Gato de Cheshire escrita por Aleksa
Capítulo 20.2
Mary agora está caminhando, ou pelo menos estava, até esbarrar em alguém que deixa montes de papéis caírem.
- Desculpe! – ela diz, abaixando pra pegar os papéis.
- Tudo bem. – alguém um pouco atordoado diz, abaixando-se também pra pegar os papéis.
Mary entrega as folhas de papel a um rapaz de cabelo bagunçado e uma pasta de couro marrom.
- Aqui. – ela diz.
- Obrigado. – ele responde.
Ele estende a mão com um sorriso.
- Prazer, Phineas. – ele sorri.
- Mary. – ela sorri de volta.
- Desculpe, mas não posso deixar de perguntar. O que uma íllis faz sozinha em Impéria? Vocês não estavam em Tsary?
- Os meus amigos chatos não quiseram me acompanhar pra um passeio pra morte quase certa nas corredeiras. – ela suspira.
- Ah... – Phineas diz. – Entendo...
- Em todo caso. – ela da de ombros. – Posso perguntar que papeis são esses?
- Ah, eu sou escritor. Eu escrevo os livros de mitos e histórias da cidade pras bibliotecas dos outros reinos.
- Quer dizer... Lendas urbanas? – Mary pergunta, com seus olhos brilhando.
- Isso.
- Ah~! – ela grita. – Adoro o seu trabalho!
- Jura? Deve ser uma das poucas. – ele ri.
- Adoro lendas urbanas!
Escurece.
Nesse meio tempo Antonie olha para o céu, vira pra William e diz:
- Certo, vamos atrás dela antes que alguma coisa tente matá-la... De novo.
- Eu concordo. – William diz.
E de volta à Mary.
- Se quiser posso mostrar outras das minhas obras favoritas. – Phineas diz.
- Claro!
Regra número 1 – não siga estranhos até a casa deles...
Os dois partem em direção da casa de Phineas.
Enquanto isso, Antonie e Will...
- Antonie, estou começando a ficar preocupado, a essa altura, Mary já pode ter caído num poço com estacas no fundo...
- Se eu fosse a Mary, pra onde eu iria?...
- Teria que ter algum risco de morte e lendas urbanas... – Will da de ombros.
- Então...
- E se ela encontrou alguém no caminho...?
- Se encaixa no perfil... Vamos perguntar pras pessoas se tem alguém em Impéria envolvido com lendas urbanas, Mary só iria com ele se fosse algo de seu interesse...
- Muito bem.
E de volta à Mary...
- Que livro enorme! – Mary disse, encantada com o livro de nove mil quinhentas e noventa e sete páginas de lendas urbanas.
- Fico surpreso que você goste.
- Cinco palavras: I LOVE lendas urbanas FOREVER!
- Nossa... Então tá. – ele ri.
Mary fica sendo feliz, e enquanto isso Phineas vai fazer um chá.
- Aqui. – ele diz, colocando uma xícara de chá sobre a mesa.
- Obrigada. – Mary agradece.
Regra número 2 – Não coma nada que estranhos te derem.
William chuta a porta da frente, que abre com um estrondo.
- MARY~!
- Meninos! – Mary acena animada.
- Ah~! – Phineas grita, puxando um vaso e acertando William, que cai sentado.
A entrada de William o tinha assustado.
- Ai!
- Ai Meu Deus... – Antonie diz, indo até William.
- Phineas, esses são os meus amigos! – Mary grita.
- Seus amigos são maníacos?!
- Não! – ela diz.
- Não gostei nada deles. – ele diz, segurando outro vaso.
- Mas você nem os conhece! Eles são muito legais!
William levanta.
- Escritor maluco!
- Íllis arrombador de casas!
- Atirador de vasos!
- Maníaco destruidor de portas!
Antonie está parado em estado de choque olhando a cena de William e Phineas trocando ofensas.
- Psicótico sem namorada! – William diz.
- Ah! Você não disse isso...
- Ah, eu disse sim.
William e Phineas começam a se bater no meio da sala de jantar. E Antonie lá, encarando, completamente inconformado.
- Parem com isso os dois! – Mary grita.
Os dois param, Mary puxa William pelo braço.
- Vamos embora meninos, não quero mais ficar aqui.
Mary pega o braço de Antonie, ainda atônito com o que havia se passado e os arrasta pra fora da casa de Phineas.
Phineas que agora está sozinho no meio da sala de jantar, diz:
- Menina maluca...
Os três, Mary, William meio quebrado e Antonie parcialmente em estado de choque, vão até a embaixada de Tsary, onde Mary vai passar o resto dos seus dias em Impéria chorando seu amor perdido (?)...
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Pronto! Espero que o pedido tenha sido atendido