The Kingdom: Os Sete Pecados Capitais escrita por Jolly Roger CS


Capítulo 23
Capítulo 22 - Uma maravilha do mundo


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês? Tenham uma boa leitura?



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Naruto encontrava-se em estado de choque, jamais passara em sua cabeça que em algum dia em sua vida ele teria que se deparar com tal cena. Imaginava diversas formas de como seu pai poderia vim a falecer, mas jamais daquela maneira.

A sua afeição abatida, o suor gelado que escorria em seu rosto. Nada daquilo poderia descrever o real sentimento que Naruto sentia, aquilo era surreal.

— Qual o significado por trás desse nome grafado no braço de Minato? — perguntou Tsunade, curiosa.

— Nenhum — Mei e Jiraiya responderam ao mesmo tempo.

— É apenas o codinome de Nagato Uzumaki — continuou a falar o homem, dessa vez sem companhia — Ele fez isso com os corpos de diversos lordes da Casa Terumi.

— Há quem diga que ele faz isso com todas suas vítimas — Mei prosseguiu — Meu pai foi uma das vítimas desse monstro... — uma sorrateira lágrima escorreu pelo rosto da lady, caindo sobre a enorme mesa de madeira.

— Acho melhor alguém ir contar para Kushina antes que ela saiba por outras bocas — aconselhou Kakashi, mantendo sua aparência fria — Se vocês quiserem eu posso ir avisá-la, não vejo problema nisso. O quanto mais rápido ela souber, menos doloroso será.

— Tudo bem se o lorde Kakashi fizer isso, Naruto? — Jiraiya questionou o rapaz, que até então não havia dito qualquer palavra.

O Uzumaki começou a caminhar lentamente até a saída do salão, não respondendo a pergunta de Jiraiya, todos se entreolharam estranhando aquilo. Os passos lentos eram acompanhados por diversas perguntas sobre o que poderia está passando na pequena cabeça de Naruto.

Ao passar por Shikamaru, o rapaz segurou fortemente o braço de Naruto. O loiro encarou o Nara por alguns segundos, mas nada disse, apenas fez uma força horizontal, soltando-se do rei Preguiça e prosseguindo até seu trajeto inicial, como se estivesse em alguma hipnose.

— Antes que vocês fiquem se lamentando entre os cantos de que foram ignorados, lembrem-se que ele acabou de ver uma cena nada favorável que envolve a pessoa que ele mais ama nesse mundo. É normal ter essa reação, talvez entrou em um estado de choque — Hiashi comentou, levantando-se da mesa em seguida — Kakashi, eu irei contigo até a Kushina, Tsunade também virá conosco. Hinata, você vai até Naruto, precisa cumprir seu papel de esposa. Jiraiya, dê algum cômodo para que Temari e Shikamaru se acomodem, a viagem foi longa e no momento eles não podem voltar. E você Mei, vá até seu quarto e permaneça por lá até segunda ordem — O Hyuuga designou ordens para todos, como se mandasse no Reino Luxúria, ninguém rebateu as palavras de Hiashi, e seguiram rumo ao que foram mandados.

REINO ORGULHO.

— Faz tempo que não nos vemos — disse Neji entrando no jardim de braços abertos.

— Sim — a visitante respondeu, aceitando ser abraçada — A última vez foi no funeral do meu pai, quando ainda estávamos na Capital.

— Lembro-me desse dia. Você estava totalmente abatida — o Hyuuga andava ao lado de Sakura para se acomodarem — Mas agora está diferente, não parece mais aquela menina fraca que demonstrava ser antes, a felicidade em seus olhos chega a ser até intrigante para mim, há tempos não lhe vejo assim — ele brincou com a Haruno.

— Então, é por causa do motivo da minha felicidade que venho até você, Neji — ela falou. Instantaneamente o rapaz arqueou a sobrancelha para escuta-la — Neji, sei que nosso reino faz parte do Tridente de Konoha, e com isso tem pactos que devemos cumprir, mas... Mas chegou o momento que eu serei obrigada a quebra-lo, jamais desejei isso, porém...

