Kings And Queens escrita por Nina Black


Capítulo 4
Chapter 3 - A Missão


Notas iniciais do capítulo

Olá! Gente! cada dia mais tem pessoas acompanhando a história, e isso me deixa muito feliz!!!
Bem, aproveitem o capitulo!
PS: Agora vai acontecer uma nova passagem de tempo, onde as coisas irão ficar mais... Interessantes.



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Semanas se passaram desde a trágica noite. E todos perceberam que o ritmo do castelo mudara. Ninguém sorria por nada, ninguém ficava conversando coisas fúteis com as outras. Todos os moradores pareciam focados no mais novo inimigo, principalmente Igneel, o rei de Fiore.

 Como não achara o corpo de seu amigo, fizeram um enterro simbólico na noite seguinte. Metallicana tinha um fascínio pela noite que nunca compreendera.

 “A noite é mal interpretada, meu amigo. Imagina como viveríamos sem ela? Sem a noite, não poderíamos encontrar as estrelas flutuando sobre nossas cabeças.”— Ele dizia.

 Nos últimos dias Igneel não saíra de seu escritório, e vivia em reuniões com seu conselho particular, e não para de olhar mapas e estratégias que Silver o ajudara a bolar.

 Natsu Dragneel quase nunca via o pai durante o dia, e durante a noite, quando ia o visitar em seu quarto, via o homem dormindo como uma pedra, e acabava ficando com pena de acordá-lo. Mas não o impedia de se deitar junto com ele e adormecer ali para, no dia seguinte, acordar com o pai o abraçando fortemente.

 O menino andava mais solitário do que nos últimos dias. Seu pai contratara alguns professores, para que lhe ensinasse tudo o que precisa saber para governar um reino. O menino ficou chateado com isso, normalmente era o pai que ia até seu quarto e o ajudava a ler e a escrever, e agora tinha três estranhos sentados a sua frente, quase perdendo a paciência com ele, só porque ele não conseguiu saber qual era o nome do governante do país há duzentos anos.

 Depois que suas aulas terminam, ele vai almoçar com as crianças. No caso, em seus horários livres passa mais tempo com Erza, Gray e Lisanna. A albina tem sido uma ótima amiga desde que ele começou essas aulas particulares. Ela o ajuda nas lições de casa escondidos dos outros professores, e sempre o anima, motivando-o a não brigar com o pai por uma coisa dessas.

 Em um de seus momentos livres, Natsu ia visitar Gildarts de vez em quando. O quarto dele era o mais afastado do castelo, e o mais simples por dentro. Faro que ele exigiu que não ficasse nenhum guarda tomando conta da porta dele.

 E em um dia chuvoso, Natsu o visitou.

 Entrou e caminhou lentamente até a cama onde o homem estava sentado. Desde o acidente, sempre o vira com o semblante sério, e isso não se parecia nada com o homem engraçado e divertido que conhecia.

 Clive só abria um sorriso quando uma das crianças do castelo aparecia, ou uma certa garotinha em especial.

 - Gildarts? – Natsu disse se sentando na cama. – Melhorou? – O menino perguntou.

 - Estou me sentindo melhor. – O homem disse tentando se ajeitar na cama, afastando um pouco o lençol branco que o cobria de seu corpo, assim Natsu pôde ver o estrago que Gildarts sofreu.

 Estava sem seu braço esquerdo, e sua perna ia somente até o final do joelho.

 - Meu pai disse sobre seus ferimentos... – O menino disse abaixando a cabeça.

 - Não se preocupe Natsu.  – O homem passou-lhe a mão na cabeça. – Logo, logo ganharei membros novos. Seu pai pediu para que o ferreiro real fizesse uma perna e um braço de aço para mim. – Ele disse sorrindo, o que fez o menino sorrir também.

 - Fico feliz! Vou avisar o papai que está bem! – O menino disse pulando da cama e saindo correndo rumo a porta, mas rapidamente parou quando ouviu Gildarts o chamar.

 - Por que não vai brincar mais um pouco? Chame seu pai e peça para que ele venha aqui. – O homem disse dando uma piscadela para Natsu em seguida.

 O menino saiu correndo, e alguns minutos depois Igneel apareceu na porta. Gildarts percebeu que seu velho amigo estava com leves olheiras, e algumas marcas de expressão no rosto que nunca existira ali. Fora isso, estava impecável, como sempre.

