Kings And Queens escrita por Nina Black


Capítulo 17
Chapter 16 - Um Novo Aliado...?


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos!! Fiquei muito feliz com os ultimos comentários!!
Queria agradecer a todos e desejar boa leitura :)



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 Erza se assustou quando Silver Fullbuster, o General da Guarda Real socou com tudo a mesa do escritório de Igneel.

 - Não acredito que a Casa Vastia vai fazer isso! – Ele protestou. – As coisas já estavam difíceis! E agora mais essa?!

 - Eu sei, pai. – Gray suspirou.

 - Não podemos perder a cabeça, Silver. Precisamos de um plano. Eu conheço as ideias da Casa Vastia... Bem... Digamos que eles se importam muito com o comércio, e não tanto quanto a proteção do reino. E fora que ela é uma das pouquíssimas Casas que não tem acordo com a Coroa. – Igneel disse se levantando de sua cadeira e caminhando lentamente até o centro da sala.

 No escritório estavam Gray, Silver, Natsu, Igneel, Erza e Mirajane. Gray tinha os colocado a par de tudo o que Romeo havia lhe dito, o que provocou a ira do rei e do General, já que as terras do Litoral estariam desprotegidas com os Vastia se importando apenas com o comércio deles, e não com a devida proteção do Reino.

 - Majestade... Sei que talvez a moça não vá gostar, mas... E se oferecêssemos alguma outra coisa melhor para ela? Afinal de contas, tudo é um jogo de interesses, não? – Erza comentou e Igneel ponderou a ideia, porém os Vastia não gostavam de perder desse jeito, e sempre conseguiriam arrumar algum outro jeito de aumentar sua “oferta”.

 - Bem, pode até dar certo, mas o que poderíamos oferecer? – Igneel perguntou. – Quero dizer, ela agora é uma Lady...

 - Ouro? – Mirajane sugeriu.

 - Bem... Poderíamos fazer um novo acordo com a Casa Lockser. – Natsu sugeriu. O rapaz estava escorado na poltrona do pai, perto do mesmo. – Como, por exemplo... Novas terras.

 - Acho que ela não iria aceitar. – Silver interpôs. – Juvia Lockser já tem muitos dotes e propriedades, e não precisa de mais nenhum. Acho então que cheguei á uma ideia do que ela realmente quer.

 - E o que seria, General? – Mira perguntou educadamente.

 - Ela quer estabilidade e proteção. Ou seja, quer se casar com um cara de poder, assim, poderia governar suas terras sem nenhuma interferência alheia.

 Todos ficaram quietos. A ideia de Silver fazia muito sentido.

 - Realmente... Senão, ela teria aceitado apenas algumas partes das terras dos Vastia. – Natsu concluiu. – Então, o que vamos fazer?

 - Bem... Se ela quer se casar...

 - Temos que oferecer um bom marido para ela. – Igneel disse pensativo. – Mas quem?

~~~~~~~~~~

 Assim que a reunião acabou, Gray foi em direção aos estábulos. Sabia que encontraria Lyon, Ur e Ultear ali. Afinal, eles estavam a sua espera para partir para o Norte.

 Descendo as escadas de pedra rústica, já se viu dentro do estabelecimento de madeira, onde o chão era cheio de feno e servos não paravam de andar por ali carregando mantimentos e selas para por nos cavalos, que ficavam ao fundo em suas baias. Como já fora avisado que os quatro iriam partir essa manhã, os criados selaram os respectivos cavalos de Gray, Ur e Ultear, e Lyon já veio montado em seu corcel cinza.

 Caminhando lentamente, conseguiu encontrar os três. Lyon estava colocando algum tipo de pergaminho nos bolsos da sela de seu cavalo, assim como Ultear estava fazendo em sua égua branca. Ur terminava de selar seu cavalo marrom quando percebeu que Gray os observava de longe.

 - Gray! – Ela o chamou. – Estávamos te esperando! Venha, estamos atrasados!

 Bem quieto, ele apenas montou em seu corcel negro e saiu andando rumo ao portão.

 - Estarei esperando vocês na saída da cidade. – Ele falou sério. Ainda não estava com cabeça para encarar Lyon sabendo o que a Casa dele está panejando fazer.

 Cavalgando rapidamente entre as ruelas da cidade, uma chuva fina começou a cair em seus cabelos negros, pouco a pouco os encharcando. Tudo para ele ainda estava confuso.

 Conversando com Natsu alguns dias atrás, ele percebera que o amigo de cabelos rosas também estava confuso em relação á tudo o que estava acontecendo, com a chegada de Lucy Heartfilia e o descobrimento de sua Visão, a relação de Gajeel Redfox, o filho desaparecido de Metallicana, com tudo isso... E agora o assassinato dos Lockser, deixando a filha única deles com toda a fortuna.

 Gray nunca deu bola para relacionamentos com outras mulheres. Apenas viu isso como uma diversão passageira. Tinha muita coisa a mais para pensar do que uma simples mulher, e ele simplesmente não entendia como alguém pode se apaixonar... Ficar o dia todo pensando em um único rosto... Isso nunca passou por sua cabeça.

 “Juvia Lockser devia estar muito triste, não pela perda dos seus pais, mas sim que ela vai precisar se vender para continuar protegida... E essa pessoa vai ser o Lyon, provavelmente, o que piora um pouco as coisas...” – O moreno pensava na moça.

 - Gray! – Alguém o chamando o fez se dispersar de seus pensamentos. Ultear, Ur e Lyon vinham cavalgando até ele, cm mais quatro soldados atrás deles. – Vamos! – Ur apenas disse dando um sinal para frente e assim que passaram, o rapaz se pôs a trotar com os outros cavalos, rumo ao Norte.

