Buscando por todo o ambiente, nada de Mary podia ser percebido. Quando do chão, abafado pelo piso grosso de  pedra, algo transpareceu.

CRASH!

Os dois se entreolharam. – Mary.

Descendo ao até então desconhecido subsolo da casa de botânica, Mary estava deitada no chão, em cima de algo que parecia ser um carrinho das mais diversas plantas possíveis.

- Nota mental: Poças de água são coisas perigosas, cuidado.

Não parecia machucada, mas estava alheia a tudo.

- MARY! – Érin disse.

- ÍLLIS! – Arkadi o seguiu.

- Oi loirinho que vive de preto e cara do cabelo prateado que nunca lembra o meu nome. Eu já disse que o meu nome é Mary. M-A-R-Y. Não é tão difícil.

- Mas eu sei disso íllis.

Uma discussão iria ser formada, Érin podia pressentir... Mas, como sendo a parte sensata de tudo isso, ele teria que por fim nisso enquanto ainda estava em fase de formação.

- Vamos. – ele corta antes que tudo isso pudesse ser desencadeado.

- Mas eu não terminei de ver tudo. – Mary protesta.

Érin arrasta Mary pra fora e a carrega de volta a Tsary, o alívio estava estampado na expressão de todos.

- Mary! Graças a Deus! – Charlotte é a primeira a manifestar.

Abraços são despejados em Mary, que, ainda alheia ao porque, não tem plena certeza de por quê lhe designam tanta atenção;

Cheshire foi arrastado para fora da sala de reuniões depois do incidente que passou com Abel, a raiva ainda queimava dentro dele, inconformado com a atitude dos guardas da rainha em retirá-lo de cima daquele assassino. Ele se sentiria muito melhor se simplesmente o matasse.

Sentado no saguão dos fundos, suas mãos juntas e seus dedos trançados, ele apoiava a cabeça sobre as mesmas e encarava a janela, um espectro completo de cores passando por seus olhos, eles estavam literalmente brancos, emoções demais corriam em sua mente.

De repente a notícia: Os três seriam mandados para a unidade especial de detenção de Âmbar, uma rede subterrânea complexa demais para ser mapeada, cercada de nada absoluto por todos os lados até onde a vista podia alcançar.

- NÃO! Eu sou terminantemente contra! Será que vocês não percebem que é só disso que eles precisam para sumiram novamente?! Em Âmbar estão os espelho de Salin! Vocês são doentes?!

- Ministro. Eu compreendo a sua frustração, mas a rainha está acordada, e essa foi uma ordem direta dela.

- Então deixe-me falar com ela! Me recuso a aceitar que estão lavando as mãos dessa raça!

- A pena capital é proibida pela corte dos sete reinados.

- Maldito sistema burocrático! – um vaso vai ao chão.

Depois da terceira geração, após a guerra dos sete reinados, quando todos entraram em consenso de paz, a pena capital foi proibida pelos sete reinados, e assim foi criada a prisão de Âmbar, pelo menos as determinadas pelo estado, o povo dos sete reinados era encarregado de suas próprias decisões, o com decisões eu quis dizer assassinatos.

- Se vocês não vão fazer nada eu vou!

Cheshire puxa uma das espadas da parede, caminhando pelo corredor com uma fria certeza do que iria fazer... Mas já era tarde, prevendo esse tipo de reação, os três foram mandados antes de a notícia ser dada a eles.

Rangendo os dentes ele se conforma que isso estava acima deles, não importa, se queria que os sete governantes fossem varridos de Âmbar e o país fosse jogado na perdição por pelo menos dez anos, que assim seja.

- Foi por isso que eu parti. – ele atira a espada contra a parede, ela é cravada na madeira escura de uma escrivaninha. – Eu rejeito esse sistema de governo.