I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 72
2ªTemporada-"Old Lovers"


Notas iniciais do capítulo

Oie meus amores, voltei com mais um capítulo. Espero que gostem ♥

Boa Leitura~



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"Beijo no rosto fica estranho quando as duas bocas já se conhecem" 

Machine Gun Kelly  

 

 

 

Acabei por responder que sim, e sei que consequências irei ter por ter dado essa resposta. Machine espera-me ás 22h em ponto no seu apartamento. Não sei se digo a verdade a Castiel ou se invento qualquer coisa. Eu sei como ele vai reagir se eu disser que vou ter com o músico que me andou a comer durante 1 ano. Eu no seu lugar ficaria da mesma forma. Não o julgo por ser tão ciumento.  

Desligo a água quente e suspiro. As gotas de água morna percorrem todo o meu corpo até chegar ao ralo do poliban. Saio do mesmo nua e crua e pego na minha toalha, enrolando-a á minha volta. Abro a porta do banheiro e fito Castiel na cama, sentado, olhando-me de forma maliciosa.  

—Tira esse sorrisão de quem vai comer almoço e jantar garanhão, eu tenho que me despachar –digo, passando a toalha por todo o meu corpo secando-o.  

—Onde vais? -pergunta mudando completamente de tom de voz. Eu fico em silêncio_ Não precisas de dizer mais nada...  

—Prometo que só vamos conversar –seguro o seu rosto com as minhas duas mãos_ Ele parece ter algo importante para me dizer.  

—Vai-te pedir em casamento –o ruivo resmunga, revirando os olhos. Eu rio.  

—Prometo que recuso –sorrio. Castiel dá um leve sorriso de volta.  

Coloco-me nas pontas dos pés e encosto os meus lábios nos dele durante um bom tempo. As suas mãos bobas pegam imediatamente na minha bunda, apertando-a. Ele fica a observar-me enquanto me visto e depois de estar pronta, despeço-me com um selinho.  

Apanho um táxi e 10 minutos depois encontro-me á frente do arranha céus. Pago ao taxista e agradeço. Meto o código, pois sei-o de cor e entro no luxuoso edifício. O elevador para no 11º andar e percorro o corredor. 21:59 marca a tela do meu celular, quase sem bateria. Bato no nº211 e espero pacientemente. Machine vem abrir uns segundos depois.  

—Obrigado por teres vindo –meio que sussurra_ entra... 

O tatuado dá espaço para que entre e assim faço. Entro na luxuosa sala e olho em volta de braços cruzados. Sinto que voltei a entrar aqui pela 1ªvez. Olho na mesinha á frente do sofá e fito um laptop com faixas de música e programas de áudio.  

—Desculpa, eu não sabia que estavas a trabalhar –digo.  

—Estava só a rever umas músicas enquanto não chegavas –responde_ Uísque?  

Eu fito-o com o copo e a garrafa na mão. Assento.  

—Que coisa tão importante é essa que até me ofereces Uísque? -brinco. Ele engole em seco.  

—Queres sentar-te? -pergunta. Ele está a tentar fugir á conversa.  

—Machine ouve –pouso o copo_ eu prometi que não demorava e não vou demorar.  

—Desculpa é só que... -ele trava_ eu não sei como te contar isto –aproxima-se... demais até.  

—Daddy who is it?  

O meu coração para nesse preciso momento. O meu olhar voa em direção ao corredor onde a garotinha de 7 anos a quem dei o autógrafo hoje ao almoço coçava o olho de sono.  

—Ladylake Storm! -a garotinha vem a correr na minha direção e abraça-me de novo. Fico sem reação olhando para Machine que coça a nuca sem saber o que fazer.  

—Honey, why you still awake? -Machine sussurra para a pequena, ainda agarrada á minha cintura.  

—I heard the door bell ringing. I thought it was mommy... 

A pequena aperta-me mais ainda mal termina a sua frase. Machine faz um olhar triste e agacha-se para ficar á altura da filha.  

