Os Segredos da Rua Baker escrita por Lany Rose


Capítulo 10
A volta de Irene Adler – Parte II




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As duas Irenes ali frente a frente. A filha de Sherlock Holmes levou um susto momentâneo ao vê a Adler, pois para todos os efeitos ela havia morrido alguns anos atrás. Porém, era de se esperar que Sherlock tivesse feito algo a respeito. Afinal, ele demonstrava toda sua admiração ao trata-la apenas como “A Mulher”.

—Você deveria estar morta!

—Seu pai me ajudou a não morrer nas mãos de um grupo terrorista.

—Muito gentil da parte dele. O que quer comigo?

—Você tem algo que me pertence.

—Não, não tenho.

—Certo pendrive que pegou no resgate da sua mãe.

Irene franze o cenho.

—Como sabe?

—Eu conhecia um dos seguranças e sei do que ele gosta.

—De qualquer forma, não o tenho mais. Devolvi pro Morse.

—Naquela ceninha medíocre de assassinato?! –Ela sorri ao vê o quão pasma Irene Holmes se encontrava. – Se você tiver metade do talento do seu pai, e eu acho que tem, então pegou o pendrive de volta antes de desmaiar de verdade.

—V-você – Ela limpa a garganta. – Você está certa, eu o peguei, mas não está aqui comigo e nem vou entrega-lo.

—Nem mesmo se a vida de alguém da sua recém-reformulada família estiver em risco?

Ela ri.

—Você pode tentar a vontade. Adeus Senhorita Adler.

Irene Holmes anda em direção à porta.

—Você me procurará em breve, Srta. Holmes.

—Eu acho que não. – Ela diz sem se virar.

—Mande lembranças ao Sherlock.

Irene Holmes não responde nada a essa última frase, apenas sai dali. Ao entrar novamente no carro acaba se ferindo em algo na hora de fechar a porta. Uma simples espetada foi tudo que sentiu.

***

Passado alguns dias, Irene levanta cedo para pegar o jornal e voltar para o quarto. Ela criou essa rotina por sentir-se constantemente cansada, não tinha ideia do motivo e, na verdade, nem se importava. Chegando à sala ainda de roupão, deu de cara com Diana que estava indo tomar seu café da manhã.

—O que aconteceu com você? - Perguntou Diana.

—Do que está falando?

—O seu rosto está cheio de manchas vermelhas. – Diana olha para as mãos da irmã e pega uma delas. – Suas mãos também!

Lilian vai até as filhas.

—O que está acontecendo aqui?

—A Irene está cheia de manchas vermelhas pelo corpo.

Irene nesse instante está na frente do espelho. Lilian se aproxima.

—Está se sentindo bem, minha querida?

—Tenho andado meio cansada, na verdade.

—Será alguma alergia? - Questionou Lilian.

—Devia ir vê um médico. Posso te indicar um muito bom.

—Não deve ser nada. – Irene fala pensativa, pega o jornal e volta para o quarto.

Uns dois dias depois Diana chega do trabalho, Sherlock não estava em casa e Lilian batia na porta do quarto de Irene, sem resposta.

—Mãe, qual o problema?

—Sua irmã não saiu do quarto o dia todo e não responde aos meus chamados.

—Ela faz essas coisas, mãe. Ela pode passar dias trabalhando sem parar nem pra se alimentar e depois passar dias sem levantar.

—Dessa vez é diferente.

Lilian parece tão angustiada que Diana vai atrás de uma chave extra para abrir a porta. Ao entrarem Irene afigura estar dormindo, no entanto quando sua mãe a toca percebe que ela está com febre. Tentam por várias vezes, mas a temperatura não baixa, levam-na para o hospital. Lilian conta para o médico sobre a bebedeira, a má alimentação, as noites mal dormidas e das recentes manchas que sumiram de repente.

Passou-se uma semana e nada foi descoberto. Com o uso de fortes medicamentos a febre havia baixado. Já acordada Irene sabia exatamente o que precisava fazer. Ela estava sendo mantida isolada. Entretanto, conseguiu um celular para fazer uma pequena pesquisa. Na madrugada da mesma noite uma visita especial aparece.

—Oh Srta. Holmes, você está horrível.

