Miraculous Dragons escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 15
Suns and Stars(part 2)




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/688220/chapter/15

He kissed her, but she don't remeber...


POV Soluço

— Na-nad?
Nadder deu um passo lento em minha direção, com aquele olhar muito (mas muito) intimidador. Me forcei a não recuar, afinal, aquela ainda era a Nadder que eu conheço.
— Tudo pelo o que eu passei... - Ela deu mais um passo. - Tudo pelo o que eu sofri, tudo isso... - Fez uma pausa dramática ainda se aproximando. - Quer dizer que é culpa sua?!
Recuei um passo é senti meu coração afundar, aquele tom de voz frio e vazio com aquelas palavras vindo da Nadder, me fez me sentir mal. A Nadder foi minha primeira amiga, a primeira pessoa que escutou meus problemas e que me apoiou e me fez rir, e aquele jeito de falar não foi a Nad que eu conheço.
— Isso mesmo! - Natasha gargalhou alto. - É tudo culpa do Fúria da Noite! 
Nadder rosnou alto e tentou me acertar com um chute no rosto, mas consegui desviar a tempo.
— Calma aí! - Desviei de mais um ataque. - Você não...
— Cale a boca! - Nad gritou tentando me acertar com vários golpes, mas eu continuei a desviar até que bloqueei um soco no meu rosto segurando seu punho direito.
— Eu não quero te machucar. - Disse sério olhando para seu rosto enfurecido. 
— Você já me machucou! - Rosnou sob a respiração. - Todos aqueles acontecimentos foi você que os causou!

Não fazia ideia do que ela estava falando. O que eram esses acontecimentos? O que ela tinha sofrido? Com o que ela está com tanta raiva?
Nadder acertou um soco na bochecha direita, e cara, foi um soco bem dado. Dá onde vinha toda aquela força? Tropecei para trás, segurando a mandíbula. Olhei para cima só para ver Natasha sorrir vitoriosa.
— Vou deixar os pombinhos em paz. - Assim dito, ela pôs seu capuz ficando invisível pela segunda vez.
Voltei a olhar para Nadder só a tempo de desviar de um de seus espinhos.
— Escuta Nad, eu não sei o que você passou, mas a Natasha está mentindo para você. 
Ela me ignorou e lançou três espinhos. Desviei deles escapando pela janela e subi até o telhado. Assim que cheguei ao topo do hotel, onde havia aquela vista surpreendente de Berk, Nadder pousou alguns metros a minha frente apontando com seu arco armado para mim.

— Ei, ei, ei! – Levantei as mãos. – Vamos conversar com...  - Ela soltou a flecha, desviei por pouco, seguindo-a com o olhar e a vi furar a caixa d’água logo atrás de mim, fazendo a água vazar. - ...Calma.

Olhei para Nadder e ela já havia armado o arco novamente. Sempre admirei sua agilidade e achei muito útil, mas na situação em questão ela não era muito favorável. Nad soltou a flecha, e ela me errou. Franzi a testa, a Nadder nunca erra seu alvo, encarei seu rosto e não vi nenhuma expressão de estresse por errar, apenas aquela raiva que fez me sentir duas vezes mal. De repente arregalei os olhos e olhei para a última flecha atirada que explodiu a caixa d’água. Voei para trás e acabei rolando no chão até parar de bruços.

Balancei a cabeça para recuperar os sentidos e me pus em pé com certa dificuldade. Mal deu tempo pois Nadder já me atacou com uma série de chutes e socos, que alguns acabaram me acertando.

— Você é um idiota egoísta! – Exclamou Nadder em meio aos socos. – Só pensa em você! E ainda fica pagando de herói de Berk!

— Do que você tem tanto ódio? – Consegui segurar suas mãos e ela fez força para empurra-las para mim deixando nós dois cara a cara. – Talvez eu possa ajudar.

— Você não pode ajudar! – Seu aperto nas minhas mãos aumentou. Se continuasse assim, eu não aguentaria mais. Não gosto de admitir, mas a Nadder é mais forte do que eu.

— Então me diga! Eu sei que as coisas não são fáceis...

