Miraculous Dragons escrita por April Criatividade Brooke, HeloiseC


Capítulo 1
Welcome to my home where nothing is normal...


Notas iniciais do capítulo

Welcome, welcome!
Bem vindos à "Miraculous Dragons", é uma honra narrar para vocês e espero que estejamos juntos até o fim desta emocionante e trabalhosa narrativa!
Se tiver sugestões ou dicas estamos totalmente abertas!
Boa leitura ;)



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1. Bem vindos ao meu lar, onde nada é normal 

 

É engraçado olhar para trás agora, estive vivendo os dias mais imprevisíveis de toda minha vida e ainda não sei responder o que aconteceu durante as férias de verão se me perguntassem...

E vou lhe contar como tudo e nada aconteceram... Prepare-se.

Deixe que eu me apresente: Meu nome é Soluço Haddock Horrendus lll, tenho 17 anos e eu posso ser qualquer coisa, exceto um garoto normal. Durante o dia, eu sou um cara quase normal, minha vida pode ser meio diferente da sua. Mas há algo sobre mim que você deveria saber, eu tenho um segredo.

Eu vivo em Berk, um país incrivelmente belo em pleno o século XXI, aqui tem as maiores atrações que você poderia imaginar desde pontes iluminadas á magníficos edifícios, também é um dos pontos turísticos mais famosos que já existiram e com uma população feliz e saudável. Tudo isso graças ao meu pai que fora apelidado de “Stoico, o grande”, ele é o presidente desde que me lembro, sempre querendo fazer do mundo um lugar melhor. É um homem inspirador, porém muito ausente e controlador quando se trata de mim.

Pois é, sou o filho do presidente. O que isso significa? Bem, só que eu tenho que ser perfeito em tudo, nem sequer a escola eu poderia ir, mas graças a insistência e a muitos “por favor” consegui fazer com que ele me deixasse frequentar o ensino médio desde que minhas aulas de línguas, esgrima, música e sessões de fotos não sofram com isso. Não vai ser fácil, mas vale a pena para ser um pouco normal, fazer alguns amigos... E o que mais viesse com isso.

Eu e meu pai vivemos sozinhos desde que a minha mãe desapareceu, ele é um pai bem ausente, mas tento não culpá-lo, não lembro muito da minha mãe, mas ainda tenho  lembranças de quando a minha casa era um lar. Agora eu tinha uma assistente chamada Nicole que repassava a minha agenda todos os dias, a vida nunca fora tão fria.

— Não esqueça que eu estarei de olho junto com Nicole, Soluço – Ele dá um gole em seu café - Qualquer deslize e essa história de ensino médio acabará.

— Sim, senhor – Respondo encarando meu prato intacto.

“Sete da manhã e ele já tirou meu apetite. Parabéns, pai! É o novo recorde” pensei.

— E dê um jeito nesse cabelo também, eu não pago os melhores profissionais para cuidarem de você para que corte os próprios cabelos desta maneira. Este corte é inadmissível!

— Sim... senhor. Eu... eu vou saindo, não quero causar uma má impressão me atrasando. Com licença – Digo saindo da mesa.

Ele não me olha, apenas continua a encarar a tela de seu tablet revendo seus afazeres, meu pai nunca fora tão dedicado ao trabalho, parecia uma máquina de trabalho imparável. Sempre fazendo ligações, recebendo visitas importantes enquanto eu estava em minhas aulas extras, dando entrevistas, preso numa pilha de papéis ou inaugurando algum lugar novo. Ir para escola me manteria o mais longe de casa possível, eu não aguentava mais aquele lugar.

O motorista me esperava do lado de fora. Bem, o que posso fazer por agora é não chegar atrasado.

****************************************

— Faça o favor de tentar chegar na hora, Sr.Haddock – Diz a ruiva ajeitando os óculos enquanto escrevia no quadro.

