Dysfunctional family escrita por Srta Rufino


Capítulo 10
“Eu nunca...”




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—  É uma longa história... – Respondemos juntos novamente, levantei as mãos como se fosse uma barreira se não aquilo não ia acabar nunca.
            - Vocês primeiro, o que aconteceu? – Perguntei, entrando na casa, enquanto Kol foi buscar as malas.
            Aquela casa no lago era coisa mais linda que eu já tinha visto, parecia tirada de um catalogo de revista daquelas que ganham programa na Discovery H & H. A sala era linda, tudo em madeira, mas com um toque moderno na decoração, havia uma lareira, era tão aconchegante:
            - Depois vou te levar pra conhecer onde vamos ficar! – Kol sussurrou em meu ouvido, envolvendo minha cintura com seus braços.
            Davina estava voltando com uma bandeja com 4 xícaras de chocolate quente e alguns sanduíches:
            - Não vamos comer a comida da festa vamos?! – A garota sorriu, pondo na mesa de centro, por algum motivo aquele gesto me lembrou minha casa coloquei a mão no bolso puxando meu celular: - Nem tenta, sem sinal aqui!
            - Já que vamos começar a contar histórias tristes! – Kai sorria, saindo da cozinha com uma garrafa de alguma bebida que eu não conhecia. – Mas acho que a Bon bon vai preferir vinho?!
            Kol pareceu mais animado, me soltou e pegou a bebida:
            - Porque não jogamos? – Sugeriu, trazendo a garrafa pra perto.
            - Verdade ou Desafio ou Eu nunca? – Davina deu suas opções, sentando sobe suas pernas no sofá.
            - Eu nunca, bruxinha! – Kai, pulou o sofá e sentou-se ao lado da garota. – Qual seria a graça de Verdade ou Desafio com tão pouca gente?!
            - Bruxinha? – Perguntei confusa, até onde eu sabia aquilo era um xingamento, mas Davina parecia animada.
            - É porque um dia eu vou incendiar essa cidade! – Respondeu-me rindo.
            - Nós vamos! – Kai completou pegando minha ursinha que era pra ficar escondida e começou a brincar com os braços dela. – Vai ter que brincar pra pagar resgate da sua ursinha!
            - Bonnie, vai ter que se acostumar, está praticamente no bando agora! – Davina evidenciou, quando pensou entre a garrafa e o chocolate quente.
            Eu ainda não sabia se estava gostando ou não:
            - Estão usando as suas heresias pra assustar a minha namorada? – Pergunto Kol rindo, trazendo mais copos pra bebida e colocou na mesinha, sentando-se ao meu lado.
            - Ah Caramba! Heresias? – Olhei pra eles com olhos arregalados, lembrando-me que havia mesmo uma espécie de gangue com esse nome, que espalharam uma vez por todos os lugares em cartazes e toda vez que uma brincadeira acontecia, sabíamos que eram os hereges, mas no entanto ninguém sabia de fato quem eles eram, todos riram, exceto eu.
            - È uma longa história Bon, há uns anos atrás, levei meus amiguinhos backyardigans pra casa, fomos fazer um trabalho pra feira de ciências do colégio, Nora e Mary Lou foram, elas estavam conversando com os meus irmãos gêmeos que ficaram curiosos deviam ser menores do que são agora, quando meu pai apareceu e disse que elas o estavam doutrinando, eu falei que nada haver e aí ele me chamou de Herege, e aí Mary Lou e Nora adoraram o nome, acharam que combinavam! – Kai sentou-se pra contar a história. – E o que significa mesmo?
            - Teoria, ideia, prática que nega ou contraria a doutrina estabelecida por um grupo. – Respondi no automático, eles riram de novo, era pra ser uma piada.
            - Ela é uma graça! – Não pareceu um elogio quando Kai disse.
            - Bom, o pai do Kai é maluco, sempre foi. Ele passou dos limites essa noite e o ele me procurou, como eu tenho a chave daqui, viemos pra cá. – Explicou Davina.
            Todo eles pareceram entender o que “passou dos limites significava” não eu, um silêncio se estendeu:
            - O que quer com “passor dos limites” ? – Perguntei curiosa, eu era mesmo inconveniente.
            Kai me encarou por uns segundo e depois levantou-se, ficou de costas e puxou só um pouco da blusa, estava roxo, levantei como um salto:
            - Caramba, ele é mesmo louco! – Falei sem pensar pondo as mãos na boca.
            - Bon acha meu pai louco já pode entrar pro grupo. – Kai riu, tudo pra ele era uma piada, ele voltou pro sofá deitando a cabeça no colo da Davina. – Eu ia morar com a Jo e o Alaric, o Dr. Elijah Mikaelson estava ajudando.
            - Você ia não! Você vai! – Confrontou Davina, eles ficaram se olhando com os olhos semicerrados por um tempo, teimosos.
            - Sem chances a Jo ta grávida. – Ele deu de ombros, se sentando novamente, garoto inquieto, que nervoso.
            - E o que tem isso? – Perguntou Kol, enchendo os copos com mais bebida.
            - Eu não quero dividir o quarto com bebês chorões! – Ele estava ficando impaciente. – Vamos jogar ou não?
            - Sabia que você fica sexy contando essas histórias tristes com cara de psicopata? – Perguntou Davina, o garoto olhou pra ela e sorriu, eu não pude evitar rir também.

