The Biggest Challenge escrita por DarkTigress


Capítulo 5
Double Problem - Ragy Sadnessy


Notas iniciais do capítulo

Neste capitulo os nossos heróis se deparam com um problema diferente. Pela primeira vez, eles não serão o alvo de seus inimigos.



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— Ladybug! — Chat gritava em meio ao salto, pegando sua companheira heroína no ar, antes que a mesma tocasse o chão e, por consequência, servindo-lhe de aparador na queda. — Ugh! — Resmungou, contendo-se, ao bater as costas no chão. Mas em momento algum afrouxou os braços que carregavam o que lhe tinha de mais precioso. — Ladybug? My lady? — Seu tom de voz demonstrava claramente sua preocupação. Chat ajeitava-se no chão, repousando, mais confortavelmente, o corpo de sua companheira em seu colo. Ele ajeitava as mechas soltas do cabelo da jovem, que cobriam-lhe a face, de modo que os ferimentos na face de Ladybug ficaram expostos para o rapaz. Hematomas tomavam quase todo o rosto da jovem, inchaços, cortes e, por se tratar de uma região bastante irrigada e sensível, havia bastante sangue. As lágrimas que caíam dos olhos de Noir, logo misturaram-se ao sangue na face de sua companheira desacordada.

— Fácil demais. — Uma sombra feminina aproximava-se do casal de heróis. — Apenas entreguem suas miracles stones e tudo isso pode simplesmente acabar. — A voz feminina e perturbadora fazia com que Chat voltasse ao que estava acontecendo no momento.

— Se chegar mais perto...vai se arrepender… — Apesar de trêmula, a voz de Chat possuía um certo tom ameaçador. Ainda com lágrimas nos olhos, o “Gato Negro” se pôs de pé, sem soltar sua companheira, em encarou a figura a sua frente. — Eu não vou te perdoar pelo que fez... Shadowmiss! — Com um olhar determinado, Chat recuou alguns passos, sem tirar os olhos de seu alvo. Caminhou apenas o suficiente para que repousasse o corpo de Ladybug em um lugar fora do “fogo cruzado”.

— Vejo que não vai se render. — O tom de voz de Shadowmiss fazia parecer com que ela sorrisse, embora não fosse um som agradável.

— Nunca! — Chat finalmente pega seu bastão, girando-o antes de encostá-lo no chão e encarar sua rival. — Vamos acabar logo com isso. — O rapaz não esperava, no entanto, que houvesse algum reforço do lado inimigo. Chat Saltou para a própria esquerda, desviando, por pouco, de um grande aglomerado maciço atingí-lo. Ao olhar na direção da qual o objeto desfigurado fora lançado, deparou-se com Roboart, que já estava juntando mais um aglomerado para lançar contra Chat.

— Acho que o gatinho não tem para onde fugir! — A voz familiar anunciava GunZ, que chegava pelo outro lado. Chat estava cercado.

— Tsc! Vocês podem tentar o quan… Argh! — Chat sequer teve tempo para reagir às investidas. O som de contínuos disparos, mesmo que por apenas uma fração de segundos, calaram o gato, que sequer sentia mais o próprio corpo. Com os olhos mirados para o chão, viu apenas o seu sangue que banhava o próprio leito, antes de cair, ajoelhado. Chat não entendia como aquilo poderia estar acontecendo, eles iriam mesmo perder? E daquela maneira?

Os olhos do herói felino miraram sua amada, que continuava desacordada, e assim permaneceria. Chat presenciou Roboart projetar um braço em forma de lança, e atravessar o corpo de Ladybug, arrastando-o, como se fosse nada, para perto dele e Shadowmiss.

— L… La… Lady...bug…? — Sua voz falhava. Seu corpo, sem forças, finalmente estava totalmente estirado no chão. Mas ainda assim, o herói arrastava-se e rastejava, tentando alcançar sua companheira. — Ladybug… My lady… — Ele não chegou muito longe, sentindo um terrível peso sobre seu corpo. Peso este que tratava-se de GunZ, que simplesmente pisava sobre o corpo fragilizado de Chat.  Shadowmiss estava de frente para Ladybug, que mais parecia uma carne no espeto pronta para assar. E então, a vilã simplesmente retirou os brincos da heroína.

— LADYBUG! — Adrien acordou assustado e completamente suado. Seu coração batia acelerado, suas lágrimas misturavam-se ao suor de sua face. E ainda era capaz de sentir o peso do corpo de GunZ.

