Titanium II escrita por MH Benson


Capítulo 7
Enfrentando os Demônios


Notas iniciais do capítulo

Hank Voigth está de volta!



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Começam a arrumação e Liv para de repente olhando fixo para longe, como se não estivesse ali. 

—- Liv, Liv...está tudo bem? O que houve?  Ela volta a si...

—- Lembranças que vieram...a última vez que arrumei esse armário foi para retirar as coisas do Brian. 

Ed se arrepia.

—- Lembranças?

—- Não deu certo! Nós tentamos, mas não deu.. Disse ela.

—- Você ainda gosta dele?

Liv olha para Ed, o encara...

—- Tenho carinho por ele, é um meninão ainda. Mas eu amo você.

Ed a abraça, a beija.

—- Tive medo de sua resposta. 

—- Medo? Ed, não duvide do meu amor. Já te dei provas dele. 

—- Não duvido, nem um  pouco. Te amo minha querida. Vamos terminar essa arrumação.

—- Ed...

—-Sim! Enquanto dobrava suas roupas.

—- Quando eu estiver pronta te conto tudo.Ok?

—- Ok! 

—- Terminamos? Acho que sim, pelo menos o que tem aqui está arrumado.

—- Vamos descansar, você está virada há 48h, precisa dormir. Disse Ed.

—- Vamos.

 Se beijam, se aconchegam na cama e adormecem.

A conversa com Ed despertou lembranças que Olívia havia esquecido, ela volta a ter pesadelos...

—-NÃO FAZ ISSO, ME SOLTA, ME SOLTA...ARRRR... 

Liv se debate na cama e acorda Ed. As cenas na casa de praia são revividas e misturadas em sua mente. 

—- ME SOLTA...CALA A BOCA...NÃO FAZ ISSO....SOLTA ELA....SOLTA ELA...

Ed tenta acorda-la:

—- Liv, Liv?? 

Olívia dá um pulo e senta na cama aos prantos, gritando.

—- NÃO QUERO....NÃO QUERO...

—- Liv, se acalme, estou aqui...Ed coloca as mãos em seus ombros.

Olívia cai em si, chorando muito...tremendo de horror...

—- Calma, calma, vou pegar um copo d'Água. Tucker a consola.

—- Não, não me deixe sozinha...

 Ed a abraça, a conforta...

—- Estou aqui, se acalme, se acalme.

 Ed acende a luz e ainda pode perceber o horror em seu rosto. 

—- Liv...Ed a faz olhar pra ele. Vamos buscar um copo d'Água com açúcar, vem comigo.

Liv o acompanha até a cozinha, ainda muito nervosa.

Ed lhe dá a água, Liv treme para segurar o copo e ele lhe ajuda. Ed percebe o quanto será difícil tirar dela tudo o que aconteceu, mas sabe que é fundamental para que ela se liberte desses pesadelos.

Ed a leva para o sofá, Liv o abraça e chora em seus ombros...

—- Meu amor, por favor, se acalme. Não fique assim. 

—- Ed, eu vou te contar tudo o que aconteceu, não suporto mais esconder isso.

—- Senta aqui, venha...se acalme, respira.

Liv busca forças e inicia seu relato desde quando chegou no apartamento e Lewis colocou a arma em sua cara...

—- ...ele me bateu, me alcoolizou, me drogou, mas eu lembro de tudo o que aconteceu...me tocou, eu lutei contra ele e apanhei muito. Ele me queimou com cigarros, até que resolveu sair do apartamento com medo que Brian chegasse. Me colocou na mala do carro e rodou pela cidade, como não achava um lugar seguro para ele, rodamos a maior parte do tempo, até que ele se encontrou com a advogada, ela não sabia que eu estava na mala e eu não podia fazer nada ou ele me mataria.

—- Quer dar uma pausa? Pergunta Ed, comovido.

—- Não...

— Eles saíram do carro e fiquei muito tempo na mala, tentei sair, mas as amarras estavam muito fortes, com muito custo consegui retirar minha correntinha e a deixei como pista embaixo do tapete da mala. Acho que apaguei. Acordei com ele me tirando da mala e levando pra dentro de uma casa, onde ele espancou um senhor e estuprou a senhora na minha frente, eu não podia fechar os olhos que ele me batia. 

Ed segura suas mãos, consternado pelo relato de sua amada.