— Sasuke Uchiha lhe pediu em casamento — o rapaz completou, prevendo o que poderia estar por vim — Eu não posso lhe crucificar, nem lhe prender aqui dentro do meu reino para sempre, infelizmente eu te entendo. Chegou a um ponto que todos os grandes lordes estão compromissados, e não sobra ninguém a sua altura para que você troque votos — o Hyuuga deu um longo suspiro — Eu queria lhe pedir desculpas por não ter te levado ao altar, sempre foi minha intenção, mas eu encontrei o amor da minha vida e não seria justo se eu quisesse prosseguir os planos que traçamos, não haveria nada verdadeiro entre nós, Haruno. Sei que lhe decepcionei quando contei isso pela primeira vez durante uma das pausas do torneio, mas fiz o certo.

Os dois se encaravam olho a olho, os olhares sequer eram desviados.

— Eu te amei, Neji, pra falar a verdade ainda te amo — a moça aproveitou o momento para desabafar — Mas depois quando me disse que estava tudo acabado, um vazio enorme surgiu em mim, eu já não conseguia mais encontrar vontade de viver. Até que reapareceu o Sasuke, ele me trouxe um sentimento antigo, despertou novamente aqueles pequenos brotos de cerejeira que surgiu pela primeira vez por causa dele. Eu me reecontrei nesse mundo enorme, e meses depois ele veio até a mim. Não teve como dizer não — a lady já não conseguia mais segurar o choro, as lágrimas desciam rudemente sobre seu rosto — Eu vou ter que me casar com ele e assim quebrar todos os acordos entre nossas famílias, me desculpa, Neji. Mas se algo acontecer no futuro... Nós não ficaremos lado a lado e não poderemos ter piedade um do outro.
A Haruno levantou-se do assento, e rumou para saída do jardim. Neji permaneceu sentado por algum tempo, até se levantar, e virar-se rapidamente para trocar as suas últimas palavras com sua antiga paixão.

— Eu nunca teria coragem de machucar você ou seus filhos, mesmo que eles sejam frutos de um cara podre como Sasuke Uchiha — o jovem espadachim revelou.

— Infelizmente não pensamos iguais — a bela moça virou-se para Neji, um raio do sol pegava em uma mecha de seu cabelo — Saiba que eu não hesitarei em destruir você ou sua família caso aconteça algo no futuro, Neji Hyuuga.

A lady continuou a andar, com certo remorso pelo o que disse, mas convicta de que estava certa. Neji apenas observou o andar da moça, não sabia quando iria revê-la e sequer se ela seria ainda aquela mesma Sakura Haruno ou levaria para valer o nome Uchiha, que ganharia em breve.

REINO LUXÚRIA.

Após apresentar o quarto para o rei e rainha Preguiça, e ter uma longa conversa com ambos sobre os acontecimentos recentes, Jiraiya deixou-os a sós e foi a encontro de seu jovem aprendiz.

Porém enquanto caminhava pelos corredores, acabou tendo outra ideia, mudou seu trajeto. Ao chegar no novo local, o homem abriu a porta sem ter medo do que poderia encontrar.

— Impressionante a forma como as pessoas mudam — a mulher murmurou — Eu poderia está sem roupa ago...

— Só foi você voltar que isso aconteceu — Jiraiya interrompeu Mei — Estava tudo tranquilo, Minato estava a salvo, mas junto contigo tu trouxe algo a mais.

— Eu não tenho relação alguma com isso que aconteceu com Minato — ela disse, levantando-se de sua cadeira. E dando as costas ao homem.

— Por que você voltou, Mei? — Jiraiya segurou fortemente o braço da mulher, causando uma certa dor nela — Eu te salvei da morte uma vez, não ache que salvarei a segunda. Diga-me porque diabos você reapareceu antes que eu conte a verdade para todos.

