabeth. — Ele ria.

—--- ♘ ----

— Você quer fazer com que todos provem da sua dor, não é? Castigar aqueles irresponsáveis que tiraram sua vida. — Hawkmoth falava calmo, comunicando-se com Elizabeth. — Eu vou lhe ajudar. Em troca, precisa apenas me dar o que eu quero. Acha que é capaz disso, Nightmare?

—--- No Parque de Paris ----

O parque próximo à torre Eiffel é a primeira atração de Natal, e única no dia 24. O lugar está totalmente enfeitado. Em seu centro, á uma grande árvore natalina. Existem algumas barracas vendendo presentes e comidas. A atração principal, no entanto, já estava rolando.

No palco, ao fundo, uma banda tocava músicas natalinas, enquanto diversos grupos apresentavam uma performance própria. Peças curtas, músicas, mágica, show de todos os tipos. Não havia cadeiras para todos, e muitos estavam de pé. Todos, no entanto, aguardavam pela atração principal. A chuva de fogos de artificio que ocorreria no momento em que a data mudasse para o dia 25 de dezembro.

Por sorte Marinette, seus pais e Adrien conseguiram ficar sentados. Embora estivesse sendo muito divertido, ela mal conseguia prestar atenção no que havia no palco, já que Adrien estava a poucos centímetros dela.

— Ah! Desculpe. — Adrien falava ao, acidentalmente, tocar a mão da garota, que estava no mesmo braço da cadeira.

— N-Não tem problema. — Respondeu, nervosa.

— Está tudo bem? — Estranhou.

— S-Sim… só estou ansiosa pelos fogos.

— Eu também. Finalmente poderei vê-los… — Ele sorriu de modo doce, fazendo com que Marinette derretesse, simplesmente. — Marinette… — Adrien olhou-a, pegando na mão da garota, desta vez propositalmente. — Muito obrigado mesmo, por me chamar pra vir. — Ele sorriu, olhando-a nos olhos. Pela primeira vez, ele sentiu como se conhecesse aquele olhar. Sentiu seu coração acelerar, além de um nervosismo incomum surpreendê-lo. O que o fez desviar o olhar logo em seguida.

— N-Não tem de quê… — Marinette ainda estava encantada com o que havia acabado de acontecer. — “Acho que… talvez eu consiga me declarar pra ele hoje. Eu consigo!” — Pensou, determinada a conseguir realizar tal tarefa. Faltava pouco para o evento principal. Eram quase meia noite, e Marinette aguardava ansiosa. Só precisava manter a determinação por mais alguns minutos.

—--- ♘ ----

— Adrien… — A garota o chamou, receosa. Ver os olhos dele encararem os seus, fazia-a hesitar. Os fogos estavam prestes a iniciar, ela não poderia perder a oportunidade. — Eu… — Mas perdeu. Antes que ela concluísse, uma mulher simplesmente saiu gritando desesperada. — O que é isso? — Perguntou, hesitante.

— Não parece bom… — Adrien comentou, ao ver mais uma pessoa que corria gritando.

— Hahahahaha! — Uma mulher de pele esbranquiçada e vestes totalmente negras, surgia lentamente. Suas vestes eram incomuns, especialmente para a época, parecia ter saído de algum filme antigo. Usava um chapéu semelhante à uma cartola, porém feminino. — Eu vou acabar com todos os seus sonhos! — Ela mostrava um sorriso paranóico. Neste momento, muitas outras pessoas começaram a correr horrorizadas. Porém, agora era mais notável que muitas não chegavam tão longe, caindo no chão como se estivessem sendo torturadas. Os gritos eram pavorosos, ouvi-los, por si só, era uma experiência traumática. Como se estivesse no meio de várias pessoas que estavam sendo torturadas. Mas pelo quê?

— Temos que ir! — Adrien pegou na mão de Marinette, correndo e puxando-a.

— A-Adrien… meus pais… — Falou, receosa.

— Foram pegos já… eu… eu sinto muito. — Falava sem encará-la, continuando a puxá-la.

— O quê? — Ela parava, fazendo com que o rapaz parasse também. Os olhos de Marinette corriam em busca de seus pais, e não tardou a vê-los, no chão.

— Não! — Adrien tapou os olhos da garota, antes que ela tivesse tempo de reagir. Sentiu o umedecer em suas mãos, ela estava chorando. — Não olhe… — Começou a guiá-la para mais distante dali, com certa velocidade. Esconderam-se atrás de alguns arbustos. — Marinette… por favor, vá pra casa. E-Eu vou tentar ajudar os seus pais.

— Você está maluco? O que pretende fazer? — Ela segurava-o. — Não m… — Ela arregalou os olhos, não podia completar a frase. Ela sequer poderia continuar naquele estado. Se alguém devia salvar a noite, seria ela. — Entendi… — Ela concordou. — Tenha cuidado, por favor. — Falou.

— Claro, my… — Ele sorriu. — Não se preocupe. Agora vá.