—- Devo ter desmaiado, acordei na estrada, onde ele foi abordado por um policial e o matou, foi horrível...paramos numa casa de ferragem, ele comprou alguns acessórios e bebida, me fez beber até me engasgar e seguiu viagem, foi quando chegamos numa casa de praia. 

A casa estava vazia e ele arrombou, me algemou na cama foi quando quebrou meu braço e saiu para procurar objetos para me torturar fisicamente. Até que chegou a moça com a filha, eu os ouvia do quarto e tentei me soltar, mas não consegui. Ele prendeu as duas no outro cômodo, ali eu me desesperei, era uma criança...Eu o provoquei porque até então ele não tinha tentado abusar de mim sexualmente, eu o provoquei, despertei sua ira e quando ele veio pra cima de mim, percebi que a barra de ferro estava solta, foi quando o acertei na cabeça, o algemei na cama e fui soltar a moça e sua filha. 

—- Ed, melhor pararmos por aqui...Não posso continuar. 

—- Liv, confie em mim, Lewis está morto, enterrado, a investigação acabou.

—- Ed...Liv olha em  seus olhos, e sussurra...não posso me incriminar...

Ed a puxa para si.

—- Não posso mais te investigar...

Liv respira fundo e continua

—-...eu não chamei reforços de imediato. Queria torturÁ-lo, mas não consegui. Era o que ele queria e se eu o fizesse ele ganharia. Ele leu minha vida, falou coisas do meu passado, me provocou, tentou se fazer de vítima com sua história de criança, queria que eu atirasse nele, não tive coragem, foi então que ele me quebrou, acertou minha alma, disse que eu não era capaz...peguei a barra de ferro e o subjuguei. 

Liv coloca as mãos no rosto, abaixa a cabeça...

—- Ele não se soltou das algemas? 

Liv balança a cabeça negativamente... -- Não.

Ed a abraça.

—- Não se culpe.

 Ed não sabe definir os sentimentos que lhe vieram ao ouvir o relato de Olívia...

—- Ed, o resto você já sabe. A roleta russa foi uma tortura...Ele fez eu atirar na minha própria cabeça. Olívia chora novamente, soluça de tanto pavor. Ed a abraça.

—- Calma, já passou. Respira...respira...Ed a recosta em seu peito. Liv vai se acalmando e para de chorar. Ed beija sua cabeça várias vezes.

—- Liv, quando você fugiu e se entregou a ele para salvar a menina, ele conseguiu o que queria?

Liv se afasta e  olha Ed profundamente.

—- Não, ele não conseguiu. Teve a oportunidade, mas como eu não lutei, fiquei imóvel, ele brochou e perdeu a vontade. 

Ed a puxa para seu peito novamente, beija sua testa.

—- Você é uma guerreira. 

Liv o o abraça forte, aliviada, com leveza na alma.

—- Obrigada.

—- Pelo que? 

—- Por me ouvir, realmente foi melhor contar, estou aliviada. 

—- Eu te amo minha querida, estou aqui pra te fazer feliz. 

—- Acho que agora você vai conseguir dormir. Vamos para o quarto?

—- Vamos!

Ed acorda por volta das 6h, Olívia está agarrada em seus braços num sono profundo. Ele vê as imagens da babá eletrônica, Noah está acordando...Ed levanta devagar e vai vê-lo antes que chame por Liv e a acorde.

—- Bom dia amigão?

—- Bom dia...mamãe?

—- Mamãe está dormindo ainda, vamos deixá-la descansar? Venha, vamos tirar essa fralda, quer fazer xixi?

—- Xixi...

—- Então vamos. Ed leva Noah para sala e o deixa no cercado enquanto prepara a mamadeira. --Tome amigão, vou preparar o café da mamãe, ok?

—- Ok! Responde Noah com a mamadeira na boca...

—- Hummmm... Ovos mexidos, torradas com geleia, suco de laranja e claro o cappuccino...Vamos amigão, vamos acordar a mamãe.

Ed coloca a bandeja nos pés da cama, devagar coloca Noah ao lado de Olívia. Sussurra.

—- Bom dia meu amor!

 Noah beija Olívia na bochecha. Olívia acorda sorrindo.

—- Bom dia queridos.

 Noah sai correndo pra sala e Ed vai atrás, ele o deixa no cercadinho brincando.

—- Ed, que horas são?

—- 6:30h minha querida. Estou atrasada.

