Gato de Cheshire escrita por Aleksa
Voltando ao jardim, a cauda de Cheshire move-se aleatoriamente em movimentos circulares no ar, ele olha distraidamente na direção da lua cor-de-rosa que flutuava no céu.
Os quatro: Charlotte, Mary, William e Antonie, saem atrás dele, encontrando-o da forma como estava desde que chegou e se sentou: sentado, olhando fixamente para o céu.
- Cheshire. - Mary diz.
Os olhos de cores misturadas de Cheshire se diregem a Mary, e forçosamente ele abre outro sorriso.
- Boa noite Mary, pessoal. - ele diz ao resto.
- O que faz sozinho no jardim? - Antonie pergunta.
- Nada, esfriando a cabeça eu acho.
- Por quê? - William pergunta.
- Pra eu não voltar lá dentro e encher a cara dele de porrada. - ele declarou calmamente.
Ninguém esperava essa resposta.
As orelhas de Cheshire se mexeram duas vezes e ele espreguiçou, era impressionante como ele se parecia com um gato... Talvez por que de fato ele fosse um...
- Talvez fosse melhor se você se mantesse distante de Abel... - Mary concluiu.
- É o que eu estou fazendo. - ele disse, penteando as orelhas.
Uma nuvem de vaga-lumes flutuava pelo céu, indo em direção ao noroeste.
- Uh... Bonito. - Mary disse.
- Que estranho... - Cheshire pensou alto. - Os vaga-lumes não são migratórios... Só se...
Cheshire levantou de repente e entrou no castelo, indo chamar aos trigêmeos.
- Drácon, Sólon, Clístenes! Kivarov!
Os trigêmeos desceram ao mais rápido que foi possível, e assim correram pra fora, saindo pelo jardim e entrando na floresta, desaparecendo em vultos borrados na paisagem.
- O que aconteceu aqui? - Antonie se perguntou.
O céu escureceu e começou a chover, chover pesado, raios e trovões cortavam o céu e estouravam no chão.
Os quatro correram pra dentro e foram esperar o retorno de Cheshire ao castelo, e enquanto isso, em Kivarov...
- Minha Nossa! - Sólon gritou ao ver as labaredas azuladas que subiam pelas paredes do sino de Kivarov.
O reino de Kivarov era iluminado pelas chamas da torre do sino, o relógio estourava com o fogo e os pedaços iam caindo no chão, o alto da torre, ates iluminado pela enorme criação de vaga-lumes da rainha, agora foi substituido pelo fogo e pela luz da lua.
Encharcados os quatro entraram pelas portas de Kivarov e contemplaram o horror diante dos olhos de todos no aposento, e no centro do aposento, jazia o corpo da rainha, Pandora estava morta, e ao lado de seu corpo, havia uma carta de tarô com o nome "A TORRE" escrito em letras brilhantes.
Os olhos de Cheshire foram preenchidos de horror, aconteceu de novo....
Horas se passam até que Cheshire voltasse a Tsary, encharcado e com a carta que foi deixada ao lado de Pandora.
- Vossa alteza! - Cheshire correu escada acima passando direto por Mary, Antonie, William e Charlotte que estavam sentados no salão.
Drácon, Sólon e Clístenes se atiraram nos degraus da escada, estavam molhados demais para se sentarem algum dos sofás. Os quatro foram até eles.
- O que houve? - Charlotte perguntou.
- Mataram a rainha Pandora, Kivarov não tem governante... - Clístenes suspirou, tirando o excesso de água do cabelo.
- Mais uma?... - Antonie sentiu o sangue gelar.
- Dessa vez colocaram fogo na torre do sino, o relógio da cidade estava lá. - Drácon disse, espremendo a água de sua camisa.
A madrugada parecia que não ia ser muito tranquila...
A rainha desce as escadas com de pijamas e corre até a torre do sino de Tsary, seriam mais ou menos três e meia da manhã em Dória... O sino começa a tocar, treze badaladas são dadas, o selo real é estampado a cera num pergaminho passado, Tsary envia a todos os reinos uma carta contando o que aconteceu, em breve todos os governantes de Âmbar estariam na porta.
Ninguem dorme, o castelo está em puros rumores que se espalham epidêmicos por entre suas paredes, e, contaminados pelo iminente perigo à sua rainha, Tsary entra em estado de alerta.
Pela manhã todos os reis e rainhas de Âmbar com suas espressões sérias estão sentados na sala de reunião esperando que a rainha de Tsary chegue.
- Desculpem a demora. - Hímia declara, entrando na sala e fechando a porta.
- Você acha que isso pode se agravar? - Halle, rei de Impéria, pergunta.
- Não sei Halle. - Hímia responde.
- Mas isso é um absurdo! - Cassis, rainha de OrÍbia, grita.
- Calma Cassis, isso não nos levará a lugar nenhum. - River, rei de Liária, tenta acalmar Cassis.
- É preciso declarar estado de emergência. - Halle propõe.
- Eu concordo com Halle, não podemos deixar que os cinco reinos restantes sigam o caminhos de Kivarov e Asiliza. - Felícia, rainha de Âmbar, a capital, diz por fim.
- Não podemos deixar que o pânico se espalhe pela população. - River determina.
Mais ainda que reis e rainhas, os representantes da família real mantém seus reinos vivos, na linhagem real, quando não há alguem de sangue assídia (os herdeiros diretos do trono) o reino cai em profunda desgraça, com desastres e desespero se espalhando por todo o terrítório.
O maior dos problemas é: o sangue assídia não é genético, o que signifíca que até que os representantes reais sejam localizados entre a população, Impéria e Kivarov sofreram pela falta de seus governantes. Governantes estes, que só serão localizados quando seus ministros assim o fizerem, um ministro é o único capaz de localizar seu novo mestre entre a população, uma vez que são imortais e acompanham a susseção de seus senhores ao longo das eras.
- E o que ficou decidido, então? - Cassis pergunta.
- Entramos em estado de guerra... - Felícia diz.
- Caçaremos ao assassino de Âmbar. - Halle concorda.
- Chamem os gêmeos Alcoran. - Hímia complementa, sentando-se em sua cadeira.
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