—--- ♘ ----

Chat caía direto no palco, derrubando alguns instrumentos musicais.

— Chat! Você está bem? — Ladybug perguntava com certa preocupação.

— Melhor do que nunca. — Ele sorriu, limpando o sangue que havia no canto de sua boca. — My lady… deixe ela comigo, por enquanto. Tente resolver o problema das vitimas.

— Esp… — Chat saltou em direção à Nightmare, antes que Ladybug terminasse de falar.

No ar, Chat aumentava seu bastão, usando sua força, somada a da gravidade, para atingir com o bastão em cheio, na cabeça do akuma. Mas antes que ela fosse atingida, a imagem da Ladybug surgiu entre ele e a inimiga, fazendo-o desviar no último momento.

— Ladybug?! — Ela não estava mais lá. — Mas o quê?

— Hahaha! Não adianta lutar contra mim. Eu sei no que você pensa. Sei do que tem medo! E é o que vou usar contra você! — Nightmare falava, certa da vitória.

— Heh… Não fale bobagens! — Chat sorria, confiante.

— Isso é o que veremos. — Ela sorriu.

— Chega de conversa. — Mais uma vez, ele avançava contra a akuma. Chat corria na direção do alvo, ele mirava golpes com o bastão e com chutes e socos, mas Nightmare desviava com facilidade. — Tsc… pare de dançar! — Ele sorria. Havia pego o padrão de movimentos dela.  — Se me permite, dançarei com a madame. — Curvou-se, fingindo cumprimentá-la. Logo após, partiu para o ataque. Assim que ela desviou de seu soco, para a direita, Chat cresceu o bastão, atingindo-a diretamente no peito. Mas ao olhar novamente, não era Nightmare quem ele havia atingido, e sim a Ladybug. — My lady! — Ele aproximou-se, olhando em volta procurando pela akuma. — Está bem? — Ele pegou em sua mão e, simplesmente, lançou-a com força contra uma parede que havia ali.

— C-Como? — Nightmare perguntou desnorteada, enquanto se levantava.

— Você não pode me enganar com esse truque barato. — Ele sorriu vitorioso.

— Posso não enganar você, mas e ela? — Sorriu.

— My l… — Antes que concluísse a frase, foi atingido em cheio, no estomago, pelo yo-yo de Ladybug.

— Solte-o! — Ela gritava.

— M-My lady… — Ele levava a mão ao estomago, como se aquilo amenizasse a dor, e puxava o ar, tentando respirar normalmente. — Sou eu… — Antes que conseguisse reagir ou se defender, o yo-yo de Ladybug acertou-o diretamente na nuca, derrubando-o.

— Chat Noir! — Ela falava, olhando para Nightmare e, em seguida, caminhando até ela. — Você está bem?

— Ladybug! — Com o bastão, ele acertava-a na altura da cintura, afastando-a do akuma.

— Ladybug! — Nightmare gritava. — Vamos pegá-lo!

Chat Noir viu-se encurralado. Ladybug partiu para cima dele, girando o yo-yo com força e lançando contra Chat, que desviava por pouco. Nightmare avançava e tentava segurá-lo, mas ele conseguira escapar mais uma vez. Em um contra ataque rápido, Chat saltou usando o bastão, e pulou sobre o corpo de Nightmare, que sem esperar um golpe tão direto, foi atingida em cheio e afastada alguns poucos metros, desnorteada. O que fez com que, por um momento breve, Ladybug enxergasse a verdade. E antes que ela atacasse Chat, o mesmo tampa seus olhos, mantendo-se atrás dela.

— My lady...— Falava calmo.

— Chat?! Me solta! — Tentou afastar-se.

— Se eu soltar, você vai me machucar. — Sua voz carregava uma certa tristeza.

— Como? — Perguntou, sem entender.

— Use o Luck Charm...em mim… — Após falar, ele soltou-a, afastando-se dela.

— Chat! — Ela olhou em volta, assustada. Finalmente achando o companheiro caído no chão e, obviamente, correndo em seu socorro. Antes que ela chegasse nele, porém, Nightmare caiu entre ambos, encarando-a segundos antes de chutá-la com força, derrubando-a.

— O que está fazendo?! — Nightmare gritava com ela. — Seu verdadeiro inimigo sou eu, my lady…

— Acabe com ele, Ladybug! — Chat gritava, já se colocando de pé.

— Entendi… — Ela suspirava. — Luck charm! — Gritava, jogando o yo-yo para o alto. Uma luz avermelhada surgiu, e logo um objeto caiu nas mãos de Ladybug. — Mas… o que farei com isso? — Perguntou para si, enquanto encarava a máscara de dormir vermelha com pequenas bolinhas negras. Ela olhou em volta, encaixando, aos poucos, as peças.

— Ande logo, Ladybug. O que está esperando. — Chat gritava.

— Eu esperava, uma confirmação! — Após responder, corria na direção contrária de Chat. — Use seu Catclysm! — Pedia.