—Fico feliz que tenha aceitado meu convite, Srta. Adler. -Irene falava com dificuldade. – O que diabos você fez comigo?

—Apenas um novo composto de doenças.

—Tudo isso... Por um pendrive?

—De início. Porém, depois quero alguns favores.

—Quais favores?

—Bem, nada fora da sua capacidade. Eu garanto.

—E aí você me dá a cura? Simples assim?!

—Para ficar inteiramente curada você precisará de cinco seringas. Aplicarei uma agora, para melhorar. Em três dias me encontre naquele mesmo local com o pendrive, então direi os outros favores e lhe darei mais uma injeção. As outras serão dadas após completar cada um dos problemas.

—Estarei lá.

***

Era uma tarde chuvosa em Londres. Sherlock e Lilian se preparavam para ir visitar a filha no hospital quando Irene entra na sala.

—Por Deus! O que faz aqui? - Disse Lilian. – Como saiu do hospital?

—Mycroft consegue qualquer coisa. Agora, com licença, preciso deitar um pouco.

—Ah eu juro que vou ter uma conversinha com esse seu irmão!

Irene só saía do quarto para comer, passou dois dias assim, no terceiro apareceu de banho tomado. Foi pegar a jaqueta e o cachecol. Lilian ficou irada, mas Irene não deu ‘ouvidos’ e apenas saiu. Chegou ao mesmo prédio abandonado da outra vez e aguardou a Srta. Adler. Ela estava bastante cansada, com falta de ar e dores pelo corpo, porém não pretendia demonstrar o tamanho do desconforto que sentia.

—Srta. Holmes, eu fico feliz que tenha vindo. Você parece bem melhor.

—Eu estou.

—Trouxe meu prendrive, é claro.

—É claro. Tomei a liberdade de dá uma olhada nele.

—Gostou do que viu?

—Você é bem interessante, Srta. Adler. – Ela sorriu. – Agora entendo a fixação do Sherlock. Bem, aqui está seu pendrive.

Ela o entregou e recebeu a seringa.

—Não irá aplicar logo?

—Acredito que posso esperar até chegar a minha casa. Então, o que mais quer de mim?

—Alguns papéis do governo. Pode conseguir na sala do Mycroft no clube Diógenes. Tem dois dias para pegá-los pra mim, quando me entregar, irá receber a outra dose e direi o próximo.

—Se o primeiro favor é roubar papéis do Mycroft, consigo imaginar os próximos. E se eu me recusar?

—Você não recebe as próximas injeções e morrerá.

—Tenho os melhores químicos do mundo ao meu lado. Eles me conseguem a cura.

—Por melhores que sejam descobririam tarde demais.

—Não me importo de morrer.

Irene Adler olha pra baixo e dá um passo na direção da xará, então volta a fita-la.

—Seria fácil infectar Lilian e Diana já que vivem naquele laboratório, Mycroft com tantos papéis, um corte acontece de vez em quando. Sherlock seria mais difícil pelas precauções que vem tomando, porém um esbarrão na rua é algo fácil de acontecer.

—Tudo bem. – Irene ficou séria, mais pela dor do que pela ameaça, afinal já era esperado. - Eu estarei com os papéis em dois dias.

—Ótimo, mandarei o endereço do próximo encontro para seu celular.

—Esperarei com ansiedade.

—Ambas iremos.

As duas sorriem e seguem caminhos opostos.

Irene decidiu ir direto ao clube Diógenes e pegar os papéis, isso daria tempo para ela se recuperar antes que a Srta. Adler entrasse novamente em contato. Aquela era a tradicional hora do chá para o Mycroft. Ela entrou no clube sem ser vista e foi até a sala do tio. Ao entrar parou por uns segundo memorizando tudo que havia ali, pois não poderia tirar nada do lugar. Começou sua busca pelos documentos, após alguns minutos encontrou dois deles, continuou e achou os outros quatro. Entrou em seu palácio mental para lembrar a ordem certa das pastas, colocou tudo no lugar e ouviu um barulho. A hora do chá havia acabado. Irene correu para a janela, foi descendo pela calha, mas como ainda estava fraca acabou caindo.

