Miraculous Dragons escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 9
A friend...




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Uma semana depois...

                - Vocês dois já estão me tirando do sério! – Grita Asgard – Como podem deixar todo o trabalho para mim?

                Me encolho na cadeira, estava frito. O porquê? Bom, a professora J de física de partículas passara um trabalho para semana que vem e com toda essa vida dupla e escola e aulas e fotos e modelos e preocupações e... Talvez eu precise de férias desse negócio de vida.

                Por sorte, eu não estava sozinho nessa. Astrid também tinha alguns serviços à tarde e estaca levando sermão ali do lado, era bom ter companhia até mesmo na miséria, ela suspirou e sorriu compreensivamente.

                - Desculpa, Asgard. Me dê o que fazer, que eu farei direitinho no prazo que você quiser, tudo bem?

                Ele cruzou os braços e fez um biquinho.

                - E quanto aos meus sentimentos? – Ele dramatiza.

                Rimos.

                - Oh, perdão por ferir seus sentimentos – Digo.

                - Ou o grande ego dele – Astrid sussurra pra mim.

                - Eu ouvi isso! Ora, paguem-me um jantar antes de apontar meus defeitos!

                - Ok, ok. Estou com Astrid nessa, é só me dizer o quê e quando que eu farei, ok? Vai ser o líder do trabalho, Asgard!

                E o grande ego dele o fez sorrir orgulhoso como um leão ao trazer a caça, em dúvida, naquele momento mais do que o resto da semana ele voltara se sentir o fodão enquanto tudo o que eu queria era dormir, estava exausto de estudar até tarde e meu físico estava destruído, não queria nem ver como andava a minha saúde.

                Então Asgard organizou o trabalho direitinho dividindo as funções e as falas no dia seguinte e convidei Astrid para vir fazer o trabalho no sábado, que era quando eu tinha metade do dia para mim e meu pai saía com os amigos do trabalho, mas para minha infelicidade eu teria uma pequena surpresa.

                O dia havia chegado e eu me preocupei em não deixar nada da minha identidade secreta para trás e não deixar nada bagunçado, obviamente. O único real problema fora saber que meu pai estava doente e que ficaria em casa, eu só esperava que ele se comportasse com tudo isso, mesmo sendo rígido nem sequer sabíamos conversar um com o outro a não ser quando ele me vem querendo falar de política... Nunca tínhamos muito assunto, entende?

                - Você parece preocupado, espinha de peixe... – Banguela aperta os olhos com a língua para fora – É por causa da menina?

                - Astrid é só uma colega da escola, Banguela – pigarreio –tudo bem que às vezes eu fico sem graça perto dela, afinal, ela é bem legal, engraçada e um pouco cabeça quente e... Oh meus deuses! O que estou dizendo?

                Antes que Banguela pudesse falar alguma coisa, a companhia tocou e ouvi a secretaria:

                - Tem uma tal de Astrid esperando por você, Soluço.

                - Pode deixar que eu a busco na porta, Nicole! – Corro até a porta (o que era um longo caminho do meu quarto até o portão).

                Banguela escondeu-se dentro da minha jaqueta me desejando boa sorte preparado para sua soneca da tarde.

                - Oi, Astrid – a cumprimento ao abrir os portões.

                - Vou te contar como é estranho ser atendida por uma câmera bem na sua cara pela primeira vez... – rimos – Eu trouxe uma metade do que eu fiz ontem, não vai demorar muito.

                - Não se preocupe com isso, vamos entrando?

                Ela sorri para mim e entra.

                Já ao entrarmos me deparo com meu pai na sala, ele parecia que estava apenas nos esperando entrar, era uma das raras ocasiões em que eu o via sem terno em suas roupas casuais. Fiquei de certa forma aliviado por vê-lo assim, parecíamos ter uma relação normal e pacifica.

                - Boa tarde, senhorita Hofferson.

                Srta.Hofferson? Pensei.

                - Boa tarde, senhor Haddock – Astrid o cumprimenta de volta.

                Ok. Confesso que não sabia que esse era o sobrenome dela, mas pelo visto meu velho anda fuçando na vida alheia das pessoas relacionadas a mim. Não duvido nada que ele tenha espalhado câmeras por toda cidade para me vigiar agora que estou no colégio.

                Após o avisarmos sobre o nosso trabalho, ele volta para seus aposentos e eu guio Astrid até o meu quarto.

