A touch of fire escrita por Nina Arik


Capítulo 14
Meu coração está tentando sair pela garganta.


Notas iniciais do capítulo

Eu não resisti! Tive que postar hoje, escrevi cerca de 10 pags e gostei e ai fiquei com coceirinha pra postar! Espero que gostem! Beijooos



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— Não! Só fofa! E...

— Adrian.

— Me desculpe. – Ele diz seu sorriso agora é amarelo. – Mas em sua defesa você perdeu tudo muito rápido. E não foi tanto assim... Foi só coisa pouca. Você tinha ganhado um pouco de bochecha e talvez um...

— Ah Adrian pelo amor de Deus cala a boca! – eu ri. – Você está piorando a situação! E em minha defesa em tinha começado na loja de cupcakes e demorou algumas semanas para eu perder a gula por cupcakes.

— Você ainda não perdeu.

— Mas eu como só nos fins de semana! – eu rio. Mas logo vejo o relógio e é hora de ir. – Tenho que ir.

— Ok, me mande mensagem, e qualquer coisa que precisar eu vou até você correndo! – Claro! Ele sempre vem.

— Obrigada.

— Eu te amo. – ele diz. Não é o tipo de ‘ eu te amo’ que eu quero ouvir.

— Eu te amo também.  – eu digo e sigo para o trabalho.

O tempo na loja de cupcakes passa rápido demais. Entre as conversas bem humoradas com Nina, assar cupcakes e limpar e são dez para cinco. Meu estômago vai mal. Eu só comi metade do sanduíche no almoço e até agora não fui capaz de comer nada mais. Eu saio da loja e faço o caminho mais longo para “casa”. Eu quero que Lia veja que eu não tenho medo. Chego lá cinco e vinte. Minha rebeldia consiste em estar vinte minutos atrasada. Patético. Lia está vendo inúmeros tecidos na sala com um homem calvo e grisalho que usa óculos redondos que eixa seus olhos maiores. Muito maiores. 

— Ai está você! Eu já encomendei vestidos descentes para você usar nos eventos que temos que frequentar a partir de agora. – ela diz. Ela me olha como se estivesse cansada de mim. – Alberto, querido, eu volto já. Tenho que trocar duas palavras com minha filha. – Ela me arrasta pelo corredor até meu quarto e me joga lá dentro e tenho que dar alguns passos para não cair. – Você se sente melhor chegando atrasada? – ela pergunta. Apoia duas mãos nos quadris. – Você não cansa de me envergonhar? Deus! O que eu fiz para ter você como filha? – sinto meu temperamento surgir. Oh Deus! Eu não posso me parar quando digo:

— Você deu? Pelo que eu sei é assim que se fazem os bebês Lia! – Seu rosto se avermelha inteiro. É um grande contraste com seu cabelo loiro. Sua mão se movimenta rápido e arde quando faz contato com meu rosto, sinto quando algo corta perto do meu olho e percebo que é o seu anel. Instantaneamente sinto o líquido quente escorrer. Ela não me olha arrependida. Nas primeiras vezes ela teve a decência de parecer arrependida. Agora ela só parece satisfeita.

Ela aperta os olhos para mim.

— Está vendo o que você fez Sofia? – Certo por que isso é minha culpa. Eu rio alto. Sim, eu não tenho nenhum senso de autopreservação. – Você precisa de educação! Eu tentei esses anos todos. Oh, Deus sabe que sim, mas você parece que não tem concerto.

— Eu não estou quebrada! – eu grito.

— Não grite comigo mocinha! – ela diz. Eu rio outra vez.

— Oh Lia! Como se eu ligasse para algo que você diz. Você pode tentar me quebrar o quanto quiser, mas eu não vou malditamente abaixar a cabeça para você. O que o precioso Edward diria sobre isso ein Lia? Sobre essa sua tentativa estupida de me concertar?

— Ora! Você não se atreva. Você ouviu? Eu não vou voltar para a miséria entendeu? Eu não vou voltar para vida que você me obrigou a ter! – com isso ela vai embora.

Eu quero chorar. Eu não choro. Eu quero gritar. Eu não grito. Eu quero ficar lamentando, mas eu não faço isso também. Eu vou para o banheiro e olho no espelho. A área onde o anel bateu está inchada e roxa, uma grossa gota de sangue está escorrendo pescoço abaixo e minha bochecha está vermelha. Eu pego meu estojo de primeiros socorros e começo a limpar. Estou acostumada com essa rotina.

— O que aconteceu? – ouço a voz de Aléxis. Está rouca e um pouco pesada.

— Qual é o seu problema? Não pode entrar assim no meu quarto! – eu digo. Meu temperamento ainda está correndo pelas minhas veias. Não quero descontar nele, mas eu não consigo evitar.

— Você está sangrando. – ele diz. Seus olhos se arregalam. – O que aconteceu?

— Eu caí. – A desculpa mais velha do mundo! Ele espreme seus olhos caramelos pra mim. Não estou pronta para o que esses olhos me causam então eu desvio o olhar. Eu sei que ele não engole essa, mas foda-se quem quer dizer por ai que sua própria mãe te golpeia? – Você sabe que tem que bater não é? É assim que funciona. Você bate, se a pessoa quiser abrir ela abre se não você vai embora. E sendo bem sincera eu não abriria pra você. 

— Deus! Pequena! Pare de brigar comigo um pouco! Deixa eu limpar isso para você. – ele se aproxima. Meu coração salta. Nem Adrian já cuidou de alguma ferida minha. E mesmo que eu não queira, Aléxis assume de qualquer forma.

Ele limpa e aplica um pouco de antisséptico que faz com que eu me estremeça por que arde, e ele assopra, seu folego perto do meu rosto me deixa de pernas bandas, logo ele põe um curativo, ele me surpreende quando se abaixa e beija o curativo e se afasta. Eu não percebo que estou segurando a respiração até que ele se fasta de mim. Meu coração está tentando sair pela garganta. Seus olhos estão intensos demais para mim, eu não consigo encarar ele. – Vai me contar o que realmente aconteceu? – ele pergunta. Sua voz está dura e ele não é o Aléxis de sempre. Ele está sério. E eu digo, um Aléxis sério é um Aléxis total e mortalmente sexy.

Merda!

— Eu caí! – eu repito.

— Okay.

— Uh, isso foi fácil. – eu digo.

— Sim, foi. Diga o que você quiser, eu não me importo mais. – com isso ele sai. Foda- se se eu não sinto que perdi algo.


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