A Promessa Quebrada escrita por Holi14


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Geeente, como eu acho que todo mundo viu, o ultimo capitulo ficou meio pequeno e como eu prezo a minha vida, eu vou postar o outro ainda hoje =P



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/68779/chapter/9

Capitulo 9
POV – Suzannah


Reprimi o impulso de revirar os olhos. Percy conseguia ser extremamente irritante quando queria.
Annabeth estava me explicando como o Monte Olimpo fora parar em um andar que nem deveria existir do Empire States e eu estava tentando prestar atenção. Frisa a palavra tentando.
Ah, qual é ? Era interessante e tudo, mas meu cerebro hiperativo não conseguia se concentrar em uma coisa só por mais de 15 minutos.
Percy estava olhando para frente com olhos vidrados e eu tinha certeza que ele não estava aqui.
Me perguntei sobre o que ele estava pensando. Quero dizer, tinha toda aquela coisa com o anão de ressaca dizer ser um Deus e o centauro ( acho que é foi isso que Annabeth disse que ele era) e os trovoes o tempo todo mesmo com o céu claro. Mas eu tinha a impressão que ele não estava pensando em nada disso.
Suspirei internamente e tentei mover meu cerebro para o que Annabeth falava de novo. Foi dificil.
- ... é a Deusa da caça e jurou ser virgem para sempre, mas temos um chalé aqui no acampamento para quando suas caçadoras se hospedam aqui.
-Ah. – Eu fingi que tinha intendido.- Virgem? É mesmo ? Tipo, até a morte?
Ela me olhou céticamente como se eu estivesse tirando uma da cara dela, então revirou os olhos e disse :
- Deuses são imortais, Suzannah.
- Ah. – Acho que eu corei um pouquinho. – Semi deuses tambem?- Me perguntei se Percy tinha, tipo, 150 anos.
Revira os olhos de novo.
- É claro que não.
Só assenti, e ela ficou em silencio por um momento e então...
- PERCY
Me virei em tempo de ver uma garota de uns 16 ou 17 anos pulando nas costas de Percy. Olhei de lado para Annabeth, mas ela não parecia irritada, só entretida.Percy, por outro lado, que estivera no planetinha dele quase infartou quando a garota o abraçou.
Sua mão voou pra o bolso da calça, um movimento instintivo de quando era assustado a qual eu nunca entendi, e arregalou os olhos para tras só para ver a garota com um sorriso.
Ele a reconheceu e sorriu intusiasmado.
- Como vai Ciganinha ?
Ela assoprou uma mecha do cabelo ruivo para fora do rosto e olhou para mim sorrindo ainda mais, como se fossemos velhas amigas. Seus olhos eram verdes como os de Percy e mais uma vez me perguntei se eram irmãos.
- Oi Suze! Cara, você demorou, eu estava te esperando faz tempo.
Arregalei os olhos. Como ela podia estar me esperendo?
- Não assuste a garota logo de cara, Rachel. – Disse Percy revirando os olhos.
Ela deu a lingua para ele.
- Eu sou sincera garoto.
Ele só revirou os olhos de novo.
- Vocês achavam de verdade que iam sair sem a minha, haaam, ajuda? – Ela sorriu.
- Eu esperava que sim.
- Você vai ouvir garoto.
- Não vou.
- Vai.
- Não vou.
- Vai.
- Não vou.
E eles ficaram assim, discutindo como duas criancinhas teimosas até que Annabeth gritou :
- CHEGA, VOCÊS DOIS. Percy, Rachel é o Oraculo, se ela diz que você vai acabar ouvindo, é porque você vai. Rachel, eu sei que é extremamente dificil para você, mas tente não ser MUITO irritante.
- Bom ver você tambem Anna.- Ela disse revirando os olhos. Cara, que mania! Pra tudo os semideuses reviram os olhos ! Tentei me lembrar do que Annabeth me dissera sobre o Oraculo.... Era alguma coisa com profecias ...
Não tive tempo de pensar muito, antes de Rachel me lançar um olhar penetrante, e dizer um impaciente :
- E então ? Vai perguntar ou não ?
- Q-que?
- Pergunte sobre o seu futuro.
- O que você sabe sobre o meu futuro ? – eu perguntei chocada
Porque ? Me diga, quem quer que esteja ouvindo, PORQUE eu fiz essa droga de pergunta ?
Os olhos dela reviraram de novo, mas não naturalmente. Era mais como se ela estivesse tendo um ataque epileptico. Os labios dela se separaram e uma grossa cobra feita de névoa esverdeada saiu dali, mas não ficou nessa forma por muito tempo. Ah, não. Essa droga tinha que me apavorar mais ainda.
A névoa se desfez e se remontou, dessa vez assumindo a forma de quatro corpos humanos.
Meu queixo caiu quando percebi que eram Percy, Annabeth, um cara com terno risca de giz que eu vira uma vez no Central Park e a Sra. Down, a inspetora do meu orfanato.
Central Park. Era onde eles estavam. Sentados em uma toalha de pequinique no Central Park.
Percy olhou para mim com olhos vazios e proferiu :
Até a cidade cinzenta deveras caminhar.
Annabeth levantou a cabeça e disse :
Do fim, tudo começara.
A Sra. Down :
A maldiçao, deveras quebrar.
E o homem terminou :
E do luto, a destruiçao ou a salvaçao nascera.

