I Miss The Misery escrita por Ladylake


Capítulo 59
2ª Temporada- Isto não vai resultar!


Notas iniciais do capítulo

Oie lindos e lindas. Eu estou postando rápido hein? Tenho tido bastante tempo e inspiração portanto espero que gostem ♥

Boa leitura~



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“Oh my love, there’s a song in my soul when you are around me”

—Ladylake Storm

 

 

Saio do banho com a toalha enrolada ao corpo. O sol quente e a luz clara de Maiorca batiam nos cortinados brancos do quarto fazendo uma estufa dentro do mesmo. Em cima da cama já está a roupa que irei vestir hoje. Visto um top vermelho da Coca Cola e uma saia de ganga. Calços uns All-Star vermelhos e deixo o cabelo solto. Faço uma maquilhagem básica por conta da água e desço as escadas.

—Bom dia –digo pegando umas torradas do prato do moreno.

—Hey –resmunga_ Bom dia.

—Onde estão os outros? –pergunto sentando-me na mesa.

—Estão a ver o ensaio do Lysandre e do Castiel –responde trazendo a sua caneca para a mesa também.

—Porque não estás a ver? –pergunto de novo.

—Porque tinha fome –ri_ Vim fazer algo para comer.

Olho para o moreno e logo desvio o olhar olhando para a minha torrada que vou comendo com as mãos. Ele ri.

—Há hábitos que nunca se perdem não é mesmo? –pergunta e eu acento.

 

(…)

 

Era quase hora de almoço. Tínhamos passado a manhã toda na garagem de Angel a ouvir os covers de Castiel e Lysandre e a conversar. Á poucos minutos, Lysandre tinha olhado para a minha t-shirt e cochichado algo para Castiel que logo sorriu. O platinado prepara-se para cantar e prepara a voz com um pequeno tusso. Admiro-me ao aperceber-me qual música é.

Claro que esta música não podia ser cantada e muito menos sentida assim. Alexy apreçou-se a ir ao frigorifico e trouxe uma Coca Cola para todos. Agora sim Lysandre podes começar!

 

It feels good, in my heart, in my soul

when you're right here beside me

I don't ever want this day to end

Mm, we can watch the waves, have

a Coke, and just sit here beside me

I took a little of my heart again

 

So we can feel, forever, yeah

feel, together be real

together and

 

No one can stop me when I taste the feeling

Nothing could ever bring me down

No one can stop me when I taste the feeling

Nothing could ever bring me down

You make it easier to sing, yeah

You make it easier to sing, yeah

 

Alexy dançava que nem doido e Rosalya acompanhou-o. Alias todo o mundo dançou, até Amanda que não tirava os olhos do platinado. Quando Lysandre terminou todo o mundo bateu palmas e Alexy foi-lhe entregar a tão merecida garrafa. Lysandre logo a abriu e se refrescou.

—Não olhes para mim assim –ri Lysandre olhando para mim_ Eu sei que queres ir para o banquinho.

Eu até bati palmas de contente. Levantei-me e fui sentar-me no lugar de Lysandre, mas há um problema.

—O que eu canto? –pergunto com um olhar perdido.

—Podes cantar o que estivemos a ensaiar ontem a tarde toda –a bola de neve me pisca o olho e eu acento.

Lysandre coloca-se no piano e prepara-se para começar. Respiro fundo…

I've been fuckin' hoes and poppin' pillies

Man, I feel just like a rockstar

All my brothers got that gas

And they always be smokin' like a Rasta

Fuckin' with me, call up on a Uzi

And show up, name them the shottas

When my homies pull up on your block

They make that thing go grrra-ta-ta-ta

 

Todos aplaudem e eu bato palmas a mim mesma por ter conseguido. Aposto que pareço uma criancinha agora.

—Conseguiste –abraça-me Lysandre.

—Mas não sei sem um grande professor –retribuo o abraço.

Olho para Castiel que não me parece de muito boa cara. Cá vamos nós outra vez…

Sigo-o até ao quarto e fecho a porta. Cruzo os braços olhando no ruivo que me virava as costas constantemente.

—Desde quando é que te dás tão bem com o Lysandre? –pergunta mantendo-se de costas voltadas encostado nos limites da porta que dá acesso á varanda.

—Sempre me dei bem com o Lysandre. É boa pessoa e ajudou-me com o cover –respondo aproximando-me.

—Podias-me ter pedido ajuda a mim… -meio que sussurra.