 - Algum problema? – Igneel perguntou entrando no quarto.

 - Na verdade, não. Queria conversar um pouco com você. – O homem disse se arrumando na cama. As coisas se tornavam difíceis quando feitas com apenas uma mão.

 - Sobre o quê? – O homem de cabelos vermelhos perguntou se sentando na beira da cama.

 - Fiquei sabendo que Jude Heartfilia apareceu por aqui. – Gildarts disse se esticando para abrir uma gaveta da cômoda que estava do seu lado, tirando dali uma caixinha preta.

 - Sim. Ele veio me contar sobre Layla. E sua filha, Lucy, veio com ele. Ela é a cara da mãe. – O rei disse dando um sorriso mínimo ao se lembrar do doce sorriso que a menininha tinha.

 - Sobre a noite que ela morreu... – Gildarts começou e Igneel fechou a cara. – Meu amigo, sei que não gosta de lembrar, mas agora é preciso. Tem uma coisa que não sabe sobre Layla.

 - E o que seria?

 - Antes de ela... Ir embora, ela me entregou uma carta, e me pediu para que eu mesmo te entregasse. Mas só poderia entregar quando Jude viesse te visitar, e como ele já fez isso, então... – Ele abriu a caixa, e de lá tirou um envelope. Estava um pouco amassado, mas ainda estava em um bom estado de conservação.

 - O que tem na carta? – Igneel perguntou pegando o envelope da mão de Gildarts com certo receio, como se estivesse com uma bomba ali dentro.

 - Não sei. Eu não li. Layla quis que apenas você soubesse o que está aí dentro, mais ninguém.

 Igneel viu que seu amigo falava a verdade quando viu o selo da família Heartfilia, um Sol dourado, guardando a abertura do envelope.

 Sem mais demora, Igneel abriu a carta.

 Assim que acabou sua leitura, ele dobrou a carta e colocou no bolso de seu casaco.

 - São notícias boas ou ruins? – Clive perguntou para o amigo, que estava absorto em pensamentos.

 - Eu não sei. – O rei disse se levantando rapidamente e indo em direção ao seu escritório, deixando o amigo confuso. – Te vejo mais tarde, Gildarts. Não se force muito.

 Depois de Igneel sair, Gildarts continuou olhando para a porta semi aberta do seu quarto, e depois deu uma risada.

