Kings And Queens escrita por Nina Black


Capítulo 16
Chapter 15 - Uma Noite Conturbada


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente!
Muito obrigada por acompanharem minha fanfic, espero que estejam gostado dela :)
Boa leitura!



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 Uma hora se passou desde que Lucy chegara á Fairy Tail e nada do pintor chegar.

 Erza Scarlet, que morava no castelo junto com ela também apareceu, o que causou uma surpresa na loira. Havia ainda muitas coisas que precisavam ser descobertas por ela, e ela sentia que ainda não sabia nem da metade de tudo.

 Lucy bebeu apenas um pouco da bebida que Natsu lhe entregara. Ela nunca havia bebido rum em grandes quantidades, e resolveu não se arriscar nessa noite. Ao contrário dela, Gray e Natsu estavam em seu quarto copo, mas eles pareciam ser bem fortes quando o assunto é bebida alcoólica.

 Gray Fullbuster se sentou em uma mesa juntamente com um outro rapaz moreno e Cana Alberona, e os dois iniciaram uma divertida conversa, enquanto Natsu se sentou junto com Levy, Jet, e Droy, que começavam a rir do nada, ou de alguma piada muito ruim que Jet contava de vez em quando.

 Porém, tanto um quanto o outro não pareciam estar bêbados, muito pelo contrário, pareciam estar alertas para alguma coisa, principalmente Gray.

 Estava conversando sobre livros de romance com Levy, quando a porta da taverna foi aberta.

 - Reedus! Finalmente! – A azulada disse para o homem que entrava no salão. – Venha aqui, precisamos de você!

 Reedus Jonah era conhecido em Magnolia por seu incrível talento artístico, tanto para pinturas quando esculturas, e era constantemente chamado por nobres que moravam ali para pintar suas casas, ou fazer esculturas para serem colocadas em jardins de mansões de alta classe. Não que ele ganhasse muito com isso, mas era o que ele amava fazer, então não se importava muito com dinheiro. Tinha os cabelos castanhos e cacheados, e seus olhos pretos eram escondidas por duas lentes de seu óculos. Era bem magro e trajava roupas simples, carregando uma bolsa de couro em seu ombro esquerdo.

 - É um prazer conhece-lo. – Lucy falou se levantando para cumprimentar o rapaz, que beijou as costas de sua mão.

 - O prazer é todo meu. – Sua voz era grossa, porém bem suave de se ouvir. Reedus parecia ser uma pessoa calma... Pelo menos era a primeira impressão de Lucy. – Lucy Heartfilia.

 - Como sabe quem sou eu? – Ela perguntou curiosa, o que atraiu a atenção de todos.

 - Bem... Eu pinto muitos quadros de famílias de nobres para museus e pessoas interessadas nisso, e pintei um dia o quadro de sua família, e posso dizer com toda certeza que você é a cara de sua mãe.

 - Ah... – Lucy enrubesceu um pouco. Ela não esperava por isso. – Bem, obrigada. – Ela falou.

 - Ei... Reedus. – Natsu chamou o homem, e pôde-se perceber que estava um pouco bêbado, mas ainda continuava são. – Preciso que faça um retrato falado para mim.

 - Claro, Natsu. – Ele disse de um jeito completamente informal, o que fez Lucy estranhar um pouco. Jet, percebendo a confusão da menina, disse, de modo que só Lucy conseguiu ouvir.

 - Aqui na taverna, Natsu é só mais um cara. Foi ele que pediu isso. Aqui ninguém é melhor que ninguém. – Ele falou sorrindo, o que fez a moça sorrir também. Nunca pensava que poderia existir locais desse jeito, sem nenhuma vantagem ou desvantagem sobre ninguém.

 Reedus se sentou em uma mesa separada de todos, e pegou de sua bolsa de couro que carregava um caderno de rascunhos e um lápis. Lucy seguiu o homem e se sentou à sua frente. Logo depois percebeu que Natsu a acompanhara e se sentara à mesa de trás.

 - Pode começar... Como era o rosto dele?

 - Bem... O rosto dele era um pouco quadrado, porém tinha o maxilar longo... Sua pele era bronzeada, com se ele ficasse bastante tempo sob o Sol. Seus cabelos eram compridos e negros, bem espetados na parte de trás. Seus olhos eram vermelhos, e ao invés de ter sobrancelhas, tinha três peças circulares de metal desenhando a parte de cima de seus olhos. Tinha essas mesmas peças no nariz, no queixo e nas orelhas. – Ela fez um esforço para tentar se lembrar, e ela viu uma nova imagem dele. Dessa vez ele estava lutando com um cara, que ela não sabia quem era. Tudo foi como um flashback, e ela só viu de relance, com, no final, uma dor de cabeça a atingindo.