—Podia, mas ele apareceu primeiro –devolvo_ Não achas que estás ciumento sem razão nenhuma?

—Mas eu é que sou o teu namorado! –vejo uma jarra a voar em direção ao chão.

—Hey, o que se passa contigo? –viro o seu rosto para que ele me olhasse, mas logo me afasto ao ver os seu olhar_ Vem falar comigo quando estiveres mais calmo.

Alguém bate na porta e eu abro a mesma. Angel e Alexy estão á porta com um ar preocupado.

—Está tudo bem por ai? Ouvimos algo a partir –diz Alexy com um tom de voz fraco.

—Sim, deixa só o animal assentar- fechei a porta atrás de mim.

 

 

(…)

 

O sol estava-se pondo. A brisa marinha de Maiorca fazia os meus cabelos esvoaçarem. O meu olhar estava distante, perdido e confuso. Não sabia o que pensar, o que sentir ou o que dizer a mim mesma. Não sabia o que se passava com ele. Se era apenas uma crise de ciúmes ridículos ou se havia algo mais. Algo que o estivesse a incomodar.

Cruzo os braços e aconchego-me na rede que está atada perto da varanda, quando sinto alguém a sentar-se ao meu lado. Olho na pessoa e volto a olhar para o por do sol que me embate de frente sem dizer nada.

—Trouxe-te algo para beber –diz o moreno de olhos verdes estendendo-me uma Coca Cola.

—Não quero obrigado –respondo sem o fitar.

—Não me vais fazer essa desfeita…. –Kentin retira de trás das suas costas uma tosta mista num prato_ barrada com manteiga por cima, tal como tu gostas –sorri.

Eu retribuo o sorriso, embora fraco e pego no lanche.

—Obrigado por estares aqui… -sussurro.

—Sempre Pestinha –ele bagunça de leve o meu cabelo e olha para trás. Eu sigo o seu olhar e o mesmo embate no ruivo que nos encara da entrada. Kentin retira o seu braço calmamente.

—Estou a interromper alguma coisa? –pergunta Castiel.

—Estás –respondo antes que Kentin dissesse que não.

—Ótimo –rebate e eu respiro fundo para não me levantar e lhe dar um tapa em cheio no rosto.

Castiel volta para dentro e eu fuzilo o horizonte mantendo-me em silencio.

—O que aconteceu? –pergunta Kentin.

—Também gostava de saber…

 

 

(…)

 

 

A hora de jantar já tinha passado. Conversava com metade do pessoal na sala enquanto que a outra metade lavada a loiça e arrumava a cozinha. Beberico a minha água fresca e pouso o copo na mesinha á minha frente.

—E tu Lake, o que vais fazer depois das férias? –pergunta Amanda bebericando o seu sumo.

—Provavelmente vou voltar para Nova Iorque –respondo e olho para Castiel que me fuzila mal respondi a Amanda.

O seu maxilar cerra-se e eu desvio o olhar voltando a prestar atenção ás meninas, mas algo me distrai. Castiel acaba de beber a sua bebida e pousa o copo com força, saindo lá para fora de seguida. Eu suspiro e levanto-me seguindo-o.

 

P.O.V. Ladylake Off

P.O.V. Amanda On

 

—Foi alguma coisa que eu disse? –pergunto não entendendo o porquê de a Lake e Castiel se terem levantado assim.

—Não tentes entender aqueles dois. Ninguém entende –responde Nathaniel.

—O alarma da 3º Guerra Mundial acabou de soar… -brinca Armin.

—O alarma já foi soado desde a 1º vez que aqueles dois se cruzaram – finaliza Rosalya.

 

P.O.V. Amanda Off

P.O.V. Ladylake On

 

Fecho a porta por trás de mim e ando apressada até ele.

—Espera! –chamo-o mas ele continua caminhando.

—É melhor eu ir –responde aproximando-se do carro.

—Ir? Mas ir para onde? Porquê? –pergunto aproximando-me assim que ele para.

—Vou pensar sobre algumas coisas –responde desviando-me o olhar.

—Como assim “pensar em algumas coisas?” Fala comigo –peço mas ele não diz nada_ Fala comigo!

—Sobre o que? Tu queres… -ele começa_ Tu vais-te embora! Não tarda estás-te a ir embora… e eu vou ficar sozinho de novo… -olha para o chão.

Os meus olhos começam a embaciar por contas das lágrimas que ateimam em querer sair. Ele me olha assim que fungo.

—Estás a acabar comigo? –pergunto com voz de choro.