 - Se eu não soubesse quem ele realmente é... Eu ficaria com medo de que ele esteja ficando maluco.

~~~~~~~~~~

— Tem certeza sobre isso, Silver? – Igneel perguntara olhando no mapa junto com o General.

 - Sim. De acordo com essas coordenadas... Aqui fica em uma floresta... Posso arriscar que demoraria umas duas semanas para chegar lá. – O homem moreno disse com o rosto pensativo. – Mas por que quer saber disso?

 - Recebi coordenadas... Layla escreveu essas coordenadas no meio da carta dela. Tem alguma coisa aí. – Igneel disse sério, olhando para o ponto que Silver marcara no mapa.

 - Então vamos investigar. – Fullbuster disse.

 - Não. Pelo menos não agora. – Igneel disse se afastando da mesa da sala de estratégias do reino. – As próteses de Gildarts ainda não chegaram, e Ur não se recuperou completamente ainda... E fora que com esses ataques fica perigoso deixar o castelo desse jeito. Precisamos esperar.

 - E esperar até quando? O que mais a carta dizia, Igneel? – Silver perguntou encarando o amigo com uma cara séria.

 - Nós não vamos até esse lugar. Nossos filhos vão. Assim que a hora chegar. – O rei disse sério. – Eu não queria... Não queria que Natsu se envolvesse desse jeito... Mas pelo visto é pior do que pensei. Layla previu coisas que nós nunca vimos antes, Silver. E o pior, nossos filhos irão fazer parte disso.

 - O que ela viu, Igneel? – Silver já demonstrara certa impaciência.

 - O Ocidente... Eles vão vir com força total. Ela não deu detalhes de nada, nem especificou quando e como. Mas sei que isso vai acontecer, e que temos que prepará-los.

 Silver pensou um pouco. Seu coração estava na mão, assim como o de Igneel. Simplesmente aceitar que seus filhos já estão em uma guerra era muito para a cabeça dos dois pais.

 - E se fugirmos? Podemos fazer isso, não? Podemos colocar os dois em um mosteiro, ou coisa do tipo. Deixá-los nas mãos dos monges por tempo suficiente até que terminássemos com essa guerra nós mesmos.

 Igneel ponderou a possibilidade. Certamente ele e Silver dariam conta... Será?

 - Podemos fazer isso. Mas não estaria certo... – O rei falou andando de um lado para o outro. – Eles não iriam querer que tirássemos isso deles, iriam?

 - Igneel... Eu morreria no lugar do meu filho sem pensar duas vezes, você sabe disso. – Silver disse sério, no momento que a porta da sala é aberta, e duas mulheres entram.

 - Não duvidamos disso, Silver. – Ur disse caminhando lentamente até os dois, com a ajuda de uma mulher que usava longos vestidos brancos. Seus cabelos eram um rosa bem claro, assim como seus olhos, e eles estavam presos em um coque alto. Tinha aparência de uns trinta e poucos anos e carregava uma pequena bolsa de couro ao seu lado.

 Ur estava com seus braços cobertos de faixas, e algumas partes do seu busto também. Usava um de seus vestidos pretos, para combinar com seus cabelos e seus olhos.

 - Você deveria estar descansando, Ur. – Silver disse de cabeça baixa.

 - Sim, eu deveria. Mas não estou. – Ela disse séria. - Eu ouvi a conversa de vocês desde o começo, onde sua Majestade falava sobre a carta de Layla Heartfilia.

 - E você tem permissão para entrar desse jeito? – Igneel disse, a repreendendo. Ur vacilou um pouco, mas depois continuou firme.

 - Igneel... Posso ser uma nobre nesse castelo e você o rei, mas todos aqui têm consciência de que não sigo ordens que não me agradam, e acho que irá se interessar sobre o que venho tratar. Continuando... – Ela disse apoiando um de seus braços na mulher, que a segurou firmemente. – Eu ouvi coisas sobre essa possível guerra. Bem, sinto muito avisá-los rapazes, mas ela já começou. Grandine pode pegar a carta que me enviaram?

 A mulher pegou um envelope da bolsa.

 - Aqui está, Ur. – Ela disse séria.

 - Obrigada.

 Ur entregou para Igneel, que o abriu com certa relutância. Estava cansado de cartas por hoje.

 - Essa carta fala sobre mais dois assassinatos de nobres. E o mais interessante é que me parece que eles foram mortos de maneira parecida que Metallicana. – A mulher vacilou um pouco ao pronunciar o nome de seu finado amigo. – Esfaqueados.

 - Impossível. - Silver disse pegando a carta das mãos de Igneel, assim que o mesmo acabou de ler. – Foram as mesmas pessoas?

 - Tudo indica que sim, já que o jeito da lâmina da espada que cortaram o corpo do pobre homem era exatamente igual ao que acharam no outro corpo e o de semanas atrás. E eu tomei a liberdade e fiz umas pesquisas. - A mulher falou se aproximando mais ainda da mesa. – Fiquei sabendo que mais de dez nobres foram mortos dessa maneira dentro de um período de seis anos atrás até hoje. E o que exatamente aconteceu há seis anos?

 O coração de Igneel gelou.

 - A morte de Layla Heartfilia. – O homem disse e Silver arregalou os olhos.

 - Ela foi a primeira. – Fullbuster comentou. – Eles estão matando pessoas assim desde seis anos atrás... Não acredito nisso.

 - Pois é, também fiquei assustado com isso. E esse lugar em que as coordenadas de Layla estão mostrando é exatamente uma floresta onde a maioria dos corpos que desapareceram ao longo do tempo foram encontrados. Deve ter um covil deles por perto. – Ur disse analisando o mapa. – Mas o mais estranho é que eles não levaram o corpo de todo mundo, apenas de nobres que são comerciantes, u que trabalhavam com comércio para o exterior.

 - Vamos mandar tropas para rodear aquela floresta imediatamente. – Silver disse já ficando um pouco nervoso.

 - Pode mandar se quiser. Mas vai estar os matando. – Ur disse desafiadora. – Os únicos que poderão acabar com a raça deles são nossos filhos... Eu querendo isso ou não. – Ela disse baixinho. – Mesmo tendo poderes aqui em Magnólia para parar a cidade... – Ela se virou para Igneel. – Essa guerra não é nossa. Se não forem eles que vão conseguir acabar com isso, não vai ser mais ninguém. Vamos prepara-los, Igneel, Silver. –Ela se virou para o amigo. – Eles saberão o que fazer na hora certa.

 Nisso os três trocaram olhares, afirmando que chegaram a uma conclusão silenciosa.

 - Vá, Grandine. Não precisa se preocupar, eu estou bem. – Ur disse dando espaço para a mulher sair da sala, e assim foi feito. Logo depois que ela saiu, Ur se virou novamente para os homens. – Então, meninos, estamos de acordo?

