Kings And Queens escrita por Nina Black


Capítulo 15
Chapter 14 - Diga Olá Para Fairy Tail, Lucy!


Notas iniciais do capítulo

Olá! Espero que gostem deste capitulo!
Boa leitura!



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 - Vai á Fairy Tail hoje? – Gray perguntou para Natsu enquanto tirava sua camisa (um péssimo hábito que ele ganhou ao longo de muitos anos treinando debaixo do Sol.) por estar muito suado devido ao treino.

 Estava ele, Lyon Vastia, Natsu e Elfman correndo em volta do campo de treinamento, a fim de ganhar mais resistência e velocidade. Sempre faziam isso, mas toda vez tentavam dobrar o tempo de sua última corrida, como estavam fazendo agora.

 - Vou. – Natsu disse arfando. – Depois de tanto treino hoje, preciso ir relaxar um pouco. – Ele falou sorrindo.

 - E você, Lyon? – Gray perguntou enquanto alcançava o rapaz.

 Lyon Vastia era da mesma altura de Natsu e Gray, e tinha os cabelos brancos e rebeldes, penteados para cima, que, com sua pele clara, contrastava muito com seus olhos castanhos. A Casa Vastia não era tão rica e famosa como os Dragneel, ou os Heartfilia, mas era muito importante, já que tinha comando de algumas partes das terras do Norte e do Leste.

 - Não... – Ele disse. – Frequento uma taverna chamada Lamia. Lamia Scale. Ela é boa, consigo me divertir lá, e tem algumas pessoas importantes. – Ele comentou apressando o passo, não deixando que Gray o ultrapassasse. Desde pequenos os dois mantém uma rivalidade fora do comum, mas sempre se deram muito bem no final.

 - Ouvi dizer que Lamia Scale têm muitos homens que sabem lutar bem lá. – Elfman comentou arfando, com sua voz grossa.

 - Fairy Tail é boa também! – Natsu protestou, enquanto ficava para trás.

 Gray, Elfman e Lyon terminaram o circuito pouco antes de Natsu. Logo depois, os quatro se sentaram embaixo de uma árvore para descansar. Um tempo depois, Mirajane e Lisanna apareceram para se juntar aos garotos, trazendo algumas canecas de madeira com água fresca para eles.

 Depois de servidos, Mirajane se sentou na grama com os rapazes, enquanto Lisanna foi com Elfman para o castelo, já que o irmão estava com algumas dores de cabeça devido ao calor e ao cansaço.

 - Que triste o que aconteceu com a família Lockser, não? – A mulher disse triste olhando para as árvores, deixando a brisa leve levantar seus cabelos.

 - É... Bem triste... Queria saber por que fizeram aquilo com eles? Quero dizer, eles não parecem maus nem nada do tipo... Inclusive tem uma filha até onde eu sei. – Natsu comentou arfando, enquanto tomava toda a água de sua caneca com um gole só.

 - Juvia Lockser. – Mirajane disse. – Nunca a conheci pessoalmente, mas ouvi dizer que é uma moça bem educada e quieta. Ur e Ultear irão para o Norte, a fim de prestar suas condolências á ela, e seria muito bom se vocês dois fossem também.

 Gray bufou.

 - Não sou a pessoa adequada pra consolar outras. – Ele comentou baixinho enquanto tomava mais um gole de sua água.

 - Sempre delicado, Gray... – Lyon comentou baixinho.

 - Não estou dizendo para ir com a Lady Ur. – Mirajane disse. – Erza me contou ontem, quando voltei de uma missão, que quando estávamos em Fairy Tail, que um grupo de guardas achou pistas que possam indicar quem fez aquilo com os dois. E o mais estranho de tudo... É que as pistas indicam apenas uma pessoa.

 - Uma?! – Os três se pronunciaram surpresos.

 - Sim. Apenas uma pessoa matou Kenichi e Amaya Lockser.

 - Mas isso não quer dizer que ele teve ajuda de outros. Ele só os executou. - Gray disse sério.

 - Claro, mas mesmo assim é bem estranho. – Mirajane deu de ombros. – Já soube que iria acompanhar Ur, mas agora peço que investiguem isso. – Ela entregou um pergaminho para Lyon. – Aqui estão os detalhes de tudo.

 - Por que eu não posso ir? – Natsu perguntou com o semblante fechado. Ele odiava quando Gray era escolhido para as missões e ele não, o que fazia todos achar que ele poderia ser um pouco infantil em relação ao amigo.

