Uma bela coincidência escrita por irritabiliz0u


Capítulo 28
28 - Ela


Notas iniciais do capítulo

Digam se querem que eu libere fotos dos personagens do livro (Rafael, Catherine, Alyssa, Christian, Vivian, Bernardo, Juliana, Samuel, Elizabeth, Melanie...)



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4 meses depois...

4 meses desde que achei Rafael nas ruas drogado. 4 meses de reabilitação sem permissão de visitas fora a família, e nem namorada dele eu posso me considerar. Alyssa sempre me traz uma foto dele e eu guardo junto com as coisas que tenho dele pra mim em uma caixa: uma carta, um pen drive, fotos e outras coisas bestas.

Não tem sido fácil, confesso. Mas saber que Rafael está em um local que tem toda a ajuda que precisa e seguro me conforta bem mais do que estar insegura se ele está em casa dormindo a noite ou fugiu.

Por fim dos casos, daqui a dois meses vou poder olhar em suas pedras cor de esmeraldas novamente e abraçar o corpo duas vezes maior que o meu.

Ele

—Você jura Alyssa que ela não está namorando com ninguém?

—Juro Rafa.

—Ainda continua do mesmo jeito que antes?

—Ei moleque, claro que não. Seis meses que ela não te vê, oito com mais dois que tens que passar aqui. Ela me pergunta de você sempre que volto, ainda está loiro dos olhos cinzas e boca rosada como você vive dizendo.

—Que bom. – Sorrio tentando não deixar uma lágrima cair, é muito doloroso.

—Então, me conta como é aqui. Estou ficando agoniada, todo mundo está de branco e tem umas pessoas que tenho medo de chegar perto.

—Os primeiros meses foram difíceis, meu corpo sempre pedia por mais sabe? Era a fase que gosto de apelidar de desapego. Depois veio a fase de aceitação, na qual tinha de me conformar pra não procurar por mais. Ainda estou na fase de aceitação. Mas tem gente boa aqui, tipo a minha enfermeira não é gostosa nem nada, é velha, mas é muito engraçada e sempre me dá caneta e papel pra escrever para Catherine.

—E por que você não dá as cartas pra ela?

—Nunca ficam boas. Meu psiquiatra diz que devo falar menos palavrões, mas porra, como lidar com tudo isso sendo lírico? Sinceramente, não posso desapegar dos palavrões.

—Você não seria o mesmo Rafa. – Minha irmã ri. Meu pai não quis vir me visitar e minha mãe só veio uma vez na primeira vez que foi permitido as visitas, no segundo mês.

—Mas tem uma carta que ficou boa, você poderia entregar pra ela? Por favor Aly, quero pedir desculpas. Antes que eu surte de novo e vomite o jantar nos papeis.

—Ai seu nojento, ok, eu entrego. Me dá aí. – Entrego a folha de um caderno dobrada para ela e depois me despeço, tendo que voltar ao meu cubículo que sou mantido preso a maior parte do dia.

Só mais dois meses Cath, só dois meses.

Ela

—Uma carta, ele disse que demorou pra escrever e foi difícil achar uma boa. – Aly me entrega sorridente o pedaço de papel e eu pulo para um abraço.

—Obrigada. – Corro para meu quarto a deixando sozinha na sala. Sento na cama e abro o papel reconhecendo a caligrafia familiar.

"Ah mulher, tu não faz ideia de como é difícil escrever isso. Porra, meu psiquiatra disse pra parar de falar mais palavrão. Aqui é legalzinho, eu irrito algumas pessoas, as enfermeiras, fiz umas amizades, mas eu sinto falta de ti. Muita falta. Saiba que o que mais quero é ver teus olhos coloridos. Vamos fazer muitas coisas quando eu sair daqui, eu prometo. Te amo safada"

Curta mas me fez chorar. Eu também sinto tua falta idiota.

Ela

Dois meses depois...

—Será que está bom? Assim, troco de roupa, está muito vulgar?

—Está ótimo.

—É sério Vivian.

—Tô falando sério menina.

Alyssa aparece radiante como sempre.

—Vou buscar ele, vocês me esperem aqui.

—Esperar? Eu não posso ir?

—Não, você tem que aprontar tudo aqui e esperar ele chegar.

—Que saco. – Fico de cara emburrada.

Alyssa sai e eu fico organizando tudo, pela terceira vez. Estamos aqui na sua casa, todos estão na cozinha e jardim (piscina e sala de jogos), esperando para a chegada de Rafael. Ele me disse uma vez que realmente tinha amigos então sai caçando eles até que achei. Todos são gente boa e por mais que as vezes eu me assuste dá pra conviver e arrancar sorrisos. Também tem Alyssa, Nervis que virou seu namorado, Chris, Vivian e eu, com alguns homens do bar antigo que Rafa frequentava e, é, está tudo certo. Todos estão curtindo e mesmo que alguns de seus amigos me cantem ou tentem me desmotivar, consigo segurar tudo nas minhas costas.

—Então Cath, há quanto tempo conhece o Rafa? E como o conheceu? – Landon, aparentemente o mais nerd do grupo, me pergunta educadamente.

—Um ano atrás, mais ou menos, foi em janeiro lá pra metade do mês, comecei sendo empregada dele e depois foi acontecendo.

—Que bom, meu pai era melhor amigo do pai dele, isso nos aproximou. Espero que você faça mais do que bem a esse menino.

—Eu também.

Troco mais algumas conversas aleatórias com Beatrice, uma do grupo, e depois com a roda de amigos. Até que ouço o som do carro de Alyssa.

—ELE CHEGOU! –Todos cessam as risadas e conversas procurando um local para se esconder.

—Ainda está tudo igual, que bom. – Ouço Rafa dizer antes de chegar a cozinha e todos gritarem surpresa. Ele fica feliz, atordoado, mas feliz. Me procura com o olhar até que me acha com o sorriso largo. Rafael abre os braços e eu corro me jogando em seu colo. Todos batem parabéns mas eu só consigo me concentrar no calor de seu corpo.

—Senti sua falta moleque.

—Também senti a sua rainha. – E aperta mais minha cintura.

—Você tem que cumprimentar o pessoal, agradecer por terem vindo.

—10 minutos, quarto de hóspedes. O primeiro.

—Ok.

Passados os dez minutos eu o espero ansiosa no quarto. Ele entra olhando para os lados para ver se não tem ninguém e sorri trancando a porta.

—Não podemos demorar.

—Mas eu tô com saudade.

—Você tem todo o resto da vida pra matar a saudade. – Digo sem pensar e por momento ele fica paralisado.

—O resto da vida é?

—Cala a boca. – O faço calar quando parto para cima aos beijos. Tiro sua blusa e ele a minha, como sempre adora brincar com meu sutiã.

—Promete que não vai embora depois?

—Prometo gata. – Ele me pega no colo e joga tudo que estava na escrivaninha, apoiando o meu corpo no móvel. Perdi a contagem dos momentos quando sua carne estava na minha boca, ele na minha. Algo assim. Rafael tampa com sua mão meus altos gemidos até chegar aonde realmente o quero: dentro de mim.

Algo tão comum, para mim se tornou especial. Não importa quantas vezes ele me toque, ou onde toque, vai ser como a primeira vez de tudo. Seus dedos, sua língua, ele sabe fazer tudo comigo me levando a loucura. Ambos os gemidos são abafados por tentarmos ser educados com que habita nossa casa, mas é impossível. Ele me faz gritar e gritar, mas acima de tudo me faz sentir viva. Ele me conhece.


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Notas finais do capítulo

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