Gato de Cheshire escrita por Aleksa


Capítulo 12
Agora eu Vou...




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/68864/chapter/12

         Capítulo 12 – Agora Eu Vou...

 

Ao ouvir o grito desesperado de Charlotte, Sólon correu até lá, e se deparou com a cena de seu mestre acorrentado e preso a árvore por meio dos pinos em suas mãos, haviam manchas de sangue no chão, e marcas de cortes por todo o corpo de Cheshire.

- Mestre! – Sólon gritou.

Sólon arrancou os pinos das mãos de Cheshire, livrando-se em seguida das correntes. Não havia tempo a perder!

- Clístenes~! – ele disse num longo chamado que ecoou por toda a floresta.

Clístenes surgiu por entre as árvores como em raio, e ao ver Cheshire inconsciente e machucado nos braços de Sólon, já sabia o que fazer.

- Preciso levá-lo ao castelo. Depressa!

Sólon entregou Cheshire a Clístenes, que sumiu novamente entre as árvores. Dos três irmãos, Clístenes era o mais rápido.

As mãos de Sólon estavam sujas com o sangue de Cheshire, ele estava pálido e aflito, ele parecia saber de algo que eles não sabiam, o que não era muito surpreendente.

- Temos que voltar ao castelo. – Sólon disse, controlando sua voz muito rouca.

- Certo. – todos concordaram.

Charlotte e Mary eram as pessoas em pior estado entre os cinco, estavam brancas feito papel, trêmulas, e assustadas. Nunca tinham visto tanto sangue antes.

No caminho eles foram interceptados por algumas pessoas do castelo, nenhum deles estava machucado, apesar do sangue nos joelhos de Mary e Charlotte, que estava misturado a terra e lágrimas, e o mesmo sangue que também estava na roupa e mãos de Sólon, que continuava aflito, mesmo assim, não havia ninguém realmente ferido.ãotroo.

Eles foram guiados de volta para o castelo, depois de chegar lá, cada um deles foi tomar um banho. Não que nenhum deles tenha conseguido dormir...

Na manhã seguinte, todos levantaram esgotados, não tiveram nem dez minutos de sono.

Eles desceram como de costume, mas nenhum deles queria tomar café, as cenas do filme de terror real que tinham presenciado na noite anterior ainda os assombravam.

Sólon se aproximou deles, sentou-se na mesa com os quatro, que dirigiram seus olhares cansados a ele.

- Ao que parece o mestre Aleksander ficara bem. – ele disse.

Isso fez com que todos pudessem respirar mais calmamente.

- Depois, se quiserem, vão visitá-lo.

- Certo. – eles concordaram.

Ao termino do café, os quatro foram ver Cheshire, que dormia tranquilamente, ainda com vários cortes, porém, pelo menos ele estava vivo.

- Fico feliz que ele esteja bem. – William comentou, quebrando o silêncio das ultimas horas.

- Eu também. – Mary concordou.

- Nós também. – Antonie acrescentou, se referindo a ele e Charlotte.

- De fato, me aliviou. – Charlotte disse.

Com a certeza de que Cheshire estava bem, cada um deles rumou a um destino.

- Vou pra biblioteca. Vem comigo Mary, é um único lugar onde você nunca foi. – William comentou.

- Claro, será que tem livro de lendas urbanas lá?

- Acho que não Mary... – William disse suspirando.

Antonie e Charlotte ficaram parados olhando os dois, até sumirem na esquina do corredor.

- Mary e as lendas urbanas... – Antonie disse com um meio sorriso de conformação.

- Verdade. – Charlotte assentiu.

- Esse lugar é estranho, mas eu já comecei a me acostumar. – ele acrescentou, recomeçando a andar.

- Aonde vai? – Charlotte perguntou.

- Ver as frutas com gosto de frango.

- Mary te contou sobre isso? – Charlotte disse, enfiando a cara na mão direita.

- Disse, parece ser interessante. E você?

- Não sei, vou decidir ainda.

- Ah sim. Te vejo em breve Charlie.

- Então tá, até. – ela se despediu.

Enquanto isso, na biblioteca...

- E não é que tinha um livro de lendas urbanas mesmo... – William riu, sentado em uma das cadeiras da enorme biblioteca.

- Eu disse! – Mary resmungou, colocando a língua pra fora.

- Mary...

- Hum? – Mary se perguntou sentando-se ao lado de Will.

- Você acha que Charlie está bem?

- Por que pergunta?

- Ela anda meio calada ultimamente. – ele respondeu dando de ombros.

- É verdade, ela ainda não se adaptou muito bem. – Mary respondeu.

- Acho que com o tempo vai melhorar.

- Também acho. Mas eu acho que ela é Cheshire tem alguma coisa...

- Por quê? – Will perguntou.

- Outro dia, ele a arrastou pra algum lugar no jardim. – ela deu de ombros. – Disse que queria falar com ela.

 - Que coisa, será que eles estão mesmo juntos?

- Não sei. Mas pelo que eu vejo, Antonie também anda todo sorrisos. – Mary respondeu.

- Acha que ele está apaixonado também?

- Nem sei, mas ele some as vezes.

- Que lindo, todos estão amando. – William riu.

- Eu não. – ela negou.

- Está sim, você se apaixonou por esse lugar todinho. – ele riu de novo.

- Você é um chato William. – ela repreendeu.

- Menina hipócrita.

- Não sou não. – ela disse.

- É sim. – ele respondeu.

- Não sou não.

- É sim.

- Não sou não!

- É sim.

E logo os dois estavam rindo, apesar de brigarem muito os quatro eram muito amigos, e se conheciam há muito tempo. Até mesmo nessa insanidade eles estavam juntos...

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Gato de Cheshire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.