~~~~~~~~~~~~~~~~~~

12 ANOS DEPOIS...

 Magnolia, capital do reino de Fiore.

 Castelo Dragneel.

 - Natsu! – Erza o repreendia. – Aprenda a mirar direito!

 Vários soldados se localizavam no centro de treinamento do castelo, que era um campo aberto, com vários manequins de palha e alvos desenhados, a fim de treinar os soldados reais. Dentre eles, estava Natsu Dragneel, príncipe de Fiore e descendente legítimo da casa Dragneel.

 - Não me dou muito bem com arcos e flecha, Erza. Você sabe disso. – Natsu resmungou tentando mirar novamente no alvo.

 Agora com dezoito anos, o jovem não tinha mais o semblante inocente de quando era criança. Desde que seu pai lhe falara que uma guerra está para vir, ele vem treinando constantemente com seus amigos, e aos poucos, esquecendo-se de como ser criança era o maior presente que já ganhara.

 Apesar de que poderia ser bem infantil quando tem vontade.

 Durante os últimos quatro anos, foi convocado a presenciar batalhas, e lutar nelas. Fora que estudava bastante sobre mapas, técnicas de batalha, e fora conhecimentos gerais sobre o reino, que era o que mais lhe dava preguiça de aprender.

 A jovem do seu lado era Erza Scarlet. Agora com dezenove anos, era uma das melhores guerreiras que o reino já teve. Ela, Natsu e mais alguns nobres são considerados alguns dos melhores guerreiros que Fiore já teve, o que é uma grande honra. Ela sabia lutar mais do que qualquer homem, mas ainda tinha ou outro corajoso que a enfrentava... E perdia feio.

 - Natsu... Você é bom até demais com espadas, agora tem que se aperfeiçoar em sua mira. – A mulher disse pegando outro arco, e sem nenhuma dificuldade disparou uma flecha, que apenas não acertou o alvo, mas sim perfurou a placa que estava pintada.

 - Natsu nunca vai aprender a segurar um arco direito... – Um jovem moreno dizia enquanto acertava o alvo pela quarta vez consecutiva. Esse jovem era Gray Fullbuster.

 Agora Gray não ficava mais no castelo esperando por seu pai, e sim ido as batalhas com ele, e viajava muito com Ur e Lyon (filho de um rico comerciante da Casa Vastia, um amigo de infância, que também adorava Ur) para as terras do Norte. Com isso, ele desenvolveu uma grande habilidade com espadas e arcos.

 - Cala a boca, cueca gelada! – Natsu resmungou tentando mais uma vez mirar no alvo. Atirou a flecha, e por pouco ela não atingiu a área preta do centro.

 - Nossa... Essa foi por pouco, hein? – Gray provocou, atirando mais uma flecha.

 - Gray... – Natsu grunhiu indo para cima do moreno, mais foi parado por Erza.

 - Brigas só no campo de batalha. – Ela disse brava, e os dois engoliram seco. Ao longo dos anos de treinamento dos dois, descobriram que não é uma boa provocar a ruiva, principalmente quando ela está com um arco nas mãos.

 Assim que tudo voltou ao normal, um criado veio caminhando até os três.

 - Senhores... – Ele se curvou para Gray e Erza. – Alteza... – Ele se curvou novamente apenas para Natsu, que retribuiu com um aceno discreto. Já era bem claro pra todos no castelo que ele não gostava muito dessas formalidades. – Vim avisar que Vossa Majestade os chama. Ele quer vê-los o mais rápido possível. E seu pai, o General está com ele também. – E assim saiu no meio da multidão de soldados treinando. Natsu olhou para os dois e deu de ombros.

 - Vamos ver o que ele quer. – O rosado disse tomando a frente.