            E então começou o jogo, cada vez que alguém tinha feito alguma daquelas coisas, tinha que beber o copo, até que eu estava me divertindo, mas aquele pessoal era mesmo muito diferente do que eu estava acostumada:
            - Muito bem! Minha vez de novo! – Declarou Kai, rindo, estava meio alterado. – Eu nunca beijei Kol Mikaelson!
             - Olha só isso é sacangem! – Disse Davina rindo e virando o copo e me passando outro.
            Ainda não sabia como me sentia em relação aquilo também?! Mas ela foi antes, certo?!
            Tá, eu pensei que mal tinha?! Peguei o copo e virei, tossindo um pouco, não que eu nunca tivesse feito isso com o pessoal, mas... aquela bebida eu nem conhecia:
            - Eu to confuso, eu tenho que beber ou não?! – Perguntou Kol, ele tinha bebido todas às vezes.
            - Ué eu tenho que pegar pesado, a Bonnie vai ganhar se continuarmos assim! – Declarou Kai, enchendo os corpos novamente. – Não, você não bebe, a não ser que tenha beijado um espelho!
            - Isso não faz sentido... – Falei rindo, eles não eram bêbados do tipo chatos, eram engraçados. – Minha vez! – Eu estava amando ganhar deles em alguma coisa. – Eu nunca estive com 2 pessoas na cama!
            - Hey! Não é justo você não esteve nem com uma... – Protestou Kai.
            - Vai bebendo querido! – Falei rindo e tirando o casaco, havia ficado quente. – Davina! Até você? – Perguntei chocada.
            - Um final de semana em Nova Orleans! – Ela sorriu, pegando o copo e virando.
            - Ao melhor final de semana da minha vida no Quartel Frânces... Quer dizer, o melhor até agora! – Se corrigiu Kol, piscando pra mim, levantando o copo e bebendo.
            - Vocês dois...? – Perguntei, eles riram.
            - Não! Estávamos juntos, mas foram ocasiões diferentes! – Explicou Davina.
            - Dessa vez estou limpo! – Disse Kai, todo mundo pareceu surpreso.
            - Sério? – Perguntei.
            - Mas é claro que não, vou ter que beber até dois! – Ele riu e pegou seu copo.
            - Idiota! – Disse brincando rindo.
            Ficamos jogando até as 3 da manhã, quando o efeito da bebida estava quase tornando-se sono, quando ouvimos um barulho esquisito do lado de fora:
            - Shhh! – Kol pediu silêncio, quando ele e Kai se levantaram e foram até a janela.
            - Galera, acho melhor a gente ir dormir. – Disse Kai parecendo sério, se afastando da janela. – Amanhã temos que preparar a casa pra festa.
            - Tudo bem! – Falei, pensando que minha tolerância era alta porque eu me sentia bem me levantei.
            - Vou te levar pro quarto. – Disse Kol, voltando pra mim, segurando minhas mãos.
            - Tá mais qual de vocês? – Perguntei, minha cabeça tava doendo.
            - Parece que alguém vai ter a primeira ressaca! – Kai sorriu, fazendo um sinal de vitoria com a mão. – Conseguimos! Estou tão orgulhoso! – Ele imitava um mãe que o filho acabara de completar algo incrível.
            - Nem pensar... eu ganhei o jogo! – Falei.
            - Vou te levar vem! – Eu protestei, mas estava muito tonta, deixei ele me pegar no colo.
            E eu apaguei antes mesmo de chegarmos ao quarto.


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