—- Não, tome seu café, eu lhe ajudo, e te deixo na central. Ed senta ao seu lado e tomam o café juntos, entre beijinhos e carinhos.

—- Qual a programação para hoje? Preciso fazer mercado para o fim de semana. Pergunta Ed.

—- Foi o que pensei...vamos juntos? Perguntou Liv.

—- Vou adorar! Combinado! E depois? Podemos dar uma fugida?

—- Sim, Lucy sempre dorme aqui às sextas. Respondeu Liv rindo.

—- Sempre?  Hummmmmm.

—- O que foi? Pergunta Liv

—- Nada, deixa pra lá.

—- Fale Ed...o que foi?

—- Sinal que às sextas você sempre chega tarde?

—- Ed, Ed... Eu era uma mulher livre...

—- Eu sei, eu sei...me bateu ciúmes...

—- Estou vendo...seu bobo!! Liv beija seus lábios.

—- Pimenta, enquanto você arruma Noah eu vou tomar banho, depois eu fico com ele e você se arruma, ok?

—- Ótimo!!

Ed vai para o banho e Olívia arruma Noah pra escola. Coloca-lhe a fralda, mas manda um bilhete em sua agenda avisando o desfralde diário.

—- Vamos meu amor, fique aqui no berço, mamãe vai tomar banho. Papai já vem. E beija-o na cabeça. Olívia chega em seu quarto, Ed está quase pronto, arrumando a gravata. Liv o abraça, que homem cheiroso, se beijam e ela o ajuda a dar o nó. Liv entra no banho e Ed a observa, deslumbrado em tanta beleza... Olívia se arruma, seca os cabelos rapidamente, já são 7:30h e saem os 3. Ed deixa Noah na escola... O celular de Olívia toca, era Hank Voight, sargento de Chicago.

—- Benson!!

—-Olá tenente, bom dia.

—- Bom dia Voight, o que houve?

—- Greg Yates!

—- Sim, o que tem Yates?

—- Está foragido...saiu essa madrugada da prisão.

—- Deus! Como foi isso?

—- Não sei, estou a caminho do aeroporto, em 2h estarei em NY.

—- Ok, te aguardo, até.

—- O que houve? Pergunta Ed apreensivo.

—- Greg Yates, o psicopata de Chicago, é um caso em conjunto que temos, fugiu esta madrugada de Sing Sing.

Ed chega na central.

—- Bom trabalho querida, se cuida.

—- O mesmo você meu amor.

Dão um selinho e Ed sobe para a corregedoria. Olívia já chega dando bom dia e reunindo todos para passar as informações.

—- Greg Yates fugiu essa madrugada de Sing Sing, o esquadrão de Chicago está vindo para NY, faremos um cerco, quero todos com seus coletes e segunda arma, todo cuidado é pouco, não trabalhem sozinhos, sempre em duplas.

 Voight e sua equipe chegam à central.

—- Olá Olívia. Como vai?

—- Oi Hank, e você? Disse Liv apreensiva.

—- Como foi essa fuga? Perguntou ela.

—- Tudo indica que foram ajudados por alguém que levou comida batizada

—- Eles? Quem mais fugiu? Comida batizada? Já vi isso antes...

—- O Dr. Rudinick também está foragido.

—- Meu Deus! Será um grande cerco.

—- Temos pistas?

Voight coloca ela a par do caso.

 Benson abre seu note e pega o telefone para obter maiores informações.

—- Preciso de uma reunião de emergência.  Todos reunidos novamente.

—- Atenção todos! Greg Yates e o Dr. Rudinick fugiram pelos canais de ventilação e esgotos do presídio, a polícia local está a procura deles e nos juntaremos nessa caçada, como eu disse anteriormente, coletes, segunda arma e duplas. Toda atenção e cuidado. Dodds e Lindsay, Halsted e Rollins, Finn e Carisi. Vamos, vamos!

 Benson e Voight seguem juntos com Hank dirigindo.

O celular de Olívia toca, era Tucker, preocupado.

—- Benson!

—- Olá, como vão as coisas?

—- Não tão bem, estou em uma investigação em campo, falo com você mais tarde, ok?

—- Ok! Se cuida.

 Hank curioso, pergunta:

—- Quem é?

—- Não importa. Olívia sente seu rosto ruborizar.

—- Como não importa?  Você está com alguém! Percebi pela sua voz!

 Hank toca suas mãos. Olívia o encara...

—- Sim, tenho alguém!