— O que houve? — O pequeno kwami semelhante a um gato negro acordava assustado, encarando o amigo.

— Plagg?! Foi apenas… um pesadelo… — Ainda nervoso com o que havia sonhado, o rapaz levantou-se da cama e seguiu para o banheiro.

— Sonhou que ela saía com Hawkmoth de novo? — Plagg implicava, sem sequer se dar ao trabalho de sair da cama. Como resposta à sua provocação, no entanto, um breve silêncio se fez, sendo quebrado apenas pelo som do chuveiro, segundos depois. — Foi tão ruim assim? — O pequeno kwami finalmente se mostrou preocupado, voando até o banheiro e sentando-se na pia. — Afinal, o que foi que você sonhou?

— Plagg? — Adrien encontrava-se debaixo do chuveiro, molhando a nuca enquanto tentava relaxar. — Porque não conseguimos pegar aqueles três que Hawkmoth akumatizou?

— Hn? Eu não sei. — Respondeu naturalmente. — Está preocupado com isso? Eventualmente irão conseguir.

— Mas e se não conseguirmos?

— Então teremos um grande problema. — Respondeu de modo indiferente.

—--- ♘ ----

— Ele não parece bem...— Marinette sussurrava para Alya, observando Adrien, que sentava à sua frente mas sequer parecia estar de fato ali.

— Fala com ele. — Alya incitou a amiga.

— O quê? N-Não, não. Não quero incomodar! — Marinette recusava.

— Incomodar? Ele foi até sua casa, lembra? Você devia agradecer e retribuir! — Alya repreendia e jogava o lápis de Marinette na mesa do rapaz, chamando-lhe a atenção. Ou tentando.

— Não! — Gritou num sussurro, ao ver o lápis ser lançado. — Hahaha! Desculpa, acabou esco… escorregando… — Marinette interrompeu a frase ao notar que Adrien sequer havia percebido o lápis que fora jogado ao seu lado. Finalmente resolveu chamá-lo. — Adrien? — Cutucou-o uma vez. — Adrien? — Chamou-o novamente, tocando-o no ombro. Mas não obteve qualquer reação. — Nino?

— Ahn? — O moreno encarava Marinette.

— O que houve? — Sussurrou. Nino apenas encolheu os ombros e balançou a cabeça de modo negativo, sinalizando que não fazia ideia. — P-Pode pegar meu lápis, por favor?

— Ah, claro! — Pegou o lápis e entregou à amiga.

— Obrigada… — Agradeceu e voltou a prestar atenção na aula. Parcialmente.

—--- Numa casa qualquer em Paris ----

— Você mente para seus pais dizendo que vai à escola, acreditamos em você, e é assim que retribui, Diane? — Uma mulher de longos cabelos negros e ondulados, pele clara e olhos azuis, trajando um vestido vermelho que parecia um uniforme de secretária, repreendia uma jovem que, em seu contraste, possuía uma pele mais morena e cabelos esbranquiçados.

— Mas…

— Não existem argumentos para o que você vez, Diane! Você está proibida de vê-lo, entendeu? — A mulher procurou segurar o tom, embora a frase final tenha saído em forma de grito.

— A senhora não pode fazer isso! — A jovem pronunciou-se, falando com lágrimas nos olhos.

— Eu sou a sua mãe, posso fazer o que bem entender! — A mulher proclamou. — A partir de agora você terá horários para tudo, e ach…

— Você não é a minha mãe! — A jovem gritou, colocando-se de pé. — Não passa de uma substituta! Não tem o direito de mandar em mim. — E sem deixar que a mulher falasse mais nada, a jovem correu para o próprio quarto, batendo a porta e trancando-se nele.

—--- Em algum lugar de Paris ----

— Esse sentimento… — Apreciando a paisagem de um futuro caótico, pela janela que se abria, Hawkmoth mostrava-se satisfeito com o bater das asas das borboletas que rodeavam seu corpo. — O sentimento de frustração e fúria! Deixar que alguém que sabe tão pouco do que a vida tem a nos oferecer, falar desse jeito com uma mulher tão experiente. Uma substituição que nunca irá acontecer. — O homem ergueu o braço na direção da janela já aberta, liberando duas borboletas negras. — Voem minhas amadas akumas. Voem e fortaleçam aqueles frágeis corações com o que há de mais poderoso… As trevas.

