Bijuu Slayer escrita por Darth Tash


Capítulo 4
O Retorno de Jedi


Notas iniciais do capítulo

Quando eu comecei a cursar a faculdade de Direito da USP, pensei que teria mais tempo disponível que quando estudava Ciências Contábeis. Ledo engano. Antes de mais nada, quero me desculpar com aqueles que leram os capítulos anteriores ainda na data em que foram postados -- faz oito meses desde a última atualização, então é até bastante provável que alguns já não mais estejam neste site. De qualquer forma, estarei de férias até fevereiro e, entre o tempo que separo para estudar e para trabalhar, tentarei separar algum para escrever e tentarei postar pelo menos mais um capítulo antes que voltem as aulas.

Aviso rápido, muitas das coisas sobre Star Wars que eu vier a colocar na história serão não apenas dos filmes, mas dos quadrinhos publicados pela Marvel Comics (pra quem não sabia que existiam, vale a pena) e dos livros do Universo Expandido de Star Wars. Obrigado. Além disso, personagens de Star Wars vão ser citados e usados, mas não aparecerão.

Enfim, realmente não sei o que mais devo falar, então vamos logo para o novo capítulo.



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Todos eles sabiam que se ficassem ali parados uma hora ou outra morreriam. Os tiros dos robôs ricocheteavam perigosamente pelas paredes ao passo em que eles avançavam, e logo a proteção já não seria tão útil assim. Mas até agora nenhuma das estratégias de ataque pareceu tão eficiente assim; a começar pela dupla da Fairy Tail, que logo de cara descobriu que uma abordagem direta não era tão inteligente assim. Erza tentou avançar com sua Armadura Celestial, mas um tiro aleatório imediatamente a atingiu -- por sorte em uma parte coberta --, perfurando o traje defensivo enquanto outro acertou uma das espadas empunhadas por ela, espada esta que agora tinha um buraco fumegante no local atingido.

De forma bem similar, Mirajane e o irmão demônio (curiosamente, o último sendo inimigo deles há não mais que dez minutos) tentaram ataques diferentes só para serem forçados a recuar por uma saraivada de disparos. Mira rangeu os dentes de dor ao receber um disparo na coxa e um no ombro. Se não pela sua Satan Soul, a essa altura ela com certeza teria dois belos buracos em seu corpo da mesma forma que a espada de Erza -- não que isso ajudasse a reduzir a dor das queimaduras de segundo grau que haviam ficado nos lugares atingidos. O irmão demônio não teve tanta sorte assim: um disparo foi o suficiente para esburacar seu joelho, mas o laser era quente o bastante para cauterizar o ferimento ao mesmo passo em que o causava, resultando numa dor excruciante.

Já Naruto...  pelo menos não estava ferido ainda. Sem saber o que fazer, o loiro brandia a espada acima da cabeça de um lado para o outro ao mesmo tempo em que evitava erguer demais o braço, de modo que sua mão estava bem protegida. Foi meio que por acidente que ele havia descoberto que sua espada a laser, ou fosse qual fosse o nome daquela arma, podia defletir os disparos. Pode até parecer meio inútil, mas incrivelmente até agora ele já havia "matado" uns três ou quatro robôs nesses ricochetes -- o que significa que eles só precisavam destruir mais uns 96 deles para ficarem em segurança. Teuchi tentava não morrer, ficando o mais encolhido que podia no meio dos destroços que havia encontrado para se esconder. Boa coisa que os robôs pareciam não ter se importado com ele tanto assim.

Lutar você precisa. No fundo de sua mente, Naruto voltou a sentir aquela mesma pontada da batalha com o Vulcan ou do momento em que enfrentou o irmão demônio. Mas essa voz era diferente. Parecia mais antiga, mais sábia do que a outra.

— Não dá, são muitos — Naruto nem percebeu que disse aquilo em voz alta, mas naquele momento aquilo não tinha a menor importância. Bem, pelo menos não para ele, mas aparentemente nem todo mundo pensava assim.

— Boa hora você escolheu para ficar louco, nanico — Do lado dele, o bandido fez alguns sinais com as mãos. A julgar pelo ferimento em seu joelho, muito provavelmente ele jamais voltaria a usar aquela perna. — Não estou tão ansioso assim para morrer, então vê se faz alguma coisa. Kirigakure no Jutsu!