—Cassie, go to bed please. I need to talk to her -pede. Cassie diz que não com a cabeça.  

—Sweetie, if you go to the bed now, next time I will bring a bag of candy for you okay? -agacho-me também, tentando fazer com que a pequena se vá deitar.  

—And a Teddy Bear? -pergunta animada.  

—Cassie! -Machine repreende.  

—A big one –pisco o olho para ela.  

A garotinha despede-se e desaparece no corredor segundos depois. Eu olho para Machine com vontade de o estrangular. Ele me olha com um olhar culpado e em seguida baixa um pouco a cabeça.  

—Eu... -começo, mas as minhas mãos começam a tremer. Levanto-as ao ar como forma de rendição_ Eu vou-me embora, eu nem quero ouvir o que tu tens para me dizer... hoje não.  

Dou dois passos para trás e caminho para a saída, quando sinto o meu braço ser puxado para trás. Machine encosta-me á parede e os seus lábios ficam a centímetros dos meus.  

—Por favor, deixa-me eu te explicar tudo –implora_ Lake foda-se! Eu sei que te devia de ter contado antes, mas agora deixa-me explicar! 

—Machine tu tens uma filha! -afasto-o_ Essa garotinha tem uma mãe e eu neste momento tudo o que eu menos quero para a minha vida é problemas e mal-entendidos. Eu não quero ter nada a ver com isso Colson Baker, e tu não me vais obrigar.  

Contorno-o, decidida a sair do apartamento o mais depressa possível, mas ele agarra-me e beija-me. Furiosa, faço com que a minha mão voe em direção á face dele, deixando uma marca bem visível.  

—Nunca mais faças isso... -limpo o beijo_ E nunca mais tentes envenenar o Castiel, não sabes no que te estás a meter. Eu sei o que tentaste fazer hoje ao almoço. Ficou-te mal.  

—E eu sei o que estás a tentar fazer agora –devolve_ Lancei-te uma carreira e agora desprezas-me como se fosse lixo. Eu ajudo-te e é assim que agradeces?  

—Eu te estou a desprezar Machine! Tu queres mais e eu não te vou dar mais! Acabou! -engulo em seco_ Não vou ser mais a tua companhia de cama...  

Dou um último olhar nele e caminho para a porta. O seu maxilar serrado cria-lhe uma expressão séria que nunca tinha visto nele. Caminho pelo corredor de braços cruzados e espero pelo elevador.  

 

 

 

(…)  

 

 

Entro em casa e pouso as chaves á entrada. Rosalya olha para mim através do sofá e logo desliga a Tv, levantando-se em seguida.  

—Onde foste? O meu irmão andou aí um pouco inquieto -pergunta aproximando-se de mim. Eu dirigi-me á cozinha.  

—Fui ter com o Machine –respondo pegando um copo de água.  

—Oh... shit –sussurra_ e.… como correu?  

—Eu descobri que ele tem uma filha –pouso o copo_ É a garotinha que foi ter connosco ao almoço para me pedir um autógrafo.   

Viro-me para Rosalya e a sua expressão não necessita de palavras para eu perceber o quão surpreendida está.  

—Ele é pai? -levanta a sobrancelha e eu assento.  

—Irónico não é? -sorrio sínica.  

—E só agora é que ele te diz? -pergunta e eu volto a assentir_ Eu não faço ideia de como te estarás a sentir neste momento...  

Eu dou de ombros.  

—Desiludida, usada de certa forma –sussurro_ eu não sei o que aconteceu á mãe daquela garotinha para ele ter ficado com ela só agora. Eu via-o praticamente todos os dias, era impossível eu não notar ou estranhar nada.  

—A imprensa nunca disse nada em relação a isso? -volta a pergunta e eu nego.  

—Não, eu nunca o vi receber sms nem chamadas de outras raparigas –resmungo_ eu tenho a impressão de que ele não viu a filha neste último ano.  