 Um arrepio repentino subiu á sua espinha, será que aquilo estava acontecendo de novo? Ela começou a se perguntar.

 Ignorando a dor de cabeça, ela fez mais algumas descrições da forma de seu nariz e de seus olhos, e depois saiu rapidamente da mesa, enquanto Reedus terminava seu desenho, e foi até o balcão no fundo.

 O que ninguém percebera era que, de relance, seus olhos pareciam ter um brilho dourado que, com uma forte piscada, Lucy os fez voltar ao normal.

 - Uma água, por favor... – Ela disse para uma mulher que estava de costas. Assim que ela se virou, Lucy achou que estava sonhando. – Mirajane Strauss?

 - Ah! Olá, Lucy! – A albina disse sorrindo enquanto enxugava uma taça de vidro com um pedaço de pano.

 - Você... Aqui? – Ela perguntou confusa com tudo, o que fez sua dor de cabeça piorar.

 - Ah... Bem... Nas minhas horas livres eu venho aqui e fico ajudando um pouco... Makarov gosta quando eu venho aqui. – Mirajane terminou dando uma piscadela para Lucy.

 - Makarov? O Conselheiro real? – Ela perguntou gaguejando.

 - Sim, ele mesmo! – Ela falou sorridente como sempre. – Não se esqueça, aqui todos somos iguais. – E dizendo isso, colocou um copo com água gelada na frente da menina, como se ela previsse que Lucy não estava bem. – Tome tudo, talvez ajude a melhorar sua dor de cabeça. Está com uma cara não muito boa... – Ela comentou saindo e indo para um outro canto do balcão.

 Depois de beber tudo o que havia na caneca, ela ficou por um tempo ali, sentada. O que seria isso que ela tinha visto? O mesmo rapaz... Lutando? Quem era ele, afinal?

 - Talvez se eu conseguisse ver mais alguma coisa... – A loira disse baixinho, colocando as mãos em sua testa. – Vamos lá... E sem eu desmaiar desta vez... Você consegue, Lucy.

 Ela fez um esforço. Tentou voltar a ver a imagem do rapaz em sua mente, nos mínimos detalhes. Sua dor de cabeça estava aumentando muito, de forma que ela não conseguia mais prestar atenção no que estava a sua volta. Se lembrou de cada detalhe da face dele que havia contado para Reedus.

 Até que, repentinamente, uma cena veio á tona em sua cabeça. Era um quarto moribundo, com apenas uma cama e um guarda roupa pequeno e corroído pelas traças. Nem janela havia no local, e as paredes estavam mofadas e com a tinta bem desgastada. Estava vazio e a pequena cama estava desarrumada, somente com um gato preto ronronando em cima dela. E do lado dele um livro. Não conseguiu ver muito bem sobre o que ele se tratava, mas tinha certeza que já vira aquela capa em algum lugar.

 Ela levantou seu rosto rapidamente, mas ainda continuou a ver o quarto desconhecido. Havia um número na capa. O número sete.

 E com um grito, ela se separou de seu sonho, voltando á realidade. Mas tudo foi muito rápido, e ela acabou caindo para trás, com sua cabeça latejando e seus braços frios. Iria cair no chão, se não fosse por dois braços fortes a pegando.

 - Você está bem? – Natsu perguntou enquanto um de seus braços a segurava, e o outro a embalava. Lucy não conseguiu ver muito seu rosto, apenas um borrão bege e cor de rosa.

 - Nat... Natsu. – Ela tentou falar seu nome, mas apenas saiam sussurros. Por algum motivo ela estava muito cansada. – Eu vi...

 Ele a colocou sentada novamente e se sentou ao seu lado. Depois percebeu que Erza e Gray estavam por perto atentos a tudo e Mirajane estava do outro lado do balcão, prestando atenção em tudo o que a loira falava.

 - Sei que viu alguma coisa... Agora que seus olhos estão voltando ao normal. Estavam bem dourados. – Ele comentou escondendo um pouco sua surpresa na voz, a fim de não assustá-la. Já não era muito bom saber que você tem um dom sobrenatural, que dirá as pessoas ficarem apavoradas quando acontece isso.