— Pode deixar! — Falava animado. — Catclysm! — Com um sorriso estampado na face, Nightmare rodeava o palco, que começava a se desfazer.

— O que está fazendo? — Chat gritava.

— Colocando o gatinho pra dormir! — Ladybug puxava as cortinas do palco, enrolando-as em Chat Noir. — Boa noite, gatinho! — Com a máscara, ela tapava os olhos de Chat que, no mesmo momento voltara a ser Nightmare. E não apenas ela, mas todos no local pareceram acordar de repente.

— Ladybug! O akuma! — Chat gritava.

— Certo! — Ela analisava a figura à sua frente, finalmente identificando o objeto, a pedra que havia no pescoço dela, pegando e quebrando ao jogar com força no chão. — Miraculous Ladybug! — Gritava ao jogar a máscara para cima e, com isso, uma luz rubro surgiu, concertando tudo ao seu redor.

— Missão cumprida! — Diziam, Ladybug e Chat Noir, ao se cumprimentarem, como de costume.

— Sabia que poderia confiar em você, My lady. — Chat dizia, aproximando-se dela.

— Eu tenho que ir. — Ela sorriu, ouvindo o bipe que anunciava o tempo restante de sua transformação.

— M.. — Suspirou, saltando e correndo atrás dela, pelos telhados. Não foi difícil alcançá-la. Na verdade, esperou apenas que estivessem fora dos olhos curiosos. — My lady! Espera… — Pediu, segurando com certa firmeza em seu pulso.

— C-Chat! Não… — Puxava, tentando se soltar. — Nossa transformação… — Dizia, ouvindo mais um bipe.

— Eu não me importo. — Ele falou sério, puxando-a para mais perto e encarando-a nos olhos. — Impossível não reconhecê-los. — Sorriu de canto. — Me pergunto como demorei tanto pra perceber isso…

— Chat… — Uma luz avermelhada começou a rodear o corpo de Ladybug.

— Marinette… — Falou, antes mesmo que a transformação dela terminasse.

— Como você… — Ela olhou-o espantada.

— É realmente você… — Ele sorriu terno. — My lady… — Os fogos, que a muito foram esperados, começaram a ser lançados naquele momento. Ele aproximava o rosto do dela, segurando, com ambas as mãos, a face de Marinette. E, finalmente, tocando os lábios dela com os próprios. Ela de fato tentou resistir ao beijo, mas ouvi-lo chamar pelo nome a fez estremecer. Aquele tom de voz familiar a dominava. Foi incapaz de resistir ao beijo, mesmo não passando de um demorado selinho. Os olhos de Marinette ainda estavam fechados quando o brilho esmeralda se fez visível. — Feliz Natal…

— A… — Ao ouvir a última frase e abrir os olhos, Marinette paralisou. Não podia acreditar que, diante de seus olhos, estava a pessoa de quem ela mais gostava. — Adrien… como isso é possível?

— Pergunto como não percebi antes...Os mesmos cabelos e olhos azuis… — Ele falava enquanto acariciava-a no rosto. — My lady… — Sorria de canto.

— E-Eu… — Ela recuava alguns passos, parecendo perdida. O olhar confuso de Adrien sobre ela fazia-a perder o equilíbrio. Acabou batendo as costas em uma antena.

— Marinette? — Adrien olhava-a, preocupado.

— Eu… — Ela mexia na bolsa, pegando um pequeno embrulho. — Fiz isso pra você… — Entregava-o, sem encará-lo.

— Você fez? — Sorriu, abrindo empolgado o pacote. — Luvas é? Está mesmo frio aqui em cima. — Falava enquanto vestia as luvas. Por coincidência,  a fina neve começava a cair.

— Eu pretendia… entregar depois mas… — Ela removia outro embrulho da bolsa. — Esse era para o… Chat. — Ela corava.

— Sério? My lady ia me presentear? — Falou animado. E usando as últimas forças de seu kwami, transformou-se mais uma vez. — Então, eu aceito. — Falou, pegando o embrulho e e abrindo-o. Tratava-se de um cachecol de cor verde, que combinava perfeitamente com seus olhos. Ele vestia-o e, mais uma vez, puxava-a para um rápido beijo. — Je t’aime, Marinette…


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Notas finais do capítulo

Elizabeth: http://i.imgur.com/UiN70Zs.jpg
Christian: http://i.imgur.com/FXxTX2S.jpg
Nightmare: http://i.imgur.com/uIXnVlc.jpg
Roupa de Marinette: http://i.imgur.com/WIUKhqB.jpg
Roupa de Adrien: http://i.imgur.com/PEUa5TW.jpg
Presente de Marinette: http://i.imgur.com/QXALeFN.jpg
Presente de Adrien: http://i.imgur.com/DcRZABX.jpg
Presente de Chat: http://i.imgur.com/PFxDoEX.jpg
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Eu espero que tenham gostado desse especial =w=
Espero, também fazer outros especiais ♥

Obrigada por lerem >///
E Feliz Ano Novo! ♥ ♥



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