De Corpo e Alma escrita por Regina Rhodes Merlyn


Capítulo 44
Amar é...


Notas iniciais do capítulo

Oiee, voltando mais cedo pra compensar a demora.
Pretendia esclarecer as coisas sobre o sequestro,mas acabei decidindo dar um tempo pros pombinhos matarem a saudade(ninguém é de ferro, e eles merecem né?!).
Portanto, apesar de eles aparecerem no começo, esclarecimentos ficam pra depois. Agora é hora de amar!!!!
Boa leitura.
Bjinhos flores.



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"Amar!...É quando não dá mais pra disfarçar;

Tudo muda de valor,tudo faz lembrar você;

Amar!...É a lua ser a luz do seu olhar;

Luz que debruçou em mim,prata que caiu no mar!.."

Amar é

Roupa Nova

Apartamento de Nat e Will

Connor

Encosto minha cabeça a de Sarah, unindo nossas testas, interrompendo o beijo momentaneamente, chorando junto com ela.

—Vou deixar vocês a sós - Nat anuncia, saindo do quarto ao lado de Will, que a aguardava encostado na soleira da porta, fechando-a atrás de si.

—Senti tanta saudade! Tanta...saudade..- repete,distribuindo beijos por todo meu rosto - Tive tanto medo de te perder! - confessa, as lágrimas retornando mansamente.

—Mas não perdeu. Estou aqui, inteiro pra você! Corpo e alma! - digo, fazendo um sorriso surgir em seus lábios, ganhando mais um beijo, interrompido pelo choro baixo de nossa filha, chamando nossa atenção.

—Acho que tem alguém com ciúmes! - exclama ,levantando-se comigo, indo até o berço onde nossa pequena se encontrava, acordada, os olhos vivos observando tudo ao redor, sorrindo ao ouvir minha voz.

—Oi amor, papai voltou! Sentiu minha falta? Eu senti a sua. Muito.- digo, deixando que segure meu dedo.

Sarah se aproxima trazendo uma manta, que coloca sobre meu ombro e parte do peito, tirando Valentina do berço, pondo-a em meu colo. Respiro fundo, inalando o perfume suave da colônia de bebê que exala dela, fechando os olhos, acariciando minha filha e recebendo o carinho de minha esposa na forma de um beijo apaixonado....

"....Suspirar sem perceber, respirar o ar que é você; Acordar sorrindo, ter o dia todo pra te ver; O amor é um furacão, surge no coração sem ter licença pra entrar; Tempestade de desejos, um eclipse no final de um beijo..."

—Ham,hum! Desculpe interromper - escutamos Will dizer - Mas é que o sargento Voight quer dar uma palavrinha com você. E tem sua irmã. E seu cunhado.E seus pais que também estão ai - revela, fazendo uma careta ao anunciar os dois últimos - Pessoalmente, teria mandado os dois pastar! - avisa, um sorriso no minímo maldoso surgindo no rosto - Mas não perderia por nada o encontro entre Hank Voight e seu pai, Connor. Na verdade, estou pensando em filmar e mostrar pro pessoal amanhã no hospital! - diz, arrependendo-se a seguir - Desculpa. Você passando por uma barra dessas e eu fazendo piada - coça cabeça, chateado.

—Não se desculpe Will - digo, levantando com Valentina no colo - Também não perderia esse encontro por nada!- afirmo, caminhando para a porta, Sarah ao meu lado - Só me promete uma coisa - peço, parando perto dele, que ergue a sobrancelha - Se a coisa esquentar, retiramos as mulheres e crianças antes de pegar a pipoca!- digo, fazendo-o rir.

—Connor! - Sarah ralha, tentando parecer zangada mas um sorriso a denuncia.

Durante meu cativeiro, um dos homens conversava comigo em espanhol. Descobri tratar-se de um ex guerrilheiro colombiano que mudara-se, clandestinamente, para os Estados Unidos. Ele havia me reconhecido daquela época e se comprometera a me ajudar, casos as coisas fugissem do controle. Só não me libertará temendo sermos mortos pelos demais. Fora ele que me avisara para ter cuidado e não irritar ainda mais os outros, especialmente o chefe do grupo, já bastante irado pela atitude de meu pai ( que me rendeu alguns socos e pontapés) em oferecer uma recompensa por informações que levassem a captura deles...

"Su padre está loco, doctor!'

" Por que dices eso?"