Sentei-me ao lado de um cara loiro que revirava sua mochila até tirar seu caderno meio surrado dali enquanto desligava o celular.

— Asgard – Ele estende a mão para mim.

Eu o comprimento.

— Soluço.

— Então você que é o filho do presidente – Ele murmura indo direto ao ponto – Não te vejo muito por aí...

— Sou meio ocupado – Respondo acanhado.

Temos uma pequena conversa durante a aula e acabamos nos tornando meio que amigos, foi legal ouvir sobre o outro lado do muro. Asgard tinha o porte de um atleta, mas queria mesmo era seguir a vida de músico ao lado de sua namorada Heather que queria ser jornalista investigativa.

O intervalo não demorou a chegar e todos estavam no pátio se conhecendo e perguntando sobre as férias de verão. Asgard inclusive me apresentara a Heather,sua namorada, ela era a garota de olhos verdes e cabelo negro que sentava logo atrás de nós junto da estrangeira que chegara agora na cidade.

— Prazer – Estendo a mão para cumprimentá-la.

Heather usou minha mão para fazer um “toca aqui”.

— Estamos juntos desde o fundamental – diz Asgard parecendo orgulhoso – Heather quer ser uma grande jornalista quando sairmos da escola.

Nós três conversamos por bom um tempo, quase me esqueci de comer o lanche, e ela parecia ser uma garota bem legal. A experiência de ser alguém normal era legal.

— Então, você viu o Fúria da Noite ontem? – Ela pergunta.

Quase engasgo.

— O quê?

— Você não sabe...

O sinal toca a interrompendo

“Salvo pelo gongo” penso.

Estava feliz em pensar que poderia viver assim todos os dias, sem problemas ou ter de ficar trancado, agora eu tinha a chance de fazer alguns amigos e meu pai não estaria ali para julgar nada ou ninguém. Tinha certeza de que as coisas poderiam, enfim, mudar para mim.

Mas toda essa monótona rotina pela qual eu estava ansioso para me adaptar mudara quando um dos atletas, Melequento, provocara uma garota.

— Você está apaixonada pelo Oscar? Ele é um dos melhores atletas, sua garotinha! – Ele ri pendurando uma carta selada com um coração acima dela – E ainda uma menina baixa e gordinha como você!

A garota tinha de pular para alcançar a carta.

Que cara idiota, como alguém pode ser tão mal assim?

Todos veem a garota partir chorando quando o tal Oscar se aproxima confuso sobre a situação.

A próxima aula começaria em instantes e ninguém fora atrás da garota que correra para o vestuário feminino, eu mesmo iria até ela e diria algo que a confortasse, mas não adiantaria por dois motivos: O primeiro era o de que eu não podia entrar lá e segundo porque nunca falara com muitas garotas na vida, apenas com uma ultimamente...

Não consegui me concentrar muito bem durante a aula de literatura por causa disso, parece o ensino médio que vai ser mais difícil do que eu pensei. Asgard parecia inquieto também, seu olhar de reprovação para Melequento era supremo, como se quisesse quebrá-lo ao meio e olha que ele poderia, Asgard parece do tipo que passa horas levantando peso mesmo sendo da minha altura e uns meses mais novo que eu. Se não me engano, a menina se chamava Ametista, era prima em segundo grau de Asgard.

De repente ouvira-se um estrondo, parecia que a escola iria desmoronar a qualquer momento. Todos olharam para a janela e vimos uma garota de dezessete metros saindo dos escombros do vestuário, sua pele era lilás, os cabelos negros enormes e bagunçados eram mais pesados que a brisa daquela manhã, presas enormes, quatro braços e estava prestes a destruir a cidade com uma grande luva de ferro presa á uma corda de couro, aquela arma era uma bola de demolição. Ou luva de demolição...

— Ametista! – Murmuro – Drago atacou novamente...

Tinha de sair dali o quanto antes. Por sorte, um bombeiro apareceu nos guiando até uma saída segura e nos mandaram ir para casa ou para o mais distante daquele monstro.