 - E-Eu... – Ela começou a falar, mas um cansaço súbito percorreu sua mente novamente, a fazendo cair para o lado. Gray, que com um impulso, segurou suas costas para não cair.

 - Natsu! – Erza chamou o amigo. – Não force muito ela. Ela acabou de ter uma visão, e isso pode ter a deixado cansada! Vamos levá-la de volta para o castelo.

 A ruiva pediu para que todos se distanciassem. Erza e Natsu a levariam de volta para o palácio.

 Rapidamente, Natsu pegou Lucy no colo, embalando suas costas e suas pernas com as duas mãos, e se dirigiu a saída do estabelecimento. Se não estivesse tão  cansada, até questionaria essa atitude do rapaz, mas só conseguiu ficar um pouco vermelha.

 - Gray! – Erza chamou o rapaz, que olhava tudo atentamente, sem dar nenhum palpite. – Avise Makarov do acontecido, e depois leve o cavalo dela de volta para o castelo. – E assim os dois saíram com Lucy sendo carregada.

 Desta vez, todos perceberam que houve uma melhora, já que ela estava acordada e bem ciente do que estava acontecendo.

 - Natsu, eu... – Ela começou, mas foi interrompida pelo garoto a colocando em seu cavalo. – O que? – Ela perguntou baixinho assim que viu onde estava. Sem nem pensar duas vezes, Natsu montou em seu cavalo, ficando sentando atrás de Lucy, bem perto das costas da loira. – Natsu! O que está fazendo?! – Ela reclamou assim que viu que um pouco de sua força ainda estava voltando.

 Ela conseguia sentir o rosto do Dragneel próximo ao seu, e sua respiração quente batia em sua nuca, a fazendo arrepiar um pouco com o contato repentino do rapaz. Foi forçada por si mesma a não virar o rosto, devido a proximidade dos dois, com medo de acontecer algum... Acidente.

 - Estou te levando de volta para o castelo, oras. – O rosado disse fazendo o cavalo trotar. – Erza, vá na frente abrindo caminho. – Ele disse para a ruiva, que com um aceno de cabeça acelerou seu corcel e se pôs alguns metros de distância dos dois.

 - Eu estou melhorando... – A loira tentou se aprumar um pouco, mas foi exatamente no momento que o cavalo se pôs a correr, a fazendo jogar seu corpo para trás, bem onde Natsu estava, a fazendo chocar com o corpo do rapaz.

 - Não se mexa muito, se você cair, não tem como te segurar. – Natsu falou não olhando nos olhos de Lucy, concentrado no que estava a sua frente. Lucy tentou não se apoiar tanto nele, com vergonha da posição de onde estava.

 Lucy olhou para os lados. Ela duvidava muito de que poderia cair dali. Como Natsu estava segurando as rédeas que estavam em sua frente, seus braços musculosos a prendiam, não deixando que ela escorregasse para lugar algum, apesar de a sela ser bem escorregadia.

 Não vendo aonde se agarrar com firmeza, Lucy cravou suas unhas no pedaço de sela que estava a sua frente com uma mão, e o outro estava apoiando no peito de Natsu, segurando sua camisa com força, mas ainda desviando contato com os olhos cinzentos do rapaz.

 - Natsu... Acho que vi ele. – Lucy disse baixinho para o rapaz.

 - Viu quem?

 - Eu vi Gajeel Redfox com o sétimo livro que estamos procurando. – Nisso Natsu afrouxou um pouco as rédeas do cavalo, o possibilitando de correr mais um pouco. – Não faça correr tanto! – A moça deu um gritinho e segurou-se mais ainda em Natsu, se arrependendo do contato logo em seguida.

 “O que eu estou fazendo? Ele é o príncipe! Não posso ficar desse jeito com ele!”— Ela se repreendeu mentalmente.

 - Precisamos ir na biblioteca agora! – Ele falou. – E, Lucy... Nunca mais tente ver as coisas assim, isso pode te machucar. – O rosado falou olhando intensamente nos olhos da moça, o que a provocou um calafrio na espinha. Nunca poderia imaginar que os mesmos olhos bobos e brincalhões de Natsu poderiam emanar aquela aura de seriedade e preocupação.