—--- ♘ ----

— Sadnessy! Com estes poderes poderá ensinar a lição à todos aqueles jovens rebeldes. Precisa apenas me fazer um pequeno favor, e começar com 2 adolescentes barulhentos. — Hawkmoth falava com voz firme. — Ragy! Em troca de um pequeno favor, poderá carregar este poder para sempre e mostrar.

—--- Próximo à Torre Eifel ----

— Como é bom te ver, My Lady… — Chat parecia extremamente aliviado ao ver Ladybug.

— O que houve com você, Chat? — Estranhava.

Ambos corriam pelos telhados das construções que habitavam o local. Pareciam buscar algo, e não demoraram a encontrar.

—--- ♘ ----

A poucos metros dos heróis, duas figuras femininas brigavam entre si. Uma era alta e possuía um corpo mais esguio, cabelos longos e negros. Em sua face, carregava uma máscara negra, sem rosto ou qualquer tipo de traço. E em sua cabeça, emaranhando-se em suas longas mechas, um par de grandes chifres em espiral. O tronco da mulher era nu e à mostra, mas seus membros eram totalmente cobertos por couro negro e disforme. A outra era um pouco mais baixo que a primeira. Seus cabelos eram curtos, lisos e prateados. Todo o seu corpo era coberto pelo que parecia ser uma camada espessa de pelagem escura como a noite. Em sua face, carregava uma máscara totalmente branca e, embora fosse possível ver as marcações de olhos, nariz e boca, a mesma não possuía qualquer tipo de expressão.

O problema maior, no entanto, era o fato de estarem brigando entre si de forma descontrolada.

— Vai aprender a nunca mais falar comigo daquele jeito novamente! — A figura mais baixa esbravejava, enquanto seus pés pareciam deslizar agilmente pelo chão, na direção da mais alta. O que parecia ser a pelagem negra se estendeu até a mais alta, agarrando-se ao seu corpo e cobrindo-o rapidamente.

— Você não tem o direito! — A vilã de longos cabelos gritou e, sem precisar de muito esforço, dissipou a tonelada de pelos que a cobria.

Do alto, Ladybug e Chat Noir observavam, confusos, a briga que seguia.

— É a primeira vez que vejo isso… — Ladybug falava apreensiva.

— Ladybug, eu acho que… — Chat começara a falar, mas ao ver sua companheira começando a agir, parava. — La-Ladybug!

Lady saltava diretamente para a cena de batalha, colocando-se entre a mais baixa e a de longas madeixas. A heroína pretendia bloquear o golpe com seu io-iô, antes que ambas acabassem se destruindo, e também tudo ao seu redor. Mal começou a girar sua “arma” e sentiu seu corpo ser empurrado, quase desequelibrando-se e caindo. Ao olhar para o lado, viu Chat apartando o golpe com seu bastão, que simplesmente virara ó após receber o golpe. O gato negro, no entanto, teve sorte ao ser mais rápido. Inclinou o corpo, jogando-o para trás e impedindo que fosse pego juntamente com o bastão. E, aproveitando-se da situação, desferiu um rápido e forte chute contra a mulher, afastando-a.

— Chat! Seu bastão! O que houve? — Ladybug perguntava num tom misto de desespero e surpresa.

— Eu percebi quando ela se soltou. É um poder semelhante ao meu… — Ele respondia sério, e logo mostrava um sorriso aliviado, chegando a fingir tirar um suor da testa. — Ufa… foi por pouco, My lady. Não podemos perder o seu poder.— Parece que ambos haviam esquecido que não lutavam apenas contra um vilão akumatizado, mas sim contra dois. Sem ter tempo de se defender, Chat foi arremessado contra a parede próxima à sua companheira. — A...Anotaram a placa…? — Brincava, enquanto se colocava de pé, com certa dificuldade.

— Não interrompam! — A mais baixa praguejava.

— Chat! — Lady encarava-o, antes de soltar um suspiro de desapontamento ao ouvir a piadinha. — Eu sinto muito… por minha causa, o seu bastão…

— Não se preocupe My lady. Resolvemos isso depois. Mas… — Ele olhava em volta, vendo que ambas as vilãs haviam sumido. — Aonde foram?