—Estou a dizer que isto não vai resultar… -sussurra virando-se de costas pronto para entrar no carro.

—Por favor não faças isso –choro seguindo-o_ Não foi isso que quiseste dizer… -ele não responde_ Que inferno! Se o vais fazer porquê esperar que o Verão acabe? Porque não o fazes agora mesmo?! –empurro-o contra o carro_ han? Força! Faz!  –empurro-o vezes sem conta.

—Para! –pede.

—Sabes que mais?! Eu faço isso! Acabou! ACABOU! –dou-lhe costas.

—Hey vem aqui… -ele me pega na mão com foz meiga.

—Não me toques! –solto-me_ Odeio-te! Eu odeio-te!

—Okay até nunca –entra no carro.

— Porque é que tu apenas não… -fecho a porta do carro com força_ Vai! Vai-te embora! DEIXA-ME! Vai!  -grito batendo no carro até que ele arranca e deixo de o ver.

Deixo-me cair na areia chorando como nunca tinha chorado antes. Lágrimas de profunda deceção, odio e dor caiam como pingos de chuva num dia chuvoso. Oiço a porta abrir e passos de várias pessoas a vir na minha direção.

Alguém me abraça e eu acolho-me nos braços dessa pessoa. É Kentin…

 

 

(…)

 

 

—Tens a certeza que não queres nada? –pergunta Angel e eu assento sentada na cama.

—Tenho, só preciso de ficar sozinha –respondo olhando para o chão.

—Nós somos teus amigos, não tens que ficar sozinha –sussurra Alexy.

—Eu sei, vocês são família para mim. Mas eu quero ficar sozinha por favor –devolvo e o azulzinho assente_ Vou dar um passeio para espairecer, prometo que não vou para longe.

—Tens a certeza que não queres companhia? –pergunta Kentin.

—Não obrigada –pego nas minhas havaianas e saio do quarto.

Eu sei que eles se preocupam comigo, mas eu fico bem sozinha. Sempre soube cuidar de mim e quando eu peço para ficar sozinha é exatamente isso que têm que fazer. Peguei no meu celular e fones e caminhei pela praia ouvindo Kaleo-“Way Down We Go”.

1 hora depois estava de volta. Caminhava de regresso a casa junto á água que me molhava os pés sempre que as ondas vinham. Vejo-o olhando para o mar negro á sua frente sem se mexer, pensativo, de mãos nos bolsos.

Respiro fundo e continuo a caminhar sem tentar não reparar muito nele, sem tentar que ele não me distraia. Olho uma última vez no ruivo que se despe, ficando apenas de calções de banho. Ele caminha em direção á água e eu franzo o sobrolho não acreditando no que vejo.

Castiel mergulha no mar escuro da noite. Não se vê rigorosamente nada ali! O que lhe deu para ir dar um mergulho a esta hora da noite?! É perigoso.

Perco-o de vista, mas assim que o volto a ver uma onda passa-lhe por cima voltando-o a meter debaixo de água. Ele está-se a afogar…

—Castiel!!!! –largo tudo e entro dentro de água procurando por ele, mas sem sinal.

Mergulho várias vezes na água fria e venho ao de cima para respirar. Já desesperada, volto a chamar por ele.

—Por favor! Castiel!! –choro e mergulho uma última vez.

Encontro-o inconsciente e puxo-o para cima, mas ele não respira. Puxo-o para terra e dou-lhe tapas na cara para que acorde.

—Angel!!!! –chamo desesperadamente. Ela é enfermeira, ela deve saber muito mais do que eu.

—Oh meu Deus –ela diz assim que abre a porta da rua e corre até mim.

—Ele não está a respirar –digo com o rosto encharcado de lágrimas_ porque é que ele não está a respirar?!

—Kentin, por favor tira-a daqui –pede Angel. Logo o moreno das esmeraldas pega em mim.

—Angel! –grito sendo arrastada dali para fora. Eu debato-me nos braços de Kentin.

—Porque é que ele não respira…? –choro encostando-me ao peitoral quente do moreno.

Kentin não diz nada. Apenas me abraça e me deixa libertar a minha raiva e dor nele. Suas mãos fazem carinho no meu cabelo, dizendo gestualmente que aconteça o que acontecer, vai tudo ficar bem.

(...) So Way Down, We Go (...) 


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Notas finais do capítulo

Tadinha da nossa Lake. Mas algo bom está perto, o que será?

Até ao próximo capitulo ♥
Ladylake~



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