Rosalya fica em silêncio sem saber o que dizer. Apenas dá de ombros. Ela despede-se para ir dormir e eu faço o mesmo. Castiel já está á minha espera a algum tempo.  

 

P.O.V. Ladylake Off 

P.O.V. Rosalya On  

 

Percorro o corredor silenciosamente e vejo o quarto de Lysandre entreaberto. Espreito e vejo-o na secretária a escrever. Provavelmente um dos seus próximos poemas. Entro sem pedir permissão e aproximo-me dele em pezinhos de lã. Ele está tão distraído que ainda não notou na minha presença. Espreito por cima do seu ombro e dou uma olhada nos papeis escritos.  

—O que estás a fazer? -pergunto para o assustar.  

Lysandre, com o susto, cai da cadeira e algumas folhas voam em seu redor. Percebo o seu constrangimento 

Rosalya! -resmunga com um tom avermelhado nas bochechas_ Á quanto tempo estás  

Ajudo a levantar-se com um sorriso divertido nos lábios. Ele pega as folhas caídas do chão e junta-as num pequeno monte em cima da secretária.  

—Desculpa a bagunça -sorrio_ mas é que estavas tão fofo  concentrado.... -desvio o olhar acariciando o braço_ não resisti em te perturbar um bocadinho.  

Ele suspira dando um pequeno sorriso e senta-se na cama. Lysandre bate levemente com a palma da sua mão na mesma convidando-me para me sentar também. Assim faço.  

—Estás a gostar de Nova Iorque? -pergunta calmo chegando-se para trás, pondo-se confortável.  

—Sim muito –cruzo as pernas_ Sempre quis muito vir aqui. Então e tu?  

—Também -responde_ Penso que se seja uma fonte de inspiração para toda a gente de uma certa forma. Uns na música, outros na escrita... e outros na moda.  

Saboreio cada palavra que ele diz como se fosse bolo de morango. O meu olhar perde-se no lindo rosto, no olhar sereno e no sorriso. Percebo porque me apaixonei por ele. Percebo porque foi o meu primeiro amor. E porque continua a ser...  

—O que te está a cativar tanto? -pergunta num tom brincalhão. Eu franzo o sobrolho.  

—Tu —respondo num sussurroLysandre cora imediatamente. 

Aproximo-me devagar e sento-me na sua cintura apoiando as minhas mãos no seu tronco.  

Rosalya... o que estás a fazer? -pergunta de novo.  

—É tão engraçado para mim tentar explicar como me estou a sentir neste momento –respondo. Ele senta-se comigo ainda no seu colo.  

Os seus olhos de cores diferente olham profundamente nos meus. Retribuo o olhar e depois desvio o mesmo para os seus lábios. Seguro o seu rosto com as minhas duas mãos e acaricio levemente, o que o faz fechar os olhos para desfrutar melhor.  

—Culpa o meu orgulho -começo e ele abre os olhos_ Eu não deviter ficado com o Leigh, devia ter ficado contigo. E agora olha o que fizeste comigo! Cada vez que olho profundamente nos teus olhos faz-me querer te tocar cada vez mais. Eu vou de ténis e nem preciso de comprar um vestido novo. Se não estás lá não há mais ninguém para impressionar. Eu estive enganada este tempo todo. Deixaste-me interessada e neste momento não quero saber de quem esteja a ver...  

Colo os nossos lábios, acabando de vez com essa distância que dura á tanto tempo... 4 anos de trocas de olhares discretas e de amor silencioso e adormecido. Lysandre deixa-se cair sobre a cama sem nunca descolar os nossos lábios. As suas mãos seguram com força as minhas nádegas e apertam as mesmas com desejo. Retiro a sua t-shirt e admiro o seu peitoral definido. Ele sorri, embora um pouco envergonhado.  

—Senti a tua falta... -sussurra perto do meu ouvido. Arrepio-me dos pés á cabeça.  