— CALE A BOCA! VOCÊ NÃO SABE DE NADA! – Seus olhos marejaram, mas não tiraram aquele olhar mortal. Ela deu uma joelhada em meu estomago, me fazendo soltar nossas mãos para segurar minha barriga enquanto me encolhia no chão molhado. Recuperei o folego e olhei de volta para Nadder que estava com a respiração pesada. – Eu te odeio!

De alguma forma aquelas palavras doeram mais do que a joelhada no estômago... Olhei para ela, ferido com as palavras, mesmo sabendo que ela estava sob efeito do ódio da Natasha. Não queria de nenhum modo machuca-la ou prejudica-la, então simplesmente a derrubei no chão e fugi planando pela cidade.

Pousei num beco fechado na parte mais parada da cidade. Apoei meu corpo na parede e me destransformei, pois precisava conversar com Banguela.

— Aah, que fome. – Banguela pousou em minha cabeça. – Sushi?

— Não tenho. – Suspirei.

— O quê?! Como assim não tem sushi? – Protestou puxando meu cabelo. – Espinha de peixe sempre tem sushi.

— Momento sério Banguela. – Passei a mão pelo rosto, enquanto ele procurava sushi nos meus bolsos. – Como trago a Nadder de volta ao normal? Aquela não é ela!

— Sinto em dizer que eu não sei. Não consigo pensar direito de barriga vazia.

— Eu não faço ideia do que fazer! – Exclamei me sentando no chão. – E não posso perguntar para ninguém a não ser você!

— E aquela garota morena que é fanática por vocês?

— A Heather? – Pisquei algumas vezes e me levantei do chão. – Isso já é desespero.

— Ué, mas você não está desesperado?

— Verdade... – Suspirei cansado. – Vamos lá então...

***

Depois de me transformar novamente, fui para a casa de Heather. Bati duas vezes no portão da garagem, segundos depois Heather abriu a porta e arregalou os olhos ao me ver.

— Hãm... oi. – Disse entrando na garagem. Não queria que ninguém mais me visse.

— O que veio fazer aqui? – Heather fechou o portão.

— É só ligar a TV no canal de notícias. – Me sentei na mesma poltrona em que fiz a entrevista no outro dia.

Heather ligou sua pequena TV da garagem, no canal de notícias mostrava imagens da Nadder voando pela cidade.

— Cadê você, Fúria da Noite? – Gritava ela.

— O que aconteceu? – Heather se sentou ao meu lado.

— Nós fomos atrás de uma vilã que apareceu, e ela tem uma foice que se você for ferido por ela, você explodia com seus sentimentos de raiva e ódio. Ela acertou a Nadder e botou na cabeça dela que eu sou o culpado de tudo. Agora a Nad quer me matar e eu não sei o que fazer para-la sem ter que machuca-la.

— E você quer ajuda? – Heather cruzou os braços.

— Mais para uma ideia.

— Uou, um super-herói pedindo ajuda para mim. – Ela riu sozinha. - Isso não acontece todos os dias!

— Heather, foco!

— Ah, desculpe. – Ela se encostou à poltrona e olhou para o teto. – Você disse que quem é acertado pela foice só sente ódio, certo?

— Certo.

— Bem, é simples, use água contra fogo.

— Hã? – Olhei esquisito para ela. Como assim, água contra fogo? Heather revirou os olhos.

— Se tiver algo pegando fogo, você apaga com água. Se alguém estiver triste, a deixe feliz. – Heather levantou as sobrancelhas. – O que é tudo isso?

— O contrário? – Perguntei incerto.

— Sim! – Exclamou feliz por eu ter entendido. – E o que é o contrário do ódio?

— Hum... o amor?

— Exato! Você tem que combater todo aquele ódio dela com amor!

— Mas como? – Perguntei ainda confuso. Me assustei ao ver um sorriso maroto vindo de Heather.

— Dê um beijo nela!

Arregalei os olhos sentindo meu rosto esquentar. Olha o papo de beijo surgindo de novo. Sim, eu tenho uma quedinha pela Nadder, mas mesmo assim...

— Isso é sério?!

*****

            Nadder estava aterrorizando o centro. Fui para lá logo depois de gravar um vídeo para o blog de Heather contando o que havia acontecido com a garota que ontem mesmo salvara a cidade ao meu lado.

            Ela estava numa das torres de sinal espalhadas na cidade, seus cabelos eram arrastados facilmente pelo vento e a luz da cidade abaixo de seu rosto faziam seus olhos brilharem tanto quanto as estrelas no céu acima.

