Bijuu Slayer escrita por Darth Tash


Capítulo 3
A Tumba de Darth Sidious


Notas iniciais do capítulo

Capítulo originalmente postado no SocialSpirit.



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Logo após terminar de comer, Naruto imediatamente se lançou para dentro da Tumba do Imperador Negro. Nem era por empolgação, era mais por medo mesmo: sabia que se pensasse bem a respeito, acabaria desistindo, e isso era algo que ele queria evitar - mesmo que contrariasse completamente todo e qualquer senso de razão que alguém poderia ter.

Por dentro, o local era tão convidativo quanto um ninho de serpentes. O chão, o teto, as paredes - tudo era feito de um metal negro e bastante duro, como ele havia percebido logo de cara. Chame de sorte se quiser, mas todo o chão estava coberto de pequenos destroços, a maioria afiados o suficiente para servirem como facas. Não que Naruto tivesse qualquer tipo de experiência com armas, mas nessa situação qualquer uma é mais do que bem-vinda.

Enquanto andava pelos longuíssimos corredores negros, não podia ouvir um som senão seus passos ecoando sobre a superfície de metal. Algum tipo de magia devia estar infundida nas paredes, pois o local era bem iluminado - o suficiente para ver tudo, mas o fim do corredor estava a uns dez metros dali, o que fez Naruto imaginar o quão grande deveria ser aquela construção. Ocasionalmente, ele se deparava com uma ou outra porta, e dentro delas haviam painéis esquisitos cheios de botões luminosos. Aquela onda súbita de coragem que tivera pouco antes de entrar já havia completamente se esvaído, e agora tudo que ele podia fazer era seguir em frente e esperar que nenhum bandido o visse. Tão logo quanto esse pensamento passou por sua mente, Naruto ouviu um rápido sussurro – a mesma voz que ouvira em Clover e antes de entrar ali, sussurrava bem no fundo de sua mente. Esconder.

Instintivamente o loiro se moveu para o lado com grande rapidez, ainda que não percebesse isso, e se enfiou para dentro de umas das muitas salas daquele corredor esquisito. Um segundo depois, dois homens armados passaram andando, provavelmente saídos do fim do corredor, que agora estava a apenas um metro e meio da porta daquela sala. Eles estavam conversando alto, e suas vozes ecoavam facilmente pelas paredes de metal daquele corredor.

— O que será que tem lá dentro?! – um deles perguntou com notável ansiedade.

— Não sei, só espero que valha a pena. Preciso de dinheiro. – o outro respondeu.

— Mas dizem que essa porta está trancada desde antes do nascimento de Zeref, com certeza deve ter algo incrível!

— Quem é Zeref?

Eles continuaram andando para longe até que suas silhuetas sumissem do outro lado. Assim que isso aconteceu, Naruto ouviu novamente a voz falando. Avance e se esconda. Cuidado. Por algum motivo, sempre que ouvia aqueles sussurros ele sabia que tinha que os obedecer. Mais estranho ainda, quando seguia os comandos da voz ele, de alguma forma, tinha a maior certeza do mundo que qualquer coisa que fizesse daria certo. O medo sumira e Naruto não perdeu um segundo sequer em fazer conforme a voz lhe dissera. Assim que saiu do corredor, Naruto se deparou com uma gigantesca sala negra. Havia pouquíssima iluminação por ali, e tantos escombros que bastou um passo para o lado para se esconder atrás de uma enorme pedra.

Outro homem passou e entrou no corredor, felizmente sem o perceber ali. O loiro começou a andar, sempre um pouco abaixado. Cada passo seu era calculado com tanta precisão que Naruto teve a impressão de que o dono da voz em sua mente, fosse quem fosse, estava lhe ajudando a andar. Outra vez ele sentia sua pele formigar com uma energia incrível e desconhecida, mas que ao mesmo tempo ele sabia que deveria conhecer, como se estivesse presente desde seus primeiros anos de vida.

— Vamos, abra a porta! – ele ouviu um homem gritando. Sem pensar duas vezes, Naruto olhou por cima de uma pilha de escombros e viu Teuchi junto a dois homens. Os dois usavam roupas negras e nas mãos tinham grandes garras de metal ligadas por correntes – os irmãos demônio. Estavam rodeados por uns vinte outros homens, todos portando espadas ou machados de ferro.

