Magic - Restarting escrita por Paul


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

A vida traz a morte.
Mas ambas vivem em harmonia.



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As gotas de chuva caiam furiosamente, mas às imagine caindo em câmera lenta. Os raios cruzavam o céu, em uma dança lenta, o vento soprava com raiva. Os trovoes faziam o chão tremer.

Meu cabelo balançava furiosamente, assim como minha roupa, que já estava encharcada. As gotas de chuva escorriam pelo meu rosto, enquanto eu mantinha o olhar fixo nos encapuzados, parados a nossa frente.

— Que ótimo. – o ouvi resmungar. – Voltem para dentro galera. – mas todos pareciam ignora-lo.

— Temos uma plateia. – disse Mael. Seu queixo tremia por conta do frio.

Um raio caiu a poucos metros de nós. O chão sobre nossos pés tremeu, enquanto faíscas se projetavam para todos odo as lados.

— Quem é? Perguntou Stelar, olhando para cima. O cabelo grudado em seu rosto, enquanto a maquiagem escorria.

Eu estava preste a responder, quando um brilho avermelhado passou voando a poucos centímetros do meu rosto. Senti o calor, raspando minha pele, enquanto o cheiro de cabelo queimado chegava ao meu nariz.

— Mas que merda foi essa? Perguntei tentando descobrir de onde o raio vermelho tinha vindo.

Um dos caras estava com uma das mãos levantadas, e a espada abaixada.

— Nós somos os filhos do silencio. – a voz ecoou pelo ar, na verdade era como se ela estivesse dentro da minha cabeça. – E estamos aqui para matar aquele que libertou o mal.

— Como é? Perguntei chocado. – Como assim me matar?

— Vocês são idiotas? Daungher ia se libertar de qualquer jeito. – disse Andrew.

Outro raio avermelhado partiu em nossa direção. Me joguei no chão, enquanto o raio passava a poucos centímetros da minha cabeça.

— Mas que merda caras. – gritei, frustrado. – Vocês querem brigar? Então vamos brigar.

Então veio o formigamento, a sensação do meu sangue correndo a uma velocidade incrivelmente rápida dentro das minhas veias. O calor, a sensação de estar vivo. Pisquei os olhos, enquanto me transformava no enorme lobo negro. Joguei a cabeça para trás e soltei um longo uivo.

Algo cruzou o ar, em uma velocidade impressionante. Era difícil disser o que era aquilo, em meio à escuridão. Uma multidão de alunos se agrupou na porta da escola, enquanto Will continuava tentando fazer  todos voltarem para dentro. Aquilo que cruzou o céu parou sobre nós. Eu não sei muito bem o que era aquilo, mas parecia uma pessoa. Seja lá o que aquilo era, parecia segurar uma espada enorme, que brilhava, conforme os raios caiam, passando a poucos centímetros de seu corpo.

— O que é aquilo? Perguntou Mitchel, antes de eu dar o primeiro ataque.

— Não sei. – ouvi Mael gritar.

A chuva parecia ter triplicado sua força. Não duvidei que um tornado estava a caminho.

Saltei sobre o cara que tinha atacado os dois raios, fazendo nós dois rolar no chão.

O que veio a seguir foi meio confuso. Tipo, eu estava por cima do cara, do nada ele se transformou em uma fumaça negra e sumiu. Os outros dois atacaram meus amigos.

Tudo pareceu explodir ao nosso redor, uma luz dourada preencheu tudo. Quando ela se apagou havia apenas uma garota ajoelhada a uns dois metros a minha frente.

Ela se levantou, a espada apontada na direção do chão. A touca havia caído, revelando seu cabelo loiro, que balançava com a força do vento, as gotas de chuva fazendo com que alguns fios grudassem em seu rosto. Ela puxou o pano que cobria seu rosto, revelando  a enorme tatuagem, que parecia um emaranhado de cordas, que ia descendo pelo seu pescoço até desaparecer dentro da blusa. A espada em sua mão parecia emitir raios, em sua lamina.

A garota deu um passo para trás, e então correu. Tão rápido que eu mal tive tempo de piscar. O som de laminas se chocando, fez meus tímpanos doerem. Sério, era como se eles tivessem lutando dentro da minha cabeça.

Me levantei, voltando a ser humano. Olhei para as roupas ainda em meu corpo, presente do Mael. Imaginei meus poderes funcionando a toda velocidade dentro de mim. Fechei os punhos e corri, até sentir minha mão se chocando contra o rosto de um dos encapuzados.