 - S-Sim... – Foi a última coisa que ela disse antes de chegarem ao castelo.

~~~~~~~~~~

 - Lucy Heartfilia! – Assim que os três pisaram no castelo, ouviu-se a voz estridente de Aquarius. – Onde você estava? Por que saiu sem me avisar?

 A mulher estava a ponto de jogar a garota pela janela.

 Lucy estava tremendo de medo da mulher, quando Erza tomou a frente e começou a explicar o que realmente aconteceu.

 Aquarius ouvia as palavras firmes da ruiva com muita atenção, porém não tirando o olhar de para Lucy, que se encolhia cada vez mais atrás de Natsu.

 - ... E foi assim que trouxemos ela para cá. – Erza finalizou depois de longos segundos explicando o que Lucy fazia em Fairy Tail... Depois de explicar para Aquarius o que era Fairy Tail. – Peço sua compreensão, já que Lucy utilizou o dom de sua Visão mais uma vez hoje. Porém os efeitos colaterais foram mais fracos que da última vez. Parece... Que o corpo dela está se acostumando com isso...

 Aquarius analisou Lucy bem, depois caminhou lentamente até a loira.

 - Precisamos fazer exames em você. – A azulada disse. – Mas antes, vá para seu quarto tomar um banho, e vá rápido. – E se retirou em passos largos, deixando os três ali, sem palavras.

 - Ela parece bem... Nervosa... – Natsu comentou bagunçando os cabelos.

 - Você não viu nada. – Ela comentou se afastando dos dois. – Bem... Vejo vocês depois. E falaremos sobre... Gajeel Redfox. – Ela disse sorrindo, depois tomou seu rumo ao seu quarto e foi-se embora. – Obrigada por tudo, Natsu.

 Erza parou e ficou encarando Lucy por um momento, depois olhou para Natsu com desconfiança.

 - O jeito que ela olha pra você e conversa... Já foi pra cama com ela? – A ruiva perguntou com malícia e diversão nos olhos.

 Natsu deu uma gargalhada com a ideia.

 - Não... Ela não deixaria que eu tocasse um dedo nela. – Ele disse baixinho. –Mas não entendi o que quer dizer.

 - Não viu como ela te olha, seu idiota... – Erza disse cruzando os braços. – Ela pode estar interessada em você... E talvez não por ser príncipe, ou coisa do tipo.

 Natsu fechou a cara. Mesmo se Lucy gostasse dele, ela gostaria ainda mais da coroa de rainha que poderia ostentar um dia, assim como a maioria das garotas com quem ele já se encontrara pensam.

 - Por que acha isso?

 - Oras... Pelo simples fato de que ela não se importa se você é da realeza ou não.

 - O que? Como sabe se isso é verdade?

 - Veja por si mesmo. Ela te chamou de “alteza”, hoje, Natsu? – A ruiva perguntou encarando o rosado, que finalmente se tocou de que Lucy não o reverenciara nenhuma vez hoje. Não que ele estivesse achando ruim, muito pelo contrário, ele adorava quando as pessoas o tratavam normalmente. – Bem... Pense bem nisso. Até amanhã.

 E nisso a ruiva saiu rebolando pelos corredores, em rumo ao seu quarto, que ficava no final do mesmo, deixando Natsu ali, sozinho. Ele sempre se perguntava se ela amava alguém... Erza parecia ser muito fechada para relacionamentos.

 Foi caminhando lentamente até seu quarto, enquanto pensava nas palavras da moça. Talvez Lucy realmente fosse uma boa pessoa.

~~~~~~~~~~

Mais tarde...

 O ar estava frio quando Gray Fullbuster escancarou as janelas do seu quarto logo de manhã. Assim que chegara cansado da taverna, se deitou em sua cama de roupa e tudo e dormiu. Mas ele sabia que durante a noite, tinha o péssimo hábito de tirar suas roupas, pois sentia muito calor com elas.

 E a última coisa que ele gostava no mundo era do calor. Tanto que o vento que soprou em seu rosto o agradou muito. Ele adorava a sensação do frio passando por sua pele, o refrescando. Olhou para o céu, estava azul, porém nuvens carregadas podiam ser vistas na linha do horizonte.

 - Vem chuva por aí. – Ele comentou saindo de perto de sua janela, e indo tomar um banho antes de sair de seu quarto.

 Assim que saiu de sua banheira, vestiu uma calça de um tecido grosso preta, e uma camisa de mangas compridas verde musgo, acompanhada de seu sobretudo de couro de javali que seu pai lhe dera em uma de suas viagens. Estava com muita fome, portanto correu até a cozinha para tomar café da manhã.

 Seu pai e os outros costumam comer do Salão de Jantar, mas ele nunca se sentiu muito a vontade ali, principalmente de manhã. Então preferia comer na cozinha, sozinho e com calma.

 Mas calma era a única coisa que ele não tinha naquele castelo.