Corri para algum lugar vazio e silencioso, as ruas de Berk cheiravam a medo e café, parecia que cada vez mais o povo teria de sofrer com aquilo.

— Banguela, acorde! – Murmuro – Drago atacou novamente, temos que ir!

O pequeno dragão sai da gola de minha camisa, onde dormia, bocejando.

— Mas já? Eu ainda não almocei! – Responde.

Banguela era um pouco maior que a palma da mão, toda vez que Drago atacava ele poderia se transformar na minha identidade secreta.

— plasma eksplosjon! (explosão de plasma em norueguês)

O dragão é sugado para o medalhão que eu escondia por debaixo da camisa e sinto minhas roupas e corpo mudarem. Meus olhos logo mudariam de pupilas normais para finas e compridas como as de um gato em um tom de verde e preto, minhas orelhas se deslocarem no crânio, minhas roupas normais mudaram... agora eu era o Fúria da Noite.

****************************************

 

                Tudo começara no inicio das férias de verão, minhas aulas em casa haviam cessado no mesmo dia e eu não estava animado para ficar em casa entediado e depois ir para as minhas atividades extras de verão. Parecia um pesadelo sem fim.

                Meu pai mal falava comigo, nunca estava em casa e agora eu tenho uma assistente chamada Nicole que era mais fria e severa que um freezer, as coisas pareciam paradas e monótonas. Minha vida era sempre assim, a única coisa que me alegrava era quando ninguém estava em casa (ou, naquele caso quando todos estavam dormindo) e eu podia ir para meu “laboratório secreto” e ficar horas mexendo com máquinas como eu queria.

                Até que misteriosamente uma caixinha estranha veio parar na minha mochila. Não havia assinatura ou etiqueta, parecia ser para mim, talvez de alguma fã do meu trabalho como modelo (coisa que meu pai me obrigava fazer) ou coisa assim...

                Estava escuro lá fora, era bem tarde para dizer a verdade, eu estava apenas em meu quarto procurando meu telefone. Mas aquela caixinha me atraiu como nenhum presente que eu já ganhara na vida fez e eu decidi o abrir.

                Havia um colar de couro ali dentro, o pingente era de uma runa com algum símbolo nórdico que não me era familiar. Então um brilho inexplicável emanou do mesmo e foi assim que eu vi Banguela pela primeira vez, um minidragãozinho que se tornaria meu melhor e mais irritante amigo. Como ele viera parar na minha bolsa ou de onde viera era um mistério para mim, mas não tanto quanto a situação ali presente.

                - Ora, o que temos aqui? – Exclama o dragão flutuando a minha frente – Então você é o próximo escolhido para ser o Fúria da Noite?

                - O-o que diabos está acontecendo aqui?

                Eu tento segurá-lo, mas ele desvia.

                - Não me aperte! Eu explico tudo, mas eu estou faminto. Pode me arrumar algo para comer? – Ele pergunta sentando na minha cabeceira.

                Aquilo era loucura com certeza, mas eu fui até a cozinha e tentei alimentá-lo com tudo o que podia, mas o paladar dele era bastante exigente. Após trinta minutos vasculhando todas as comidas que o chef pudera preparar silenciosamente para não acordar meu pai, eu finalmente consegui algo que ele gostasse de comer.

                - Dentre todas as coisas do mundo, você escolhe sushi... – resmungo observando-o terminar de comer – Agora você me explica o que está acontecendo?

                - Eu sou um guardião, você ganhou um miraculous – Ele engole um pedaço de sushi - Tem o poder de purificar e curar qualquer coisa está bem? Entendeu?

                Nego com a cabeça. Não sei o que ele era, mas dava para perceber seu  jeito preguiçoso que eu nem sonhava que teria de lidar dali pra frente.

                O Dragão arrota e senta-se na minha perna.