Lilian deveria ficar aliviada ao vê a filha entrando, porém ela estava suja, com a calça rasgada e mancando. A mãe das irmãs Holmes estava começando a se desesperar. Ela sabia que Irene tinha o mesmo trabalho do marido, sabia que era perigoso, mas quando conheceu Sherlock, ele já estava aposentado. Ela agradecia por isso, não aguentaria passar com ele, as coisas que está passando com a filha.

Após mais alguns dias a Srta. Adler entrou em contato, por mensagem ela mandou o endereço onde os documentos deveriam ser deixados, o local de pegar a seringa e qual seria a missão. Irene deveria matar o chefe do MI6, colega de Mycroft. Ela respondeu dizendo precisar de tempo para isso e lhe foi dada uma semana. Na hora de sair para analisar a rotina de seu alvo, deu de cara com o tio na sala de estar.

—O que faz aqui?

—Vim falar com o seu pai sobre o sumiço de uns papéis.

—Por que com ele?

—Você anda doente, querida sobrinha. Não quero fazê-la piorar.

—Eu estou aposentado, Mycroft. – Sherlock estava sentado em sua poltrona com o violino nas mãos.

—Nem mesmo sua volta para a 221B o fez ter saudade dos velhos tempos?

—Uma decisão foi tomada há tempos e não pretendo voltar atrás. Além do mais, você tem minhas filhas. – Sherlock havia enfatizado a palavra “minhas”, isso fez Irene franzir o cenho.  

—Eu não posso sair procurando seus papéis perdidos, estou ocupada. – Ela foi pegar a jaqueta.

—Com o que? - Perguntou Sherlock.

—Trabalho.

—Poderia ser mais específica. – Disse Mycroft.

—É confidencial. – Ela ia saindo.

—Espere Irene. –Falou Sherlock.

—Estou com pressa.

Já chegando às escadas Mycroft ordenou que voltasse, ela o obedeceu fazendo o tio sorrir para Sherlock e este demonstrar certo incômodo.

—O que?

—Preciso das minhas meninas nesse caso. – Sherlock se remexeu na poltrona ao ouvir: “minhas meninas”. – Ele é urgente. Papéis sobre misseis e submarinos nucleares sumiram da minha sala do clube Diógenes. Sem qualquer vestígio. Diana e você devem encontrar quem fez isso.

—Tudo bem. Mais tarde vou com Diana para o clube.

Após sua saída Mycroft virou-se para o irmão com uma expressão de orgulho por seu poder sobre Irene. Poder de autoridade paterna. Sherlock começou a tocar seu violino, com isso o mais velho dos irmãos Holmes se retirou da 221B.

Irene passou as investigações sobre os horários do chefe do MI6 para seus ajudantes, deixou os documentos no lugar indicado, pegou a seringa e aplicou ali mesmo, então foi falar com Diana para irem até o Clube Diógenes. Lá chegando, Diana começa a procurar por impressões digitais, enquanto Irene com sua lupa olha cada centímetro do local. Ao findar o serviço, ela comentou sobre ser trabalho de uma única pessoa que usou a janela como forma de escapar. Diana revela não ter qualquer impressão digital ou outro tipo de sinal sobre quem fez isso.

—Como pretende investigar? Não temos nada. – Pergunta Diana ao chegarem à calçada.

—Quem pegou esses documentos não tem a intenção de usá-los construindo algo para acabar com o mundo, porém devem pretender vender para alguém que tenha. Vou pegar endereços de agentes que foram expulsos, esses caras conhecem bem quem compra esse tipo de informação.

—Vai pegar no sistema do MI6?

—Com certeza. – Ela sorriu e olhou pra baixo, retornando em seguida o olhar para a irmã. – Gostaria... Ahm... Gostaria de ir comigo?

—Adoraria. – Diana sorriu com a forma desajeitada de a irmã demonstrar que sente sua falta.

Elas voltaram pra casa e invadiram o sistema do MI6. Lilian ficava muito feliz ao ver as duas trabalhando juntas, pareciam o Sherlock dividido em dois.

—Achou alguma coisa, Diana?

—Uns três endereços realmente relevantes. Vamos até lá?

Irene recebe umas mensagens.

—Você pode ir na frente, preciso resolver um problema de um outro caso.

