SuperHero escrita por RockyRacoon


Capítulo 18
Capítulo 17 - O Marginal


Notas iniciais do capítulo

oiee~~ pessoinha lindas que leem a fanfic! como vão? espero que bem! ok, nesse capítulo não vai ter tanta treta, mas vai introduzir a um personagem aparentemente meio INÚTIL e mio irrelevante, mas sempre devemos investir no futuro! não se enganem pelas aparências! até o meu super-herói favorito de todos, o perf do Homem de Ferro, precisou da ajuda de uma criança pra poder sobreviver! enfim, sem mais spoilers, espero que gostem do capítulo e boa leitura!



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Richard acordou de repente, mas não assustado. Apesar da falta do sentimento de medo, havia alguma coisa lhe dizendo que algo urgente estava para acontecer. Ele olhou para o chão ao lado de sua cama, lá, a criatura que repousava daria desmaios a qualquer um: um dragão de três metros de comprimento, escamas negras cobrindo sua pele e um par de asas com uma vez e meia seu comprimento. Mas Richard não tinha medo, pois já sabia do que se tratava. Seu amigo, Banguela, um dragão de verdade, que soltava raios de plasma azul pelas ventas e tinha olhos verdes brilhantes como os de um gato. Sem fazer barulho ou movimentos bruscos para não acordar o companheiro, Rich desceu da cama e pôs sua perna protética no lugar. Ficando de pé, ele foi até a janela e espiou o lado de fora por uma brechinha na cortina.

Do lado de fora, nada. Apenas a rua vazia com uma leve névoa a cobrir o chão, causada pelo frio da noite.

Ele suspira, aliviado. Talvez tivesse sido apenas sua impressão.

—soluço? – Astrid, sua namorada, entrou no quarto com um telefone doméstico sem fio na mão. – é a Punzie. Ela quer falar com você. – ela não parecia admirada pelo fato de ele já estar acordado, mesmo sendo tão cedo na madrugada.

—ela te acordou? – ele pergunta, pegando o tele fone e abraçando-a.

—nada demais. – ela disse, dando de ombros. – sei o quanto essas ligações são importantes.

Soluço – seu apelido, causado por tendências a engasgos quando era criança – só atendeu o telefone quando Astrid saiu do quarto.

—sim?

—hicc, vem rápido, aconteceu uma coisa. – a voz de Rapunzel era cansada e urgente.

—o que?

—Jack conseguiu capturar um membro da Gangue dos Pesadelos... – ela fez uma pausa para suspirar. – vivo. Queremos você aqui para começar o interrogatório. Além disso, você sabe que Jack só confia em você pra fazer essas coisas sem machucar ninguém.

—certo, já estou a caminho. – soluço disse, suspirando e desligando o telefone.

Ele saiu do quarto e trancou a porta, deixando seu dragão dormindo, ressonando tranquilamente. Ele desce as escadas e pega uma chave, depois vai para o depósito, que ficava logo ao lado de sua casa, em um bairro isolado. Ele passa pela sala, onde Astrid está sentada em um sofá, assistindo televisão.

—Astrid, são três da manhã, meu bem. – soluço disse, abraçando seus ombros por cima do encosto do sofá e beijando-lhe a bochecha. – você precisa dormir.

—não consigo dormir quando você usa o uniforme, soluço. – ela diz, mudando de canal, ignorando o abraço. – só consigo ter pesadelos e me preocupar.

—Astrid, nada aconteceu comigo até hoje!

—eu sei, e é disso que eu tenho medo! – ela diz, se virando para ele. – meu pai diz que tem uma primeira vez pra tudo, e eu não quero ligar a TV e ver estampado nas notícias: super-herói morto em batalha! Eu quero lutar ao seu lado, mesmo que eu não saiba falar com dragões, mesmo que eu não tenha asas ou um cabelo mágico! Eu quero te proteger!

—mas você já me protege. – ele diz, sorrindo tranquilamente. – dia após dia, você cuida de mim, me ajuda a me acostumar com a perna protética, me defende quando eu não estou por perto, me ajuda a identificar crimes e criminosos, e quem disse que você não tem super-poderes? Quem mais que você conhece consegue hackear os computadores da polícia e sair ilesa? Quem mais consegue enfiar a porrada em um grupo de três assaltantes marombados e ainda levar a melhor no final? Astrid, eu posso ser aquele que usa o uniforme... – ele a beija delicadamente nos lábios. – mas você é a minha super-heroína.

Astrid suspira, derrotada.

—ok, só... – ela o abraça e suspira. – não deixa aquele picolé roubar meu namorado, falou?

Soluço ri.

—tá, eu prometo.

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—ainda bem que você chegou. – Frostbite disse quando D.Ragon chegou. – eu estou prestes a fazer espetinho de marginal aqui.

No galpão abandonado, nas docas, onde o grupo se encontrava, havia apenas uma cadeira com um cara amarrado a ela no meio do espaço vazio em volta. Persephone, com seus longos cabelo dourados, rondava ele com seu chicote na cintura e uma frigideira de ferro enegrecido na mão. Eros estava em um canto qualquer, limpando suas asas sujas, observando o movimento à sua volta.