Retiro o meu top lentamente e atiro-o para o chão. Ele morde o lábio e ataca o meu pescoço transbordando de desejo. Não demorou muito para que as nossas respirações se juntassem numa só e para que eu soltasse gemidos, embora abafados. A cama movia-se de tempos a tempos com as suas fortes estocadas, o que nos provocava pequenos risos debaixo dos lençóis de Verão.  

 

P.O.V. Rosalya Off  

P.O.V. Ladyalake On  

 

Lágrimas já escorriam pelo meu rosto. A minha barriga doía-me tanto que já me ria agarrada a ela com toda a força. Castiel dá socos na cama e na almofada tentando descarregar a vontade de rir com os gemidos de Rosalya e o ranger da cama. Tapo-me com o lençol contento as gargalhadas o mais que consigo.  

—Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe –ri Castiel. Eu solto uma gargalhada bastante audível. 

—Eu nunca pensei em ouvir a minha melhor amiga a gemer –limpo as lágrimas_ É hilário juro, eu recomendo a toda a gente.  

—Eu acho que tão cedo não pregamos olho –sorri Castiel_ pelo menos até ali as filmagens de o "50 Sombras de Grey" acabar.  

—Porque é que não mostramos quem manda? -provoco com um sorriso malicioso nos lábios.  

Castiel me olha com um olhar safado e morde o lábio, certamente já imaginando todas as coisas obscenas que irá fazer comigo. O ruivo retira os meus shorts lentamente, revelando assim a minha lingerie vermelha.  

 

 

 

(...na manhã seguinte...)  

 

 

 

Castiel desliga a água quente e permanece de costas voltadas para mim. Abraço-o por trás e beijo as suas costas molhadas, acariciando os seus abdominais ao mesmo tempo. Ele permanece em silêncio, e percebo que pensa em alguma coisa, pois a carrega uma expressão séria no rosto. Olho nele, tentando decifrar, mas é impossível. Este homem é uma incógnita.  

—Deviamos ter usado proteção... -resmunga.  

—Estás arrependido de ontem á noite? -pergunto num sussurro.  

—Não -nega_ era só um detalhe que deveríamos de prestar mais atenção. Já aconteceu 1 vez e ambos sabemos bem o que aconteceu, não quero que aconteça uma 2 vez.  

Retiro os meus braços do seu corpo e torço o cabelo para retirar o excesso de água. Pego na toalha e enrolo-me.  

—Agora não há nada a fazer –cruzo os braços um pouco em baixo_ Tens razão. Parece que não aprendemos nada com o último mês.  

Castiel sai e pega uma toalha também. Os seus braços acolhem-me como um escudo e a sua boca ataca-me com beijos no rosto e perto dos lábios. A tristeza e a insegurança logo desaparecem.  

Depois de vestidos e prontos para o dia, Castiel e eu dirigimo-nos á cozinha para tomar o pequeno-almoço. Rosalya e Lysandre já lá estão, cada um no seu canto a preparar a sua comida individualmente sem se olharem.  

—Bom dia –diz Rosalya com um sorriso enorme assim que nos vê.  

—Bom dia –devolvo segurando ao máximo um riso. Não te rias Lake, não te rias! 

Vejo Castiel provocar Lysandre com o olhar gozão. A prata ambulante ameaça-o com a faca de barrar manteiga. Ambos seguram o riso. Rosalya olha nos rapazes e ambos se recompõem, fingindo que nada se passa. O ruivo me olha e eu olho no ruivo.  

—"Ham Haaam Haaam vai" -dizemos ao mesmo tempo.  

Rosalya e Lysandre quase que nos mataram. Não é como se eu tivesse medo da faca de barrar manteiga do Lysandre mas o olhar assassino de Rosalya já não parecia tão gentil. Eu amo a minha melhor amiga e eu tenho a certeza que ela também me ama a mim, apesar da pequena brincadeira de mau gosto.  

 (...) Toda a loira tem a sua morena (...) 


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Notas finais do capítulo

Machine tem uma filha. A bomba está lançada! Lysandre e Rosalya? Então e a Amanda?

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