A névoa se dissolveu não deixando nada para trás, com exceção de um forte cheiro de papel envelhecido.

Rachel estremeceu e cambaleou, pondo uma das mãos na testa. Depois disso, ninguém se mexeu ou falou mais nada. Estávamos todos meio paralisados.

- Odeio profecias.- Disse Percy finalmente quebrando o silencio.

Annabeth olhou para Rachel, e essa lhe lançou um olhar de dor que não entendi. Mas isso não era importante agora.

- O.Que.Foi.Isso? – Eu consegui jogar para fora, logo antes de as palavras saírem num jorro - Do que você estava falando? Quem vai ficar de luto? O que é a cidade cinzenta ? Que maldição é essa ?

Rachel olhou assustada para mim por um momento,mas depois piscou os olhos rapidamente para esconder a umidade que se formava ali.

- Eu... Eu tenho que ir. – E correu para longe, deixando – nos completamente chocados.

Eu olhei para Annabeth com um ponto de interrogação enorme na testa.

- Rachel é o oráculo. – explicou ela nervosamente. - Ela dita as profecias que o Espírito de Delfos quer que sejam ditas, e os campistas não podem sair em missão nenhuma sem consulta – La.

- Mas eu não entendi nada do que ela disse . – eu repliquei.- Ela não podia ter sido mais clara?

- Haaam... na verdade não. Na maioria das vezes o futuro só fica claro quando vira passado.

- Já disse que odeio profecias ? – Murmurou Percy.

Annabeth suspirou, mas antes que ela pudesse dizer qualquer coisa um som estranho, como uma daquelas coisas para chamar gado soou e Percy disse :

- É hora do jantar.

 

 Parte dois

 

Percy me levou até uma área aberta cheia do conjunto de mesas mais estranho que eu já tinha visto. Mesas menores eram espalhadas por todo o espaço sem qualquer ordem e cada uma era de uma cor, textura e tamanho.

Na frente de todas as mesas havia uma mesa comprida, de mogno lixado, e ali se sentavam apenas 2 pessoas : Dionisio e Quiron.

Achei estranho, já que essa era a maior das mesas e algumas estavam bem lotadinhas.

O mais estranho, no entanto, era que os semi-deuses que sentavam em cada mesa, eram muito parecidos entre si. Por exemplo, na mesa em que Annabeth foi se sentar, todas os meio-sangues tinham cabelos loiros e olhos cinzentos.

Fiquei ali parada, sem saber o que fazer.

Percy olhou em volta por um momento depois pegou no meu pulso de leve e começou a me puxar para uma mesa de madeira normal, do tamanho de uma mesa de cozinha.

Assim que chagamos perto, um dos caras  mais velhos  ergueu o rosto e sorriu para mim.

- Hermes ?

- Ham ?

Seu sorriso era paciente.

- Você é filha de Hermes também ?

Eu estava prestes a falar alguma coisa genial do tipo ‘’ quem é Hermes’’ ou ‘’Sei lá’’ quando Percy olhou para baixo e sussurrou :

- Indeterminada.

O sorriso dele murchou e ele me olhou meio desconcertado, me medindo de cima a baixo.

- Ah. Então... Quantos anos você tem? – Ele perguntou no mesmo tom que um recepcionista de hotel perguntaria ‘ reserva para quantos dias?’

- 16. – eu respondi meio nervosa.

Ele olhou como se eu fosse um cachorro que estivesse cantando  hino  nacional da Noruega, mas essa não foi a pior parte.

A pior parte foi que todos os campistas sem exceção ficaram em silencio e olharam para mim... Bom, como se eu fosse um cachorro que estivesse cantando o hino nacional da Noruega.

O cara olhou para Percy assustado.

- Ah cara, você sabe das regras. Nenhum campista indeterminado pode sentar-se na mesa de Hermes e dormir no chalé de Hermes a não ser que tenha ...

- Menos de 13 anos .- completou meu melhor amigo cansado.- Eu sei disso Travis, mas talvez se Hermes abrir uma exceção...

- Você sabe que ele não vai abrir...

- Não, não sei.- Percy parecia irritado agora, mas manteve a voz pouco acima de um sussurro. Eu não entendia porque ele se dava ao trabalho, já que  todos os campistas estavam prestando atenção em nós. -  Se seu pai abrir uma exceção- Trovão.- só por hoje- ele completou rapidamente.- amanha nós vamos até o Olimpo.

O cara chamado Travis pareceu nervoso mas disse um simples ‘ ta bom’ e ficou olhando enquanto eu me sentava.

Nada aconteceu. Percy suspirou de alivio ao meu lado, embora eu não entendesse por que eu não podia simplesmente me sentar na mesa dele e evitar todo esse constrangimento.

- Desocupados fofoqueiros.- disse ele e se dirigiu a te uma mesa cinzenta e irregular, feita de pedra marinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse é pra agradecer todos os reviews que eu recebi, pedindo para eu não trancar a minha fic



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Promessa Quebrada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.