Seu pai adotivo estava coberto de pequenos ferimentos e alguns hematomas, mas – Naruto suspirou de alívio – nada que fosse muito sério. Teuchi tinha em suas mãos a garra dourada, uma herança de sua família, e estava diante de um pequeno pedestal.

— Não nos faça perder tempo! – um dos irmãos demônio gritou e desferiu uma cotovelada nas costas de Teuchi, que grunhiu de dor.

Naruto sentiu seu corpo formigar outra vez, mais intensamente agora, ao ver o homem golpeando seu pai adotivo. Ele podia jurar que sua pele estava ficando quente.

Teuchi avançou e colocou a garra dourada no pedestal. Com um sonoro clique, que Naruto conseguia ouvir mesmo a uma longa distância, a enorme parede negra à frente de Teuchi lentamente se abriu, revelando uma larga passagem para mais adentro da tumba. Assim que ela terminou de abrir, um dos irmãos não perdeu tempo e correu para dentro, mas foi nesse momento que tudo deu errado.

Um barulho indescritível começou a soar pela sala junto a uma ofuscante luz vermelha, que passou a brilhar no teto. Repentinamente, incontáveis luzes começaram a ser disparadas para fora da porta, o que obrigou todos a recuarem: as luzes, Naruto demorou a perceber, eram na verdade lasers. Cada disparo parecia forte o bastante para perfurar as paredes da tumba, e era mesmo.

— Cuidado! – um dos bandidos gritou.

Uma quantidade bastante elevada de pequenos robôs começou a marchar para fora da porta, disparando para todos os lados. Assim que perceberam isso, os bandidos se espalharam e partiram para o combate, mas eram facilmente abatidos pelas armas esquisitas.

Teuchi correu e se escondeu atrás de uma pilha de escombros. Os irmãos demônio imediatamente usaram uma magia estranha para andar pelas paredes e saltaram sobre os robôs que, por mais fortes que fossem suas armas, não tiveram chance contra dois magos de alto nível. Em menos de um minuto, tudo o que restava eram carcaças e armas largadas pelo chão.

— Viram agora?! – um dos irmãos gritou. – Essas armas já pagam um pequeno castelo! Imaginem o que encontraremos mais para dentro!

Os bandidos tiveram seu número reduzido pela metade, mas nem isso lhes impediu de comemorar: afinal, menos mercenários eram menos pessoas para dividir os lucros, certo? Por um segundo, Naruto teve a esperança de que sua missão estivesse terminada logo ali: Teuchi estava fora de vista, e os bandidos pareciam ter se esquecido dele. Mas logo um dos irmãos deu a volta nos escombros e agarrou o dono de restaurante pela gola de sua camisa.

— Achou que íamos esquecer de você?! Achou que podia fugir?! Você vai morrer ali dentro e ninguém nunca vai achar seu corpo!

Naruto cerrou os punhos e saltou para fora de seu esconderijo. Ele sabia agora: tinha que fazer algo. Nem sinal de magos da Fairy Tail até agora. Sem pensar duas vezes, o garoto rapidamente andou ao redor da sala, tendo o cuidado de permanecer escondido, e esperou o último deles entrar pela porta. Enquanto passava, ele agarrou uma das armas que os robôs carregavam. Não sabia exatamente como usar, mas imaginou que fosse uma espécie de rifle: era comprido, feito de um metal negro e tinha um gatilho. Não podia ser tão difícil assim...

— Você! Parado! – ele ouviu um grito.

Assim que se virou, um homem – provavelmente um dos que vira andando pelo corredor – já vinha em sua direção com um machado. Sem pensar duas vezes, o loiro ergueu a arma e apertou o gatilho. O efeito foi instantâneo: um feixe de luz verde atravessou a sala e atingiu o plexo solar do bandido, tão quente que abriu um buraco no lugar que atingiu. Tamanho era o calor do tiro que nenhum sangue saía pelo ferimento: já estava cauterizado.

O bandido gemeu e caiu no chão, derrubando seu machado. A arma produziu um som metálico ao cair no piso negro. Naruto nem teve tempo de pensar, simplesmente avançou e pegou o machado também. Qualquer arma seria útil, mesmo que ele não fizesse a menor ideia de como as utilizar. Assim, sem pensar duas vezes ele endireitou o corpo e correu para dentro da imensa porta.