— Ah, cala es-... — Antes que Naruto terminasse de falar, uma névoa densa tomou conta do interior da sala, o suficiente para ele não ser mais capaz de ver Teuchi. No momento em que ele olhou para o lado, o irmão demônio já havia sumido. Aparentemente havia dado certo, porque os robôs pararam de atirar naquele ritmo frenético. Nesse momento a voz voltou a falar com ele. Tempo tem você. Luta agora.

Por algum motivo, ouvir aquilo foi como ser bombardeado por uma onda de energia. Mas toda a coragem durou pouco, porque assim que ele saiu da proteção um robô o viu. Movendo seu braço mais rápido do que achava ser possível, Naruto rebateu um disparo e o refletiu contra o centro do corpo da máquina. Cinco. Uma explosão vinda de trás chamou sua atenção, — as duas garotas da Fairy Tail também aproveitavam a névoa para destruir várias das máquinas que vinham pelo outro lado, bombardeando os robôs com ataques incessantes. Em contrapartida, estava bastante claro que não conseguiriam manter aquela onda de ataques por muito mais tempo.

Medo não tem, porque aliada sua a Força é. E poderosa aliada ela é. Um flash passou pela visão de Naruto, que instantaneamente rodopiou e rebateu um disparo vindo de sabe-se lá onde. Ele não sabia por quanto tempo ia aguentar aquilo, mas dessa vez Naruto não hesitou em atacar os robôs do lado contrário ao que a dupla da Fairy Tail estava. Alguns movimentos bem coordenados e giros da espada e vários deles caíram. Assim como antes, ele sentia todo o seu corpo vibrando com energia, cada vez que se esquivava ou atacava ele estava se movendo mais rápido do que jamais havia se movido. O irmão demônio caiu de joelhos do lado dele, ofegante e cheio de queimaduras pelo corpo. Naruto nem precisava olhar: da mesma forma como sentia seu corpo vibrando, sentiu parar de vibrar o do bandido, agora morto. Foi só por um milésimo de segundo sua distração, mas foi o suficiente para um disparo acertar de raspão sua coxa, fazendo o loiro cair de joelhos ao lado do cadáver.

Merda, merda... Eu preciso fazer alguma coisa. Pela primeira vez, Naruto realmente tentou fazer contato com a voz no fundo de sua cabeça. Sem resposta. Outro flash de visão e ele se jogou rolando pelo piso de metal, por pouco evitando três tiros. Naquele momento, Naruto sabia que não teria a menor condição de vencer. Por mais que aquela onda de poder ainda irradiasse de seu corpo, destruir um robô era uma coisa, as destruir tantos assim era uma história diferente. Não! A voz dessa vez praticamente gritou do fundo de sua cabeça. Não é diferente! Só é diferente na sua cabeça! Sinta a Força entre você e o inimigo. Aliada sua ela é.

Naruto suspirou, mas acabou se deixando guiar. Não custa tentar. Não tente. Faça ou não faça. Tentativa não há. Movendo a espada para defletir outro laser, ele rapidamente entrou por trás de uma pilha de destroços. A essa altura Mirajane e Erza já tinham tomado cobertura também, cansadas demais para continuar atacando sem parar.

— Mira, se a gente morrer — Apesar dos barulhos dos disparos, Naruto ouviu facilmente a voz de Erza. Fosse o que fosse essa Força da qual a voz tinha lhe falado, havia também aprimorado seus sentidos de uma forma extraordinária. — Eu não te odiava.

Naruto cerrou os olhos. Elas duas tinham vindo até ali para ajudar, e de jeito nenhum ele as deixaria morrer por causa dele. Ele podia sentir seu pai adotivo ainda escondido, notar a oscilação da respiração dele e das duas garotas. A essa altura a névoa já havia se dissipado completamente. Ele podia sentir os robôs marchando adiante, finalmente chegando mais para o centro da sala. E no meio de todos eles o próprio ar parecia estar totalmente carregado de energia, como se estivesse vivo. Desde a tumba saqueada até a entrada daquele templo esquisito, e de repente uma onda enorme perturbou toda aquela harmonia, varrendo de uma só vez a presença de todos os robôs que ele podia sentir.

— Eu... não odiava você também.