 - Por que você tem coisas a tratar aqui, começando com Gajeel Redfox. – Ela comentou. – E fora que tem mais coisa sobre Lucy Heartfilia que você precisa descobrir e aprender. Ela é uma mulher com muito potencial.

 Natsu desfez um pouco sua cara emburrada.

 - E você, Mira? Para onde vai? – Gray perguntou olhando para a albina, que já estava de pé.

 Mirajane Strauss era uma mulher muito bonita, com seus longos cabelos brancos e seus olhos azuis, não era difícil se apaixonar por ela, apesar de ela nunca ter dado nenhuma chance verdadeira para ninguém até onde sabiam. Sua vida pessoal era um mistério para todos. E seu passado? Bem, ela nunca contou a ninguém o que fazia.

 - Eu? Bem... O rei me pediu que eu buscasse alguns fugitivos. – Ela comentou fechando seu semblante.

 - Prisioneiros que escaparam? – Lyon perguntou assim que terminou de examinar o papel.

 - Não é bem assim... Está mais para desertores. – Ela disse resmungando. – Por que ele me pede essas coisas... Por que justo eu? – Ela disse baixinho, mais para ela do que para os garotos que a encaravam com semblante confuso. – Bem... Irei á Fairy Tail hoje, espero ver vocês lá. Até mais.

 E assim, saiu pelo campo de treinamento, desviando delicadamente de algumas espadas e alguns guerreiros lutando, sumindo por entre os alvos de arco e flecha.

 - Bem... Acho que essa Juvia não durará muito tempo solteira. – Lyon comentou.

 - O que? – Gray perguntou encarando o amigo. Gotas de suor escorriam em sua pele.

 - Ela é a única herdeira das terras, até onde sabemos. Ela tem uns tios, mas parece que não estão interessados em se tornarem Lordes nem donos dessas terras. Mas ela não vai ser bem vista se tomar essas terras sozinha e jovem como ela é. – Ele disse sonhador. – Eu poderia...

 - Se casar com ela? – Natsu perguntou rindo da cara do rapaz. – Ela nem te conhece!

 - Ela não vai conhecer seu novo marido de todo jeito. – Lyon disse. – Se ela tomar essas terras solteira e com dezoito anos recém-formados, provavelmente vai perder associação com Lordes e comerciantes de outras terras, já que ela também irá ser dona de uma frota de navios.

 - Ela é poderosa. – Natsu disse pensativo. – Ela poderia se aliar ao reino. Precisamos do maior número de navios possíveis, principalmente com essas ameaças do Ocidente que meu pai me contara.

 Gray ficou pensativo em relação a tudo que acabara de ouvir. Realmente, Natsu estava certo. Mas a moça não daria a frota nem suas terras desse jeito... Teria que ter um acordo ou um... Casamento. De início, ficara muito curioso para saber quem seria o “afortunado” que se arriscaria a se casar com uma mulher que nunca tinha conhecido.

 - Precisamos partir junto com Ur, Gray. – Ele ouviu a voz de Lyon, o espantando de seus pensamentos. – Assim, quando chegarmos as Terras do Norte, Lady Ur e Ultear irão se separar de nós, indo para o litoral, enquanto rumamos para as Montanhas de Gelo em busca de informações.

 - Certo. – O moreno disse se levantando. – Vou ver Ultear.

 - Tenho que avisar meu pai sobre essa viagem. – Lyon se levantou tão rápido quanto Gray. – Nos vemos ao amanhecer. – Ele falou para Gray, e com um aceno de cabeça se despediu de Natsu, que sorriu para o garoto.

 Assim que Gray começou a andar, ele ouviu a voz de Natsu.

 - Ei! Vão me deixar aqui sozinho?! – Natsu reclamou.