—Que caso é esse?

—É confidencial.

—Está bem, nos encontramos aqui em algumas horas.

A irmãs Holmes foram em direções opostas, enquanto Diana foi investigar os possíveis vendedores de planos do governo, Irene invadiu o apartamento do chefe do MI6. Ele havia se divorciado e tinha acabado de sair para uma reunião. Porém, por conta dos efeitos do remédio em seu corpo, ela começa a passar mal. Sente dor no estômago, náuseas e a sua vista fica embaçada. Poucos passos após adentrar ao recinto percebe que vai desmaiar. Sua queda pareceu acontecer em câmera lenta. Ao mesmo tempo em que caía, ela continuava em pé no tapete e Bernard apareceu em sua frente.

—Não deveria desmaiar aqui, agente.

—O que posso fazer? Eu estou passando mal.

—Isso nunca foi desculpa pra você, Irene. Dessa forma você ficará vulnerável, existe a possibilidade de o alvo voltar por ter esquecido algo e verá você caída no meio da sala.

—O que eu faço?

—Não desmaie, é óbvio. – Falou Mycroft tomando o lugar de Bernard.

—Como?

—Irene, não seja estúpida.

—Eu não sou estúpida.

—É mais estúpida que seu pai. Corra por seu ridículo palácio mental e encontre algo que a desperte.

Ela pôs-se a correr, passou por várias portas, um enorme corredor, subiu escadas e entrou em uma sala. Para sua surpresa quem está ali é o inspetor Smith.

—Inspetor?! O que faz aqui?

Ele não responde, surge a voz do Mycroft dizendo para não perder mais tempo. Ela volta aos corredores de seu palácio mental. Até que chega a outra sala, ali Irene se vê falando com Morse outra vez, Bernard ensanguentado e o tiro.

Ela acorda assim que bate no chão, levanta com dificuldade e vai até o banheiro. Lava o rosto, respira fundo e espera. Não quer mais perder tempo, tem de acelerar tudo.  

***

No dia seguinte, Diana e Irene estavam na 221B conversando sobre as descobertas a respeito dos documentos quando Letrade liga. Ele diz que o chefe do MI6 foi encontrado morto e foi pedido que as duas fossem colocadas no caso, apesar de não serem necessárias nesse em específico.  Em pouco tempo elas chegaram ao apartamento, o inspetor Smith estava lá e Irene continuava entre os efeitos do remédio e da doença.

—John! Bom vê-lo novamente. Soube que estava de licença. – Falou Diana.

—Sim, estava tentando ajudar Susan e as crianças.

—Como eles estão?

—Bem, na medida do possível. – Ele vê Irene entrando; Ela transpirava bastante. – Você está bem?

Ela vai direto olhar o corpo.

—Acabei de entender o motivo pelo qual o Lestrade não achava que seríamos necessárias aqui. O assassino vomitou no local. – Disse Irene.

—Nossa! Seria algum principiante ou algum sinal de arrependimento? - Pergunta Diana.

—Nem uma coisa e nem outra, tudo foi feito com muita precisão.

—Como pode ter tanta certeza que foi o assassino e não a vítima a vomitar? - Perguntou John.

—O rosto dele pode até estar irreconhecível, mas o vômito não se encontra em um local que poderia ter sido feito por ele.

Ela levanta se segura na parede e vomita.

—Oh meu Deus, Irene! – Exclama Diana.

—Desculpem, preciso de um pouco de ar.

—O que ela tem?

—Ela tem andado doente. Na verdade, ela não anda bem desde o que aconteceu com o seu irmão.

—Como assim?

—Depois conversamos melhor, John. Preciso ir vê como ela está.

—Tudo bem.

Diana saiu do prédio e viu sua irmã com uma mão na parede e cabeça baixa.

—Irene, como se sente?

—Estou bem.

—Bem?! Você comprometeu a cena do crime.

—Desculpe.

—Olha pra mim e me diz o que está te deixando assim? É esse caso que você nunca quer falar sobre, não é?

—Ele é confidencial.

—Você quem sabe... Vou mandar levarem as amostras para o laboratório, irei cuidar disso com a nossa mãe e você vai pra casa.

—Não, eu tenho de ir...