Por todo o templo, as máquinas humanoides pifaram e entortaram, como se algo extremamente pesado tivesse sido posto sobre elas. Uma cambaleou e caiu bem do lado do local onde Mira — que quase deu um pulo de susto com a aparição súbita — estava se cobrindo, as juntas das pernas, braços e pescoço de metal torcidos e quebrados em ângulos esquisitos. Assim que reabriu os olhos, a última coisa que Naruto viu foi uma infinidade de pedaços aleatórios espalhados pelo chão negro. Sua visão ficou turva logo depois e ele caiu no chão com a espada laser desligada, totalmente inconsciente. Desconhecido para ele, seus olhos por um segundo ficaram tão brancos que pareciam pérolas.

— O q... — As duas olharam em choque, tentando entender o que havia acontecido. De pé na entrada daquela sala uma pessoa estava em pé, embora elas não conseguissem identificar quem era por causa da escuridão.

### Guilda Fairy Tail ###

Makarov Dreyar, mestre da Fairy Tail, era um nome bastante conhecido em Fiore. Sendo um dos Dez Magos Santos, naturalmente ele era um mago altamente poderoso, e apesar disso era conhecido também por ser bastante amigável. Mas se algo o irritava, esse algo era quando alguém colocava os membros de sua guilda em perigo.

Bem, dessa vez ninguém havia de fato colocado Erza e Mira em perigo, mas ele ainda assim estava irritado com a falta de cuidado das duas ao roubar uma missão Classe S. Ele havia reparado logo pela manhã que as duas não estavam por ali. Lisanna e Elfman disseram que Mirajane não havia ido para casa na última noite, e Erza também havia sumido. E as duas sumiram junto com um dos pedidos Classe S mais recentes. O pior de tudo era não ter ninguém disponível para ir atrás delas e ter que entrar em contato com Gildarts — que felizmente estava a não mais que uma hora de distância de Clover. Makarov só esperava que elas ficassem bem até lá.

— Velhote, quando a Erza vai voltar? — Natsu perguntou pela milésima vez consecutiva. Naturalmente, Makarov havia inventado algo para justificar a ausência das duas.

— Natsu, eu já disse que amanhã ela já deve estar aqui.

Ou pelo menos ele esperava que sim.

### Tumba ###

Duas horas atrás, Gildarts havia sido verdadeiramente surpreendido ao receber uma mensagem por meio de lacrima de comunicação de Makarov sobre dois membros da guilda terem roubado uma missão Classe S. Não que ele se importasse com isso. Depois de ir até Clover e passar no Ichiraku Ramen — local onde, a propósito, ele comia com certa frequência —, ele tinha imediatamente se direcionado até a Tumba do Imperador Negro, ou seja lá qual fosse o nome daquele lugar. No começo não parecia algo tão sério — os irmãos demônio não eram tão poderosos assim —, mas assim que entrou Gildarts percebeu que algo mais estava em jogo. Dúzias de robôs lotavam a sala de entrada e começaram a disparar à primeira vista. Por sorte o Ás da Fairy Tail estava com o corpo já previamente revestido em sua Crash, de modo que todos os tiros do mundo não fossem capazes de fazer sequer cócegas em seu corpo. Já ele, em contrapartida...

— Vocês estão me irritando — Uma só onda de seu poder mágico foi o bastante, desmantelando todos os robôs atiradores na sala de uma só vez. Nesse mesmo instante Gildarts sentiu uma forte onda de energia acertar em cheio as peças de metal, e até mesmo ele momentaneamente perdeu o equilíbrio antes de conseguir se firmar outra vez. Com um mal pressentimento a respeito disso, ele disparou correndo pelo corredor negro — interminavelmente preenchido com robôs agora destruídos, como se tivessem sido esmagados e torcidos por uma força sobrenatural — até estar de frente para o que deveria ser a sala principal, onde, em meio aos múltiplos robôs destroçados, múltiplos cadáveres estavam espalhados. Será que foi a minha magia? Não, eu tenho quase certeza de que consegui manter ela sob controle.

— Alguém aí? — Mais alguns passos adiante e um vulto vermelho cortou o ar. Se ele não tivesse movido seu braço a tempo para bloquear um golpe de espada, com certeza teria um corte bem profundo a essa altura.

Erza arregalou os olhos quando sua espada estilhaçou em contato com o braço da pessoa que havia acabado de chegar. Mas agora de perto ela podia facilmente reconhecer o rosto de Gildarts, o mago mais forte da Fairy Tail. Oh-oh.