—ele não quer falar? – D.Ragon pergunta, rondando o marginalzinho aparentemente inofensivo.

—esse não é o problema. – Persephone diz, parando atrás dele. – o problema é que ele fala demais.

O homem de aparentemente quarenta anos ou mais estava praticamente ileso, fora um ou dois nacos de pele congelada, provavelmente ganhos durante sua captura. Ele usava uma camisa laranja desbotada e bermudas jeans, além de tênis baratos e uma flanela xadrezinha na cabeça. Ele era magrelo e tinha cabelos loiros, e parecia estar completamente apavorado.

—por favor, me deixa sair daqui... – ele murmurava para si mesmo.

—ei, ahn...

—AARGH! QUE DIABOS É ISSO?! – ele exclamou quando viu a pele escamosa no rosto de D.Ragon.

—calma, rapaz. – ele disse, se aproximando do marginal. – e não vou te machucar, só vou fazer algumas perguntas...

—eu respondo! Eu respondo qualquer coisa!

—calma, vai devagar, ok? Começa do início. Frost, você disse no celular que o achou correndo da própria sombra em um terreno baldio no centro.

—certo. – Frostbite respondeu, respirando fundo por trás da máscara.

—do que você estava correndo, senhor...

—Wallace. Meu nome é Wallace.

—senhor Wallace?

—ele vai me matar, ele vai me matar... – ele murmurava para si mesmo.

quem vai te matar?

ele! O Bicho Papão!

Ocorreu um momento de silêncio depois que ele falou isso. Que obviamente foi quebrado pelas gargalhadas desdenhosas de Eros, que se dobrava de rir das palavras do homem.

puta que pariu, bicho papão AHAHAHAHA! — ela exclamava, tentando respirar.

—é verdade! – ele disse, desesperado.

—calma. Eros, para de rir. – D.Ragon disse, com uma voz tão séria que fez a risada dela morrer na hora. – agora, respira fundo, vai com calma e começa do começo.

Wallace teve que respirar fundo três vezes antes de achar as bolas para continuar.

—escuta, eu nem sempre fui ladrão, tá legal? Eu era um cara normal, trabalhador, pai de família! Mas eu tava em uma situação difícil: minha esposa estava prestes a dar a luz ao nosso terceiro filho, eu tinha acabado de ser demitido e nós não tínhamos dinheiro nem para a comida! Eu estava com o nome sujo no banco, então não tinha para quem pedir empréstimo. Aí, esse cara maluco chegou! Ele se auto intitulou “o Mensageiro”, e disse que seu nome era Grimjow! – o homem falava muito rápido, mas dava para acompanhar. – ele disse que o chefe dele me concederia um emprego e um empréstimo para pagar o hospital para minha esposa se eu fizesse alguns serviços pra ele, mas eu juro que não sabia que era ilegal! Por mais ou menos um ano tudo rolou bem, e eu não sabia o que eu tava fazendo! Eu não sabia que aquelas contas que eu tava monitorando era ilegais! Eu não sabia que a empresa para a qual eu trabalhava não existia!

—como assim, que empresa? – Persephone pergunta.

—sei lá, uma tal de Instalações Breu...

—Instalações Pitch Black? – Frostbite pergunta.

—é, é isso aí mesmo! – ele exclama. – depois, minha esposa descobriu antes de mim! Nós brigamos, e ela pegou as crianças e me abandonou! Por eu ter sido descoberto, o tal de Grimjow parou de me pagar, e eu tive que roubar para sobreviver!

—certo, mas porque você está com tanto medo?

—pois bem, há algumas horas eu vi o safado, tá bem? O maldito de terninho preto! Ele tava num carro todo luxuoso, todo cheio de coisinha! Eu tava tão irado que segui ele e o cara do outro lado do carro, que devia ser o chefe, pelo modo que ele o tratava pela janela do carro. Eu segui eles por um bom tempo, com uma moto roubada de um cara, e eles foram pra um prédio abandonado lá na Cidade Baixa. O que eu vi... – ele parou pra chorar um pouco. – meu Deus, me perdoa por tudo que eu fiz... O que eu vi...

—Wallace. – D.Ragon pôs uma mão no ombro do homem e olhou fundo em seus olhos com os seus de lagarto. – o que você viu?

Ele fez uma pausa pra respirar antes de responder.

—o demônio. Eu vi o demônio. Uma sombra viva, toda feita de areia e escuridão. Olhos dourados feitos de pura maldade, que me olharam no fundo dos meus olhos e sondaram os meus mais sombrios pesadelos. Eu vi a morte. Eu vi o caos. Eu vi a destruição dessa cidade.

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Notas finais do capítulo

XABLAAAU, NOVELA MEXICANA, ACABA NA MELHOR PARTE, SEMPRE!
oiee~~ pessoinha linda que lê a fanfic! gostou do capítulo? me deixa saber, sua opinião é importante no desenvolvimento de uma boa fanfic! não gostou?! explica por quê! mas com carinho, sim? sou frágil~~
beijinhos, beijinhos, até o próximo capítulo!



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