— Os miraculous são joias existentes há milênios concebidos aos humanos pelos deuses nórdicos, eles foram criados com o objetivo de proteger a humanidade pelos seus portadores, que mudam conforme a geração. Entre estes, existem dois Miraculous que são mais poderosos que os outros: O medalhão do Fúria da Noite, que pode purificar e criar de tudo e o amuleto da Nadder Mortal, que pode destruir qualquer coisa. Há lendas que dizem que aquele que conseguir portar ambos os miraculous terá um poder infinito e absoluto... – O Dragão cala-se inclinando a cabeça com uma careta – Está entendo ou você tem essa cara de bobo mesmo?

— O que?

— Foi só uma brincadeira, tenha senso de humor! – Ele coça as orelhas antes de continuar - Drago Sangue Bravo quebrou as regras, ele roubou um miraculous extremamente poderoso que lhe concede a habilidade de dar o poder a qualquer e fazer deste seu campeão. Drago quebrou as regras ao roubar o Miraculous e usá-lo para o mal, sue objetivo é ter os dois Miraculous e então terá o poder supremo a não ser que você o derrote.

— Drago Sangue Bravo? O fugitivo que escapou de uma das mais reforçadas prisões roubou um miraculous?

— Sim, e você foi o escolhido pelos deuses para proteger a humanidade como Fúria da Noite e representar suas vozes sobre a Terra. Os poderes do Miraculous de Drago lhe dão a habilidade de dar poderes para alguém o escolhendo como seu campeão, deste modo, ele pode pedir para que suas criações peguem nossos Miraculous e se isso acontecer tudo estará perdido. Cabe a você localizá-lo e purificá-lo para que tudo volte ao normal.

— Eu?

Eu já estava confuso aquela altura, mas quantas pessoas podem dizer que realmente foram escolhidas para salvar a humanidade? Eu estaria disposto a sacrificar a minha vida pela dos outros? Talvez sim, aquilo já não era bem uma vida... E se eu realmente pudesse salvar alguém?

— Como supostamente acha eu vou fazer isso? – Pergunto enterrando minha cabeça no travesseiro.

Então ele sorri travessamente para mim e responde:

— Apenas diga: “plasma eksplosjon” e você vai saber...

****************************************

                - AH, COMO É BOM FINALMENTE SER EU – diz Ametista enquanto destruía a cidade com sua bola de destruição – AGORA EU SOU SUIGILITE, BABY!

                Eu a perseguia de prédio em Prédio, o caos que ela espalhava me alertava ao ponto de não estar na minha velocidade máxima. A polícia também a seguia com helicópteros e carros da polícia, porém todos sabiam que não adiantaria. Os poderes concebidos pelos Nano dragões deixavam uma pessoa quase indestrutível, apenas eu conseguiria purificá-la se achasse o Nano dragão em seu corpo, mas seria bem difícil achá-lo numa garota de dezessete metros de altura.

                Rapidamente uma criatura passa ao meu lado em direção á Sugilite, tão rápida que nem a própria sombra a acompanhava. Sorri, pois eu já sabia que não estaria sozinho novamente.

                Rasgando o ar, ela dá a volta em Ametista e pousa ao meu lado trazendo a corrente de ar junto com ela. Seus cabelos loiros esvoaçavam presos numa trança e seu sorriso desafiador a acompanhavam quase obrigatoriamente, ela olhava para mim com a luz do sol atrás de si. Lembra-se quando lhe disse que havia apenas uma garota próxima de mim em minha vida? Pois aquela era a minha única amiga, minha parceira.

                - Já estava com saudades, Nadder Mortal?

 

 


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam dos comentários porque incentiva demais (aviso: apenas eu, April, respondo os comentários porque a Heloise prefere apenas ler e porque ela não se diz muito boa em socialização, mas ninguém será ignorado aqui, ok?).
Espero que tenham gostado, mas leiam um pouco mais antes de tirarem suas conclusões, pois é uma história bem complexa.



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