— Mira, n-... — Antes que ela pudesse avisar, Mirajane apareceu por trás dele e um forte estalo na cabeça o derrubou inconsciente no chão metálico.

— Hah, acabei de salvar sua pele!

Erza não respondeu, simplesmente encarando o corpo sem consciência. Estamos mortas.

— O que foi, o gato c-... — Demorou um pouco mais, mas eventualmente Mira também reconheceu a pessoa que tinha acabado de nocautear. Mas agora fazia sentido todos aqueles robôs destruídos de uma só vez. — Eh?

###

— Então ainda tinha outro daqueles robôs por aí? — Gildarts perguntou, genuinamente surpreso por não ter percebido que ainda tinha restado um.

— Sim, ele apareceu e te acertou por trás enquanto estava distraído com a Erza. — Mira acenou com a cabeça um pouco rápido demais, enviando um olhar discreto para Erza...

... Que, por outro lado, simplesmente deu de ombros e saiu andando. Traidora! Pelo menos Gildarts parecia ter acreditado naquilo, apesar de ainda ter uma expressão confusa no rosto. Boa coisa ele não dar muita importância para as coisas. Mas se o mestre tinha enviado ele, isso não ia acabar bem.

— Ele ainda não acordou. — Erza falou, chamando a atenção dos demais.

Naruto ainda estava inconsciente, com Teuchi sentado no chão ao seu lado. Eles estavam do lado de fora do templo já fazia quase uma hora, e até agora nem sinal daquele garoto acordar. Até Gildarts, geralmente desatento a tudo, teve a atenção voltada para ele; diferente delas, ele podia facilmente sentir a energia correndo no corpo dele. Esse garoto tem uma quantidade enorme de poder mágico dentro dele. Poderia ter sido ele destruindo todos aqueles robôs?

— Não se preocupem, agora ele está só dormindo. — Teuchi falou, sorrindo. Apesar de bastante sujo e com alguns ferimentos pelo corpo, ele não parecia estar tão mau assim. — Obrigado pela ajuda.

###

Naruto lentamente abriu os olhos. A primeira coisa que ele percebeu foi que estava deitado em uma poça d'água, apesar de estranhamente não se sentir molhado. Lentamente, o loiro levantou e se viu no meio de um enorme corredor alagado e tão grande que para os dois lados tudo que ele podia ver era escuridão. A Força seguir deve. Outra vez a mesma voz que ele estava ouvindo alguns instantes atrás, o que o fazia pensar — Onde diabos eu estou? — considerando que a última coisa da qual se lembrava era estar naquele templo com dezenas de robôs loucos atirando sem parar. Eu morri?

Mas ele sabia a resposta para isso. Não. A voz veio outra vez. Diferente das outras vezes, agora ela parecia muito mais próxima a ele, quase como se estivesse vindo do exterior, e não de dentro de seu corpo. Ele ainda demorou alguns segundos para perceber que na verdade a voz estava mesmo vindo de fora. Sinta a Força. Naruto fechou os olhos momentaneamente. Quando os reabriu, já não estavam azuis — assim que olhou para o chão, viu no reflexo que estavam brancos, quase brilhantes. Ele podia sentir o ar imbuído com aquela mesma energia de antes, como se quisesse guiá-lo pelo corredor. Dessa vez ele não precisava de voz nenhuma para saber o que fazer, e começou a caminhar.

Demorou um pouco. Aquele corredor parecia não ter fim, mas finalmente ele chegou no centro de uma grande sala arredondada e sem nenhuma saída. Onde está você?!

— Aqui. — Naruto deu um pulo quando a mesma voz falou bem de trás dele. Quando se virou, tremendo na expectativa de quem ou o que poderia ser aquilo falando com ele, o resultado foi bem diferente do que ele estava esperando: um anão verde e de aparência bastante velha, com orelhas pontudas e... — Ai! — Uma pancada o atingiu na cabeça e ele cambaleou para trás.

— Anão não sou.

Ah, certo. Aquela criaturinha podia ler a mente dele.

— Yoda meu nome é. Criaturinha difícil você é, Naruto Uzumaki.

Por um segundo Naruto pensou em perguntar se ele era um duende, mas pela expressão no rosto de seja lá o que for  Yoda, ele não ficaria muito contente com isso.

— Certo... — Ele murmurou, incerto sobre o que dizer. — Huh... e o que você está fazendo aqui? Aliás, o que eu estou fazendo aqui? Aliás, onde é aqui?

