Pov's Jade

— É... Ele sentiu _ me respondeu desconfiada. _ Mas daqui à pouco ele não vai sentir mais ciúmes _ falou animada. _ Eu vou contar pra ele que Joe é seu primo e...

— NÃO VAI NÃO! _ gritei me levantando.

— AH! NÃO VOU NÃO! _ gritou assustada.

— O Beck demorou muito tempo para sentir ciúmes de mim, eu gostaria de aproveitar esse momento.

— Mas... _ Tori já ia falando.

— Mas nada Vega. Você não vai falar nada!

— Isso é mentir.

— Isso é omitir _ falei. _ Afinal, eu não quero que você chegue falando que Joe é meu "namorado", e sim que deixe Beck com os pensamentos dele.

— Tudo bem, eu te ajudo _ ergui uma sobrancelha. Ela aceitou rápido demais para quem estava cheia de "poréns". _ Mas só com uma condição.

Eu não disse?

— Qual? _ perguntei impaciente.

— Que você me deixe te contar o verdadeiro significado dos mal-entendidos com o Beck.

Revirei os olhos.

— Tá. _ falei fria.

Na verdade, eu queria entender tudo, mas ninguém precisava saber disso. Mas o que importa agora é que eu vou saber de tudo.

Começamos a fazer o trabalho de ciências enquanto Tori me contava a história do jantar e da Meredith. Algum tempo depois ela terminou de me contar a história toda, o que me dixou bem mais aliviada.

— Então... Desistiu da ideia de deixar o Beck com mais ciúmes ainda? _ peguntou esperançosa.

— Não. _ respondi simplesmente enquanto copiava a minha parte do trabalho.

Eu estava de cabeça baixa tentando esconter o sorriso que insistia em fazer parte do meu rosto naquele momento. Imaginar que eu posso voltar com Beck me deixa feliz. Mas Tori, definitivamente, não precisava saber disso.

— Jade! _ me repreendeu.

— Tori! _ falei no mesmo tom ainda copiando o trabalho.

Ela me encarava.

— É o seguinte. _ falei repousando minha caneta sobre a mesa _ Eu não mudo de opinião!

— Eu sei _ falou derrotada.

— Ótimo, então pare de insisitir. Só estou pedindo par você deixar Beck pensar o que ele quiser. Você não precisa falar nada sobre esse assunto com ele.

— Mas eu não sei fingir que não sei de algo quando eu sei! _ se exaltou, levantando-se.

Eu fechei o trabalho, que já havíamos terminado, e guardei em uma pasta. Me levantei também, só que mais lentamente.

— Somos atrizes, não somos? _ perguntei.

Ela assentiu com a cabeça.

— Então atue! _ falei mais alto.

Novamente, ela assentiu com a cabeça.

— Ótimo, vou para casa. Até amanhã, Vega.

— Até amanhã _ me respondeu e saí.

Chamei um táxi e pouco depois cheguei em casa.