Regina retirou-se da sala de Robin com o sorriso estampado na sua face.

É abordada por Killian que pergunta -E aí? O que houve? O Robin vai embora?

Regina rasgou o pedido de demissão –Não se preocupe está tudo resolvido.

Seguiu até sua sala. Deixando seu irmão curioso, o que ela poderia ter feito para fazer Robin mudar de ideia? Afinal o mesmo parecia estar convicto de sua decisão...

  O dia transcorreu agitado no escritório. Impedindo que Regina e Robin se encontrassem.

 Mesmo assim foi inevitável para Robin não chegar em casa com um sorriso no rosto.

—Pai? Onde estava?Fiquei preocupada.

Questionou a filha interrompendo seus estudos.

—Estava trabalhando, o que mais estaria fazendo?

—Ué... mas ontem você disse que iria se demitir.

—Mudei de ideia.

—Hum... Eu acho que alguém te fez mudar de ideia.

  Robin não queria esconder da filha a imensa felicidade que sentia... Contudo, havia prometido a Regina que não contaria nada para ninguém. Não queria contraria-la no começo do relacionamento.

Fugindo das perguntas da filha foi para o seu quarto.

  Ao adentrar sorriu. Seu filho dormir na sua cama agarrado do seu urso favorito Dumbo. Caminhou em passos lentos para não acorda-lo o que foi em vã... seu filho logo despertou.

—Papa você demorou.

—Eu sei querido, tive que ficar até mais tarde no trabalho hoje.

—“Tava” com saudades pai.

Disse o menino ficando de pé em cima da cama. Robin o abraça.

—Eu também filho. –Beijou a testa do menino. -Você deve voltar a dormir, está tarde.

O cobriu novamente,logo Roland adormeceu.

  Robin trocou-se e deitou ao lado do filho. Pegou o celular e enviou uma mensagem para Regina.

   -----------------------------------------*----------------------------------------

  Regina estava sentada na sua cama rodeada de papéis. Revisava cada um deles com atenção. Até ser desperta por seu celular.

“Como você está?”

“Estou bem.Cansada de tanto trabalhar.”

“Eu não acredito que você ainda está no escritório.Precisa trabalhar menos Regina.”

“Eu já estou em casa Robin.”

“Você chegou bem?”

 Regina sorriu ao ler a mensagem. Admirava a preocupação que ele tinha com ela. Totalmente diferente de Daniel que nem se importava com seus horários...

“Sim. E com você está tudo bem?”

“Está.”

“Posso ligar para você?”

“É melhor não.Roland está dormindo, não quero acorda-lo.”

 Antes mesmo que Regina pudesse  lhe responder ele envia outra mensagem.

“Você se importa?”

“Claro que não. Dê um beijo nele por mim.”

 Robin esboçou um sorriso diante daquela resposta.

“Você está namorando um homem com dois filhos.”

 Regina divagou ao ler a palavra namorando... Não imaginava que namoraria alguém com 38 anos... Durante tanto tempo afirmou para si mesma que não queria depender do amor de ninguém.

 Depois acreditou que não encontraria alguém que a compreendesse, porém estava enganada...

“Regina?”

“Desculpa a demora, estava pensando.”

“Pensando em que?”

“Em nós.”

“Não me diga que está arrependida.”

“Definitivamente não.”

“Ainda bem, não sabe o susto  que você me deu.”

“Só penso coisas agradáveis a seu respeito.”

“Queria tê-la agora em meus braços.”

  Ambos sorriam aguardando a resposta do outro. Permaneceram naquela conversa por cerca de meia hora... Quando estavam finalizando Robin mandou:

“Boa noite amor.”

 Regina sentiu seu coração palpitar descompassado ao ler aquela palavra amor...

 Depois de enviar a mensagem Robin questionou se não havia sido ousado demais... Seu receio logo espantou-se com a resposta dela.

“Boa noite amor.”

  Naquela noite nenhum dos dois conseguiu dormir direito, a ansiedade predominava sobre ambos. Um pensava no outro.

 As horas pareciam não passar.

    --------------------------------------*-------------------------------------

 Na manhã seguinte...

 Assim que Regina chegou ao escritório pediu para Belle que fosse até sua sala.

Largou a bolsa sob a mesa,antes de sentar-se foi surpreendida por uma rosa vermelha em cima de sua pasta. Junto com ela constava um bilhete:

“Espero que você a afague tanto quanto a primeira. Com carinho Robin.”

 Regina esboçou um sorriso grandioso grandioso. Belle entra na sala da chefe.

—A senhora me chamou doutora?

—Sim... (Olhou para a rosa.) –Já tenho a minha resposta. Pode se retirar.

 Assim que Belle saiu, Regina sentou-se e acariciou cada pétala daquela rosa. Apreciava as sutilezas de Robin, que com atos tão singelos a fazia extasiar.

“Robin... o que você está fazendo comigo?”

 Pensou cheirando a rosa.

 Foi até a sala dele, mas não o encontrou. Logo Ruby surgiu lhe informando que o mesmo faria uma defesa no tribunal, voltaria dentro de algumas horas.

 Regina bufou, seu descontentamento era evidente. No entanto, teve uma ideia...

  O dia sucedeu... Regina cortava rodelas de salamito, as colocou em um prato, assim como o queijo, este estava devidamente cortado em cúbicos. Ao lado havia um cesto com frutas, entre elas, uvas verdes,morangos...

Percorreu os olhos até o vinho Italiano, preferiu esperar por Robin para abri-lo.

 Sentou-se no sofá, sendo aquecida pelo calor da lareira que pedirá para um dos funcionários da manutenção acender para ela minutos atrás.

 Já era a terceira vez que seus olhos percorriam o relógio de pulso. Suspirou angustiada.

