I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 73
2ª Temporada-" I Can't Lose You Now!"


Notas iniciais do capítulo

Oie meu amores, voltei com mais um capitulo ♥

Espero que gostem~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688757/chapter/73

"Quando eu penso que já conheci todos os idiotas e canalhas do mundo, percebo que a espécie é infinita"

—Ladylake Storm

 

 

(...1 semana depois...) 

 

 

 

Depois do almoço, ou melhor, da tentativa de almoço que os rapazes decidiram fazer, decidimos ir dar uma volta pelo Columbus Circle, um centro comercial bastante conhecido que fica perto de Central Park. Já me esbarrei em 5 pessoas desde que saímos de casa até ao carro e do carro até ao centro comercial. Não largo o meu celular por nada deste mundo tão cedo. A minha música "Heartless" vai ser lançada a qualquer momento. Dentro de minutos, estará no ar.  

Esbarro-me em Rosalya que para que nem uma estátua á minha frente.  

—6 –ri Lysandre. Eu debocho.  

—Eu e o Lysandre vamos á Fnac e depois a uma loja de música, encontramo-nos dentro de 1 hora pode ser? -pergunta Castiel. Eu e Rosalya assentimos.  

Os rapazes desaparecem no corredor e Rosalya pega-me pelo braço para irmos na direção contrária.  

—No que vamos gastar o dinheiro desta vez? -pergunto, desta vez olhando para a frente.  

—Está-me a apetecer gelado, e se fossemos ao Mc Donalds?  

Eu nem precisei de responder. Mesmo que tivesse dito não, Rosalya arrastava-me na mesma até ao Mc Donalds. Pedi um McFlurry de Oreo e ela de M&M's. 

—Melhor que sexo... -reviro os olhos desfrutando ao máximo. A minha nuca até se arrepia.  

—O meu irmão é assim tão mau? -devolve. Eu quase que me engasgo rindo.  

—Vais-me perdoar, mas eu não imagino o Lys.... tu sabes –levo a colher á boca.  

Sentamo-nos num banco perto de um repuxo para descontrair. Ato o meu longo cabelo castanho escuro num ponytail devido ao calor. O meu McFlurry está a derreter.  

—Tu e o Machine nunca mais falaram depois daquela noite? -pergunta Rosalya mudando de assunto. Eu nego com a cabeça.  

—Eu ando a evitá-lo -começo molhando os lábios_ não ando com muita cabeça para dramas ultimamente...  

—Entendo –baixa um pouco o tom de voz_ Mas sabes que não vais conseguir fugir dele para o resto da tua vida não sabes?  

Eu assento. Olho para o meu McFlurry que está como eu. Mole e sem vida. Dou de ombros sem saber o que responder para a minha melhor amiga. Eu sei que mais cedo ou mais tarde eu vou ter que confrontá-lo de novo.  

—Como está a tua maquete para a Universidade? -pergunto mudando de assunto.  

—Está indo. Estou quase a terminar, mas estou indecisa em algumas coisas, queres ajudar-me hoje á noite?  -devolve.  

—Óbvio que sim –respondo sorrindo.  

 

 

(…) 

 

 

Rosalya e eu já tínhamos feito as nossas compras e esperávamos pelos rapazes perto da entrada do Columbus Circle. Rosalya comprou uns materiais para acabar a sua maquete e uma saia e eu também não resisti aos saldos e comprei um par de ténis novos e duas t-shirts. Várias pessoas que passavam por nós sorriam e acenavam e eu devolvia o mais simpática possível. Rosalya sorri gentilmente quando termino um autógrafo para uma menina.  

—Que sorriso de mãe orgulhosa é esse? -pergunto divertida.  

—Nada. Mudaste desde que eu te conheci –responde_ O meu irmão amoleceu-te mesmo, tal como o amoleceste a ele.  

Eu dou de ombros. Acabo por deixar soltar um pequeno sorriso ao pensar no que a platinada acabou de dizer.  

—Talvez tenha mudado um pouco -começo_ mas continuo a não dar confianças a ninguém de fora. Se for preciso, mando alguém ir pastar tal e qual como fazia á 2/3 anos atrás sem problema nenhum.  