~~~~~~~~~

 Caminhando entre os corredores solitariamente, Natsu Dragneel decidiu ir até a Sala de Treinamento, ver se encontrava algum rosto conhecido. Era estranho para ele passar a vida toda do lado de dentro desses muros e não conhecer todas as pessoas que moravam ali.

 A Sala de Treinamento do castelo era basicamente um galpão gigante, com várias armas pregadas na parede, e cordas penduradas no teto, a fim de alguém escala-la. As armas variavam, desde pesadas lanças até pequenas facas, desde arcos e flechas de madeira de pinheiro até espadas de aço puro.

 Ali encontrou uma pessoa conhecida treinando. Ele não ficou muito surpreso, Erza Scarlet era quase sempre vista ali, e quando não era, estava em alguma missão ou em reunião com Silver.

 - Erza... – Ele a chamou caminhando até a ruiva. – Não se force tanto, pelo menos guarde para lutar comigo depois.

 A moça deu uma gargalhada com o comentário do rapaz.

 - Por que quer duelar comigo se sabe que vai perder? – Ela perguntou sarcástica enquanto cravava uma de suas espadas (dessa vez uma de bronze com detalhes em pedras pretas) em um dos bonecos de pano para treinamento dali.

 - Eu não perco, apenas te dou uma ajudinha de vez em quando. – Ele disse baixinho. – Bem... Alguma ideia de como vamos achar Gajeel? – Ele perguntou pegando uma espada de aço comum de um dos suportes e analisando se estava afiada o suficiente, assim como Silver o ensinara.

 - Bem... – Erza falou tirando a espada do boneco em apenas um puxo. – Acho que deveríamos procurar nos arredores do reino, e ver se alguém já viu o rosto do rapaz. Reedus terminou o desenho e me entregou quando fui lá hoje ao amanhecer.

 Com apenas um movimento Natsu apontou a espada para Erza, que a bloqueou instintivamente pela mesma.

 - Acha que isso vai dar certo? Sairmos procurando por um rapaz que nunca vimos... E com todas essas ameaças do Ocidente... Eles podem estar a espreita, só esperando que saíssemos do castelo. – Natsu falou com uma ponta de preocupação da voz, enquanto ouvia o som metálico das duas espadas preencher o vazio do local.

 - Está com medo, Natsu? – A moça perguntou rindo da careta que o amigo fez com essa pergunta.

 - Claro que não! – Ele falou prontamente. – Apenas estou tentando ser cauteloso. – Ele disse se defendendo de um ataque da ruiva.

 Erza podia ser uma dama em festas e em reuniões que é convocada, mas coloque uma espada em suas mãos e esqueça a mulher que ela era. Era como se ela tivesse uma armadura invisível, e a colocasse quando estava lutando, se tornando praticamente impossível de ser detida.

 - Acha que poderíamos levar Lucy Heartfilia? – Erza perguntou derrubando Natsu no chão, mas o rosado se recuperou rapidamente.

 - Por que?

 - Bem... Ela pode nos ajudar a encontra-lo. Ou pelos menos a facilitar nosso trabalho. Sabe, com sua Visão e tudo mais. Ela é a única que realmente sabe como ele é, ou quem ele pode ser, apesar do retrato falado que fizera. – A ruiva falou colocando sua espada no chão, assim fez Natsu. O momento de treino entre os dois tinha acabado.

 -Bem... Precisamos saber se ela quer. Eu gostaria que ela fosse. – Ele comentou. Não deveria, pelo menos, não perto de Erza.