 Andando pelos corredores, tanto Natsu Dragneel quanto Gray Fullbuster recebiam olhares e alguns suspiros de criadas conforme andavam calmamente. Os dois não ligavam muito, mas claro que, em algumas noites era possível ver uma criada saindo do quarto de cada um, afinal de contas, os dois já têm dezoito anos. São homens, como dizia Elfman Strauss, irmão de Mirajane Strauss e um grande amigo dos dois.

 Mas não era para menos. Natsu herdara os cabelos bagunçados do pai, o que ficara mais evidente conforme ele ficava mais velho, e seus olhos perderam seu brilho de infância, agora apenas se via uma malícia que ninguém ainda sabe explicar. Mesmo sendo assim, ele era dono de um bom coração, sendo apreciado por todos.

 Gray Fullbuster tinha puxado os cabelos negros e displicentemente bagunçados do pai, e seus olhos frios, mas ao mesmo tempo provocantes eram uma tentação para qualquer garota ali. Era um pouco mais alto que Natsu, mas perto de Igneel e Silver, os dois ainda pareciam garotos com muito que aprender. Claro que para as meninas do reino, sendo nobres ou não, isso não importava muito. Graças aos treinos intensivos de luta, os dois tinham um porte físico invejável.

 Erza Scarlet não tirava suspiros das jovens, mas sim olhares assustados, e muitas vezes maravilhados. Era tão alto quanto Natsu, e sua pele alva destacava muito bem seus olhos castanhos e seus longos cabelos escarlates, que antes ela deixava preso em uma trança, agora ficavam completamente soltos. Seus olhos exibiam um misto de seriedade e curiosidade, o que fazia qualquer pessoa ficar curiosa sobre o que ela estaria pensando naquele momento.

 Assim que entraram na sala do trono do castelo, encontraram Igneel sentado em seu trono e Silver ao seu lado, conversando sobre alguma coisa. Ali também estava presente Makarov Dreyar, o conselheiro principal do rei. Como o tempo passa para todos, tanto Silver quanto Igneel exibiam rugas de expressão que antes não tiveram, mas isso era a única coisa que denunciava suas idades, agora, ambos com mais de quarenta anos.

 - Alteza. – Gray e Erza disseram em uníssono. Erza se curvou automaticamente, porém Gray apenas o reverenciou com um aceno de cabeça.

 - Pai. – Natsu disse caminhando até o trono. Por ser o príncipe, ele não precisava dessas formalidades todas as vezes que encontrava o pai, apenas em bailes ou coisas do tipo. – Nos chamou?

 - Sim. – Igneel se levantou, fazendo sua coroa de ouro vermelho tremeluzir em sua cabeça. – Precisamos da ajuda de vocês.

 - O que são dessa vez? – Gray perguntou, já sabendo o que viria pela frente.

 - Mercenários, filho. – Silver respondeu. – Roubaram mais de cinco estabelecimentos desde semana passada até hoje. Claro que poderíamos mandar os guardas, mas eu e Igneel achamos que poderiam gostar que o serviço fosse finalizado por vocês.

 - Claro. – Natsu disse sorrindo para o pai. – Estou pegando fogo. – Ele sussurrou. Uma coisa que Natsu adorava fazer era liberar toda sua raiva, e fazia isso quando era mandado para missões como essa.

 - Onde fica o covil deles? – Erza perguntou se aproximando, e Silver lhe entregou uma carta.

 - Aqui está tudo o que precisam saber. – Ele disse. – Se apressem.

 Assim, depois de outra reverência, os três saíram da sala e foram em direção aos estábulos, buscar seus cavalos.

 - Acha que vai demorar muito? – Gray perguntou selando seu corcel negro. – Não quero me atrasar para o jantar.

 - O máximo que pode nos atrasar é o festival que têm no centro da cidade. Isso dificultaria a passagem para nós. – Erza disse montando em seu cavalo malhado. Ela se referia ao Festival de Verão, que acontecia uma vez por ano em Fiore, e o primeiro dia dele já havia começado no centro da cidade. – Temos que ir logo!

 Assim que ela falou, Natsu subiu em seu cavalo marrom e o fez dar seu primeiro galope.

 Uma missão iria começar, e mal sabiam eles que isso era o começo da mudança de rumo que suas vidas iriam tomar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Agora eles estão jovens, como bem se parecem no manga, e estou adorando escrevê-los assim!
Espero que tenham gostado! Até o próximo!



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