— Muita confusão sinto em você, Uzumaki. Muitas perguntas você tem... Aqui é você. Sua mente. — Yoda apontou na água o reflexo de Naruto. Apesar de seus olhos estarem outra vez azuis, no reflexo continuavam brancos. — Pela Força enviado eu fui.

— Eu... por que eu entrei aqui? O que aconteceu lá fora? Como eu consegui fazer tudo aquilo? Como eu destruí todos aqueles robôs com a minha mente? Como consigo ver as coisas antes de acontecerem?

— Para aquilo fazer, preparado Uzumaki não estave. Morto devia estar, mas para isso também preparado não estava. A Força em você poderosa é.

— O que é a Força? — Naruto percebeu que essa pergunta em especial fez o... bem, Yoda, mudar totalmente de postura. Ele resolveu ignorar por enquanto o fato de ter ouvido que deveria estar morto.

— Até agora esquecida ela esteve. A Força é o que a vida cria. Ela está em tudo. Entre mim e você, entre você e os robôs. Foi ela que você sentiu quando os drones destruiu. Uma grande perturbação na Força eu sinto.

— Que pert-... — antes que ele fizesse a pergunta, Yoda o cortou.

— Não! Mais perguntas não faz, porque para mais respostas pronto Uzumaki não está.

— E quem determina se eu estou ou não pronto?

Sua resposta foi simplesmente Yoda outra vez apontando para baixo. Quando olhou, Naruto outra vez viu seu reflexo olhando para ele — e imediatamente entendeu o que ele queria dizer. Sou eu mesmo quem determina. Por um segundo, a imagem de todo aquele lugar virou um borrão em sua visão e tudo pareceu estremecer.

— Ir você agora deve. Que a Força esteja com você.

Antes que ele pudesse responder, Naruto se viu obrigado a fechar os olhos. Assim que os reabriu à procura de Yoda, porém, ele logo foi obrigado a fechar novamente por causa da luz que entrava em seus olhos. Ele estava de volta, e imediatamente podia sentir a leve queimação em sua perna — apesar de nem de longe tão doloroso quanto na hora — do disparo que havia recebido de raspão.

— Finalmente acordou, hã? — A voz de seu pai adotivo o fez abrir outra vez os olhos.

Imediatamente tudo aquilo que tinha acabado de acontecer foi colocado em segundo plano e um sorriso enorme apareceu no rosto do loiro. Ignorando totalmente a dor, ele endireitou o corpo — que ainda sentia estar meio dormente — e olhou para os lados. Aquelas duas da Fairy Tail estavam por perto, agora com um homem enorme junto com elas, e pareciam estar bem apesar das queimaduras.

— Quem é aquele? — Naruto apontou para o homem.

— Parece que é outro mago da Fairy Tail. — Teuchi deu de ombros. — Você está bem?

— Só um pouco dolorido, mas vai passar. — Ele respondeu sem tirar os olhos de cima do homem.

Pelo canto do olho, Gildarts percebeu o garoto olhando para ele. Agora que ele estava acordado, aquela quantidade enorme de poder tinha desaparecido quase totalmente, como se tivesse sido suprimida. Naruto já não parecia nem de longe forte o suficiente para destruir um daqueles robôs, tampouco dezenas deles simultaneamente. Apesar disso, o Ás da Fairy Tail abriu um amplo sorriso e acenou — afinal, ter um poder mágico um pouco alto demais nunca foi motivo pra desconfiar de ninguém.

No mesmo instante toda aquela desconfiança por parte de Naruto também sumiu. Ele costumava ser muito bom em perceber como as pessoas eram. Eu já gosto dele. Sorrindo, ele acenou de volta, agora com seus pensamentos voltados novamente para a conversa que teve com Yoda. Da próxima vez ele realmente precisava perguntar o que aquele velho era. Só tomara que da próxima vez não seja numa situação de quase morte.


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Notas finais do capítulo

"Mas você não disse que personagens de SW não iam aparecer?" Enganei vocês. Enfim, não tem como deixar o Yoda de fora de uma fanfiction sobre Star Wars, até porque ele é o Yoda. Vou tentar não demorar oito meses pra atualizar dessa vez, com sorte posto até fevereiro. Até mais, obrigado aos que leram até aqui e desculpem a demora.



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