A touch of fire escrita por Nina Arik


Capítulo 13
Não é como se Aléxis fosse meu segredo sujo!


Notas iniciais do capítulo

Oieee
Quem quer que eu volte pra mais ainda essa semana????
Eu escrevi bastante dessa história, tô amando! Portanto! Louca para postar!
Aproveitem! Bjjsss



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O relógio marca quase sete. Puta merda! Estou atrasada para aula. Me troco o mais rápido de posso. Acabo colocando jeans, uma blusa preta macia e tênis confortáveis, estilo skatista que eu tive que economizar dois meses para comprar, mas valeu a pena totalmente. Quando desço para o café Edward e Lia estão lá. É normal sentir esse frio na base do estômago sempre que eu olho para Lia? Minha própria mãe?

Lia me olha. Seu rosto está me desaprovando. A casa toda está movimentada, as pessoas uniformizadas servindo e fluindo com elegância, mas só vejo Lia agora.

— Bom dia querida. – Ela diz estreitando os olhos para mim. Engulo seco.

— Bom dia.

— O que é que você está vestindo? – ela diz olhando minhas roupas com desprezo mal disfarçado. Edward está sereno. Ele sempre está. Será que ele a conhece? Será que ele não vê?

— Jeans? – pergunto incerta segurando minha bolsa com toda força que tenho.

— Oh, não querida você está vestindo a pobreza. – ela diz. Edward se vira para ela e aperta os olhos posso dizer que ele está surpreso. UH-UH Eu avisei. – Quero dizer. Eu posso dar algo melhor para você agora.

— Está tudo bem.

— Não. Não está.

— Bom dia pai. Lia. – Aléxis entra na cozinha parecendo um modelo da GQ. Deus! Ele vesti uma calça preta, coturno, e uma camisa branca. É simples. E na medida.

— Olá querido. – Lia diz olhando Aléxis com os olhos brilhando um pouco demais. – Sofia. Edward e eu... – Por que ela usa Edward e eu em toda maldita frase? – Vamos fazer uma festa beneficente. Afinal ele é um homem de negócios importante e é bom para imagem ele estar envolvido nisso. Você precisa se vestir melhor.

— Não acho que seja necessário. – Eu digo duramente. Edward, Aléxis e Lia me encaram, e só por isso seu marido não pode ver o veneno nos seus olhos quando ela me olha.

— É necessário, querida. – ela diz tão suavemente que se eu não a conhecesse bem eu pensaria que ela era uma flor delicada. Só que eu a conheço. Eu realmente a conheço. E eu já ouvi esse tom milhares de voz e ele sempre vem acompanhado de punição. Sempre.  – Meu alfaiate vai vir às 5 horas. É imprescindível que você esteja aqui. Claro. E nós já conversamos sobre esse ideia ridícula de trabalho também. É melhor você me escutar.

— Eu tenho que ir. – eu digo. Estou tremendo. Não é medo. Deixei de sentir medo a anos atrás. Isso é raiva. 

— Claro. – Ela tem um pequeno sorriso. – Esteja aqui as cinco. – E eu sei malditamente o que isso significa. Eu saio andando. Eu não tomei café da manhã, mas meu estômago parece uma pedra de qualquer jeito. Ligo para Adrian em seguida.

— Hey, Sofi! Bom dia! – ele diz. A voz de Adrian me acalma um pouco, mas minhas mãos ainda não param de tremer;

— Adrian, hum, você poderia me encontrar para o almoço? – eu sei que Adrian tem aulas avançadas de calculo hoje e eu tenho aulas avançadas de química, não vou ver ele na aula hoje.

 - Está tudo bem? – engulo seco outra vez.

— Sim. Eu, Lia quer me encontrar hoje mais tarde. Sabe como é né. – eu digo em um tom que diz: “ Não é grande coisa”

— Sei, posso sim, vamos comer um sanduíche de salmão defumado no Tito’s.

— Sim, ao meio dia?

— Certo, te encontro lá.

Me senti melhor depois disso. Não quero voltar para casa para o almoço. Não quero voltar para casa em momento algum.

— Hey, miúda! – A voz de Aléxis me alcança. – Tudo bem?

— Sim.

— Você está meio pálida.

— Uh, eu só... não está tudo bem.

— Você está tremendo. Quer me contar? Você alguma fobia de alfaiate? – ele diz sorrindo. Não! Eu tenho fobia dela!  

— Não. – eu digo dando um meio sorriso. – Mas eu gosto das minhas roupas. Não preciso de novas. Eu estou indo. Estamos atrasados.

— Eu posso te dar carona.

— Ah, eu tenho que ir para o trabalho depois, então é melhor eu estar de moto.

— Você pega quando viermos almoçar.

— Eu... hum, vou almoçar com Adrian. – A expressão de Aléxis muda na hora. Sinto um vazio na barriga.

— Entendo. – ele diz e caminha para longe. Adrian também é amigo dele! Qual é o grande problema?

Ligo a moto logo em seguida. Meu Deus! Como foi que o dia ficou assim?  Eu mal presto atenção na aula. É difícil concentrar e o tempo se arrasta. Finalmente quando a aula acaba eu dirijo direto para o Tito’s. Adrian já está lá quando eu entro. Ele me abraça.

— Tudo bem?

— Bem, sim. Eu não quero falar de Lia. Chamei você para almoçar para me distrair.

— Okay. – ele diz. Adrian sabe não pressionar.

— O que você fez esse fim de semana?

— Nada de mais. Fiquei em casa na maior parte e fui a uma festa em uma faculdade na saída da cidade.

— Uau! Na faculdade?

— Sim, conheço um pessoal lá.

— Bem, você já está enturmado então.

— Se Deus quiser eu não vou fazer faculdade aqui você sabe.

— Eu sei. E eu espero que você fique perto de mim.

— Estou vendo isso. – ele ri. Nós pedimos o sanduíche e logo o garçom volta com os pedidos. – E você o que fez?

— Fiquei em casa. – eu digo. Não falo sobre Aléxis. E muito menos que Aléxis acordou na minha cama essa manhã. Não sei por que. Não é como se Aléxis fosse meu segredo sujo!

Nós nem fizemos nada! Não que eu queira fazer algo com Aléxis! 

— Só isso? Sofi, você está virando um panda.

— Pandas tem uma vida incrível! É só comer dormir, rolar e fazer isso tudo de novo.

— Pandas são fofos.

— E eu sou fofa. Realmente tem semelhança.

— Ainda mais quando sua maquiagem borra. – ele ri.

— Hey! Isso não acontece... não muitas vezes de qualquer maneira. – Ele ri.

— Sim, mas lembra no casamento a Sam? Você não aguentou e dormiu no salão e quando acordo... – ele riu mais forte. – Você tinha algo preto debaixo dos olhos! – ele limpa os olhos depois de rir até as lágrimas. Mostro a língua para ele.

— Eu tinha quinze anos. E não tinha um rímel a prova d’agua ou de machas ou sei lá!

— Sim, mas aquela vez você parecia um maldito panda. E você ainda tinha esse quilinhos a mais...

— O que?

— A Sofi, você sabe...

— Eu estava gorda?

 


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