...

Ele sabia que aquele seria seu ultimo momento de vida. Porem, ele não desistiu. Mesmo que seus pés já estivessem doendo, seus pulmões parecessem implorar por um pouco de oxigênio, e seu coração batendo tão forte e alto que ele era capaz de ouvi-lo ecoando em seus ouvidos. O enorme corte que atravessava seu corpo parará de sangrar, mas ainda irritava, enquanto se fechava aos poucos. Ele sentiu a ardência, aonde a enorme lança havia cortado suas asas, no momento exato em que ele tentava voar.

As ruas pareciam vazias demais, sem vida. Como se até o mundo estivesse torcendo para que sua vida fosse ceifada. Ele não queria olhar para trás, cada descuido era um segundo perdido.

Ele viu algo se mover a sua direita. A adrenalina sendo liberada, no exato momento em que ele se abaixa, enquanto algo passava a poucos centímetros da sua cabeça.

— Merda. – disse ele, enquanto se levantava e continuava a correr. – Vamos Charlie, você pode vencer ele em uma luta.

Charlie viu seu caminho bloqueado por uma figura sombria.

— Me deixa em paz. – gritou Charlie. – Eu não estou no meio dessa guerra, os Aswang estão longe disso. – ele deu um passo para trás, se preparando para lutar. Afinal, ele era filho de um vampiro com uma bruxa. Seus poderes eram algo incrível.

O garoto que o perseguia caminhou em sua direção. A foice que ele carregara, arrastava no chão, produzindo um barulho irritante. Seu olhar estava fixo em Charlie.

— Se é pra lutar. – disse Charlie esfregando o polegar no indicador e no dedo do meio. Ele estalou os dedos, produzindo uma luz azulada, na palma da mão. – Vamos lutar, capacho de Daungher.

Ele urrou, enquanto atacava. Faíscas azuis voaram para todos os lados, enquanto suas mãos paravam um golpe de foice. Charlie olhou dentro daqueles olhos escuros, enquanto toda a sua raiva aumentava dentro dele. Seus olhos brilharam de um tom avermelhado, enquanto as chamas em suas mãos apenas aumentavam e mudavam de azul para vinho. Ele empurrou a foice para cima e deu uma cambalhota para trás, atingindo seu pé no rosto do outro garoto. Suas mãos tocaram o chão, e ele se impulsionou para o alto, girando. Seu corpo parecia estar entrando em chamas.

— Mas oque? Perguntou aquele que o perseguia.

— É só o começo. – disse Charlie parando cerca de dois metros longe do outro. – Cai dentro babaca.

...

Eu estava ferido, e aquilo doía pra caralho. Era como se algo estivesse dentro da minha pele, ha rasgando lentamente, tentando sair desesperadamente de dentro do meu corpo. E tudo isso veio depois que a espada de um dos caras me atingiu em cheio no braço esquerdo.

Fiquei caído no chão, enquanto a dor parecia apenas aumentar. Ainda bem que aquela garota estava ali, eu nem queria saber quem ela era, só o fato dela der dado uma de Super Girl e nos ajudado a acabar com aqueles caras já tava valendo algo. Ta, vamos voltar pra cena em que eu ainda to caído no chão, me debatendo de dor.

Ta, eu sei o que vocês ta pensando sobre mim. Nossa, ele pertence às quatro tribos de lobisomens, nem precisa se transformar para usar todos os poderes, e só termina ferrado, machucado, caído no chão, gemendo de dor, e quase morrendo. E gente, não sou eu que escolho isso não ta? Eu ainda to aprendendo a usar meus poderes. Um dia eu chego lá, ai vou ser fodão e vou ganhar todas.

O som da chuva parecia cada vez mais baixo e distante, enquanto o mundo ao meu redor girava e minha visão ficava embasada.

— Vocês precisam tira-lo daqui. Agora. – eu não conhecia aquela voz, então presumi que devia pertencer a garota loira.

Senti mãos pesadas me levantando do chão, enquanto minha cabeça tombava para trás. Tudo ficou distante demais, e eu me vi mergulhado na escuridão da minha mente.


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Notas finais do capítulo

Antes que vocês me matem.
LEIAM OUVINDO CHARLIE BOY - THE LUMINEER.
E eu amo vocês, e me desculpem toda a demora.
Mas certas coisas precisam acontecer.
Beijos de luz



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