" Se ofereció una recompensa por sus captores! Ellos están furiosos"

Me alertara e pouco depois, confirmando sua infromação, fui surrado por um dos homens enquanto outro assistia, apontando uma arma para mim, ameçando atirar caso reagisse. Pra minha sorte, antes que me machucasse mais seriamente, foi impedido por Ramon ( o colombiano), que dizia trazer ordens para que fosse encontrar com alguém.

—Quer reconheça ou não,minha atiude acabou ajudando sim - ouvimos a voz arrogante de meu pai ao nos aproximarmos.

—Em quê exatamente, além de irritá-los, colocando a vida de seu filho em risco?- Voight rebate, aproximando-se de meu pai, que recua. Paro, Will e Sarah fazendo o mesmo, apreciando a cena: Hank Voight em pé, os punhos cerrados,muito perto de meu pai, que, apesar da aparente arrogância, estava claramente assustado.

Foi impossível não fazermos como os detetives que o acompanhavam,baixando, assim como eles,nossos rostos, tentando disfarçar o riso.

—Doutor, como está?- All nos entrega, entramos na sala, eu e Sarah mais sérios. Já Will precisou de um " incentivo", por assim dizer, de Nat para tirar o sorriso do rosto.

Assim que entramos, Claire vai ao meu encontro ,abrançando-me com cuidado para não apertar Valentina, que agarra seu colar na primeira oportunidade.

—Graças a Deus está bem meu irmão!- exclama, beijando meu rosto - Tive tanto medo de algo ruim te acontecer!

—O que não era difícil, visto as circunstâncias - Voight alfineta, voltando-se para mim - Desculpe perturbar seu descanço.

—Sem problema, sargento - digo, sentando ao sentir a cabeça girar - Quer tomar meu depoimento agora?

—Não. Pode fazê-lo amanhã - diz - Por hora, preciso apenas que me confirme se este rapaz - pega um tabetle entregue por Jay - Fazia parte do grupo - me mostra a foto de Ramon.

—Por que?

—Ele foi o único que fugiu. Os demais estão presos ou hospitalizados- revela - Saberia me dizer se ele faz parte do grupo?- repete.

—Não,não tenho como afirmar - minto - Sempre que entravam em contato comigo,usavam mascaras. Todos. - friso..." Excerto Ramon!".

—Ok. Vamos deixá-lo descansar. Amanhã, se estiver sentindo-se melhor, pode ir depor -avisa - Boa noite, doutor, senhoras ..- cumprimenta -as, voltando-se para meu pai, uma expressão de poucos amigos, saindo,seguido por All e Jay.

—Que homem mais arrogante - meu pai comenta e todos na sala, até mesmo Joanne, trocamos olhares.

Cerca de meia hora depois, todos vão embora, deixando-nos com Will e Nat, que providenciam jantar para nós quatro enquanto deixo Sarah com Valentina e vou tomar um bom banho, relaxando um pouco da tensão das ultimas horas.

Quando saio, encontro roupas limpas sobre a cama. Vsito-as, me juntando a minha esposa e amigos, jantando descontraídos, conversando sobre tudo,menos os últimos dias.

Ajudamos os dois a arrumar a cozinha, nos recolhendo, assim que terminamos.

Sarah pensa em colocar Valentina junto com Owen mas a impeço.

—Quero ter minhas duas mulheres perto de mim o máximo possível- justifico, ninando nossa filha dentro do berço - É só não fazermos barulho durante o amor- sussurro no ouvido de Sarah, sorrindo ao vê-la corar.

—Não pesei que quisesse...Que tivesse disposição - diz, encostando seu corpo ao meu, correspondendo as minhas caricias.

—Hum,hum, depois de todos esses dias longe de sua boca - viro-a de frente para mim, beijando-a - De seu cheiro, sua pele, seu toque...- paro, tirando seu vestido,me deliciando com a visão de seu corpo semi nu, beijando-a mais uma vez, demoradamente, deitando-a.

Tiro minhas roupas , acompanhando seus movimentos ao fazer o mesmo, livrando-se do sutiã e calcinha, me recebendo em seu corpo.

Fazemos amor sem pressa, trocando beijos e caricias entre juras  e declarações, adormecendo abraçados....

"...O amor é estação, é inverno, é verão, é como um raio de sol;

Que aquece e tira o medo, de enfrentar os riscos;

Se entregar...

Amar!...É envelhecer querendo te abraçar;

Dedilhar num violão, a canção pra te ninar..."

 


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Notas finais do capítulo

Boa noite, bom dia, chicas!
Bjinhos flores.



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