 - Vá conversar com Lucy, talvez ela tenha visto alguma coisa que possa nos ajudar. Ela é bonita e educada, você é curioso e intrometido, conseguirá ter uma conversa boa com ela sem ela te matar nos primeiros trinta segundos. – O moreno disse se distanciando do amigo, não ouvindo o xingamento que o rosado proferiu para ele.

~~~~~~~~~~

 - Levy? – Lucy perguntou para a moça que estava em sua frente. – Onde você está me levando?

 - Calma, Lucy, não é como se você fosse morrer. – A baixinha disse sorrindo.

 Estavam as duas em uma pequena rua de paralelepípedos á noite. Não havia uma alma viva ali, exceto as duas e seus cavalos, embrulhadas em mantos pretos, Lucy com o seu feito de veludo e Levy com um mais simples, que já estava desfiando a barra.

 - Mas parece que estou indo para uma emboscada... – A loira disse baixinho, o que fez Levy dar uma gargalhada.

 - Estamos chegando.

 Depois de uns dois minutos cavalgando devagar pelas ruas, Lucy começou a ouvir barulho de pessoas conversando, e à medida que se aproximava da esquina de onde estavam, ela pôde perceber movimento e agitação em uma residência, iluminada apenas por um pequeno lampião pendurado na parede, mas as janelas denunciavam que o local por dentro era todo iluminado.

 - O que é esse lugar? – Lucy perguntou enquanto Levy parava seu cavalo perto da calçada e o prendia em estacas de madeira, a loira fez o mesmo.

 - Lucy, bem vinda à Fairy Tail! – Ela disse abrindo a porta para a garota, que contemplava tudo naquele local.

 A parte de dentro era muito bem iluminada por lustres de metal pendurados no teto e castiçais presos na parede. Com certeza era uma taverna, no fundo havia um balcão e uma estante com vários tipos de bebida, sabe-se lá de onde eram e o que faziam se bebesse isso. As mesas eram de uma madeira forte e escura, assim como os bancos. Tinha música ali, com um rapaz tocando piano alegremente enquanto mulheres bêbadas cantavam desordenadamente uma música que Lucy ainda não sabia qual era.

 Tudo ali parecia alegre. Todas as pessoas estavam sorrindo e conversando animadamente com as outras. De início, Lucy achara que era uma espécie de cabaré, mas viu crianças correndo por ali, brincando, e acabou por se aliviar e tirar essa ideia da sua cabeça.

 - Uau... – A loira disse olhando para Levy, que sorria orgulhosa para tudo o que estava vendo. – Esse lugar é...

 - Muito legal, não? Venha, vou te apresentar para todos. – E puxando a loira pelo braço, a levou para uma mesa, onde dois rapazes estavam sentados. Um deles era ruivo e tinha os cabelos longos e espetados, e o outro era moreno e tinha os cabelos lisos.

 - Lucy, quero que conheça, Jet e Droy! São meus amigos de infância. – Ela falou e a moça estendeu a mão para os dois que, sorrindo igual bobos para ela, a cumprimentaram.

 - Quem é essa, Levy? – O rapaz chamado Jet perguntou.

 - Ela é... – Levy iria contar que a loira era, mas foi interrompida por um grito e uma mulher pulando em cima dela.

 - Levy! – Uma morena a abraçava fortemente com um dos braços, já que o outro estava segurando uma garrafa de rum mais forte ainda. Sua pele era um pouco bronzeada e ela tinha os olhos roxo escuro. – Que saudade! Onde você estava?

 Ela claramente estava bêbada.

 - E-Ei... Cana... – Levy disse enrubescendo um pouco. – Quero te apresentar, essa daqui é Lucy Heartfilia, da Casa Heartfilia.

 Lucy percebeu que, no instante que o seu nome fora pronunciado, maior parte do salão ficara em silêncio, podendo ouvir apenas o barulho dos copos sendo postos a mesa e o piano tocando alegremente.

 - Heartfilia? – Droy perguntou analisando a garota. – Espera... Você é a moça que tem a Visão?

 Lucy não sabia a quem, ou onde olhar. Estava perdida em meio a tantos olhares indiscretos a ela, que nem percebeu que um braço passou por seus ombros.

 - Ei, seus idiotas... Não olhem pra ela como se fosse uma criatura mitológica, certo? Estão bêbados demais para dizer essas coisas, fiquem mais sóbrios para conversar com ela! – Cana pronunciava as palavras devagar e arrastadamente. Logo, as várias pessoas que estavam a encarando voltaram a beber e a fazer o que estavam fazendo, e aos poucos o salão foi voltando á sua barulhenta rotina, que Lucy percebera que isso era o norma para eles.

