A Estranha Vida de Carmenny Edmond escrita por Katerrin
Notas iniciais do capítulo
Hello
Carmenny Edmond
Depois daquele estranho passeio na praia, inventei uma desculpa qualquer para voltar pra casa. E, quando voltei, a casa estava repleta de pessoas estranhas e outras poucas familiares; uma música alta do caralho e luzes irritantes de merda.
— Que saco.
Entro na casa dando empurrões e, ocasionalmente, pontapés nas pessoas enquanto tento atravessar a sala até a escada.
— Olha por onde anda! - alguém grita para mim. Reviro os olhos e sigo andando.
Chego na frente da porta do quarto de Daniel (que cheirava a algo que nos botaria em encrenca mais tarde).
Passo reto e vou para meu quarto.
— Finalmente - falo baixo e me jogo na cama.
— Devo me apresentar? - uma garota surge do nada (mentira) ao lado da cama.
Eu levanto bruscamente e me afasto.
— Você deve - começo a falar - Sair... do meu QUARTO!
Ela arregala os olhos e sai do quarto correndo.
Solto um suspiro.
— Cada uma...
**********
Essa festa já tá rolando há algumas horas e eu estava apenas tentando ler, o que era praticamente impossível já que a casa inteira tremia com a porra do som.
Deixo o livro de lado e saio do quarto.
— Ah - dou meia volta e tranco a porta para evitar mais encontros desagradáveis - Já ia esquecendo.
Coloco a chave na bota e desço as escadas. Me deparo com a visão do inferno. Não conheço metade dessas pessoas.
Essa festa começou cedo demais e, pelo visto, não é assim que vai terminar.
— Hey - uma voz familiar me chama.
— Daniel! - falo, fingindo saudades - Achei que tinha te perdido para sempre.
Ele sorri.
— Adam chamou essa gente. As outras pessoas simplesmente foram entrando.
— Claro. Agora nossa casa virou um bordel.
— Nem está tão... - ele começa a falar, mas para quando vê uma mulher engravidando um homem com a mão - Ok. Talvez esteja passando do que consideramos normal.
Arqueio a sobrancelha.
— Devo perguntar por quê seu quarto está fedendo a banheiro de praça?
Ele se aproxima um pouco para escutar, mas não sinto cheiro nenhum.
— Quê? Eu nem subi lá ainda.
— Bem... Parece que uma curandeira se apossou de seus aposentos durante sua ausência, senhor.
Ele pega minha mão e vamos em direção à mais nova estufa de maconha da casa Adams.
Daniel abre a porta e eu tenho um pequeno ataque de tosse. Ele até me dá uns tapinhas nas costas.
— Quem tá aí? - Daniel fala alto.
— E aí, parça? - alguém fala - Entra aí. Demorô.
Algumas risadas medonhas.
Reviro os olhos e bato na porta para ninguém dar a mínima.
Daniel entra no quarto mal iluminado e acende a luz.
"Ah" murmuram os três rapazes sentados debaixo da janela.
— Qual é!
Daniel vai até eles e pega a bituca da boca de um deles, joga no chão e pisa.
— Qual é!
Quando a fumaça se vai e consigo enxergar, vejo um dos rapazes usando uma corrente minha. Fico indignada e vou até ele.
— Isso é meu! - pego a corrente do pescoço dele e, surpreendentemente, ela não arrebentou - De onde você tirou?
Ele ri
— Sei lá.
Reviro os olhos e paro na vista da janela.
Meu Deus.
— Ei, Daniel - chamo o garoto que arrastava outro pela gola da camisa até o corredor.
Ele percebe que a coisa é séria e simplesmente larga o garoto no chão para ir ver.
"Ai! Qual é!"
Era uma cena horripilante. Uma garota estava claramente fora de si e era levada por três homens até um carro.
Daniel sai correndo imediatamente e eu vou atrás cambaleando.
Esbarro em várias pessoas no caminho e acho que alguém vomita no meu sapato.
Quando chegamos na calçada, o carro já havia saído, mas estava visível ao longe.
— Merda - falamos ao mesmo tempo.
Olho em volta e vejo o carro de Adam.
— Hey - chamo Daniel e aponto pro carro.
Ele corre para verificar se a chave estava lá.
— Tá aqui.
Entramos no carro e partimos à todq velocidade em direção ao carro do demônio.
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O quê vai acontecer com os filhos do Satanás?? COMENTA PRAGA :3