Perigoso escrita por CPP


Capítulo 11
Capítulo 11.


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! Aqui é a SF, nossa, vocês sumiram, hein? Só apareceu a Luna no capítulo anterior (TE AMO LUNA ♥)

Maaas, de qualquer maneira, peguem seus lencinhos, seu chocolate e seus feelings, porque o capítulo de hoje vai ser bem tenso. ;-;



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(Trilha Sonora: Bleeding Out - Imagine Dragons)

.P.O.V. Toshi.

Assim que o Sho chegou em casa, ele seguiu para o quarto, não virou para reclamar comigo por não ter lavado a louça, não falou com o Akira sobre o jantar, nada disso, ele simplesmente nos ignorou e se trancou no quarto, isso era muito estranho, mas, de qualquer maneira, resolvi ignorar, afinal, era o Sho, ele não era meu fã, de qualquer maneira.

Conversei um pouco com o Akira, depois, saímos para comer, afinal, era o Sho que costumava cozinhar, e nenhum de nós dois estava afim de tentar hoje. Depois que voltamos, eu fui para o meu quarto e o Akira para o dele, me joguei na minha cama, cansado, e peguei no sono quase na hora.

3 dias depois...

Estava sozinho na sala de aula, apenas com a Youko, todos já haviam sido liberados, e a escola estava prestes a fechar, descemos as escadas conversando, eu falei sobre o Riki ter acordado e ela pareceu feliz, até que o Yuri se aproximou de nós.

— Ei, eu disse que ele era perigoso, o que você está fazendo com ele?

— Perigoso? O Toshi? - ela riu. -  o Toshi é uma das melhores companhias que eu já tive!
— Youko, sai de perto dele, ele é só um sequestrador. - exclamou Yuri, me fulminando com o olhar. - Eu realmente queria te poupar disso, mas você está se aproximando muito dele.

— O-O quê? - ela parecia confusa. Me virei para o Yuri.

— Eu sou só um sequestrador? QUEM É VOCÊ PRA SABER QUEM EU SOU?! - exclamei, irritado. - Você não sabe como é viver num orfanato a sua vida toda, apanhar apenas por ser menor que os outros, e não é apanhar como você, só de vez em quando, eles me batiam todo dia, os funcionários não estavam nem ligando. E então, eu conheci o Riki, e ele me ajudou a fugir, e nós encontramos o Akira e o Sho, e sequestramos uma pessoa, eu nunca gostei disso, mas era melhor do que passar fome e sede, morando em uma cabana no meio de um lixão.

— Toshi eu... - Youko começou a falar alguma coisa.

— E então vem um filhinho de papai ridículo, que foi tratado muito bem pelos sequestradores, e fala que eu não deveria ter amigos porque sou SÓ UM SEQUESTRADOR! Tudo bem, então, eu sou só um sequestrador, eu nunca passei por dificuldades, eu só sequestro pessoas por maldade, mesmo. Eu nem estou tentando mudar, ok, pode ser assim, então. - me afastei, correndo para fora da escola, mesmo na chuva.

— Toshi, espera... - Yuri tentou me fazer voltar.

— CALA A BOCA, SEU RIQUINHO MIMADO! - gritei, já longe. - EU TE ODEIO!

Corri até o hospital, para visitar o Riki, ele acordou ontem de tarde, e era a única pessoa em quem eu realmente confiava. Assim que entrei no hospital, eu estava encharcado, a chuva deixou meu casaco ensopado. Pedi para ver o Riki e segui para o quarto onde ele estava.

— R-Riki... eu posso falar com você? - pedi, com, a voz embargada.

— Claro, Toshi. - sentou-se na maca, me encarando. - O que aconteceu?

— Eu c-conheci uma garota... chamada Youko. - murmurei, me aproximando. - E ela conversou comigo nos dias que você estava desacordado, mas... o Yuri contou pra ela sobre o que aconteceu.

— E o que você fez? - passou a mão no meu cabelo, me puxando para mais perto.

— Eu falei tudo, Riki... - abracei-o, tremendo de frio, graças ao ar condicionado e à roupa molhada. - Falei sobre o orfanato, sobre os garotos que me batiam, sobre o dia em que você apareceu e me ajudou, falei da nossa cabana e de todo o resto.

— Você se sentiu melhor depois disso? - me abraçou de volta.

— S-Sim, mas... a Youko deve me odiar agora... - as lágrimas não paravam de escorrer pelo meu rosto.

Eu nunca chorava na frente de ninguém, eu não chorei quando briguei com o Yuri, eu não chorei no caminho para o hospital, nem quando falei com a enfermeira. Mas... na frente do Riki, eu podia chorar o quanto quisesse, ele era meu irmão mais velho, e eu me sentia confortável para chorar na frente dele.

— Riki, eu estrago tudo... - funguei. - Eu odeio isso!

— Ei, ei, você não fez nada, quem falou tudo para essa tal de Youko foi o Yuri, além disso, se ela era realmente sua amiga, vai entender que você está tentando mudar. - sorriu fraco, passando a mão no meu cabelo. - Eu volto pra casa hoje, não quero você triste, eu ainda nem vi o novo apartamento!

— C-Claro. - sorri de volta. - Você já recebeu alta?

— Hai. - me levantei, um pouco melhor. - Só preciso trocar de roupa e nós podemos ir.

— Eu trouxe uma muda de roupas! - exclamei, abrindo a mochila e jogando uma calça, uma blusa e um moletom para ele. - Eu sempre trago quando venho te ver, eu nunca sei quando você vai receber alta.

— Ah, que bom. - riu, indo se trocar.

Fiquei sentado, esperando o Riki terminar de se trocar, tremendo de frio, por que eu inventei de sair na chuva?! Provavelmente eu vou pegar um resfriado agora! O Riki voltou, já arrumado, e nós saímos do hospital, andando até em casa, dessa vez com o guarda-chuva.

Quando chegamos em casa, eu fui tomar um banho quente, e o Riki foi explorar o lugar. Fui para o banheiro, entrei debaixo da ducha, ansioso, a Youko deveria realmente me odiar, mas, o que eu podia fazer? Eu merecia, de qualquer maneira!

Assim que terminei, me sequei, colocando o pijama e saindo do banheiro com uma muda de roupas encharcadas, levei tudo para o cesto de roupa suja e voltei para a sala, podendo escutar o Riki e o Sho discutindo, mas já?

— Rikki! Você tem que se recuperar logo! - Sho exclamou. - Se você dormir no sofá, sua ferida pode abrir de novo!

— Ah, pare de besteira, já deve ter cicatrizado! - rebateu. - Fica na sua cama e eu durmo no sofá!

— NÃO! - continuaram discutindo, até o Riki ceder.

— Tanto faz, mas, e você? Vai dormir onde? - o ruivo resmungou.

— Na cama de baixo! - sorriu, vitorioso.

— Olha, se não é o traidorzinho. - murmurei, passando direto para a cozinha e abrindo a geladeira. - Obrigado por nos deixar passando fome por três dias direto. Eu tive que aprender a fazer onigiris, mas, pelo menos, ficaram melhores que os seus.

— Cale a boca. - resmungou, olhando para baixo. - Eu vou sair, você se virem aí.

— Claro, traidorzinho. - bati a porta da geladeira com força, ao mesmo tempo em que ele batia a porta do apartamento.

— O que aconteceu? - perguntou Riki, confuso.

— Nada...


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