— Dessa vez eu não fiz nada — a mulher respondeu em tom baixo, quase inaudível, a dor lhe causava um certo incômodo — Eu prometo que não tenho dedo nisso. Agora me solte antes que me machuque e alguém depois perceba — pediu, se contorcendo de dor, o homem atendeu o pedido e a soltou, jogando-a brutalmente na cama.

— Você acha mesmo que eu devo acreditar em ti? Você armou contra sua própria família, só pra depois trair Nagato e querer ser chamada de sobrevivente! — o homem esbravejou, jogando a verdade a torna — Quando Minato descobriu que você armou para ser uma vítima, ele lhe puniu com a pena máxima desse reino. Por que achas que eu não devo desconfiar de você?

— Eu voltei para me redimir e assim receber a punição que eu deveria. Essa é a verdade — ela afirmou, passando a mão na área avermelhada de seu braço — Eu não seria capaz de fazer isso sozinha. Pensa um pouco, Jiraiya. Não há ninguém nesse mundo que conseguiria duelar com Minato que não seja você ou Nagato. Isso é obra totalmente dele, acredite em mim — a lady colocou suas suaves mãos no rosto do homem.

— E por que eu não devo achar que você tramou isso com ele? — ele questionou, mantendo o mesmo tom agudo de anteriormente.

— Ele teria mais motivos para me ver morta do que qualquer um. Eu tramei contra ele, seu idiota. Eu sou a culpada dele hoje ser uma pessoa sem nome real — ela relembrou o que havia feito — Nagato participa de uma espécie de equipe que busca vingança, uma tal de Akatsuki, quando eu estava no outro continente fiquei sabendo disso por um amigo intimo meu.

Jiraiya começou a rir cinicamente, desconfiando de quem poderia se tratar.

— Pelo jeito você deve saber quem é — ela comentou, rindo juntamente com o homem.

— É claro que sei quem é — ele afirmou convicto — Como eu poderia esquecer de um dos maiores filhos da puta que já conheci?!

— Então, Jiraiya — a mulher voltou a tocar no homem — Eu não tenho nada a ver com isso, lhe garanto. Acho que agora você sabe o que tem que fazer, não é?!

— Não posso acreditar em você, não mais depois daquilo que você fez com seu próprio sangue — Jiraiya retirou as mãos da mulher de seu corpo, e caminhou até a saída.

— Jiraiya, não esqueça de guardar meus segredos, só assim lhe prometerei que não contarei os seus — a ruiva ameaçou o homem, que nada respondeu, apenas retirou-se do local.

ESTRADA ENTRE O REINO LUXÚRIA E AVAREZA.

Tobirama voltava tranquilamente para seu reino, dentro da carruagem real. O homem ainda não estava sabendo dos acontecimentos que envolviam Minato.

De repente, um alto barulho foi escutado pelo o homem. O soldado que estava com ele dentro da carruagem pediu para que ele se mantivesse ali dentro.

Ao sair, o homem foi atingido por uma pontiaguda flecha, as pupilas de Tobirama se dilataram ao ver aquilo, o homem sabia que era um ataque, e não havia nada que o animasse mais do que uma bela batalha.

O Senju saiu rapidamente da carruagem, deparou-se com todos os soldados mortos, olhou ao seu redor, encontrou o personagem que havia feito aquilo com seus homens.

— Uma tropa bastante pequena pra quem escoltava um grande nome — o homem debochou de Tobirama e sua tropa.

— Se eu soubesse que um Uchiha fosse me atacar, lhe garanto que teria trazido mais algumas dezenas de soldados, já que sempre dizem que para matar um de vocês precisa de dez outros guerreiros — Tobirama sacou sua espada da cintura — Mas parece que mentiram, você sozinho foi capaz de matar vinte homens meu. Isso é impressionante.

— Sempre me elogiaram por ser tão eficaz no meu trabalho — o Uchiha se gabou, sorrindo sarcasticamente — Porém, convenhamos, nenhum deles é tão extraordinário quanto você, travaremos uma bela batalha, meu senhor.

— Tu sabe que você é o único Uchiha que admiro. O único que age com prudência. Não quero batalhar com você — o Senju revelou, chocando o rapaz — Quem lhe mandou até aqui, Shisui?

