“No sleep

Today

Can't even rest when the suns down

No time

There's not enough

And nobody's watchin me now” Fear -OneRepublic

Dois dias após a recaída, ela se arruma para finalmente sair de casa. Ela veste uma calça escura, uma blusa de seda vinho, pega uma bolsa e claro não se esquece dos saltos. A verdade é que ela não queria ir, mas Aaron e sua mãe a convenceram, ela fica um momento encarando o espelho antes de sair, ela vê uma mulher quebrada encara-la, respirando fundo, ela vai ao encontro do marido.

A jovem finalmente pega a bolsa de roupas que sua avó trouxe no dia anterior, ela encara a bolsa como se fosse um animal, a verdade é que ela está com medo do que está por vir. Quando ela abre e retira o terno de roupas, ela vê a blusa que a avó escolheu “Merda” ela resmunga. Quando ela termina de se trocar, ela faz um coque mal feito e começa a reler o bilhete que Henry havia deixado, ficando assim ela de costas para o quarto e se assustando com a primeira palavra que escutou “Eu não acredito que você fez isso!” rapidamente ela se vira, colocando o bilhete no bolso da calça jeans e percebendo o olhar chocado no rosto da mãe e seu pai tentando acalma-la, quando ele próprio exibe uma carranca não muito amigável. A garota suspira e diz “Eu ia contar” a mulher então a olha cética “Quando?” a menina rola os olhos, tentando evitar uma discussão, o pai corta o assunto “Você está pronta Amber?” a menina faz que sim com a cabeça, “Vamos embora e solte esse cabelo” a menina não compreendeu bem o por que soltar o cabelo, claro ele iria esconder a tatuagem, mas foi só quando chegou na porta do hospital que ela descobriu o por que: Um verdadeiro bando de fotógrafos/jornalistas estavam aguardando a saída deles. Dois dos seguranças do governador, ajudaram a família a chegar até o carro.

Aaron Júnior, ou AJ como prefere ser chamado, estava em casa ansioso para a chegada da irmã, então assim que vê a porta sendo aberta e a irmã entrando, ele corre para abraça-la. Ele não compreende muito bem da dificuldade dela em abaixar para abraça-lo, mas isso não o deixou menos feliz em ver a irmã. Ele quer brincar com ela, mas ela diz que está um pouco cansada, então a mãe diz logo “Você volta para a escola na próxima semana Amber a AJ vá fazer seu dever de casa”.

Elizabeth Prentiss entra no escritório do marido e o encontra tomando um copo de whisky no sofá, ela se senta ao seu lado e ele a oferece uma dose, claro ela recusa. Ela então diz a ele “Emily foi busca-la” ele não diz nada, apenas toma mais um gole de sua bebida, mas ela duvida que ele já não soubesse. “Tenho medo que ela não se recupere” ela confessou ao marido seu medo recente, “Ela vai” Ele diz a ela, ela o encara com o cenho franzido “Ela puxou a mãe” ela desvia o olhar e suspira “Esse é meu medo”.

Após deixar a filha e esposa em casa, o governador voltou ao trabalho. Mais tarde no entanto, ele voltou. Aparentemente as crianças estavam dormindo e Emily havia dispensado os empregados. Ela não estava no andar de baixo, ele então foi lá para cima a sua procura, ele rezava para que ela não tivesse achado alguma bebida, ele tinha retirado todas as bebidas alcoólicas da casa na manhã seguinte a recaída da esposa, mas ele ainda temia que ela poderia ter alguma garrafa por aí. Ele se surpreende um pouco ao encontra-la no quarto de televisão das crianças, ele a observa sentada em uma das cadeiras da mesa de fazer lição de casa, se aproximando lentamente, ele percebe o que ela está em mãos: um estilete. Ele a tira de seu desvaneio “Emily?” Ela então vira o olhar para ele rapidamente, “Quando Anton tinha seis anos ele me pediu para ensina-lo a usar o estilete para apontar o lápis, eu disse que não, porque ele era muito novo. Então, ele aproveitou um momento em que eu estava distraída com Amber e resolveu aprender sozinho, ele acabou se cortando” Ele prestou atenção em sua explicação, da mesma forma que prestou atenção na sombra que rodeava seu olhar. Se aproximando dela lentamente, ele tira o estilete de suas mão e a leva para o quarto, rezando para que também não precise dar um jeito em todas as laminas da casa.