 Hank volta sua mão ao volante, sente um vazio em seu peito.

—- Posso perder minhas esperanças? Diz ele com a voz rouca.

—- Hank, nós não daríamos certo. Seria apenas mais um relacionamento ocasional. Você em Chicago, eu em NY... Que futuro teríamos?

—- Você está feliz?

Olívia sorri.

—- Sim! Muito!

 Hank para o carro no acostamento, toca a perna de Liv, relembrando os bons momentos que tiveram juntos, olha em seus olhos, com sua voz rouca.

—- Gosto muito de você, e quero muito, muito que você seja feliz!

 E lhe beija carinhosamente nos lábios, numa despedida sincera. Olívia o abraça.

—- Que você também seja muito feliz.

 Seguem caminho. Na faixa do sentido contrário, vem um carro em perseguição. E pelo rádio são informados que a polícia local estavam perseguindo Yates e Rudinick  no furgão.

—-  Segure-se!! grita Hank para Olívia, e faz uma manobra arriscada.

—- Tenente em perseguição, precisando de reforço. Veículo 4435. Benson pede reforços.

 A perseguição está nos noticiários, Ed liga a Tv e acompanha tudo do escritório. Seu coração está a mil, ele sabe que Olívia está num dos carros. Ed pede permissão para acompanhar a transmissão de rádio da polícia.

 O furgão de Yates sai da estrada e rola ribanceira abaixo. Rudinick é lançado para fora e morre no local. Yates foge à pé e armado. As unidades se juntam e todos vão atrás de Yates floresta a dentro.

 Lindsay e Dodds se separam do grupo por outra trilha, Voight e Benson estão logo atrás deles. Yates entra numa cabana, faz um casal de retém. Tiros são disparados, helicópteros sobrevoam o local.

—- Tenente Benson falando, atenção todas as unidades, cabana a noroeste da floresta. Precisamos de reforços. Temos reféns no local.

 Ed ouve sua voz no rádio, e fica mais aflito.

 A cabana é cercada, Lindsay entra e avista Yates com a arma na cabeça da mulher, o marido está ferido caído próximo à porta. Dodds também entra e mira sua arma em Yates.

—- Acabou Greg, acabou. Você está cercado. Baixe a arma, se entregue.

—- Você não me conhece o suficiente.

Yates ameaça atirar na vítima em suas mãos.

—- Acalme-se, grita Lindsay, não faça isso.

 Yates se desespera, mira em Lindsay, mas antes que ele atire, Dodds que o tem sob sua mira, acerta-o no meio da testa. Benson e Voigth invadem a cabana.

—- Vocês estão bem? Estão feridos?

—- Não tenente, estamos bem.

Benson pega o rádio.

—- Precisamos de uma ambulância, refém ferido, criminoso abatido.

 Todos retornam a central, exaustos... A equipe de Chicago se despede.

—- Bom trabalho tenente!

—- Bom trabalho sargento. Dodds e Lindsay fizeram um ótimo trabalho.

—- Boa viagem pra vocês.

Olívia vai para sua sala, inicia seus relatórios....seu celular toca. Ela atende sem olhar... -- Benson!

 -- Olívia, sou eu...Ed.

—- Oi meu amor, já estou na central.

—- Parabéns pelo trabalho.

—- Foi tenso, graças a Deus tudo deu certo.

—- Posso te buscar?

—- Que horas são agora?

—- Quase 18h!! Nossa, nem me dei conta...Pode sim.

—- Ok, em 10 minutos estarei aí, me encontre no estacionamento.

—- Ok.

 Olívia arruma suas coisas, dispensa o esquadrão e se despede. Liv pega o elevador e desce no estacionamento, Ed à espera em seu Tucson preto. Ela entra no carro e ele a abraça.

—- Estava aflito.

—- Tudo bem? Pergunta Olívia

—- Agora sim, você está aqui, e bem!

—- Vamos ao mercado?

—- Vamos!

—- Fez a lista de compras?

—-  Lista? Que lista?

 Liv sorri.

—- Como vamos às compras sem uma lista?

—- Indo ué...

—- Não acredito que você não faz uma lista do que precisa comprar!

—- Não faço...

—- Ok, ok, eu fiz uma! Liv se surpreende.

 Compras finalizadas.

—- Vamos dar uma fugida?

—- Fazemos assim, passamos em casa, deixamos as compras vemos Noah e saímos. Pode ser?

—- Ok, pode ser.