                O que posso dizer sobre meu quarto? Imagine as coisas mais legais que alguém possa ter e estou falando em um computador com quatro telas de alta definição com um som de primeira qualidade, duas paredes cobertas de livros, uma máquina de escrever, closet, uma cama grande e uma das minhas paredes era simplesmente uma janela com uma grande e luminosa vista de Berk. Tudo do bom e do melhor, como se pode imaginar.

                - Isso é que é um quarto muito legal – Elogia Astrid.

                Eu indico minha mesa de estudos para fazermos o trabalho onde passamos as próximas três horas que nem sequer passaram para mim, estava até sendo legal ensinar física para ela, sem falar que ela sabia me explicar alguns pontos fracos de outras matérias de vez em quando, era legal a reciprocidade.

                Nicole bate na porta.

                - Soluço, seu pai sugere que desçam para comer alguma coisa.

                Astrid olha o relógio.

                - Já se passou tudo isso? – Ela parecia surpresa – O tempo passou voando...

                - Mas já acabamos de todo o jeito, então... – Dou de ombros.

                Descemos até a cozinha, mas eu não esperava ver meu pai ali tomando seu café com rosquinhas enquanto folheava o jornal e pode adivinhar a primeira matéria? Sim, as pessoas ainda queriam saber o que estavam acontecendo com teorias cientificas absurdas.

                Nos serviram café também, com alguns pães e comemos num silêncio constrangedor, queria que Astrid entendesse que eu realmente não queria falar nada perto do meu pai, o medo que ele desaprovasse algo era imenso. Mas então ele resolveu falar:

                - E como anda o trabalho, meu filho? Conseguiram algo?

                - Sim, senhor – Respondo meio acanhado.

                - Melhore essa postura – ele adverte dando um gole em seu café – Disciplina, por favor...

                - O que está errado? – Pergunto. Minha postura estava excelente, para falar a verdade.

                - Erga o queixo.

                - Mas eu estou bebendo.

                Ele volta seu olhar ao jornal e deixo escapar um suspiro, ele sempre interpreta mal suspiros...

                - Se está insatisfeito com algo, apenas diga – Ameaça me olhando fixamente, aquele olhar de reprovação que eu não podia aguentar com toda a pressão que eu estava sofrendo – Chegando em casa tarde, cansado todo o tempo, reclamações do seu professor de francês... Pode reclamar! O que eu não estou fazendo de errado?

                Meus nervos não estavam muito bons para engolir aquilo e a pobre Astrid parecia desesperada para sair dali ou me defender, sem duvida, era corajosa. Eu queria gritar algo... o que eu devia fazer?

                - Eu não estou dizendo nada disso? Estou fazendo o que posso, tá legal?

                - Não levante a voz para mim – Eu nunca o ouvira tão ameaçador.

                Olhei para Astrid e segurei seu pulso saindo de casa sem olhar para trás, ouvi meu pai reclamar dizendo coisas como “onde eu errei?” “ou “Que desapontador...”, mas tentei ignorar as lagrimas, a raiva e tudo o que eu estava sentindo.

                Andamos por alguns minutos até ela ter certeza de que era hora de dizer alguma coisa, uma coisa que aprenderia sobre ela era que sempre sabia quando devia falar quando se tratava de mim.

                - Soluço...

                Parei de andar, segurei seu pulso tão forte que ficara vermelho. Estava envergonhado pelo o que fizera, por arrastá-la até aqui. Tínhamos andado até a doceria onde eu havia a visto pela primeira vez, sabia que ela estava perdida, era nova em Berk, mas senti que deveria trazê-la comigo até aqui.

                - Por que fiz isso? – Murmurei a soltando.

                Estava em uma pura e sólida pilha de nervos. Quase engasguei quando senti os braços dela ao meu redor, me abraçando, me segurando... Senti meu rosto corar, mas retribui o gesto a segurando forte.

                - Está tudo bem – Astrid deita a mão sobre minha cabeça.

                - Me desculpe...

                - Shiu! Está tudo bem – Ela ri e nos separa para que eu a veja sorrindo – Eu to aqui com você, calma.

                Decidimos fazer algo legal indo para o parque ali onde os vendedores ficavam na maioria do tempo, na velha e boa Avenida Balck Bird, em frente ao hotel Behind Infinity. Compramos algo para comer, optamos por algo doce e, enquanto andávamos por ai, me abri com alguém pela primeira vez na vida.