Rosalya ri. Eu tenho a impressão de que ela se lembra de como eu era quando nos conhecemos. Apesar de todos termos evoluído, tenho saudades desses tempos. Tenho saudades de ir para a escola com Castiel de manhã com a Rosalya sempre a ajeitar a sua saia. Tenho saudades dos desenhos engraçados que o Alexy fazia no meu caderno de História. Tenho saudades do porão velho e escuro e do sofá roto onde dei os meus melhores pegas. Eu nunca pensei dizer isto, mas tenho saudades da Ambre e da sua mania de imperatriz.  

—Eu sinto falta de toda a gente –Rosalya parece triste e baixa um pouco a cabeça mexendo nas unhas de gel rosa claro_ Eu sei que nós os continuamos a ver, mas não é a mesma coisa.  

—Eu estava a pensar exatamente na mesma coisa –sussurro.  

Oiço passos próximos. 

—Podes-me dar um autógrafo? -uma voz pergunta.  

Levanto a cabeça, decidida a ver quem é. Os meus olhos se arregalam ao ver Machine encarando-me de maxilar cerrado e expressão chateada. Engulo em seco.  

—Porque é que não respondes ás minhas chamadas ou ás minhas sms's?! -quase que grita. Eu levanto-me e Rosalya me segue. 

—Baixa o tom –exijo com pausas olhando-o nos olhos_ Estamos em público. 

—Eu não quero saber se estamos em público ou não. Não me vais responder? -continua.  

—Machine para!  Vocês podem conversar os dois mais tarde num sitio mais privado –Rosalya afasta-o mas ele volta a aproximar-se, desta vez pegando-me pelo braço de forma brusca.  

—Eu não vou fazer figura de estúpido por tua causa. Nós tínhamos um acordo! -ele aperta com mais força.  

—E esse acordo acabou! -estou a falar um pouco alto demais_ Larga-me, está toda a gente a olhar. 

Ele fuzila-me com os seus olhos azuis. Os meus olhos cinzentos encaixam nos dele sem hesitação.  

—É melhor larga-la mesmo. Se o meu irmão te vê agarra-la no braço dessa forma vais ter problemas –Rosalya ameaça, mas não parece surgir muito efeito.  

—Estou cheio de medo –brinca Machine.  

—É bom que estejas mesmo -oiço uma voz. Desvio um pouco a cabeça e olho para trás de Machine onde vejo os rapazes com os seus sacos de compras.  

Castiel aproxima-se e coloca-se no meio, entre mim e Machine. Eles são praticamente da mesma altura, sendo Castiel ligeiramente mais baixo.  

—Achas mesmo que ela estava preocupada contigo quando veio para aqui? Eu sei da história toda meu amigo –Machine começa a falar alto. Várias pessoas se juntam em redor. É como se ele fosse o palhaço e o resto o público.  

—Para –Castiel ameaça_ Não sabes do que estás a falar.  

—Eu sei mais do que tu pensas –eles estão a centímetros um do outro_ essa garota aí que tu proteges atrás das costas veio-se embora de Portugal sem remorsos nenhuns.  

—Machine para! -grito. 

—Ela não quer saber de ti. Se ele quisesse saber nunca se tinha ido embora –ele ri irónico_ o que estavas a fazer enquanto ela se divertia na piscina no último andar do apartamento a beber Diva Vodka e Legacy com os modelos da Agência? Abre os olhos! Ela não gritava por ti debaixo dos meus lençóis -ele ri_ ela gritava por mim.  

Nesse momento, Castiel levanta o seu punho e aterra o mesmo no nariz de Machine. O loiro de olhos azuis cai para trás contorcendo-se de dor. Castiel prepara-se para continuar a briga, mas Lysandre puxa-o para trás impedindo-o. Machine levanta-se e atira Castiel ao chão. O meu coração quase parou ao ouvir e ver a força com que ambos bateram no chão. Lysandre e mais um rapaz que apareceu do nada tiveram uma dificuldade enorme para retirar Machine de cima de Castiel.  

Os seguranças foram chamados e os flash's dos celulares chamaram-me á atenção. Esta briga de certeza que estará na internet em segundos e as perguntas e o drama irão começar. Eu não vou defender o Machine, foi ele que nos provocou e que procurou confusão.  

 

 

(…) 

 

—Ai! Faz com jeitinho porra... -resmunga Castiel desviando o rosto bruscamente.  

—Eu estou a tentar desinfetar esse lábio rasgado, mas se quiseres continuar a parecer um vampiro de meia tigela, força, eu não te impeço -resmungo de volta.  