—- Oi Lucy, tudo certinho?

—- Oi Liv, olá Sr. Tucker, tudo certinho.

 Noah estava brincando na sala e se alegra com a chegada dos pais.

—- Olá amigão, como foi seu dia?

—- Papai vem brincar! Vamos, vamos brincar.

 Olívia arruma as compras e conversa com Lucy.

—- Voltarei amanhã pela manhã, ok?

—- Sim Liv, pode ir tranquila. Qualquer coisa eu ligo.

 Olívia pega Noah no colo, o abraça forte e brinca com ele um pouquinho. Preciso de um banho.

—- Ok, te espero.

Ed volta a brincar com Noah Olívia se arruma.

—- Estou pronta. Vamos?

Lucy leva Noah pro quarto pra que possam sair sem problemas.

—- Vem Noah...vamos buscar seu ursinho!

—- Vamos? Pergunta Ed. Onde você quer jantar?

—-  Não sei, você escolhe. Ok. Acompanhei pela tv a perseguição. Me deu agonia saber que você estava num daqueles carros.

—- Nos dividimos em duplas, na estrada, o furgão passou por nós. Hank fez volta para perseguir eles, foi tenso. Até que saíram da estrada e rolaram ribanceira abaixo.

—- Hank? Pergunta Ed.

—- Sim, Sargento Hank Voight de Chicago.

—-  E vocês estavam no mesmo carro?

—- Sim, Ed. Nós fomos juntos.

—-  Olívia, você teve alguma coisa com esse cara? Ed é incisivo.

—- Ed, eu...ahhh Ed freia o carro de repente no cruzamento e a encara... Ed, cuidado!

—- Desculpa, o sinal fechou em cima. Olívia por favor, não me enrole...olhando firme pra ela.

—- Ed, antes de ficar com você, tive alguns relacionamentos, como você mesmo sabe, mais nada sério. Mas não tenho que ficar te falando isso.

—- Você e o sargento de Chicago?

—- Sim Ed, tivemos uns encontros, nada mais que isso.

 Ed sente seu sangue subir pelo rosto. Liv coloca a mão sobre as suas ao volante. Ed se cala. Estaciona o carro no restaurante e se vira pra Olívia, que o percebe com muito ciúme.

—-Promete pra mim que vocês não vão se encontrar mais.

—- Ed, não temos mais nada, apenas trabalhamos juntos hoje, num caso comum aos dois.

—-  Me promete, por favor...

—- Ed, não posso te prometer algo que está além de mim. Somos profissionais. E se o trabalho nos coloca juntos como hoje, não posso mudar isso.

—-Liv...

—- Ed, eu te amo!

—- Eu te amo Liv! E se beijam, apaixonadamente.

—- Vamos, jantar, rodízio de massas?

—- Hummmm acho que vou engordar! Adoro massas.

—-  Eu também!

Sentam-se e se deliciam a cada prato. E pedem vinho tinto suave para acompanhar.

—- Ed, você não pode beber, está dirigindo.

—- Eu sei, eu sei...apenas uma taça. Liv, vou deixar meu apartamento fechado, não vou aluga-lo, será nosso refúgio.

 Liv sorri

—- Refúgio? Amei a ídeia.

 -- Sim, iremos pra lá essa noite, já deixei arrumado pra você.

—- Quanta honra...Liv morde os lábios bebericando o vinho.

—- Liv, quero pagar o aluguel do seu apartamento.

—- Não Ed, é minha responsabilidade.

—- Não Liv, faço questão. Estou indo morar com você!

—- Ed...

—- Não adianta Liv, caso encerrado.

—- Não senhor, dividiremos então!

 Com olhar desafiador para ele...

—- Ok, você venceu, dividiremos.

Liv resmunga para si.

—- Sempre irei vencer.

Ed escuta.

—- Vamos ver! Minha Pimenta doce, apertando os lábios.

 Liv toma 3 taças de vinho, e fica um pouco tonta. Ed percebe que ela está alta e lhe avisa:

—- Chega mocinha. Já bebeu demais. Satisfeita?

—- Sim, até demais...e bebe o vinho que estava na taça de Ed.

—- Chega Olívia, vamos pra casa.

—- Ainda bem que não estou dirigindo...

—- Ainda bem mesmo, você não tem condições de andar sozinha, muito menos dirigir.

Ed a segura pela cintura e a põe dentro do carro. Dá a volta e senta ao volante. Dá a partida, Liv está tonta e não se sente bem.