 - Vocês deveriam conversar mais... – Ela disse enrolando uma de suas mãos em um pano branco. Tinha a torcido em seu treino, não que esboçasse algum tipo de dor.

 - Como?

 - Apenas a acho uma boa pessoa. – A ruiva comentou saindo do Salão. – Estarei conversando com Lisanna, quero saber aonde exatamente Mira foi, já que ela não me disse. – E assim virou o corredor, deixando Natsu ali, sozinho.

 - Lucy deveria ir conosco... – Ele disse pensando, enquanto pegava sua espada novamente do chão e começava a golpear o ar, iniciando mais um de seus treinos.

~~~~~~~~~~

 Mirajane Strauss já estava cansada de ficar montada em seu cavalo. Desde que saíra do castelo (que já fazia horas) ela e sua equipe, que consistia em seu irmão mais novo, Elfman e mais sete soldados, não paravam nem para descansar.

 - Irmã... O que Makarov te disse para fazer mesmo? – Elfman perguntava para Mira, enquanto diminuía um pouco o trote de seu garanhão malhado, assim que alcançou a irmã.

 - Ele disse que preciso trazer de volta algumas pessoas. Com todos esses ataques vindos do Ocidente ele achou melhor que eles ficassem no castelo. E fora que, segundo ele, quando a hora chegar eles serão úteis a Igneel.

 - E eles... Quem seria? – O irmão perguntou, mas logo foi calado por um sinal da irmã. Com apenas um aceno de braço, todos ali pararam e ficaram quietos. Mirajane, como estava na frente de todos ouvira e vira mais do que qualquer um ali.

 Pararam na saída de um pequeno vilarejo, onde á sua direita na trilha tinha uma pequena casa de pedras, ou o que restava dela, e à sua esquerda havia um mato alto, a impossibilitando de ver o que havia ali dentro. Mas ela sabia. Ela sabia que tinha alguma coisa ali, e que lhe interessava muito.

 Desceu de seu cavalo lentamente, e com um movimento apenas retirou sua arma de uma das dobras de sua saia. Um chicote metálico prateado, com detalhes em rosa e preto no cabo desceu suavemente de sua mão, apenas emitindo um pequeno ruído quando tocou o chão.

 Elfman, que vira que a irmã havia se posto em pose de combate, em cima do cavalo mesmo pegou sua espada. Era uma das maiores que os ferreiros já haviam construído em Fiore. Era de aço negro e sua lâmina era toda cravejada de espinhos, de forma que a tornara brutalmente perigosa. Também pegara seu escudo. Era gigante, mas para o tamanho do rapaz, ficou perfeito. Era também de aço preto, porém tinha detalhes em verde, e no centro havia um desenho de uma besta com chifres, e seus olhos não tinha pupilas. Elfman adorava aquele escudo.

 Os guardas percebendo a tensão no ar, também se armaram. Alguns desceram dos seus cavalos e ficaram atrás de Mirajane.

 A Strauss caminhou lentamente até o mato alto, percebendo certa agitação ali que ninguém mais percebera. Parando em frente a um pinheiro velho, ela não conseguia ver mais nada além de alguns pequenos animais passando por ali e de ouvir o som dos pássaros. Estava quase para ir embora, quando ouviu o barulho de galhos se quebrando.

 Em um movimento rápido ela lançou seu chicote, e não vendo no que ele se prendeu, ela ficou em posição de ataque, com uma adaga na outra mão. Ela sabia que tinha pegado alguma coisa, ou melhor, alguém.

 Um silêncio preencheu o local, fazendo todos ali ficarem confusos. Atacavam ou não? Em que exatamente o chicote de Mirajane havia se prendido?

 Pouco tempo depois uma risada rouca e debochada preencheu o silêncio.

 - Sempre soube que você tinha um sexto sentido, Mira. Mas acho que não vai conseguir me derrotar tão fácil. – E com um rápido movimento a coisa que Mirajane havia enrolado seu chicote escapou, fazendo a moça praguejar.

 - Homens! Cerquem essa área! Ninguém entra, ninguém sai! – E falando isso se adentrou na floresta, com Elfman em seu encalço.

 Mesmo vestido um vestido de tecido pesado, a albina se movia por entre as folhagens com rapidez e destreza, e Elfman com sua força e resistência incomparáveis apenas saia quebrando tudo.

 Ela sabia quem era. Era a sua missão escapando.

 - Não vai escapar de novo! – Ela gritou, sabendo que ele estava ouvindo ela. – Elfman, tem mais deles, pegue-os. Eu fico com o espertinho que fugiu. – Ela disse se distanciando de seu irmão, que pegou outro caminho.

 Correndo sem parar, a moça chegou a uma clareira. Parecia que ele queria que ela estivesse ali.