 - Gray! – Um menino de cabelos escuros pulou nas costas do rapaz, o fazendo se engasgar com o pedaço de torta de limão que estava comendo.

 - Romeo! – O rapaz disse alegre, enquanto o menino escalava suas costas. – Quanto tempo! – Ele falou divertido.

 Romeo Conbolt é filho de Makao Conbolt, um comerciante não tão famoso de Magnolia. Na verdade, até onde Gray e Natsu sabiam, os dois viviam sozinhos, já que sua esposa havia morrido por uma doença grave, e não tinham grandes quantidades de dinheiro nem nada do tipo. O menino era moreno, e tinha os olhos castanhos, assim como o pai. Sempre usava roupas simples, sem nenhum tipo de luxo. A coisa boa era que, como ele vivia andando pelas ruas, sempre tinha alguma novidade de algum nobre, e adorava contar histórias para Natsu.

 - Ei! Como está seu pai? – Gray perguntou assim que o garoto saiu de suas costas e se sentou em um banco na frente dele.

 - Está bem... Ele está vendendo alguns produtos por aqui... Então passei por uma fresta no muro leste, como você e Natsu me ensinaram e vim aqui ver como estavam. Lisanna me viu, e me ajudou a chegar até aqui. Esse castelo é muito grande! – Ele comentou, o que fez Gray gargalhar. Ele também pensava exatamente assim quando tinha a idade do garoto, que tinha dez anos.

 - Bem, e o que me conta? – Ele perguntou desinteressado, mas sabia que Romeo adorava contar novidades para todos.

 - Ah, nada demais... Uma Lady do Sul vai se casar com um filho de um comerciante muito rico, e o pior é que a mulher é bem mais velha que ele! Tem até um filho! – Ele disse empolgado. – Bem... O que mais... Ah! Ficou sabendo do que aconteceu com a família Lockser, certo?

 - Sim. Bem triste o que aconteceu com aquela garota. – Gray disse dando mais uma mordida em sua torta de limão, sentindo o gosto azedo do doce, mas que não o incomodava nem um pouco.

 - Bem... Ela é a mais nova Lady da terras do Litoral... Ouvi dizer que muitos pretendentes estão atrás dela.

 - Ah é? E por que?

 - Bem... Primeiro porque meu pai disse que ela é bem bonita, mas nunca a vi pessoalmente. – Ele disse dando de ombros. – E depois porque ela está muito rica agora! E com todos os assassinatos que está acontecendo, é muito bom ter dinheiro para, se alguma coisa acontecer...

 - Nem me fale. – Gray disse se levantando da mesa.

 - Ah! E a Casa Vastia está interessado em comprar as terras deles! – Romeu disse enquanto Gray estava saindo pela porta, o que o fez parar instantaneamente e virar novamente para o menino.

 - O que?

 - É isso mesmo! Eles querem arrumar um acordo com a moça para que todo o território do Litoral pertença a eles, e ela fique com apenas uma parte da frota.

 Gray ficou pensativo.

 - Isso quer dizer que... O litoral vai estar desprotegido...

 - O que? – Romeo perguntou, olhando como que não estivesse entendendo nada.

 - Pense, Romeo! Se a Casa Vastia ficar com as terras, elas não vão pertencer totalmente ao Reino... Ou seja... Com esses montes de ataques, o litoral vai ficar mais vulnerável... E fora que eles só se interessam e comércio... – Ele falou pensativo.

 - Ah... Acho que sim... – Romeo disse com uma cara confusa. – Bem... Se isso for verdade, você deveria ir contar para o príncipe Natsu... Eu acho... – O menino disse confuso. Não era para menos, essas coisas políticas não era muito bem compreendidas pelas crianças.

 Gray saiu rapidamente até o Salão de Jantar, onde tomos conversavam enquanto tomavam café da manhã. Mirajane e Elfman também estavam ali, e o moreno se lembrou de que os dois iriam para uma missão que Makarov os pedira.

 - Gray! – Ele ouviu a voz animada de Natsu. – O que foi? Estava quase colocando um cartaz de desaparecido com essa sua cara feia estampada!

 Gray ignorou a brincadeira de Natsu e conseguiu achar seu pai no meio da multidão. Os dois ficaram se encarando por algum tempo até que o homem percebeu que tinha alguma coisa que não estava certa.

 E realmente, seus problemas com Juvia Lockser estavam apenas começando.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Estou aberta à sugestões e críticas construtivas.
Até o próximo capítulo!



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