 - Muito obrigada. – Lucy disse baixinho para a morena ao seu lado.

 - De nada, loira. – Ela disse se sentando ao lado de Droy e virando a garrafa em sua garganta. – Pode me chamar de Cana Alberona.

 - A maior cachaceira que você já viu. – Jet brincou com ela, que mostrou a língua.

 - Cana, sabe se Reedus já chegou? – Levy perguntou.

 - Ainda não... Bem... Ele estava fazendo um trabalho restaurando a pintura de uma casa perto da praça, mas ainda não voltou. – Ela falou se escorando no rapaz ao seu lado.

 - Que pena... – Lucy reclamou olhando para os lados, e seu olhar se encontrou com a de um rapaz que abrira a porta da taverna, acompanhado por uma moça que ela imaginara trabalhar no castelo, mas não sabia seu nome. O homem parou na porta e ficou encarando a loira, sem entender muita coisa.

 - Voc... – Lucy começou a falar, mas foi interrompido pela voz tonta e divertida de Cana.

 - Gray! Quanto tempo! – A mulher disse indo cumprimenta-lo.

 “Então eles já se conhecem...”— Lucy pensou. Gray deveria ser um frequentador dessa taverna. “Ótimo, ele me ver aqui foi com certeza uma ideia muito inteligente, Lucy. Parabéns.”— A loira pensou com sarcasmo.

 - Olá, Cana. E... Eu vim aqui uns dois dias atrás, não foi muito tempo assim. – Ele comentou.

 - E quem é essa daí dessa vez? – A morena perguntou apontando para a menina, que devia ser, no mínimo, uns dois anos mais nova que Lucy, mas que olhava para Gray de um jeito que Lucy pensava que uma garota não poderia fazer isso.

 - Ela veio me seguindo até aqui. Não sei muito bem o que ela quer... – Ele comentou coçando a cabeça. – Na verdade, nem sei o seu nome.

 Todos encararam a garota.

 - B-Bem... É que o s-senhor é m-muito bonito e eu p-pensei que...

 - Pensou o que? – Cana interviu. – Que ele estava disponível? Bem, você acertou. – Ela disse rindo para o nada, enquanto o olhar da menina se iluminava.

 - Sério? E-Então... – Ela claramente estava nervosa. – Então v-você...

 Mas antes da menina terminar sua frase, a porta da taverna foi aberta com um estrondo. A menina, infelizmente, estava na frente dessa porta, foi derrubada.

 - Eu voltei! – A voz era parecida com a de uma pessoa que Lucy conhecia.

 “Não pode ser...”— Lucy pensou se apavorando. Mas suas preces não foram ouvidas a tempo, assim que ela viu os cabelos rosa rebeldes entrando no salão.

 Ele sorria para todos, e todos o cumprimentavam.

 - Não acredito... – Ela disse baixinho, porém Natsu, o príncipe, ouviu e se virou, ao mesmo tempo que seu semblante sorridente se assumiu surpreso pela presença não esperada de Lucy ali.

 - Lucy! – Ele disse caminhando até ela. – Fiquei te procurando a tarde toda! Não me diga que estava aqui todo esse tempo! – Ele falou alegre ficando de frente para a moça.

 - Não... Na verdade eu estava na biblioteca com a Levy. – Ela disse gaguejando. Tinha certeza que estava vermelha, já que o príncipe de Fiore a encontrou em uma taverna.

 - Por isso ele não a encontrou. Faz uns dois anos que Natsu não entra naquele lugar. – Gray disse ajudando a garota, que ainda estava no chão, a se levantar. – Pronto, garota, agora pode ir embora. – Ele disse não desconfiando de nada, e a garota foi obrigada a sair. – Ele queria te perguntar se você viu alguma coisa que possa nos ajudar com Gajeel.

 - Gajeel? – Levy perguntou.

 - É. O filho adotivo de Metallicana. Ele sumiu depois que o pai morreu. – Natsu disse. – Gray achou um covil, onde ficou sabendo que Redfox tinha alguma ciosa a ver com os livros que você e Lucy Heartfilia traduziram, mas não sabemos o que é.

 - Por isso que estamos procurando por ele. Mas sem sucesso, claro. Ele sumiu como fumaça no ar. – Gray resmungou, e Lucy nem vira quando foi que ele pegara uma caneca de cerveja.

 - Bem... Não sei se pode ajudar, mas eu sonhei com um rosto. Por isso que estou aqui. – A loira disse. – Quero fazer um retrato falado dele. Não sei quem é, mas pode ajuda-los.

 - Bem, acho que Reedus ainda não chegou, enquanto isso... Vamos beber um pouco. – Ele disse entregando uma caneca com um pouco de rum para a loira, que, recusou de primeira, mas, após ver o sorriso satisfeito de Natsu para ela, ficou impossível de dizer-lhe não.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Até o próximo!



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