—- Liv, o que você está sentindo?

Liv olha para ele e sorri

—- Nada...vamos para casa.

Ed estaciona o carro em sua garagem e a ajuda a sair do veículo, completamente tonta enjoada, Ed a ajuda a subir as escadas.

—- Olha o que você fez...bebeu demais minha Pimenta.

—- É, acho que sim. Não estou bem!

 Ao entrar no apartamento Liv corre pro banheiro...vomita tudo, sua cabeça dói... Ed a segura.

—-Terminou?

—- Sim, estou com dor de cabeça.

—- Vamos, vou te dar um remédio, irá melhorar.

 Ed a põe no sofá e vai buscar um café e medicação. Ele sabe porque ela fez isso, a conversa da noite anterior mexeu com ela, ele a entende.

—- Tome, um café bem forte e um analgésico. Logo logo você melhora.

—- Ed, me desculpe...estraguei nossa noite.

—- Não se preocupe minha querida, foi só um porre. Acho que você precisava disso. Olívia toma o café e o remédio, e se recosta no sofá. Ed a chama:

—- Venha, vamos trocar essa roupa, vou te colocar na cama.

 Ainda tonta, Liv caminha para o quarto de Ed, ele a ajuda a colocar uma blusa e calça de moletom e a deita na cama.

—- Relaxa minha querida, daqui a pouco você melhora. Liv adormece.

 Ed vai arrumar as roupas dela que ficaram pelo chão. Se deita ao seu lado, seu desejo de possui-la é enorme, mas se segura e dorme ao seu lado. Oliva acorda às 3h da manhã, não lembra direito o que aconteceu, um borrão em sua mente. Ela se senta na cama, sente a boca amarga e procura lembrar. Ed acorda com sua movimentação.

—- Está melhor?

—- Ed, o que aconteceu? Não consigo lembrar direito...fomos jantar, conversamos e depois disso?

 Ed sorri.

—- Você bebeu demais.

—- Estou percebendo, minha boca amarga, minha cabeça vazia.

 Liv se levanta, e vai pro banheiro, quer escovar os dentes e tirar o amargo da boca. Ed a segue.

—- Melhor?

—- Sim, estou começando a lembrar, que vergonha!

—- Vergonha de que?

—- Eu beber desse jeito...

—- Quer comer alguma coisa?

—- Não, quero água, estou com sede.

Os dois vão para cozinha.

—- Gelada?

—- Não, natural.

Eles sentam no sofá.

Melhorou agora?

—- Sim, estou melhor. Me desculpe, meu amor...

Ed a beija.

—- Você está bem? Tem certeza?

—- Sim, o mal estar passou.

Liv o puxa para si e se beijam novamente despertando arrepios.

—- Venha, vamos pro quarto, sussurra Ed em seu ouvido.

Eles cruzam o corredor arrancando as roupas um do outro, largando pelo chão e se acariciando mutuamente. Chegam ao quarto nus, arrepiados de prazer, completamente excitados. Ed a escora na parede, de costas, se encosta para que sinta seu pênis enrijecido, mordisca sua orelha e alisa seus seios, vai descendo sua língua por suas costas, a faz delirar, a vira de frente e com as mãos em seus seios, começa a beijar sua virilha e suas coxas. Liv geme

—-...ahhhhhhhhhh ohhhhhhhhh

 Ed a traz para cama, a faz sentar em seu rosto e sua língua descobre seu clítoris, Liv geme mais e mais, se abaixa se deita sobre Ed e abocanha seu pênis, delicadamente, fazendo-o tremer. Mordisca-o massageia o pênis completamente ereto e o chama...vem pra mim...vem pra mim... Ed se senta na cama e traz Liv para seu colo. Ela se encaixa com as pernas cruzadas nas costas dele e se tomam um ao outro, sentados, abraçados, se beijam... A penetração é completa, movimentos de vai e vem, Ed beija os seios de Liv, ela entra em êxtase. Chega ao ápice do prazer, Ed segura mais um pouco, quer vê-la aproveitar seu momento, mas seus hormônios explodem e ele goza dentro de Liv sentada sobre ele. Se abraçam, fazem carinho em suas costas e se beijam finalizando um momento mágico, intenso. Ed a retira de cima dele, delicadamente e se deitam extenuados...adormecem.