Mirajane e Erza

Mira e Erza haviam acabado de sair do Ichiraku Ramen e da cidade de Clover. Seu destino? Alguma tumba enorme bem longe da cidade. A única pessoa cuidando do restaurante, Ayame, também lhes dissera sobre Naruto – outro funcionário da loja, que havia saído pela manhã e ainda não tinha voltado, e que ela estava preocupada que ele tivesse ido atrás dos bandidos.

Viajando na velocidade em que estavam não iriam demorar muito para chegarem à tal Tumba do Imperador  Negro, mas nem assim Mira podia conter a empolgação: a primeira missão Rank S, mesmo que isso pudesse fazer com que ela fosse expulsa da Fairy Tail.

— Não fique no meu caminho quando chegarmos. – ela falou, voltando o olhar para Erza.

— Cale-se. Ainda vou contar para o mestre. – a espadachim ruiva respondeu, irritada, mas ainda assim não podia ignorar o insulto. – Além disso, você só serve pra atrapalhar.

— Nem vem, você sabe que eu sou a mulher mais forte da guilda.

E elas teriam continuado, mas o que lhes chamou a atenção foi um Vulcan desmaiado perto de uma árvore. O monstro parecia ter recebido uma pancada na cabeça, e não parecia que iria acordar tão cedo.

— O que você acha que fez isso? Naruto? – Erza perguntou, lembrando-se do nome pelo qual Ayame chamou seu irmão adotivo. Por algum motivo, o nome Naruto parecia familiar à maga da Fairy Tail.

— O quê? Ele é um funcionário de um restaurante de macarrão, nem é um mago. – Mira respondeu. – Não vamos parar agora. – com isso, a garota voltou a correr.

Erza suspirou e tornou a seguir sua rival. Ela sabia que deveria se lembrar do nome Naruto. Era tão familiar, ainda que ela não se lembrasse de ninguém.

Tumba do Imperador Negro

Para sua infelicidade, assim que Naruto entrou pelo corredor largo um bandido o viu. Foi o suficiente: gritando, o homem se lançou contra ele só para ser abatido pela arma laser. Aquele grito, porém, já bastou para chamar a atenção dos demais.

A cada poucos segundos, um ou dois vinham correndo. Naruto agradeceu à sua própria sorte por estarem num corredor, onde era bem fácil de mirar em alguém. Os disparos de sua arma atravessavam armaduras e escudo como se fossem feitos de papelão, e isso lhe permitiu facilmente abater qualquer um que se atirasse contra ele. E isso seguiu por uma distância enorme, muito maior que o corredor pelo qual passara no começo, até dar numa sala tão grande que fazia a estação de Clover parecer pequena. Diferente do resto da nave, aquela parte era de um metal prateado, e bem no centro havia uma enorme estátua. Nela, uma figura imponente se erguia, coberta por um manto e um capuz negros. Bem diante dos pés da estátua, um grande caixão feito de metal negro ocupava o espaço. Centenas de pequenas bolinhas ficavam flutuando de um lado pro outro ao redor da tumba.

Quando Naruto avançou, viu um dos irmãos demônio e Teuchi. Os dois estavam virados diretamente para ele. Teuchi tinha a boca tapada pelo criminoso, que sorria para o loiro.

— O que acha, irmão? Devemos enterrar o invasor aqui também?

Assim que o homem disse aquilo, Naruto teve um rápido lampejo em sua mente – por um segundo, ele viu um dos irmãos demônio se lançar contra ele. E, sem pensar duas vezes, o garoto saltou para a frente e se virou, a tempo de ver o outro irmão estraçalhar o local onde Naruto estivera em pé alguns segundos antes.

— Oh, ho ho. – o irmão que o havia atacado riu. – Você conseguiu desviar. Você é bom.

Mas aquele sorriso logo desapareceu quando um disparo lhe acertou em cheio no peito, derrubando-o no chão. A uns dez metros dali, o outro também já não estava sorrindo. Na surpresa, tinha até soltado Teuchi, que olhava surpreso para a cena.

— NÃO! – aquele instante pareceu durar horas, até que o irmão que mantinha Teuchi gritou e correu na direção de Naruto. – DESGRAÇADO, EU VOU MATAR VOCÊ!