— Recebi ordem do meu superior — Shisui respondeu, enquanto limpava sua espada do sangue que havia nela.

— Nunca achei que Sasuke Uchiha fosse jogar tão sujo. Estou decepciona...

— Eu não recebo ordens de Sasuke Uchiha — o guarda real revelou, apontando sua espada para Tobirama e correndo em sua direção.

Tobirama moveu-se rapidamente para o lado, evitando o primeiro ataque de Shisui. Mas fora surpreendido, o Uchiha derrubou o Senju facilmente naquela areia quente. O membro do reino Avareza levantou-se rapidamente, assustado com o que tinha acontecido.

— Então realmente você é muito bom quanto dizem — ele disfarçou o medo que sentia estampando um sorriso em seu rosto — Nunca imaginei que tivesse que enfrenta-lo, Shisui, prometo que não terei piedade.

O Uchiha ignorou o que foi lhe dito. Pegou uma flecha do chão e jogou em direção de Tobirama, o Senju conseguiu bloquear com sua espada. Ele não cansava de se espantar com as habilidades de seu rival. A velocidade que a flecha havia tomado ao ser jogada com a mão, tinha sido mais rápida do que quando atirada pelo arco.
Pela primeira vez durante a batalha Tobirama partiu ao ataque. O barulho estrondoso de aços colidindo foi emitido naquele enorme deserto. Nos minutos seguintes o combate era composto por momentos de ataque e defesa por ambas as partes.

Em um momento de deslize de Tobirama, Shisui cravou sua espada na barriga do oponente, o Uchiha retirou rapidamente o aço.

O Senju caiu de joelhos no chão quente, colocou a mão em cima do ferimento, o sangue escorria como se não tivesse fim. A feição de seu rosto era uma que jamais havia sido vista antes, já se dava como morto.

Shisui deu mais uns dois passos, apontou a ponta de sua espada no pescoço de Tobirama. Estava decidido em cumprir sua missão.

— Você... — falou Tobirama com dificuldade, o homem tentava se levantar colocando força sobre o corpo de Shisui — Você vacilou ao deixar eu chegar próximo ao seu pescoço.

Ligeiramente o Senju retirou uma faca de suas vestimentas e cerrou sobre o pescoço do Uchiha. Shisui caiu morto no chão de forma imediata, ainda agonizando, recebia olhares de Tobirama.

— Com certeza ver a morte de um Uchiha é uma das maravilhas desse mundo — falou para si mesmo, sorridente com seu trabalho. Caindo no chão em seguida.

REINO LUXÚRIA.

Naruto estava trancado em seu quarto, encontrava-se sentado em sua cama, havia ignorado todas as chamadas de sua esposa, que naquela altura já tinha decidido parar de chama-lo.

O Uzumaki manteve-se olhando para a parede durante todo o tempo que esteve trancado em sei quarto. Não desviando o olhar qualquer outra vez.

Depois de minutos sobre a cama, levantou-se, sentou-se em uma cadeira, pegou um papel e começou a escrever incansavelmente. Usava a mesa como apoio. Enrolou o envelope, prendendo-o com uma fita. Pela primeira vez pronunciou algo.

— Hinata, envie isso para a Capital — ordenou, jogando o recado por debaixo do buraco da porta. A sua esposa, que estava sentada no corredor esperando uma resposta de seu marido, pegou o recado.

— Deseja mais alguma coisa, meu amor? — A mulher questionou, não obtendo resposta e assim indo pedir para que alguém enviasse a carta para o seu local de destino.

Naruto manteve-se ao lado da porta até não escutar mais a respiração de sua esposa. Ao perceber que ela estava longe, o Uzumaki dirigiu-se para frente do espelho, deparando-se com seu reflexo.

Seus olhos estavam amarelos, suas pupilas haviam ganhado formato semelhante a de uma cruz e por volta de seus olhos existia uma camada alaranjada. Características que somente cavaleiros lendários poderiam apresentar.


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Notas finais do capítulo

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