O relógio marca 6h da manhã, Ed acorda. Liv ao seu lado, estão nus. Ed a admira, se encanta com tanta beleza. Vai para o banho e depois foi fazer um café pros dois. Ed, enrolado na toalha, corta mamão joga cereal em cima e passa um café. Volta para o quarto e senta na cama ao lado de Liv.

—- Acorda bicho preguiça, sussurra Ed em seu ouvido.

 Liv acorda devagar, a claridade da janela incomoda seus olhos. Ed percebe a fotofobia e fecha as cortinas. Liv percebe que está nua, e procura algo para se cobrir.

—- O que foi, está com frio?

—- Não!

—- Então?

—- O que foi?

—-  Sei lá...estranho acordar assim...

—- Linda! Perfeita!

 Liv sorri envergonhada. Ed a beija

—- Vamos tomar café...mamão com cereal...frutose e fibras!

—-  E um café, pra acordar! Ed leva a fruta à boca de Liv. E a lambuza de propósito. A beija e a lambe.

—- Café?

—- Quero...preciso acordar de vez.

—- Esse é o propósito.

—- Nossa, como você está cheiroso...assim não aguento. E sorri.

 Ed a toma nos braços, Liv desenrola sua toalha. Ed percorre seu corpo com os dedos, alisa-o, explora suas curvas. Liv se deixa levar, seus olhos fecham, seus pelos se arrepiam. Procuram suas bocas num beijo quente. Ed toca suas coxas, aperta-as...Liv mordisca seus lábios, fecha as pernas, cruza-as provocando-o.

—- Eu te quero, te desejo...sussurra Ed.

Explora seus seios, um monumento a seus olhos e a sua boca.

—- Eu sou sua, toda sua...responde Liv, cedendo as suas mãos em sua vagina.

 Liv...fica de quatro pra mim...

Olívia sai de seus braços e procura a beira da cama. Ed a segura pelos quadris. Liv está completamente úmida e quente. Ed penetra sua vagina devagar, puxando seus quadris num ritmo lento. Liv treme seu corpo

—- ...Ed...Ed...ohhhhhhhhhh

Ed a puxa com mais força, aumenta o ritmo, e não segura mais...explode dentro dela

—- ...ahhhhhhhhhhh...

 Ed percebe que Liv ainda não chegou em seu ápice, e com os dedos a estimula, com seu pênis ainda dentro dela. Liv cai deitada, seus braços cedem a pressão de Ed. Ele a vira de frente e com os seios em sua boca, vibra seu clitóris com os dedos. Liv geme.

—- ..Ed...Ed...

E seus hormônios chegam ao êxtase. Ed observa cada segundo, cada centímetro de seu corpo no auge do prazer. Ed deita ao seu lado, eles riem, se olham fundo nos olhos, os dois sussurram ao mesmo tempo.

—- Eu te amo! Ed, precisamos ir para casa, precisamos liberar Lucy. Traz minha roupa, por favor vou tomar banho.

—- Sim vou buscar.

 Se arrumam rápido e Ed dirige de volta pra casa. Liv.

—- Como se sente?

—- Uma leve dor de cabeça ainda.

—- Quando chegarmos em casa, vá descansar, deixa que eu cuido de Noah.

—- Obrigada, meu querido. Vou tomar um analgésico.

 São 8h da manhã e Lucy já os espera. Noah ainda dorme tranquilo.

—- Bom dia, Lucy.

—- Bom dia, Liv...sr. Tucker!

—- Obrigada Lucy, até segunda.

 Liv abre a bolsa lhe entrega um envelope.

—- Obrigada Liv, até segunda.

 Ed procura o analgésico na caixa de remédios e leva pra Liv.

—- Tome minha querida. Aproveita e descansa um pouco.

 Ed escurece o quarto pra Liv dormir um pouco mais.

—- Descansa minha Pimenta, dorme tranquila.

 Olívia dorme rapidamente e Ed vai ajeitar as coisas para dar atenção a Noah. Ed passa o dia inteiro com Noah, Olívia dorme e Ed sabe que ela precisa desse tempo. Emendou 48h de plantão, trabalhou no dia seguinte e num caso exaustivo, enfrentou lembranças terríveis e bebeu além da conta, o descanso era necessário. Olívia acorda às 18h, completamente desatualizada do horário, não imaginava poder dormir tanto. Sai do quarto e vai ao encontro de Ed e Noah na sala, que estavam entretidos na brincadeira dos blocos criativos.


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