Naruto não perdeu tempo: virou o corpo e puxou o gatilho, mas aquele irmão estava preparado. Sem esforço algum, o bandido se lançou para o lado e desviou do disparo. Outra vez, Naruto teve um rápido lampejo em sua mente; viu uma corrente imensa vindo em sua direção e se abaixou. Normalmente, ele sequer seria capaz de acompanhar um ataque tão rápido, mas aquela estranha energia parecia lhe estar ajudando novamente, pois ele novamente conseguiu desviar de um golpe mortal.

Outra vez, um lampejo o fez desviar a tempo de evitar a imensa garra metálica do bandido. Vendo sua chance, Naruto apertou o gatilho, mas o disparo atingiu o suporte da garra do irmão demônio.

— AAARGH! – o homem gritou, cambaleando pela onda súbita de dor que lhe atingiu. O disparo perfurou a garra e seu braço dos dois lados. Assim que isso aconteceu, Naruto disparou de novo, dessa vez acertando a coxa do homem, que novamente gritou e cambaleou até cair no chão.

Enquanto caía, o mago foragido moveu os braços. Naruto arregalou os olhos: a proximidade era grande demais para desviar dessa vez. Instintivamente, o loiro pôs a arma à frente de seu corpo bem a tempo da corrente afiada lhe atingir, arremessando-o pela sala.

— Naruto! – foi a primeira vez que a voz de Teuchi foi ouvida ali, gritando o nome de seu filho adotivo, cujo corpo voou pela sala por uma distância maior do que alguém imaginaria que fosse possível.

De alguma forma, Naruto sentiu que ainda assim – mesmo que no ar – era capaz de se mover livremente. Aquela energia formigava sua pele mais do que nunca, fazendo-o se sentir mais leve. Movendo as pernas primeiro e depois a parte superior do corpo, o loiro rapidamente se ajeitou em pleno no ar e seu corpo girou num mortal para se endireitar. Seus pés logo fizeram contato com o chão de metal e ele ainda deslizou um pouco para trás até sentir algo atrás de si: o caixão negro que vira no centro da sala. Sua arma havia sido partida em dois.

Do outro lado da sala, o irmão demônio tentava se levantar apoiando-se numa perna só. Seus olhos estavam arregalados: ele jamais esperaria que um garoto fosse capaz de lhe ferir dessa forma, e ainda por cima matar seu irmão. Lembrando-se de seu irmão abatido, o homem cerrou os punhos. Ele ia matar esse garoto de qualquer forma possível.

Abra a tampa. Naruto ouviu um sussurro em sua mente. Aquilo lhe pegou de surpresa. Abra o caixão. Ao ouvir outra vez a mesma voz de antes, o garoto virou o rosto e olhou para o caixão atrás de si. A tampa parecia pesada, mas ele tinha certeza de que seria possível movê-la. O problema era o criminoso do outro lado da sala, que a essa altura conseguira se levantar apoiando-se numa parede. Rápido!

Esse último sussurro lhe chamou a atenção. Ele tinha confiado naquela voz até agora e tudo tinha corrido bem. O que poderia dar errado em abrir um caixão velho? Virando-se, o loiro empurrou a tampa, que não se moveu no começo.

— Eu vou matar você! – ele ouviu o irmão demônio gritando lá da entrada da sala. O som da corrente sendo arrastada pelo chão deixava na cara que o homem estava chegando mais perto.

Use a Força. Ele ouviu a voz outra vez. O que diabos seria a Força? Era o que estava em sua mente naquele instante, mas Naruto simplesmente sabia a resposta. Fechando os olhos, ele se concentrou na voz e focou sua mente naquilo. Sua pele voltou a formigar, e um instante depois a tampa do caixão estava no chão.

Quando reabriu os olhos, Naruto sentiu o formigamento lentamente desaparecendo. Dentro do caixão, havia um esqueleto de alguém morto há muito tempo. Restos de tecido preto lhe fizeram imaginar que se tratava da pessoa retratada na estátua, mas aquilo não tinha importância. O que realmente chamou sua atenção foi um pequeno bastão de metal preto: era um pouco maior que uma mão, quase como se fosse o cabo de alguma coisa. Sem nem se dar conta, Naruto enfiou a mão no interior do caixão e pegou o objeto esquisito. Era tão leve que Naruto quase não sentia que estava segurando algo.