—Não, Irene. Você vai pra casa.

Diana faz sinal para um táxi, coloca a irmã dentro dele e fala para o motorista a levar direto para a 221B. Sherlock estava sozinho tocando seu violino quando escuta um barulho, vai olhar e vê sua filha caída perto da porta. Ele corre até ela.

—Irene! Fale comigo.

Ele a toca no rosto, mais uma vez estava ardendo em febre. Sherlock a pega no colo e a leva para o quarto, deixando seu violino pra trás. Ele a coloca na cama, pega vários cobertores e a cobre. Quando ia saindo Irene o segura pelo pulso.

—Não conte pra ela.

—Pra quem?

—Mamãe... Não conte a ela sobre mim. Ela já sofreu demais.

Ele senta ao lado dela.

—Quem fez isso com você?

—Não precisa se preocupar, tenho um plano... Por que o mar não é todo feito de ostras? - Ela sorriu. – As ostras vão dominar os mares.

—Irene!

—Hmm?!

—Qual é o seu plano?

—Ora! Vou vencer, é óbvio. – Ela coloca a mão no rosto dele. – Não se preocupe com o que está acontecendo comigo. É apenas o Morse sendo gentil em me mandar uma distração enquanto ele está se recuperando.

—Qual a distração?

—Planos... Tenho que criar e executar planos... O cachorrinho azul era meu favorito.

—Melhor chamar o John.

Sherlock levanta, mas Irene o chama.

—Pai, você precisa protegê-las... Mamãe e Diana, esta é a sequência dos alvos...

Ela acabou dormindo. Ele pensa por um instante, depois liga para o John que consegue fazer a febre baixar. Irene dorme por quase doze horas. Ao acordar já tinha mensagem da Adler dando a localização pra ela pegar a seringa, ficou feliz ao perceber que já era madrugada. Sai sem ser notada, aplica o remédio e vê o papel sobre sua última missão.

“Ah essa não!” Pensou ela.

***

Diana estava em seu laboratório com a mãe, em mais um dia de trabalho, quando o computador começa a apitar.

—Acho que aquele programa já encontrou nosso assassino! – Fala Lilian animada.

—E quem é? - Pergunta Diana já chegando perto do aparelho.

—Isso está errado. Aqui diz que a Irene é a assassina.

—Ah! Devem ter mandado a amostra errada.

—Como assim?

—Bom, a Irene passou mal e acabou vomitando perto do local em que o bandido também o tinha feito.

—Ela está conseguindo te ajudar com esse caso?

—Eu estou tentando poupá-la um pouco. Sabe, mãe, eu estava pensando agora. Esses dois casos tem o Mycroft em comum.

—É mesmo?

—Sim, primeiro foi o roubo de documentos no Clube Diógenes e agora a morte desse homem que era colega dele.

—Parece que alguém não pode tocar no seu tio e está tentando atingi-lo de outras formas.

—Pensei o mesmo. Eu não queria, mas vou precisar da Irene nisso. Deve acontecer outro ataque em breve.

Diana liga, porém como não obtém uma resposta ela deixa uma mensagem. Lilian fica terminando o trabalho e Diana vai pra casa. Sherlock estava fazendo algum de seus experimentos.

—Pai, Você viu a Irene?

—Não, por que?

—Esses casos. Primeiro os papeis do Mycroft são roubados e agora isso.

—Acha que alguém está tentando atingir o Mycroft, não é?

—Sim, quero encontrar a Irene para podermos impedir o próximo. Só que não a encontro em lugar algum, nem responde as minhas ligações e mensagens.

Sherlock está perdido em seus pensamentos, até que ele retorna.

—O Clube Diógenes!

—O que?

—Vamos!

Eles vão até o clube, entram e o veem completamente vazio. Andam até um das salas, na qual ouviram um ruído. Havia uma pessoa ali, de jaqueta preta e capuz, ela estava de costas olhando para um quadro. 

—MI6! – Diana anunciou. – Levante os braços e vire-se devagar.

A pessoa se virou de cabeça abaixada e com os dois braços levantados, em seguida tirou o capuz. Irene viu o choque e a decepção estampada no rosto dos dois ao entenderem que ela estava por trás de todos esses atentados. 


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