Pego no pedaço de algodão e ensopo com álcool, passando pelo seu lábio rasgado de novo. Ele faz uma careta e ruge de dor. Tenho a certeza que ele está a amaldiçoar o meu nome neste preciso momento.  

—Tão durão... -começo a rir_ e no fim, não aguenta com um bocadinho de álcool no lábio inferior.  

—Isso arde okay? Eu posso apostar contigo que arde a toda a gente no mundo inteiro –bufa revirando os olhos.  

Eu guardo o kit de primeiros socorros na gaveta do banheiro e coloco uma mecha atrás da minha orelha encostando-me no lavatório. Cruzo os braços e baixo um bocadinho o olhar.  

—Sabes que não precisavas de ter feito aquilo... -sussurro olhando nele. Castiel dá de ombros.  

—Ele estava mesmo a irritar-me –responde_ eu não pude deixar ele sair impune depois de te ter humilhado daquela maneira. Aposto que agora antes de se meter connosco vai pensar duas vezes antes de o fazer.  

Eu suspiro. Machine realmente desiludiu-me hoje. Só o facto de ele me ter escondido uma filha durante este tempo todo já me tinha feito afastar dele, mas depois disto, eu acho que nunca mais o quero ver á minha frente.  

Batem na porta do banheiro.  

—Hey pessoal, o jantar está pronto –Rosalya abre a porta do banheiro. Nós assentimos com a cabeça.  

Saímos do banheiro e caminhamos em direção á sala. Lysandre carregava um grande tabuleiro para a mesa. Tinha um cheiro divinal.  

—O que inventaste desta vez? -pergunta Castiel tentando tirar sarro do melhor amigo.  

—"Boeuf Bourguignon" -responde Lysandre. Castiel fica pasmo tentando perceber. Aposto que no cérebro dele, Lysandre falou chinês.  

—Porque é que isso me soa a Francês? -sento-me numa cadeira.  

—Porque é mesmo –Rosalya sorri e senta-se á minha frente_ é um prato típico de França, mais concretamente da zona de Borgonha, mas em todo o pais se come. Castiel não te lembras de comer isto na casa da Tia Kate?  

—Eu nunca comi isso na minha vida –faz cara de nojo_ O que é isto? -pergunta espetando com o garfo.  

—Batata cozida... -responde Lysandre de um modo divertido.  

—Pelo que sei, a carne mais dura era sempre deitada fora porque ninguém queria, ou conseguia comer, então descobriam que ao cozê-la com vinho, a carne ficava mole. Dai nasceu este prato –explica Rosalya.  

Eu provo um pouco de tudo e tento desfrutar dos sabores. É realmente bom.  

—Parece cozido á Portuguesa –digo molhando os lábios.  

—É parecido sim –devolve Lysandre.  

Castiel ainda está desconfiado que a batata cozida o vai estrangular durante a noite.  

—Prova, a batata não te vai morder –rio.  

—Não se pode dar confiança aos vegetais –ele me olha sério. Eu abano a cabeça dizendo que não.  

A campainha toca nesse momento. Olhamo-nos todos uns entre os outros e olhamos para a porta. Quem será a uma hora destas? Digamos que nós não estamos a jantar propriamente cedo.  

—Quem será? -pergunta Rosalya.  

—Não liguem, vai na volta vai-se embora –responde o ruivo começando finalmente a comer.  

A campainha volta a tocar, desta vez freneticamente. Lysandre franze o sobrolho e levanta-se em direção á porta. Rosalya pede para que tenha cuidado. O platinado espreita pelo espreitador de vidro e de seguida me olha.  

Lysandre abre a porta.  

 

 

—"Eu quero falar com a Lake, posso entrar?"  

 

 

Limpo a boca ao guardanapo de pano e bato com ele na mesa levantando-me. Arrasto a cadeira de forma brusca e vou em direção á porta. Oiço um "calma Lake" vindo de Rosalya mas eu não ligo. Este gajo tem uma lata. Toco nas costas de Lysandre tranquilizando-o e dizendo sem palavras de que está tudo bem. Lysandre me olha e depois olha em Machine de cima a baixo, indo embora de seguida.  

Fecho a porta por trás de mim e caminho dali para fora. Machine segue-me e só paramos perto das garagens por baixo do edifício. Cruzo os braços.  