 Belle adentrou mais uma vez a sala da chefe. Regina estava preste a repreende-la pela forma imprópria que a mesma havia entrado, entretanto, dessa vez ela tinha uma boa notícia.

—O Doutor Lockesley chegou!

—Que maravilha! (Não se conteve.) –Digo... fale para ele vir até aqui, e depois pode ir para sua casa.

—Mas Doutora... Ainda falta uma hora para terminar meu expediente.

—Considere uma recompensa pelo bom trabalho executado nesses últimos dias.

 Belle achou estranho o bom humor da chefe, apenas consentiu. Poderia enfim visitar seu pai e ajuda-lo um pouco com as atividades na floricultura.

  Regina estava com as mãos atrás das costas, aguardava a chegada de Robin ansiosa. Assim que viu a maçaneta da porta girar, seu coração disparou, e quando seus olhos se encontraram com os dele ficou estagnada o encarando.

Logo um sorriso surgiu em seu rosto. Robin caminhou até ela em passos largos, e a abraçou. Ficaram um tempo sentindo um ao outro.

—Eu tenho uma surpresa para você. (Regina sussurrou, o pegando pela mão. Levou o mesmo até o sofá.)

Robin sorriu ao ver tudo que ela havia preparado.

—Humm... parece delicioso, um piquenique no escritório.

—Abra o vinho. Irei trancar a porta.

Desvencilhou suas mãos.

 Assim que a trancou, virou-se. Sendo surpreendida por Robin que a agarrou pela cintura,trocaram olhares, e logo beijaram-se com desejo. Até o ar ser necessário.

—Estava com saudades.

Disse ele.

—Eu também. As horas não passavam. Queria tanto te ver novamente Robin.

—Foram exatas 20 horas, mas quem está contando.

Os olhos de Regina irradiavam admiração.

—Eu já disse uma vez e volto a repetir, você não é real. Só pode ter saído de um livro.

—Eu não sou tão perfeito assim Regina. Também tenho defeitos.

—Assim espero. Não quero que tudo isso passe de um sonho.

—Não é. É real, mas sempre farei o possível para que pareça um.

 Ambos sorriram e sentaram-se no chão encostados no sofá. Robin serviu as taças, brindaram um com o outro.

 O mesmo a encarava com afeto, seus olhos estavam radiantes.Sentia-se imensamente feliz.

—O que foi?

—Estou grato por ter a mulher mais linda do mundo ao meu lado.

—Robin...

Sua pele ficou rubra.

—Adorei a rosa.

Ela diz na tentativa de mudar de assunto.

 Robin ainda a encarava da mesma maneira, a beijou. A mesma retribuiu com entusiasmo.

Acariciava o rosto dele, assim que abriu seus olhos o fitava com emoção. Olhos marejados, logo substituídos pelo seu sorriso encantador ao dizer:

—Eu achei que nunca mais teria isso.

Suas mãos desceram até o peitoril do mesmo parando seu percurso nos braços de Robin que responde:

—Mas agora você tem... E eu nunca vou deixa-la sozinha.

 Concluiu com um sorriso enquanto alisava os cabelos dela que o afrontava com fascínio.

Eram dois seres apaixonados levitando em emoções.

—Você está enfeitando a vida de um coração vazio.

Disse ela por fim.

—Seu coração não é vazio,pelo contrário. Ele está cheio de sentimento, cabe a você demonstra-los.

—E você está fazendo com que eu os manifeste.

Robin a beijou mais uma vez.

—Como estão seus filhos?

Regina pergunta.

—Estão bem. Roland está com saudades suas... E Valerie, está desconfiada de nós dois, sabe que queria poder contar a ela.

— Mas como tão rápido?Você disse alguma coisa?

—Não,  mas não é difícil perceber. Você é a culpada disso.

—Eu?

—Sim, me faz sorrir como um bobo mesmo estando longe.

Regina gargalhou.

—Olha se você quiser contar a ela, por mim tudo bem. Desde que ela nãos saia espalhando por aí.

—Sério?

—Claro.

—Ela vai ficar tão feliz!

Ambos sorriram. Entretanto, Regina ficou sério devido a pergunta que faria a seguir...

—E o August? Ele não te ligou mais?

Robin suspirou.

—Felizmente não.

—Devemos tomar cuidado, se ele andava tão persistente antes, por que de forma repentina parou?

—Eu não sei...será que ele mudou de ideia?

Regina discordou.

—Eu acho que não Robin, devemos ficar atentos.

Robin colocou sua mão sob a dela.

—Obrigado Regina, por ficar do meu lado.

—Eu jamais o deixarei, claro só se você não me quiser mais...

—Isso nunca vai acontecer.

   -----------------------------------------*-----------------------------------------

   Augusth entregava o cartão de embarque...

“Última chamada para o voo com destino a Nova York”.

  Olhou para a sua volta.

“Só volto para cá com meu filho em meus braços. Lockesley você não sabe o que te espera.

Pode levar dias, semanas e até mesmo meses... mas eu vou tirá-lo de você.”

Próximo capítulo...

—Eu quero andar de novo na roda gigante! Eu to adorando esse passeio!

Exclamava Roland de boca cheia. Regina gargalhou enquanto limpava o canto dos lábios  do menino que estava sujo de maionese.

[...] Estavam felizes, nem sequer imaginavam que eram observados.

                                                    ***

—Você cuida tão bem do meu irmão. Eu queria que meu pai tivesse te conhecido antes.

—Sabe Valerie eu também gostaria de ter conhecido vocês antes, mas eu acredito que tudo acontece no devido tempo... Mas Roland é uma criança ainda há tempo.

A jovem negou com a cabeça.

—Não digo pelo meu irmão, digo por mim.