            - Eu ouvi você se aproximando a cinco minutos... – Disse sem olhar para mim.

            - Nad, por favor, você não é assim e sabe disso. Não quero machucar você.

            - Talvez eu sempre tivesse sido assim – Ela vira e me ataca.

            Estava preparado desta vez e quando ela tentou me atingir com suas garras, desviei e Nadder teria caído em queda livre do topo daquela torre se eu não tivesse segurado seu braço.

            A puxei para perto o mais rápido que pude e a amarrei a torre com cordas que eu havia trazido da casa da Heather. Nadder Mortal resistia como podia, mas já estava presa quando dera por si.

            - Me tire daqui, seu covarde!

            - Eu espero realmente que isso não atrapalhe nossa amizade, quer dizer, não é nada pessoal, mas também não é que não seja... – Me calo, estava nervoso. Nunca tinha feito algo assim antes e, por mais que eu odiasse admitir, com alguém que eu não conhecia como eu mesmo.

            Me aproximei de seu rosto inclinando um pouco minha cabeça, ela se encolheu confusa, mas nossas presas afiadas se chocaram antes de qualquer coisa e senti um pequeno corte em meu queixo que nunca mais sairia (vocês sabem que cicatriz é essa).

            Me afastei suspirando, meu coração batia muito forte, mas olhei para o seu rosto confuso e lembrei de muitas das coisas que havíamos passado e me dei conta de que estava rápido, não iria beijar uma estranha, aquela era minha melhor amiga.

            Pus minha mão no rosto de Nadder e espremi suas bochechas a forçando a fazer um biquinho para que as presas não atrapalhassem e admito que ela ficou fofamente confusa.

            E foi assim que a beijei, bem ali no topo daquela torre, ela estava amarrada e eu esmagava gentilmente seu rosto. Entretanto, fora bom. Por alguma razão a senti ter um calafrio, talvez ela tivesse voltado para si, mas, quando pensei em checar, ela começa a retribuir de um jeito meio inconsciente e lento, senti o gosto doce dos lábios dela e me deixei sentir aquilo pelo o que eu pensava que fosse a primeira e ultima vez.

            Quando nos separamos, ela teve um mini desmaio e eu tive certeza de desamarrá-la mesmo com as circunstâncias da teoria de Heather estivesse errada.

            Nadder caiu sobre mim, mas eu a segurei e vi seus olhos numa estranha cominação. Primeiro, eles começaram como olhos humanos, ela tinha olhos azuis luminosos, entretanto eu só os vi por três míseros segundos até que os olhos de dragão me fitassem com dificuldade.

            - O... que... como? Onde... quem...

            - Nad! Sua maluquinha! – A abraço forte sem pensar – Você está bem...

            Para a minha surpresa, ela me abraçou de volta.

            - Fui acertada, não fui?

            - Não, não! Está tudo bem agora. Eu conheço você, vai se culpar se tiver a chance, mas eu não vou deixar.

            Nadder separa-se de mim surpresa pelo o que eu dissera. Nad ri pra mim e chego a uma conclusão:

— Você, nunca, jamais fique com raiva de mim de novo, entendeu?

            Beijo sua bochecha e ela cora violentamente.

            - O-ok... – Ela suspira tentando voltar a cor – Agora, não temos uma monstrinha para pegar?

            - Temos sim, parceira.

            Nos separamos e ela me olha com aquele sorriso sínico de canto.

            - Vamos lá, chutar o traseiro dela!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Em homenagem a uma grande amiga minha: Temp!
Ela foi uma das pessoas que me trouxeram para onde estou hoje mesmo que indiretamente (isso também vale para Heloise, RafaelaR, Jana, Soluço, a lenda... Vocês todos são ótimo escritores e agradeço com meu coração)
AGORA A GRANDE NOVIDADE QUE EU VENHO ENROLANDO A MUITO TEMPO:
essa fanfic está sendo reescrita para se tornar uma história em quadrinhos, por isso que os capítulos vem sendo postados sem data para o próximo, por isso que não tem mais das minhas artes da praia por aqui e eu achei que vocês mereciam essa explicação...
Por agora, apenas vamos torcer para que o projeto dê certo.
Até breve!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miraculous Dragons" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.