— Ahn?! C-Como assim?! — Ladybug olhava ao redor. — Como foram tão rápidas? — Ela estava totalmente surpresa por não ter percebido, mas ver o Chat sorrir cínico e dar de ombros não ajudava-a muito. — Chat, esc… — Não precisaram procurar demais, visto que ambas continuavam a brigar entre si e logo denunciaram sua nova posição ao quebrarem a parte de cima do prédio em que estavam em frente. Ladybug olhou para cima e teve tempo para correr e saltar uma boa distância antes que um enorme pedaço de concreto a atingisse.

—--- ♘ ----

Como temiam, a briga entre as duas vilãs começava a fugir do controle, de modo que alguns prédios estavam passando a sofrer as consequências do “pequena rincha”. Ladybug e Chat Noir conseguiram, com dificuldade, guiar as duas para a praça aonde a torre Eiffel encontrava-se. Lá haviam menos pessoas e menos prédio para serem destruídos. Bem, ao menos, no centro exato.

— Precisamos acabar logo com isso! — Ladybug gritava para Chat. — LUCKY CHARM! — Finalmente a heroína usava seu poder especial, e logo sua carta na manga era revelada. — Um óculos? Sério?!

— Isso vai nos ajudar? — Chat resmungava.

Ladybug olhava em volta, procurando entender como o óculos poderia ajudar. A policia já cercava o local, e não havia mais civis além deles.

— “Isso não é bom… nada bom… Não sei o que fazer.” — Ladybug pensava, perdida, enquanto procurava uma explicação para o óculos. Distraída enquanto procurava os encaixes do quebra-cabeças, foi derrubada ao ter Chat jogada em cima de si.

— Hnn… My lady fica linda de óculos. — Tirava, como sempre, alguns poucos segundos para brincar, enquanto se levantava e ajudava a companheira a ficar de pé.

— Chat… é isso. Eu devia usá-los o tempo inteiro, mas… — Olhava em volta mais uma vez, vendo que apenas dois lugares eram marcados. O peito da mais baixa e o pulso da mais alta. — Apenas 2 lugares são mostrados pra mim… São os objetos aonde estão os akumas, Chat!

— Não precisa dizer de novo, my lady! — Ele sorria pretencioso. — É só me dizer aonde!

— No peito da que usa a máscara branca! — Gritou.

— Catclysm! — Gritou, anunciando seu trunfo.

Ladybug girava seu io-io enquanto corria na direção de ambas, finalmente colocando-se entre as duas vilãs. Desviou habilmente quando Sadnessy tentou golpeá-la com seus braços negros, e acertou o io-io no mesmo, fazendo com que o mesmo enrolasse em seu pulso e, assim, puxando-o.

— Hah! Acha que pode me vencer com isso? — Sadnessy reclamou enquanto puxava o braço de volta e forçava Ladybug a ir em direção à ela. — Vou acabar com você, e depois continuo minha lição de moral. — Ela ia, finalmente, tocar na corda do io-io para começar a puxá-lo, quando Ladybug saltou-o e o puxou de volta. — O quê? — Sadnessy foi atingida por trás pelo ataque de Ragy, e seu corpo começou a ser envolvido pela grossa pelagem negra e, ao destruí-la, como da última vez, sentiu algo bater em seu pulso direito. O som de algo quebrando foi ouvido, e logo depois uma borboleta negra surgiu.Ladybug não perdeu tempo ao capturá-la para purificar.

Chat não demorou muito mais do que Ladybug, agora que já havia ajudado-a como podia, era vez de finalmente colocar um fim naquilo, pois seu tempo estava correndo. Saltou alto, fugindo da investida peluda de Ragy, e lançou-se do alto como uma flecha certeira. Sentiu seu corpo perder a força e seus músculos falharem, quando algo o atingiu diretamente. Do ar, não fora capaz de desviar do golpe da vilã, que o acertou na altura do peito e pescoço, começando a envolvê-lo. Seu braço esticado, porém, não falhou no ataque, preciso como uma flecha. Seu cataclysm finalmente fora usado, e destruíra o objeto que acolhia o akuma. Seu corpo caiu sem aparos ao chão, mas seu sorriso vitorioso mantinha-se nos lábios.

“Missão cumprida”


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Notas finais do capítulo

Eu peço desculpas pela extrema demora.
Eu postei um jornal explicando meus motivos, assim como os motivos das próximas demoras que ocorrerão. Espero que leiam e compreendam.
O link está logo abaixo:
https://socialspirit.com.br/perfil/darktigress/jornal/atrasos-das-fanfics-5506711



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