— Não dê as costas para mim! – atrás dele, Naruto ouviu um grito irritado do irmão demônio. Imediatamente, as correntes tornaram a fazer barulho. Um flash cruzou sua mente outra vez; a corrente vinha em sua direção. Sem pensar, o loiro rodopiou o corpo e puxou de uma vez o objeto esquisito que havia encontrado no caixão: durou uma fração de segundo, mas ele pôde acompanhar o que aconteceu. Uma luz vermelha deixou o bastão negro e formou algum tipo de lâmina de energia, que colidiu no momento exato com a corrente do irmão demônio.

Dos dois lados de seu corpo, o chão explodiu com um estrondo onde as duas partes da corrente acertaram e se fincaram no chão. Nem Naruto nem o bandido esperavam por isso; os dois simplesmente ficaram ali, parados, olhando um para o outro sem saber o que dizer.

Naquele momento, o mesmo som de antes – da hora em que abriram a entrada do corredor – começou a apitar, muito mais alto que antes. A sala toda, talvez toda a tumba, foi tomada por uma luz vermelha que tingiu o ar e as paredes negras, criando um contraste horrível. Das paredes, dezenas dos pequenos robôs de antes começaram a sair por todos os lados, inundando a sala.

Erza e Mira

Erza e Mirajane haviam acabado de entrar na tumba. Dois bandidos estavam na entrada, mas eles não tiveram chance nenhuma contra as duas. Assim que entraram no primeiro corredor, porém, algo deve ter acontecido; um som ensurdecedor começou a ressoar pelas paredes de metal. As portas trancaram de uma só vez, lacrando a saída do local, e da sala de entrada uma maré de pequenos robôs saiu.

Normalmente, elas teriam lutado, mas o corredor não era um bom local: era muito estreito, e a quantidade absurda de robôs atirando com aquelas armas esquisitas não ajudava nem um pouco.

— Gggh... – Erza grunhiu ao tentar bloquear um disparo com sua espada. O laser disparado simplesmente atravessou a espada e a acertou no ombro, fazendo-a soltar a arma. Mira não estava em melhores condições.

— Mira, vamos sair desse corredor! Não tem como lutar aqui!

Pela primeira vez desde que ambas podiam se lembrar, elas concordaram em algo. Mira moveu a mão em sua forma demoníaca e uma parede de chamas bloqueou o caminho e a visão entre elas e os robôs.

— Vamos!

A parede de fogo lhes deu tempo o suficiente para se afastarem, mas logo os disparos recomeçaram. Um atingiu a parede e desviou, raspando pela perna de Mira. A garota cerrou os dentes quando a dor a fez cambalear, mas não parou de correr até que tivessem chegado a outra sala.

Felizmente, não havia robô nenhum na sala central da tumba, ainda que os da entrada já estivessem marchando pelo corredor na direção delas.

— Droga, não tem como destruir todos eles! – Erza gritou enquanto se escondiam atrás dos escombros espalhados pela sala.

— A gente pode usar a bagunça nessa sala. Deve ser mais fácil lutar aqui. – Mira respondeu, tentando não parecer assustada.

Naquele momento, disparos em grande quantidade começaram a sair pela entrada de outro corredor, muito mais largo que o que elas acabaram de sair. Três pessoas saíram correndo de lá; uma delas era um homem alto, com uma capa preta e garras imensas de metal nas duas mãos. Os outros eram um garoto loiro (outra vez, Erza podia jurar que o conhecia) e um homem já de idade vestindo roupas parecidas com as de Ayame, mas bastante sujas.

— Merda, não tem como sair! – o loiro gritou, vendo os robôs que já vinham pelo outro corredor.

— Fale por você, pirralho. Eu vou destruir todos esses malditos, e depois vou matar você e o velho. – o homem com as garras de metal falou.

Eles pareciam prestes a começar a lutar, mas os disparos recomeçaram assim que levantaram a cabeça, forçando-os a se abaixarem novamente. Foi nesse momento que o garoto loiro as viu.

— Ei, quem são vocês? – ele pediu, mas sua voz quase não era ouvida com o barulho dos tiros ricocheteando.

— Somos da Fairy Tail. – Erza respondeu, tentando se encolher mais quando um tiro ricocheteou e caiu bem perto de onde ela estava. – Viemos ajudar.

— Eu sou Naruto, fui eu quem fez o pedido da missão. – o garoto respondeu, tentando não parecer nervoso.

Se por um milagre conseguissem sobreviver, aquele podia ser o começo de uma linda amizade.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado pela leitura, não deixe de comentar avaliando se possível. Tudo de melhor para todos, até mais.



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