 - Ordinário... – Ela praguejou. – Onde você está?!

 - Estou aqui. – Uma voz grossa disse á sua frente. Ela olhou e só havia árvores.

 - Não vá me dizer que foi transformado em árvore, me daria um trabalhão depois para te transformar de volta. – Ela falou sarcástica, e pôde-se ouvir a risada dele novamente.

 - Olhe direito, Mirajane. Ou seus sentidos não estão mais aguçados como antigamente?

 E ela viu, entre as árvores, um rosto familiar. Familiar até demais.

 - Preciso que venha até o castelo comigo. Makarov quer te ver... Você e o resto de seu grupo. – A moça disse, sendo sincera.

 - E se eu me recusar? – Ele perguntou saindo de dentro da floresta.

 - Bem... Acho que vou ter que insistir um pouco mais. – Ela disse estalando seu chicote no ar, pronta para a luta. O que fez o homem sorrir.

 - Adoro essa sua insistência. É adorável. – E nisso partiu para cima dela.

 Com um movimento rápido, Mirajane se esquivou e jogou seu chicote, de forma que ficou preso no braço dele com força, o fazendo resmungar.

 - Sério que ainda usa essa coisa? – Ele perguntou sendo sarcástico.

 - E é exatamente com ela que irei te derrotar. – Ela falou enrolando o chicote ainda mais em seu braço, o apertando.

 Ele então sacou uma espada totalmente diferente do que Mirajane já havia visto. Era toda dourada, e na ponta dela tinha uma peça do que parecia ser de metal, que saltava faíscas de sua ponta, percorrendo sua lâmina como se estivessem dançando sobre ela.

 - Que arma é essa? – A albina perguntou se desconcentrando, fazendo com que fosse derrubada por ele, levando assim seu chicote, que o jogou para o lado. – Essa não...

 - Bem... Um ferreiro fez ela para mim... Digamos que paguei bem caro por ela, mas fez um bom trabalho. – Ele falou olhando as linhas brilhantes que percorriam a lâmina com admiração.

 O homem ficou sobre ela, porém antes que a imobilizasse prendendo seus braços, ela fez um corte em sua bochecha com a adaga que estava na sua outra mão.

 Com a dor, o homem se jogou para o lado, o que a deu chances de sair e se levantar. Pegando seu chicote novamente, lançou-o na direção nas pernas do homem, o fazendo cair. Assim que foi feito, ela terminou de o enrolar e prendeu seus braços.

 Terminando de prendê-lo, tendo certeza de que não escaparia, a moça se sentou no chão do lado do rapaz, ofegante, mas não antes de jogar sua espada longe.

 - Por que temos que fazer isso? – Ela perguntou tirando um pedaço de pano de seu decote e começou a limpar o ferimento que sua adaga fizera no rosto dele. Era apenas um pequeno filete de sangue escorrendo de uma de suas bochechas, duvidava que virasse uma cicatriz. Mas ele não se preocupava se virasse uma ou não, ele já tinha uma grande o suficiente do lado esquerdo de seu rosto. – Achei que fosse mais forte.

 - Se fosse só conversa iria ser mais chato. E não lutei com nada do que eu tinha, você ainda não me viu lutando pra valer, Milady. – Ele comentou olhando para o céu. – Pode me desamarrar agora? Juro por todos os deuses que não vou escapar.

 - E seus amigos?

 - Devem estar lutando ainda... Mas não se preocupe, eles não vão matar ninguém. – Ele comentou. – Por que me quer?

 - Eu não te quero. Makarov quer. – Mirajane disse baixinho.

 - E por quê? – O homem perguntou enquanto estava sendo desamarrado por Mira, que depois enrolou seu chicote em seu braço.

 - Uma guerra está vindo. Vocês são um dos melhores soldados de Fiore. Apesar de serem... Diferentes dos padrões. – A moça apontou essa qualidade deles enquanto desenhava com o dedo os detalhes que percorriam por sua arma enrolada em seu antebraço.

 - Diferente é uma ótima definição. – Ele comentou se levantando. – Certo, vamos lá então.

 - Espera... Vai nos ajudar?

 - Eu disse que vou ao castelo, não disse que irei ajudar. – Ele disse se distanciando dela. Dessa vez, Mirajane não ficou preocupada se ele iria escapar ou não. Ele jurou a ela, e ela sabia que uma promessa pra ele era sagrada.

 Se levantando ela se pôs em direção aos outros soldados.

 No caminho, começou a rir sozinha.

 - Sempre sarcástico e indiferente... Senão não seria você, não é mesmo, Laxus Dreyar?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até mais!



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