.P.O.V. Akira.

  Assim que a aula terminou, uma garota veio falar comigo, a mesma garota que perguntou se eu e o Yuri estávamos namorando. Ela era um pouco maior que ele, tinha cabelos negros e olhos azuis, mas tinha uma vara meio enjoada, como se fosse superior aos outros ali.

  - Akira-kun. - de onde ela tirou essa intimidade? Eu nem sei o nome dela!

  - Ahn... eu? - olhei para o Yuri, que nos observava, de longe.

  - E-Eu gostaria de falar uma coisa...

  - Tá. - eu estava confuso, e ao mesmo tempo assustado.

  - E-Eu gosto de você... por favor, namore comigo. - ela exclamou olhando para baixo.

  - O-Olha... eu... - tentei amenizar a situação, corado.

  Então, Yuri se aproximou, parecia extremamente irritado. Ele abraçou o meu braço, com força, encarando a garota com um olhar mortal, eu estava esperando a morena cair morta ali mesmo, só com o poder da mente dele.

  - Não! - ele reclamou, emburrado. - Ele é meu!

  Eu não sabia se ria ou se chorava, a garota levantou o olhar irritada, e partiu para cima dele, mas, antes que ela fizesse qualquer coisa, eu segurei seu braço, sério.

  - Não. Encoste. Nele. - falei, pausadamente, tentando ficar calmo.

  Ela se soltou, irritada, e saiu andando, me deixando sozinho com o Yuri. Encarei-o, percebendo o quanto ele estava assustado, e passei o braço por cima de seus ombros, rindo.

  - Quem diria, meu namorado é ciumento. - cutuquei a barriga dele, fazendo com que ele me encarasse, emburrado.

  - Sou mesmo, ela estava se atirando pra cima de você. - reclamou. - E ela sabe que nós estamos namorando!

.P.O.V  Yuri.

   Quando a garota falou que gostava do Akira, não sei o que deu em mim. Quando vi, já havia falado, e a garota estava levantando a mão para mim.

   Fiquei assustado, mas Akira já tinha segurado sua mão. Seu tom era desconhecido para mim. Era frio.

    Eu já estava irritado, Akira inventa de me provocar. Fiquei emburrado, quando ele completou.

— Sabe, não é como eu fosse te largar para ficar com ela.

   Dei um sorriso me sentindo bem mais calmo. O caminho foi bem calmo. Até que de repente ele solta.

— Mas, sabe, é bom saber que você tem ciúmes de mm também. – comentou, olhando para mim.

— Você tem ciúmes de mim? – perguntei, sorrindo.

    Ele corou e virou a cabeça para o lado, ri da reação causada.

— Tenho... – falou, baixo.

    Parei de andar e ele me olhou confuso. Fui na frente dele.

— Não precisa! Não é como eu fosse te trocar por alguém. – falei, completamente corado.

— Fico feliz...

    Ele se abaixou um pouco, ficando da minha altura e me beijando.