—Eu queria te dizer que...  

Eu nem o deixo continuar e a minha mão voa em direção ao seu rosto com toda a minha força. Machine vira a sua cara como nunca virou.  

—Porquê?! Diz-me! Porquê?! -quase que grito.  

Ele permanece em silêncio durante uns segundos, de cabeça baixa. O meu maxilar cerrado e os meus olhos marejados de lágrimas devem expressar exatamente aquilo que quero expressem neste momento. 

—Porque eu amo-te... -sussurra. Eu fico pálida_ Porque eu amo-te okay?! Eu não consigo viver sem ti, eu não consigo pensar em perder-te agora! A mãe da Cassie está no hospital á 1 semana em estado critico e eu tenho que tomar conta dela sozinho. Eu nunca fui pai Lake! Eu não sei o que fazer!  

—Isso não é desculpa para o espetáculo de hoje! Se precisavas de ajuda dizias! Eu posso ser muita coisa Machine, mas não sou bruxa para adivinhar! -começo_ Tu não me amas Machine, se me amasses como tu dizes deixavas-me em paz a viver a minha vida, não a humilhares-me como fizeste hoje! Eu tive que desligar o meu celular porque começaram a cair milhares de sms de desconhecidos a dizerem que eu sou uma má pessoa e a perguntarem porque é que eu estou a ser insensível contigo.  

—Tu sabias que a nossa história iria acabar de maneira trágica -responde_ Nós tínhamos um acordo Lake, e apesar de tudo, tu ainda continuas a ser o meu tipo de noite preferida. Eu adorava quando me ligavas de repente. Tu sabes que eu odeio momento previsíveis. Olha para ti... -ele morde o lábio me olhando de cima a baixo_ tu és perfeita, vales sempre a pena não interessa que horas sejam.  

—Naquela noite... -encosto-me á parede e ele aproxima-se_ Na nossa primeira noite, ambos dissemos e concordamos que isto não podia acabar em amor, mas ambos sentimos a adrenalina e a emoção. Fez-nos acreditar que eramos apenas nós os dois que existíamos naquele momento. Convenceu-nos que estávamos quebrados por dentro quando não estávamos. Eu mantive a minha parte do acordo, tu não.  

Caminho para me vir embora, mas ele pega-me pelo braço, voltando-me a encostar á parede.  

—Diz-me! Diz-me que não me amaste nem que tenha sido só por um segundo! Diz-me na cara! -ele segura o meu rosto um pouco rude. Olho-o nos olhos e respondo.  

—Não -respondo calma_ Eu sempre tive uma pessoa em Portugal, era ele. Eu nunca deixei de pensar nele para começar a pensar em ti, nunca. Eu lamento que tenhas ganho sentimentos por mim, mas isso fazia parte do acordo.  

Ele afasta-se, visivelmente chateado. Machine dá um soco na parede da garagem de alguém depois de um grito de raiva.  

—Eu não te posso perder agora, eu simplesmente não posso... -chora.  

Eu abraço-o, mesmo sabendo que o que eu lhe acabei de dizer entrou-lhe por um ouvido e saiu-lhe pelo outro. Ele é um dos meus melhores amigos apesar de tudo.  

—Para de agir como um idiota e não vais... -sussurro. Ele aperta mais o abraço.  

Eu sei que ele não vai desistir. Conheço-o á 1 ano, mas foi suficiente para o conhecer. Eu não o amo, nunca o amei e nunca tive intenções de o fazer. Estar envolvida com ele emocionalmente iriam ser sarilhos atrás de sarilhos. Eu espero que ele não arranje mais dramas para cima de mim. Eu já o avisei, não o vou avisar novamente. Daqui para a frente, vou atacar diretamente. Não vou deixar que os ciúmes dele me destruam a reputação e a filha dele certamente não é nenhum motivo para o que fez hoje.  

Eu não tenho nada a ver com isso, portanto não vou levar por tabela por algo que nem sequer sabia. Se eu soubesse que ele tinha uma filha, talvez nunca me tinha envolvido com ele da maneira que me envolvi.  

(...) O meu nome não é osso para ficar na tua boca. Morde essa língua antes de falares da minha vida (...)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Parece que algo de mau vem ai! O que esperar deste triângulo amoroso?

Vejo-vos no próximo capitulo ♥
Ladylake~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Miss The Misery" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.