                Eu nem percebi o quanto acabara falando, Astrid sem duvida era uma excelente ouvinte, mas ela também se abrira comigo. Me contara sobre o acidente, que viera morar com os tios-avós e até jurei guardar segredo sobre as aulas de boxe que ela fazia escondido... Tínhamos bastante em comum, exceto que ela não tinha uma identidade dupla, obviamente. Daí ela me entenderia por completo.

                Quando nos demos conta, já havia anoitecido, estava bem tarde para falar a verdade e tínhamos andado bastante. Tentei ser um pouco como um guia turístico para ela, já que não conhecia o lugar e devo dizer que os olhos dela brilhavam a cada coisa nova que via. Resolvi levá-la para casa e ela me convidou para jantar.

                Jantar na casa dos Hofferson fora uma das coisas mais divertidas que eu já fizera em muito tempo, eles eram realmente divertidos, Anne era uma mulher adorável e Finn um excelente humorista com histórias ótimas. Me perguntava se era assim um lar...

                Astrid fora uma das pessoas mais legais que eu já conhecera, com certeza, passara a ser muito próxima conforme os dias se passavam acabando por nos tornarmos algo como grandes amigos.

                Mas a situação apertou certo dia quando estávamos na sala de estudos.

                - eu nunca vou aprender isso, desisto! – Astrid deita o rosto no livro – a vida como gari vai ser ótima, vou ajudar as ruas a serem mais limpas e o melhor: sem física!

                É difícil ensiná-la física sem rir das suas reclamações.

                - Ora, vamos lá, Astrid! Hoffersons não desistem fácil, não é?

                - Mas eu já tentei, Soluço – Ela afunda na cadeira.

                Ouvimos sirenes da policia no lado de fora, por mais de dez minutos, de um lado para o outro sem parar. Damos uma espiada na janela e vimos que um grande assalto ao banco ocorrera através da televisão que havia lá, os ladrões iriam fugir com muito mais que ouro e joias, mas com cúmplices e algumas raridades dos museus.

                “Esperamos que nossos heróis venham nos ajudar em meio a essa tragédia” dizia a repórter com preocupação no olhar.

                - Nadder vai se atrasar, um pouco...— Escuto uma voz murmurar.

                Precisava despistar Astrid, mas sem deixá-la na mão agora... Ela me mataria e eu não posso desapontá-la assim. Preciso fazer algo.

                - hã, Soluço... Eu tenho que fazer uma ligação, volto logo...

Sabia que ela estava mentindo, mas tinha de dar o fora dali o mais rápido possível. Seja lá o que fosse acontecer, precisavam de mim e o trabalho seria feito.

***

                Astrid P.O.V

                No dia seguinte, Fúria me manda uma mensagem pelo comunicador que vem em nossos trajes de herói, já era noite e a brisa fria em minha nuca me lembrava do quanto eu queria estar na minha cama quentinha após um dia cheio. Tia Anne teve sérios problemas no ateliê hoje e eu tive que trabalhar como uma condenada, mas estar ali como Nadder Mortal me fez sentir tão bem, parecia que havia acabado te tomar café da manhã.

                Estava observando a cidade do topo de um dos edifícios da Avenida West Cane, sempre gostei das luzes coloridas da cidade, chegava ser mágico... Uma sombra mexeu-se atrás de mim, mas eu já sabia quem era.

                - Então, por que me chamou aqui? – Continuo a fitar o horizonte.

                Fúria sai das sombras e contempla a vista junto comigo.

                - Precisamos conversar, Nad – Ele olha para mim, parecia preocupado.

                - Seja lá o que for, é só dizer.

                - Ando preocupado com os noticiários, sabe? Eles estão atrás de respostas... Faz parecer que nós não ligamos para as pessoas, que não estamos as protegendo – Fury senta-se deixando as pernas em queda livre – Conversei com meu guardião e ele me aconselhou em falar com você sobre o que devemos fazer.

                Sento ao seu lado, aliviada por não ser um problema maior.

                - Bom, o que tem em mente? Sei que nada que envolva flashes... – Sorrio para ele.

                - Eu não sei, talvez nós estejamos precisando de...

                Um telefone celular perto dos nossos rostos interrompe sua fala, nos viramos surpresos, mas bem ali tinha a solução dos nossos problemas. A única garota que subiria até o terraço violando quaisquer normas de segurança e despistando todos os seguranças ou obstáculos para chegar ao seu objetivo.

                - Heather, repórter do Miraculous blog, posso lhes fazer algumas perguntas?

                Nós dois trocamos um olhar, bem ali estava à solução dos nossos problemas.


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Notas finais do capítulo

AMANHÃ TEM MAIS NEGADA!



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