Foram vários gritos, até uma batida na porta desesperada e um adeus. Ela saiu do teatro e correu loucamente..

       O homem a observava com seus olhos irônicos de uma enorme janela...

        Eu a segui. Paramos em frente a uma igreja.

       Estremeci, sempre tive pavor de igrejas...

       Ela sentou no degrau. Seu olhar também era de repulsa do aposento, mas era seu único território que ela tinha em mente. Olhou para mim  mas desviou o olhar...

        Ela nunca se incomodou com a minha presença...

       Ficamos num silencio mórbido e sólido. Os únicos sons que eram ouvidos eram os barulhos da noite.

        Do rosto dela nada além de raiva... e lagrimas de sangue.

        Fiquei sentada ao seu lado. Ficamos vários minutos assim silenciosas quietas, quando ouvimos uivos.

        Era normal se ouvir lobos naquele lugar...

      Um grito fora ouvido dentro da igreja, agudo e com um desespero enlouqueçedor. Abrimos a porta da igreja juntas, assustadas...

        Senti o ar, tudo normal, não sentia cheiro de dor...

      Sangue encobria metade da igreja. O pobre padre se encontrava morto com a garganta arrancada.

       Senti o ar, sua alma estava solta...

       A menina correu em desespero, e eu fiquei ali parada.

     Alguém matou o pobre pabre... mas não havia sido eu... porém ninguém solta a alma de um ser humano sem ser a morte... algo estava errado

      Pessoas chegavam, a escuridão invadiu tudo. Tombei para o lado, caí...semi-desmaiada acabada, algo estava errado...

       Quando a morte não sabe como alguém morreu... coisas ruins acontecem...